sábado, 22 de maio de 2021

09: Sexualidade /Ciclos Eónicos

A Problemática da Sexualidade

(e os Ciclos Planetários)


    Comecemos por compreender que estamos numa Era de transição cíclica planetária muito complexa e problemática, a nível mundial. As crises de todos os tipos acentuam-se. E é natural que a crise do amor (ou da falta dele), do sexo (enfermiço e corrompido) e da família (em desintegração ou desagregação) predominem, devido basicamente à tremenda falta de esclarecimento correcto das pessoas e do Ensino organizado e à onda de materialismo que seduz tantos incautos, que a ele se escravizam.
Mas esta crise não é uma mera questão sociológica, religiosa, económica ou política. Se é, por um lado, a carência de uma didáctica mais elevada e profunda, de um conhecimento mais aprofundado da vida, da saúde e da espiritualidade, é, também, por outro lado, o reflexo de fenómenos planetários grandiosos de manifestação de energias poderosas que estão a chegar de várias origens ao planeta Terra.
O ser humano é, de facto, a expressão de um complexo “cosmos” de forças múltiplas, normalmente desconhecidas pela maioria, que jazem dentro de si, como dizia o eminente cientista, físico e parapsicólogo (da verdadeira Parapsicologia científica) brasileiro, o admirável Prof. Henrique Rodrigues: «...O ser humano é, todo ele, um complexo de manifestações energéticas. Portanto, a Parapsicologia defende a ideia de que o ser humano é indestrutível; transita pela vida física e sobrevive ao transe da morte!».
  Sendo assim, podemos afirmar que entre as forças vitais, anímicas e espirituais, que nos seres humanos se manifestam através do corpo, e a própria Natureza, mesmo relativamente aos astros que gravitam no Universo, há uma interacção dinâmica perfeita, donde recebemos interinfluências contínuas, num jogo electromagnético de relações e reacções psicossomáticas humanas com a Natureza inteira e com o próprio Universo, que nos rodeia, com as suas energias múltiplas, siderais e cósmicas.
  A maior parte dessas interacções nem a mais eminente e esclarecida Ciência, seja no âmbito da Física, da Astronomia ou da Astrofísica, sonha, sequer, embora a Astrofísica já tenha conhecimentos suficientes para compreender um pouco sobre esses fenómenos, para a boa compreensão (se a tivessem) dos “maus” alunos da Ciência (que são a maioria), em termos de realidades ocultas e transcendentes da Vida universal, omnipresente no Universo inteiro como uma constante da “panspermia” cósmica. Irrisão e absurdo seria o Divino Criador ter criado somente a Terra pejada de vida e o Universo, fantástico nas suas dimensões vastíssimas, inteiramente vazio de vida inteligente. Hoje, só os ignaros podem pensar assim.
Actualmente, a Terra está a ser “bombardeada” por torrentes de energias cósmicas que visam cumprir um Plano de remodelação e reformulação de toda a estrutura civilizacional planetária, quer a nível geográfico, quer a nível político, económico, genético, afectivo, familiar, religioso, pedagógico, etc... e, em suma, psíquico, mental e espiritual. Numa dessas directrizes das Inteligências Poderosas do Cosmos, da Hierarquia Planetária − dos Mestres da Sabedoria, Anjos e Arcanjos −, e do próprio Ser Divino do Sistema Solar (Logos Solar) tal como do Logos Planetário ou Espírito macrocósmico da Mãe-Terra, o sexo e o amor estão a ser mística e misteriosamente activados, pelo lado oculto, com energias normalmente desconhecidas.
Essa activação implica também em aumento de voltagem consciencial do Logos Planetário e, consequentemente, do processo civilizacional da Humanidade, a partir das forças que estão a ser despejadas portentosamente sobre o ser humano e sobre todos os reinos da Terra (mineral, vegetal e animal), para a transmutação do nosso Planeta para níveis de energia superiores, para uma espirila “quântica” vibratória mais interna (quem souber de Física que entenda!...) e, em subsequência, para a eclosão da Luz espiritual planetária, com reflexos poderosos de Luz divina sobre cada ser humano que se queira elevar a uma vida pura, nobre e digna, neste “Fim de Tempos”, nesta Era do Apocalipse.
O Planeta inteiro vai ser promovida a um Astro de Luz espiritual magnífica, pois sobre ele ainda negrejam em demasia as sombras e trevas das Forças do Mal, que reinam sobre a Terra, e mais no Mundos Invisíveis infernais do Baixo Astral ou Astral Inferior (quem souber do sagrado que entenda... ou que leia o livro (próximo): «A Vida Além da Morte»! As “trombetas do Apocalipse” já soam e ressoam por entre o sofrimento de tantos, concitando-nos a todos a termos uma vida superior, pela vivência da Moral límpida, da Ética elevada, do Amor dos Corações, da Fraternidade universal, da Fé viva, do Misticismo cósmico, da Beleza verdadeira, da Sabedoria eterna e da Verdade transcendente. São estas algumas das muitas finalidades do Plano divino para esta Era difícil de confluência zodiacal e de transição cíclica do nosso Planeta.
  Sendo a Terra um Ser vivo, senciente, e possuindo um Espírito macrocósmico, como Alma planetária que é, digamos − a “Anima Mundi”, dos antigos, que Yung denominou “Inconsciente colectivo” −, actualmente esse inimaginável Ser, Espírito macrocósmico do Planeta Terra ou Mãe-Terra oculta, invisível, vai ser elevado a um grau de Consciência cósmica superior, pois todos os planetas, estrelas, constelações, galáxias e metagaláxias do Universo também são Seres vivos, em graus de Consciência cósmica maiores ou menores e obedecendo, todos eles, a Ciclos evolutivos específicos, conforme o “timing” da sua caminhada espiritual rumo à Perfeição universal, meta evolutiva de todos os Seres da Criação.
No actual Ciclo evolutivo terrestre (4.º Ciclo, 5.ª Raça e 5.ª Sub-raça), o Espírito Solar ou Logos Solar (e muitos outros Seres de outros astros), que é o nosso Deus ou Espírito estelar, está a derramar tremendas Forças sobre a Terra, a “baptizar” (autenticamente) o Logos Planetário, para que este avance rumo a um estado de Consciência crística mais sublime, dentro da Hierarquia Cósmica. Este fenómeno de Iniciação Maior − ou seja: de dinamização vibratória −, macrocósmica, é aquilo que poderíamos denominar a “Grande Transfiguração do Espírito Planetário Terrestre”. “Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça!”... e compreenda com o Coração!
Ora, como entre o Macrocosmo e o microcosmo há sempre uma interacção dinâmica de forças múltiplas, os seres humanos também estão a receber tremendas influências energéticas não só do Logos Solar como de muitos astros do firmamento bem como da Hierarquia planetária e dos Seres dos Mundos espirituais superiores (elementais, Mestres, Anjos, Arcanjos, Mónadas, etc.), concorrendo todos para a realização deste Mistério iniciático histórico e nunca ocorrido antes sobre a Terra, com esta dimensão. Com o advento dessas Forças pretende-se tornar a Terra num mundo crístico de Amor e Fraternidade universal e desenvolver, na Humanidade, a ampla e aquariana Mente abstracta: racional, filosófica e sapiencial. Quem tem Sabedoria para compreender que compreenda os Mistérios dos Céus e da Terra!...
A Terra também evolui, como todos os outros astros do Universo, por Ciclos maiores e ciclos menores, sempre de modo espiralado e cíclico, em estádios septenários sucessivos e não em evolução propriamente linear. Na evolução do Planeta Terra, nos dias actuais desta Idade do Ferro ou “Kali Yuga”, Idade das Trevas, do Mal e do Materialismo, fazem-se sentir as influências poderosas do 7.º Raio Cósmico, o Raio que rege o 7.º Chacra da aura humana, o chacra básico ou kundalíneo, ligado às funções da sexualidade e também da Magia, do Cerimonial, do Ritual, da Organização, do Metodismo, do Sacerdócio, da Síntese, da Sabedoria, da Liberdade, do Universalismo, da Fraternidade Universal, etc.
Os 7 Raios Cósmicos, da denominação da Sabedoria Esotérica avançada, são as 7 Forças  primárias criadoras do Universo inteiro e de toda a Natureza, em geral, correspondentes às 7 cores do arco-íris, às 7 notas musicais, aos 7 dias da semana, aos 7 Ciclos evolutivos, às 7 Raças evolutivas, etc. Cada Raio tem a sua influência específica e o dinamismo da sua tónica evolutiva própria. O número 7 é o número típico da Criação do Universo, do Equilíbrio cósmico, da Arquitectura universal e da Lei da Perfeição, tendo por centro o 4 e na periferia o duplo Três ou dupla Trindade, formando ambas o hexagrama, como na cruz dos judeus − e não só, pois é símbolo da Arquitectura cósmica, para toda a Sabedoria mundial.
O 7.º Raio rege a energia “Kundalini” ou libido, a energia sexual da fecundidade e da procriação e actua, como referimos, sobre o chacra básico, o 7.º chacra, o mais inferior dos sete principais que possuímos na alma, situado ao nível dos nossos órgãos genitais ou, mais exactamente, no períneo (espaço entre o ânus e o sexo), dentro dos campos áuricos etérico, astral e mental. Mas especificaremos melhor mais adiante.
Outro fenómeno cósmico dos Mundos ocultos que está a acontecer nos dias actuais é a precipitação, sobre a Terra, do “Fogo” sagrado da Mãe Divina ou Espírito Santo Macrocósmico, que corresponde própria e especificamente ao Mundo Mental Abstracto do Plano Mental (do “Loka” do “Manas arupa”, da nomenclatura teosófica oriental), o Mundo celestial mais elevado aonde apenas o Homem Sábio ou Mestre da Sabedoria pode chegar, com a sua Consciência plenamente desperta, após a morte.
Desse Plano celestial está a descer, actualmente, a Luz cósmica da Divina Maternidade, num efluxo de Racionalidade Superior, de Sabedoria universal e de Amor incondicional dessa Mãe Divina, através do nosso Eu Superior (de todos os seres humanos, especialmente através dos mais evoluídos), que é também a nossa Mãe divina individual (da Individualidade espiritual, Razão ou Espírito Santo), e projectando-se através da nossa personalidade ou alma (parte psíquica, instintiva ou astral e mental concreta, intelectual ou noética). Isto é, verdadeiramente, um Novo Pentecostes que está a ocorrer sobre a Humanidade, nomeadamente sobre os que se elevaram espiritualmente, para uma Nova Eucaristia planetária.
Essas tremendas Forças espirituais, colaborando com a Iniciação do Espírito Planetário, querem produzir a transmutação de todas as formas de vida terrestres e elevar o padrão moral, ético e místico da Humanidade para uma oitava civilizacional superior, um novo paradigma, nomeadamente por meio do Amor universal, em que a feminilidade da mulher impere, muito em especial. E também querem dar poder, força, autoridade e dinamismo à mulher, para criar a nova civilização aquariana e para estar mais a par do homem, em libertação social, nas esferas múltiplas em que ambos operam e laboram.
Por isso estamos quase a entrar na Era do Espírito Santo (tão ao gosto da Tradição esotérica lusitana, na também famosa Tradição do Quinto Império), do Reinado da Mulher, da Maternidade Divina. O companheirismo da mulher e do homem, em pura fraternidade, solidariedade e entreajuda, devia ser a tónica mais marcante, o mais possível para todos. Essas torrentes de forças espirituais, ao descerem, precipitando-se sobre a Humanidade, pressionam, alienam, queimam e destroem os/as corruptos/as e incautos/as e libertam os puros/as, amorosos/as e Sábios/as. Isso depende do tipo de vida que levarem.
A mulher, em especial, se não se espiritualiza, se não assume as suas responsabilidades morais e éticas, se não evolui rumo aos Ideais sagrados, se não se dedica ao Amor espiritual e familiar e a uma vida nobre, pura e elevada está sujeita a perigos, mesmo maiores do que o homem, pois sendo ela a representante geral dessa Maternidade divina, é a “linha de menor resistência” que canaliza ou devia canalizar melhor essa Luz amorosa e sapiencial do Espírito Santo, embora haja muitas excepções em que o homem (elevado, puro, amoroso, espiritual e Sábio) funciona como Canal expressivo mais activo e dinâmico do que a mulher para a manifestação dessa divina Maternidade (exemplo: Jesus Cristo).
Se a mulher não se tornar um desses canais límpidos, por causa da má vida que levar, se não estiver vigilante no Amor dos Corações, se não cuidar da sua Moral, se não tiver Ética; se se viciar e se escravizar às paixões densas e lúbricas da carne, no prazer corrompido, promíscuo, prostituído, está sujeita a perigos tremendos dessas energias espirituais, pelos impactos dinâmicos poderosos que se estão a irradiar sobre o planeta Terra, no dealbar deste novo milénio.
Alguns desses perigos, dentre muitos outros, que podem ocorrer com os invigilantes da vida pura, regrada e superior, podem ser desde doenças diversas, especialmente nervosas e cerebrais, até ao entontecimento, à alienação e à loucura, porque a “tessitura” energética das suas almas − especialmente a da mulher, mais sensível que o homem, em geral −, fragilizadas no materialismo, não terá capacidades vibratórias para suportar essas poderosas torrentes de energias cósmicas que se vão despejando nas auras dos seres humanos.
Com as auras vibrando em baixa frequência: enfraquecidas, sujas, desvitalizadas, doentias, porque causa da vida indigna, degradada, desregrada e poluída que levarem, não aguentarão as enormes pressões e tensões desses “fogos” do Espírito, que só activarão a Luz, correctamente, naqueles/as que forem puros/as, amorosos/as, conscientes, dignos/as e responsáveis perante a pureza do seu corpo, a iluminação da sua alma e no cumprimento nobre e digno dos deveres gerais da sua vida.
É por causas da descida dessas Forças portentosas que o Kundalini da Humanidade está a entrar em “ebulição” geral e o sexo a fazer parte das ocupações básicas (mentais e não só) de milhões, especialmente dos escravizados ao prazer libertino e promíscuo. Eles bem sentem o impulso energético forte e poderoso para o amor, mas não compreendendo a finalidade do Plano Divino, acabam na paixão sexual doentia, sórdida e escravizante, que os aprisiona, enfermiza e destrói lentamente, desvitalizando o corpo, embotando o cérebro e densificando a alma em licenciosidades devassas e orgíacas.
Ora, dessas influências cósmicas em interacção com o organismo humano e com a nossa alma respectiva é que provém essa “efervescência” dos desejos eróticos da Humanidade meio alienada em paixões licenciosas. Não é que essa energia seja má ou pecaminosa. Mas é tremendo e sagrado “fogo” que pode enfermizar e queimar os incautos e os despreparados para os seus impactos dinâmicos, especialmente se não sabem ser puros de coração e amar com os corações, se não sabem purificar e elevar o padrão vibratório das suas ditas “relações de amor” − com honra, ética, sinceridade, responsabilidade e consciência, virtudes baseadas na máxima doutrinária magnífica: «Não façais aos outros aquilo que não gostaríeis que vos fizessem a vós!» − Cristo.
Os seres humanos não sabem amar, de facto, se vivem num padrão demasiado baixo de moral (com malícias exageradas, desrespeitos amachucantes e abandonos afectivos injustificados, etc.), se abusam dos seus desejos sexólatras exacerbados, corruptos e libertinos ou se se entregam a promiscuidades sórdidas de poligamias doentias, que normalmente acabam em traições irresponsáveis de infidelidades conjugais sempre mais ou menos dolorosas para os parceiros traídos.
Nesta Era actual, do Juízo Final e do Apocalipse, a Lei do carma está a testar e “tirar o retrato” do “perfil” psicológico, especialmente a nível de capacidades morais, éticas e místicas, a cada ser humano e a definir, em parâmetros evolutivos de Luz áurica e consciencial, o curso da evolução futura de cada um. Há os que terão que ser exilados, tristemente, para outros astros mais primitivos, pela “condenação eónica”, “exílio interplanetário” ou “degredo sideral”, como já aconteceu há milhões de anos, como explicaremos mais adiante.
  A dinâmica biológica da sexualidade está intimamente relacionada e obedece a essas forças anímicas, que se expressam como desejo, em baixos níveis instintivos, de origem animal, e como sentimentos de amor, em níveis superiores da alma. Porém, estes sentimentos, mais ou menos passionais, ainda não são o verdadeiro Amor, que é um atributo divino da nossa Essência espiritual. E é a gradual realização deste Amor transcendente, universal, devocional, místico, a chave fundamental para a felicidade e compreensão dum lar, bem como o factor básico para a harmonia conjugal e sexual.
   Mas especifiquemos melhor que tipo de energias estão presentes no “cosmos” do ser humano. Na alma humana há, ao nível dos órgãos genitais, um redemoinho de energia vital, denominado chacra básico, por onde a energia da procriação se exterioriza no mundo físico. É denominado o 7.º chacra. É essa energia, denominada “libido”, pela Psicanálise, e “Kundalini”, pela Filosofia oriental, que preside à fecundação do óvulo pelo espermatozóide, bem como aos ciclos mensais das mulheres, a funções ou disfunções de foro ginecológico: frigidez, impotência masculina, homossexualidade, etc.
 Configurando-se os chacras a partir dos campos electromagnéticos da alma humana, ao se entrechocarem as suas energias vitais, é no chacra básico ou kundalíneo, principalmente, que flúi essa energia da fecundidade ou da reprodução. Por isso, o equilíbrio ou desequilíbrio nas funções da sexualidade obedecem, respectivamente, à harmonia ou a disfunções desses campos magnéticos da alma humana no seu relacionamento intrínseco mais ou menos correcto com as forças espirituais, divinas, em nós imanentes.
Note-se que na aura de cada veículo da alma há 7 vórtices principais de energias (e muitos outros secundários, uns maiores e outros menores), que são forças electromagnéticas da vida interior em contínuos motos vorticosos ou movimentos em turbilhão, constituídos basicamente de forças etéricas, astrais e mentais (bio, psico e noomagnéticas) que a alma contém. São eles os canais do prana ou biomagnetismo que vem directamente do sol, em parte, e também do Plano Astral, através do nosso corpo astral, que a canaliza, via etérica, para o corpo físico.
É essa energia electromagnética, que o espermatozóide transporta, que preside à fecundação do óvulo por parte daquele, por meio de uma carga vital, biomagnética e biogenética (que activa o código genético), sendo também responsável pelos ciclos mensais das mulheres, e por todas as funções ou disfunções de foro ginecológico: dismenorreias, afrontamentos, frigidez, impotência masculina, homossexualidade, etc.
Essa energia é utilizada, em aumento de potencial de voltagem, quando há fecundação, na união amorosa íntima entre o pai e a mãe, no mistério sacrossanto da reprodução. E dizemos «sacrossanto» porque o é, de facto, para os Sábios verdadeiros. A potencialização mais dinâmica dessa energia da fecundidade, é feita, no entanto, no caso de gravidez, por médicos desencarnados, os «técnicos da reencarnação», que encaminham o espermatozóide para o óvulo, estimulando-o por electrização, e manipulam o código genético, escolhendo os cromossomas mais aptos para as necessidades evolutivas da alma reencarnante.
Essa energia é o “Fogo sagrado”, o “Fogo serpentino” ou a “Mãe da vida”, na terminologia dos Ocultistas esotéricos, e foi simbolizada e associada à alegórica Serpente que tentou Adão e Eva. Essa força Kundalini foi também expressa, entre os egípcios, no “Uraeus”, símbolo serpentino e esotérico que os faraós do Egipto usavam no meio da testa. No caduceu de Hermes Trismegistus, grande Iniciado do Egipto, vêem-se duas serpentes entrelaçadas que simbolizam, dentre outras realidades, também a mesma energia serpenteando na aura, ao nível interior da coluna vertebral. Cristo mencionou-a, ao dizer: «É preciso elevar a Serpente às Alturas, como a elevou Moisés!».
O Kundalini é uma energia muito poderosa e é a base criativa estrutural do próprio Universo. Ao subir pela coluna vertebral, essa força tremenda, altamente criadora ou destruidora, abre o chacra cardíaco, por onde se exterioriza o Amor divino − é esta a finalidade suprema do orgasmo −, e depois o chacra coronário (vórtice de forças da alma situado no alto da cabeça), conferindo ao ser humano maior racionalidade e, finalmente, provocando aí a eclosão da Sabedoria divina no Homem, quando este purificou a sexualidade de todos os impulsos instintivos escravizantes, de todos os desejos eróticos exacerbados, de todas as paixões pluridireccionais e licenciosas...
A energia Kundalini ou libido tem origens espirituais e natureza essencialmente divina, e o seu mau uso ou abuso é como lidar com o fogo: queima os incautos... no vício infernal e no aprisionamento instintivo, escravizante, porque o desejo é insaciável, se não for domesticado pelo Amor, pela Fé e pela Sabedoria. Todos sabemos que tocar num fio eléctrico de alta tensão, sem boa protecção, pode queimar alguém, por electrocussão. O sexo não é muito menos perigoso do que isso. E a maior protecção dos parceiros em relação, contra os seus perigos, é realmente o Amor eterno.
Ora, essa energia sexual está acumulada na base da coluna vertebral, em tremenda pressão bioeléctrica (bioelectricidade é “Fohat” e biomagnetismo é “Prana” e não são exactamente a mesma energia “Kundalini”, mas aqui não podemos especificar mais); e pode queimar quem, abusivamente, dela “puxe” demais, pelo desejo passional, ao dedicar-se a excessos sexólatras, corruptos, sem estar preparado para a sublimação ou transmutação: pela Pureza de vida, pelo Amor do Coração e pela Espiritualidade Superior.
    Quando essa força da vida e da reprodução fundamentalmente se torna estéril, começam a «pecar» o homem e a mulher, no sentido do contexto bíblico. Porquê? Exactamente pela esterilidade a que a negligência humana a relega pelo uso imoderado da paixão e sem amor elevado às alturas do Espírito, à comunhão de corações, por um lado; pelo outro, pelo controlo férreo da natalidade, pelos quimismos anti-concepcionais destrutivos, pela violência da laqueação das trompas ou pelo crime inominável do aborto, um dos mais hediondos crimes de lesa-Humanidade.
    Finalmente, estéril se torna também o sexo se o ser humano não vive para os ideais elevados da espiritualidade, no serviço ao próximo e no Amor místico a Deus, mesmo que viva num celibato egoístico, para não ter que sustentar esposa e filhos, por exemplo. Conhecemos casos destes em que pessoas afirmavam que não criam casar para não terem compromissos de sustentar esposa (ou marido) e aturar filhos, mas sustentavam o horror do vício do tabaco. Que horror mesmo!...
    Ora, usando-se a sexualidade de modo desenfreado, abusivo e sem a dedicação ao real Amor humano, conjugal, nobre, honrado e responsável, e ao místico Amor divino, da Fé superior, viva e dinâmica, ou imolando-se o nascimento dos bebés na ara da libertinagem e da prostituição do prazer viciado, a serpente do desejo apodera-se do ser humano, especialmente na escravidão à paixão, e pode possui-lo cada vez mais e perdê-lo.
    Portanto, ainda dentro do contexto bíblico da história alegórica de Adão e Eva, a serpente assume o “papel” da tentadora do pecado porque, em simultâneo, representa o Kundalini, o desejo e o corpo astral, que estão em perfeita interligação de forças, já que é do corpo astral ou psíquico que nos advém a natureza do desejo, que nos tenta puxar para baixo, para a posse, a paixão, o apego (ao dinheiro, ao prazer, à fama, etc.) e o materialismo.
 Se esse desejo é estimulado anormal, exacerbada e escravizadamente, aprisiona o ser humano ao sofrimento físico e psíquico, pelo impacto da poderosa energia que flúi do Eu Superior ou Espírito Santo, quando os veículos inferiores da personalidade, nomeadamente o corpo astral, não conseguem fazer ascender o refluxo dessa energia às Alturas superiores da Consciência espiritual e divina que em nós reside, se o ser humano, ao menos pela via do sentimento amoroso, não seguir uma vida correcta de espiritualidade florescente.
    Nas raças antigas, especialmente da Lemúria, a 3.ª Raça cíclica, já um pouco propriamente senciente, mas muito instintiva, primária e feroz, ainda se compreendia essa necessidade premente da paixão densa, sádica e animalizada, pois o ser humano estava numa consciência embrionária tão rude, bronca e primitiva, com uma sensibilidade tão fraca e grosseira que precisava dessas experiências fortes e violentas para consolidar a sua consciência embrutecida na matéria densa, através do egoísmo, da ferocidade e da paixão louca e possessiva. Esse era o Plano dos Deuses arcangélicos para a evolução primária do lemuriano.
    Já na Atlântida, os seus habitantes tiveram menos desculpa para se envolverem com a libertinagem. O Plano dos Deuses-Demiurgos para essa civilização era desenvolver a mente o mais possível, para que os atlantes se afastassem cada vez mais do desejo escravizante da paixão animal. Mais uma vez, como em tantas outras, anteriores e posteriores, os homens (e as mulheres que não se eximam!) se corromperam no prazer abusivo, na animalidade passional, na corrupção sexólatra e... o continente afundou nas águas do Oceano Atlântico.
Esses abusos e a frieza do prazer desenfreado e excessivo, poluído e corrompido, são um erro crasso pelo qual os atlantes tiveram que pagar bem caro, com juros muito elevados. O mesmo terá que acontecer na nossa Civilização actual, meio perdida, também, em descalabro moral e social. Lembremo-nos que a Atlântida foi o berço onde se desenvolveu a 4.ª Raça eónica ou cíclica planetária, a Raça-mãe Atlante, deste 4.º Ciclo, 4.ª Revolução e 4.º Globo, da evolução complexa do Planeta Terra, que evolui, à semelhança do Sistema Solar e do próprio Universo, em Ciclos septenários. A Atlântida era um continente de origens antiquíssimas, afundado em grande parte há cerca de 850 mil anos, que ia da América à Europa, através do actual Oceano Atlântico, continente que se fragmentou ainda mais há cerca de 27.000 anos, em convulsões sísmicas tremendas.
Restou uma grande parte que constituiu o continente-ilha mais recente do qual um Sacerdote de Saís (do Egipto) relatou alguns pormenores a Sólon, que esteve no Egipto entre 570 e 560 a.C.. Este transmitiu ao avô de Platão a informação sobre a vida e a queda desse continente, como se pode ler nas suas obras: «Crítias» e «Timeu». Há 27.000 anos deu-se o afundamento quase total, restando algumas ilhas, especialmente a grande ilha (capital) Posseidónis (On, em egípcio) quase continental, que também acabou por afundar no ano 9.564, a.C. Os Açores, a Madeira e Canárias são restos desse continente. Parece que o continente da Atlântida (última) era mais propriamente um arquipélago, formado por várias ilhas, das quais a ilha maior ou “Ilha Real” foi denominada Basileia, entre os egípcios.
A civilização da Atlântida, corrompida à semelhança desta da actualidade em que vivemos, afundou estrepitosamente no oceano, devido aos conflitos da guerra generalizada das suas nações, ao uso diabólico da magia negra e aos abusos eróticos do prazer viciado, corrupto, prostituído, abusos que também fizeram cair Sodoma, Gomorra, Herculanum e Pompeia e levaram à queda do Império Romano do Ocidente. Esta problemática da sexualidade não é para brincadeira irresponsável.
    Entrámos, há muito, na 5.ª Raça, ariana ou adâmica. Que estão de novo os homens a fazer da Terra? Agora a corrupção está localizada e generalizada muito mais do que num simples continente ou na civilização apenas de um povo: grassa pela Terra inteira. Mau presságio! É tempo de alerta mundial! A Terra inteira está em grande perigo!... O sexo abusivo pode destruí-la (e a guerra, o materialismo, o ateísmo, etc.) se não se purificar, dignificar, honrar, espiritualizar, divinizar!...
    É tempo de máxima atenção, de máxima auto-purificação, de busca da Salvação no Amor divinizado: a Deus, à Natureza, à Humanidade, ao próximo, à sexualidade sublimada, iluminada e transubstanciada!... A Natureza “não se compadece” dos fracos. Na selva impera a lei dos mais fortes, mais astuciosos e mais aptos para a sobrevivência!... E que é a civilização terrestre actual senão uma selva em larga dimensão, no «cada um que se safe» ou no «safe-se quem puder»?... Horrores do egoísmo e do egocentrismo!...
    Mas a selecção superior que as Leis do Alto estão a determinar, neste Juízo Final do Apocalipse, que será feita sobre os mais aptos, recairá sobre os mais conscientes, mais amorosos, mais dignos, mais justos, mais fraternos, mais sinceros, mais honestos, mais puros e mais sábios (na Sabedoria divina e não nas erudições do mundo) − disso tenhamos a certeza!... Ai dos que serão exilados deste Planeta para o “Astro primitivo” que se aproxima rápida e perigosamente sobre a Terra, em rota de "colisão" catastrófica!...
    O desperdício da saúde, da vida e da felicidade, pelo mau uso da energia Kundalini, com o abuso e o malbaratamento do prazer cilindrado pelo vício sexólatra, é semelhante a um filho que tivesse recebido dos pais uma quantia de dinheiro para o pôr a render juros e, em vez disso, preferisse gastá-lo prodigamente, a esmo, sem responsabilidade. Lembremo-nos da Parábola dos Talentos, citada por Cristo, que expressa bem essa ideia do “pecado” bíblico da Serpente luciferina que tentou Adão e Eva (embora este pretenso "casal" seja apenas simbólico e relativo aos primeiros lemurianos unissexuais, de há 18 milhões de anos)!...
   E essa Serpente é luciferina, porque a mente concreta ou intelecto, que representa em nós o “Lúcifer”, associado ao “Satanás” do instinto animal no homem (que proveio das suas origens primevas), é também a grande tentadora do instinto, ao criar todo o acervo de imagens de paixão fescenina, como na pornografia que grassa sobre a Terra. A mente leva a luz falsa (às vezes) da inteligência, quando não associada à Sabedoria e ao Amor, do Cristo interno (Intuição); por isso é que é denominada «Lúcifer», que leva (ferre = levar, em latim) a luz (“lux” = luz).
    Assim, o instinto do corpo astral, como desejo, e a inteligência do corpo intelectual, no pensamento, como estimulante das imagens electivas à paixão, se lhe convém demais, pela sua inferioridade evolutiva, fazem o grande “papelinho” associativo que leva à paixão densa, ao desejo erótico imoderado, à corrupção e à libertinagem, ou seja, em suma: ao «pecado» que levou à queda do Homem, à miséria humana e à infelicidade da alma. Quando olharmos uma pessoa esquelética, com sida, não nos recordaremos destas palavras sábias?
    Porquê a queda do Homem? Porque o impediu de erguer as suas energias da vida e da fecundidade para o Alto, para os Céus, para o Divino e para o Amor humano, conjugal e fraternal e mesmo maternal e paternal, muitas vezes, na defecção dos deveres familiares; porque o servilizou ao infecundo prazer destruidor: estéril de procriação, improfícuo de Amor e infértil de Espiritualidade; e, finalmente, porque a densificação dessas energias vitais levou o ser humano à doença, à velhice precoce e à morte prematura. Senão vejamos:
    São muitos os benefícios psicológicos e orgânicos do uso do prazer sexual regrado, amoroso e sublimado em pureza de Amor eterno: é um meio de reequilíbrio glandular e nervoso; é um estimulante e tonificante do coração e do sistema cardiovascular; auxilia as reacções bioquímicas e metabólicas; relaxa e tonifica o sistema muscular; ajuda a assimilação e a regeneração celular; melhora as funções neurónicas cerebrais e da memória; areja e purifica o campo de energia vital da alma humana com consequente renovação e revitalização dos níveis bioenergéticos do organismo, em geral, que se traduzem em saúde física, resistência à fadiga e prolongada juventude, etc.
Ao contrário, o mau uso ou os abusos erotomaníacos e ninfomaníacos, sem Amor, respeito, dignidade, ética e honra, podem conduzir a um enorme conjunto de malefícios diante dos quais o melhor era muitos se tornarem celibatários, já que não conseguem viver na via da pureza, da dignidade e do respeito. Os abusos libertinos do sexo desregrado, viciado e corrupto, levando ao desperdício da energia Kundalini, por excessos libidinosos e orgíacos, mesmo fazendo do lar um “prostíbulo a dois”, podem levar a um sem-número de doenças físicas e psicológicas, pela desvitalização e densificação das energias da alma, levando ao enfraquecimento orgânico, em geral.
Tais excessos podem conduzir, por exemplo, a: embrutecimento psíquico animalizado, diminuição da racionalidade, frieza no amor, diminuição da memória, falta de fé, insaciedade dos desejos, emoções violentas... e desvitalização e enfraquecimento orgânico em geral, desde astenia cerebral (até à alienação e à loucura), problemas cardiovasculares, disfunções hormonais, anomalias do timo e problemas consequentes de degenerescência óssea e imunitária (donde os problemas da sida directamente decorrentes dessa erótica doentia, abusiva, anti-natural...), perturbações nervosas e muitos outros problemas de saúde.
Os abusos eróticos fragmentam a aura, impedindo a perfeita reintegração energética da vitalidade nas chacras, levando os desregrados à densificação e obscurecimento das vibrações da alma e à perda consequente da Luz interna, pela triste falta de acesso à Consciência espiritual, provocando, após a morte, a eventual queda dos desencarnados (“mortos”) nas loucuras pavorosas do Baixo Astral ou Astral Inferior, em terríveis e inomináveis dores e inimagináveis sofrimentos, de que os escravos terrestres do prazer corrupto nem sonham. Ai dos que não se prepararam para as surpresas dolorosas do Além!...
Tal como a energia da corrente eléctrica, essa força da libido, quando activada em demasia, tanto pode queimar, enfermizar e destruir os ignorantes que se escravizam à prostituição e à libertinagem, à sensualidade da sexolatria, enfim, como pode dar Vida, Luz, Amor, Fé e Sabedoria ao Sábio que a purifica com a Pureza, com a Fé, com a Devoção, com a Meditação, com a Espiritualidade e, em suma, com o Amor a Deus e ao próximo, a toda a Humanidade e a toda a Natureza.
Aliás, estes últimos ideais citados, de vivência superior, espiritual, são a chave fundamental para o controlo cada vez maior dessa energia Kundalini, que só precisa encontrar canais correctos, para fluir em equilíbrio, que são os chacras superiores. Na medida em que vamos vivendo a vida superior da virtude e menos os caminhos baixos do vício, os chacras superiores, da cintura para cima − do coronário, na Sabedoria e Intuição; do frontal, no Raciocínio e Meditação; do laríngeo, na Palavra santa e moderada; e do cardíaco, no Amor, Fé e Devoção −, se dinamizam e os desejos dos chacras inferiores se elevam e sublimam cada vez mais em controlo, disciplina e moderação.
Quando um ser humano vive mais polarizado nas vivências superiores do Espírito e menos nos impulsos instintivos do materialismo, a própria aura adquire um dinamismo e uma expansividade maiores na parte superior, nomeadamente ao nível da cabeça e do coração, como um ovo na vertical, com a parte mais larga para cima (não esqueçamos que as auras humanas têm formas ovoidais). Se vive a vida primária de desejos e emoções inferiores, o ovo áurico adquire um pouco de dinamismo maior em baixo e pouca expansividade na parte superior.
«A função faz o órgão». Quem mais activa determinado tipo de chacras, mais elevados ou mais baixos, definidos basicamente pelo nível da cintura, maior fluxo de energia precipita para eles. A diferença está no facto de que, activando mais os chacras inferiores, geralmente nas emoções, e nos desejos (na comida e no sexo) do instinto astralino, a energia vital se degrada, se impuriza, perde poder, luz e vitalidade, e a aura se vai fragmentando, desvitalizando, enfermizando e apagando cada vez mais.
Se, ao contrário, um ser humano viveu nesses ideais superiores de Fé mística, de Devoção profunda, de Amor universal, de Sabedoria cósmica, de Beleza sagrada, de Ciência séria e benéfica, de Poder criador, de Meditação e optimismo, de Caridade e altruísmo, etc., os chacras superiores se iluminam, adquirem alta velocidade, canalizando a vitalidade de modo superior, conferindo por isto, mais longevidade e juventude, e levando a aura a uma iluminação extraordinária e magnífica, com coloridos muito irradiantes, numa cromática de cores suaves e dinâmicas, cada uma correspondendo a uma virtude específica desenvolvida.
A natureza do desejo tem que ser controlada devidamente, para que não nos escravizemos à paixão doentia. Costumamos afirmar que o uso da sexualidade e o controlo do desejo de união devem ser semelhantes à condução de um carro. Às vezes é preciso acelerar; outras vezes é necessário travar, devido à imposição dos sinais, por causa dos perigos da estrada, para evitar infracções contra a liberdade dos outros utentes das vias, no respeito que devemos às suas prioridades, etc.
Mesmo relativamente à necessidade e à natureza do desejo, refreá-lo demais em repressões que levam a bloqueios psicológicos quer de um parceiro quer do outro, insatisfeito, não convém e impede o crescimento e a liberdade do amor. Extravasá-lo imoderadamente, sem o devido respeito pelas limitações do parceiro, é outro erro que se paga com juros elevados. Então, o ideal é ambos, em franco diálogo chegarem a conclusões o mais aproximadas possível, com algumas cedências mútuas e sem lutas e obstinações da personalidade.
Já referimos que o desejo é expressão directa do nosso lado instintivo, animal, herança multimilenária que a Humanidade traz consigo, no seu subconsciente anímico, desde o primitivismo das suas origens biogenéticas e filogenéticas. Essas energias que acumulámos durante milhares e milhares de anos foram úteis para a reprodução e para despertar algum amor nos corações humanos, porque o Ideal do grande Amor espiritual, universal e incondicional ainda está distante, na maioria dos seres humanos.
  Essas forças da alma, aliadas aos sentimentos do mesmo corpo astral geraram a paixão, que tem controlado milhões de seres e escravizado em especial aqueles que não aprenderam a amar pelo coração: com ética, solicitude, dedicação, pureza, respeito, responsabilidade e consciência. Essas forças astrais têm uma tendência incrível para se agregarem, mesclarem, fundirem e afectarem umas às outras, porque são poderosas energias atractivas para aproximarem os sexos (animais e humanos) para as funções devidas para as quais foram criadas.
Mas como controlar esse fogo interior devidamente? Só mesmo na vivência superior desses ideais elevados, espirituais. Numa vida elevada de espiritualidade, em regra, disciplina e equilíbrio e, em suma, de Fé, Sabedoria e Amor, no sentido mais profundo e cósmico dos termos, o nosso lado instintivo e primário se atenua e o nosso psiquismo e a nossa mentalidade superiores despertam e adquirem vigor, luminosidade e dinamismo. Então, assim, a força impulsiva e instintual da nossa natureza animal se enfraquece para crescer o nosso Poder angélico, a nossa Sapiência consciencial e o nosso Amor universal, espiritual, incondicional, cósmico e divino.
Esta realização do Amor universal é, aliás, uma finalidade básica do afluxo dessas forças, que descem das Alturas espirituais e cósmicas, para transmutarem toda a Humanidade. Mas os ignorantes sem ética: criminosos, viciados, imorais, libertinos, que não buscam nem querem viver em padrões de moral minimamente elevada, não compreendendo nada dos impactos dessas energias, preferem escravizar-se aos seus impulsos instintivos, primários, sensuais, lascivos, devassos, corruptos, doentios e destruidores.
A energia Kundalini geralmente tem natureza tricromática, avermelhada-escarlate, alaranjada e roxa ou violeta-escuro (cores geralmente de cariz instintivo) sobe em espiral, no interior da coluna vertebral, tornando-se, na cabeça, no chacra coronário, cor-de-rosa (carmesim claro), dourada e lilás (violeta-claro, de tom azulado): cores de elevada espiritualidade, em tons muito belos e luminosos no ser humano muito evoluído: muito místico, amoroso, artista ou Sábio, em especial.
A energia luminosa apresenta-se, no chacra coronário, especificamente, em 12 raios de tom dourado, no centro − relacionados com os 12 também dourados do chacra cardíaco − e com 960 raios de tom violeta-lilás, na periferia. O chacra coronário é um vórtice de forças energéticas da alma, localizado no alto da cabeça ou cocuruto, junto da “moleirinha”, no centro onde o cabelo redemoinha. É o centro de forças básico ou ponto focal da Intuição e da Sabedoria, especialmente desenvolvido, num grau belíssimo de Luz áurica, no homem superior, espiritualmente evoluído.
Ora, sendo o Homem um canal de ligação vibratória entre Deus e o mundo, entre o Espírito e a matéria, entre o ser humano e o Ser Divino − que está no plano de fundo da nossa Consciência, como os icebergues estão no seio do oceano −, no sexo os Deuses, que nos configuraram, colocaram no ser humano algumas das energias mais poderosamente criadoras do Universo. É aí que o “fogo divino” se derrama sobre toda a carne, especialmente quando a união íntima entre o homem e a mulher se fazem de modo puro, santo, regrado, consciente, responsável e, sobretudo, amoroso.
A aproximação e união “frente a frente” dos parceiros, mais do que posturas traseiras ou outras que lhes distanciem demais a união do peito, onde está o chacra do Amor Maior, ao nível cardíaco, é muito importante na coabitação sexual, pois, desse modo, os chacras, especialmente os ligados biomagneticamente (por meio de energias vitais) ao sexo e ao coração, se tocam melhor, mesclando e interfundindo as suas energias vitais com mais perfeição, para que o Amor superior cresça mais nos corações.
Nessa fusão íntima e amorosa de energias anímicas dos parceiros conjugais, a “serpente” Kundalini sobe em espiral serpentina, coleando-se, cada vez mais, ao nível interior da coluna vertebral, pela espinal medula, embora o “palco” desse movimento seja propriamente a auras mental, astral e etérica, vitalizando, assim, nesse circuito, todos os chacras e abrindo, em especial, os chacras superiores do coração e da cabeça, conferindo ao homem e à mulher maior espiritualidade: Sabedoria, Fé, Amor, Felicidade, Paz, Beleza, Dinamismo, Saúde e Juventude...

  Embora não sejamos biblistas a rigor, lembramos, no entanto, que quando a Bíblia descreve a criação do Homem, cita um facto que passou despercebido da maioria dos hermeneutas ou exegetas (intérpretes) das teologias e dos textos mais ou menos sagrados. Quando se fala na criação do primeiro homem sobre a Terra, de Adão e Eva (aliás, alegoria mais simbólica do que real, interpretada à letra), diz-se que Deus “o criou macho e fêmea”. Veja-se o artigo definido «o» no singular e não no plural: «Deus o criou»; não «Deus os criou»!... 
GÉNESIS 1:
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher o criou.
GÉNESIS 2:
20 Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava companheira idónea.
21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas (melhor tradução: «lado», do grego “tsela”), e fechou a carne em seu lugar;
22 e da “costela” (lado) que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.
Na Sabedoria eterna ensina-se que, há 18 milhões de anos, existiu no Oceano Pacífico um continente, há muito desaparecido, denominado Lemúria, berço onde existiu a primeira raça humana propriamente senciente sobre a Terra (e a 3.ª Raça-raiz), sendo, nessa época remota, bissexual, hermafrodita ou andrógina. Essa raça gradualmente se “fragmentou” (por evolução filogenética e biogenética) na masculinidade-feminilidade do díptico homem e mulher, tendo-se consolidado, a pouco e pouco, a unissexualidade.
Essa unissexualidade não aconteceu por magia espontânea nem pelo milagre “de um dia”, evolutivamente provocado pelos Deuses, mas foi um processo de evolução biológica, fisiológica e anatómica que levou milhões de anos a consolidar-se e a definir-se exactamente, tendo-se acentuado gradualmente, durante muito tempo, até que a bissexualidade se perdeu mesmo da lembrança dos homens. Durante tempos dilatadíssimos, a maior parte dos lemurianos ainda nascia bissexual, de modo que houve, nessas épocas antiquíssimas, seres de 3 sexos distintos.
Refira-se que os caracteres secundários da sexualidade provam bem as origens bissexuais do ser humano como, por exemplo: o clítoris, na mulher, órgão também eréctil e excitável no prazer erógeno, à semelhança do membro viril, é o vestígio nítido do órgão genital masculino atrofiado. Os homens têm por debaixo do pénis uma costura em toda a extensão deste órgão até aos testículos, denotando que o órgão feminino foi aí “suturado” (cosido). Os mamilos no homem estão no peito como vestígios das glândulas mamárias que neles se atrofiaram, já que a função da amamentação da prole foi designada para a mulher.
Mesmo na perfeita “complementaridade dos opostos” dos órgãos sexuais do homem e da mulher, no fenómeno anatómico do «convexo» e do «côncavo», ou no facto de a próstata do homem corresponder ao útero da mulher, etc., essas complementaridades estão bem patentes, demonstrando a intervenção da Inteligência Universal em acção criativa, ou Inteligências, se se preferir, pois a própria Bíblia refere, como intervenientes na criação do Homem, “Elohim”, Deuses, porque o singular em hebraico era “Eli" ou “Eliah”, Deus, Pai. Relembremos Jesus Cristo, na sua saudação preferida: “Eli Shalom!...”, que a «Paz de Deus» seja convosco!
   E, ainda comprovando a bissexualidade potencial das nossas origens biológicas e filogenéticas, sabe-se, na endocrinologia, que as hormonas femininas (estrógenos ou estrogénios) também estão presentes no corpo do homem; e que as hormonas masculinas (andrógenos ou androgénios) estão igualmente presentes no corpo da mulher, em percentagens, mais ou menos, de cerca de 70 % para o sexo respectivo e de 30 % para o sexo oposto.
Além disso, talvez não haja maior poder convincente do que o que reside no fenómeno organogénico do embrião, em vida intra-uterina, que, até cerca dos 3 meses, possui ambos os sexos, definindo-se a unissexualidade apenas cerca do 3.º mês, quando o embrião se torna propriamente feto. É que, conforme as leis conhecidas da Antropologia: «A embriogénese recapitula a filogénese» (desenvolvimento ancestral das espécies), na afirmação do evolucionista e antropólogo Ernest Haeckel, seguidor de Charles Darwin e do seu evolucionismo.
Ainda há, hoje, casos de nascimentos humanos com órgãos sexuais duplos, como nos anatomicamente bissexuais ou interssexuais, lembranças e vestígios biológicos dessa remota bissexualidade ancestral, há muito esquecida da frágil e medíocre memória dos homens. O mundo antigo sempre mencionou a androginia ou hermafroditismo do ser humano ancestral, mesmo com as suas pinturas e mitologias. Aliás, o termo «hermafrodita» vem dos amores de Hermes, o deus (Iniciado) de origem egípcia e da deusa grega do Amor, Afrodite (daí deriva o termo “afrodisíaco”).
Em que nos interessa especialmente esta androginia antiga para a compreensão do mistério da sexualidade? É que nesse tempo, há cerca de 18 milhões de anos, segundo a Tradição secreta dos Sábios do mundo, foram expulsos milhões de Espíritos retardatários, na evolução de alguns planetas do sistema solar de Capela (ou Cabra), que faz parte da constelação do Cocheiro, que gravita a cerca de 42 anos-luz da Terra, próxima das estrelas Castor e Pólux, da constelação de Gémeos, sendo Capela uma estrela cerca de 5.800 vezes maior que o nosso Sol.
Todos os retardatários da evolução sideral de Capela foram submetidos à denominada “condenação eónica” ou exílio interplanetário (...“os degredados Filhos de Eva” − dizia-se na Salve-Rainha da Igreja) e, então, deportados e trazidos, em vida astral (desencarnados), para a Terra primitiva dessas épocas antediluvianas, tendo reencarnado no continente Lemúria, no meio de feras saurídeas, no tempo dos dinossauros, nos corpos dos lemurianos primitivos, mesmo na geológica Era Secundária.
Esses seres, muito diferentes daquilo que conhecemos, hoje, como ser humano, mesmo anatomicamente, eram ferozes gigantes de 4 a 5 metros de altura, chegando a atingir, no início, muitíssimo mais estatura de verdadeiros colossos descomunais (cíclopes) sendo peludos hermafroditas, andróginos ou bissexuais: ao referir-se à criação do Homem e ao Paraíso perdido (Capela), a Bíblia diz, no Génesis: “E nesse tempo havia gigantes sobre a Terra!...”. Essa foi a história simbólico-alegórica de Adão e Eva, nomes de sentido colectivo. Foi nessa fase histórica da evolução da Terra primitiva que se iniciou também a separação dos sexos, na Lemúria, como se referiu, quando começaram a nascer homens e mulheres unissexuais. Isto ocorreu há cerca de 18 milhões de anos.
    Porque é que essa raça lemuriana se “fragmentou” no díptico homem e mulher? Porque os Seres divinos (Deuses ou “Elohim” − colectivamente denominados Deus), que conceberam todo o “processus” evolutivo do Homem, e que são os Engenheiros Genéticos da evolução terrestre, quiseram que o ser humano, na busca das “duas metades separadas”, realizasse o Amor divino, na divina comunhão das almas e dos corações, através da sacrossanta conjunção dos corpos, pelo sexo.
    Portanto, a finalidade suprema da dicotomia ou separação do corpo do lemuriano primitivo em dois sexos opostos e complementares foi para que os seres lá reencarnados realizassem o que lhes faltava em Capela: o Amor dos Corações, ou seja, a unidade divina das almas no universal Amor do Espírito. Nesses tempos tão recuados e tão difíceis, foi por meio do instinto atractivo do desejo pressionante que os Deuses tentaram, assim, a aproximação dos lemurianos. No início a atracção fatal degenerou em paixões ferozes e em lutas inauditas dos “machos” pela posse das “fêmeas”, na busca do complemento biológico.
Refira-se que esses seres estavam completamente distantes de possuírem uma consciência incipiente, sequer, e muito menos desenvolvida como nós a temos hoje. Nesse tempo a moral, a ética, as leis, as regras de qualquer espécie não eram conhecidas. Valia tudo, segundo a imposição dos ferozes instintos animalizados e selvagens. O ser humano era muito mais um animal ferocíssimo de instintos violentos e impulsivos, primários e selvagens, e mal lhe poderíamos chamar de humano.
Esse ser, tão aparentado com um animal heteróclito, bizarro mesmo, é denominado o «animal sagrado», pela Tradição oculta, esotérica dos Sábios, pois não era apenas um animal irracional, porque já tinha Espírito individualizado. Comportava-se, no entanto, nessa fase tão primeva, como um autêntico animal feroz, instintivo, bronco, grosseiro, pois a consciência, que é Espírito, nele mal bruxuleava. Tudo isto, do passado distante, pode ser visto pela clarividência dos Mestres da Sabedoria, nos arquivos acásicos (etéricos), prânicos (astrais) e causais (mentais), com perfeição “cinematográfica”.
   Por isso, o forte desejo instintivo do prazer erótico levou os lemurianos à aproximação da dita «minha cara-metade» para tentarem realizar a unidade divina das almas no Amor. Tristemente, mesmo depois de tanto tempo, a Humanidade ainda está tão distante desse ideal sublime de Amor divino do Coração e do Espírito, e tão afastada das uniões matrimoniais santas no Amor Maior. E muito mais na Era actual, em que se entronizou o sexo como a “deusa” prostituída da corrupção mundial do reinado da Besta do Apocalipse.
   A união dos sexos foi um meio biológico e psíquico que preludiava a grande e universal união dos corações, na eclosão da pura fraternidade em Deus, ou seja, realizar a unidade divina das almas no universal Amor do Espírito. Alcançar esse Amor Maior foi a finalidade suprema da dicotomia ou separação do corpo do lemuriano primitivo em dois sexos, e não a reprodução da espécie humana, como à primeira análise se poderia pensar.
   É este Amor eterno o significado verdadeiro e esotérico da comunhão ou eucaristia, segundo a Igreja católica. «Comunhão» vem dos radicais latinos “cum”, com, e “unio/onis”, união. “Comunião” bem poderia ser sinónimo de «comunhão». «Eucaristia» deriva, etimologicamente, do grego, de “eu”, prefixo que significa «bom», «puro» e de “charis”, «amor», significando ambos os termos «amor puro, correcto, equilibrado». Note-se as origens tão semelhantes e certamente comuns de “caritas/tis”, «caridade», em latim, e de “charya”, em sânscrito, Amor divino.
   Por conseguinte, esse Amor puro, fraterno, transcendente, espiritual, divino, era a grande carência dos corações dos capelinos expulsos para a Terra, como retardatários evolutivos, não acompanhando o progresso moral e espiritual da civilização de Capela, em tempo oportuno, pois eram os viciados, criminosos, materialistas, ateus, libertinos, egocêntricos... dos planetas desse sistema estelar. Foram chamados, nas Tradições da Sabedoria antiga: “Filhos de Eva”, “Anjos Decaídos”, “Espíritos Luciferinos”, “Filhos do Dragão”, etc... − referências à "Queda dos Deuses".
Essa reunificação dos corações dos capelinos foi a finalidade básica da separação dos sexos e não a reprodução da espécie humana, como à primeira análise se poderia pensar. Obviamente que a reprodução também era uma necessidade de propagar a continuidade da espécie humana, mas, antes da separação sexual, a reprodução já se fazia, de modo bissexual e, mesmo muito antes, de modo ovíparo, por incrível que possa parecer.
Por exemplo, as células reproduzem-se por cissiparidade; as plantas, em geral, reproduzem-se partenogeneticamente (ou em «reprodução virgem»), por hermafroditismo, na dualidade de órgãos masculinos e femininos que as flores contêm, quase todas. E há algumas que se reproduzem por esporos; os caracóis são bissexuais, embora copulem; Diz-se que a serpente jararaca, do Brasil, da ilha Samoa, é também bissexual, reproduzindo-se em ciclos próprios, sem a cópula macho-fêmea.
Como a matéria dos corpos obedece e organiza-se sempre segundo as energias vitais da alma, a energia sexual Kundalini foi implantada na base da coluna vertebral, no cóccix, na zona denominada sacro (veja-se a conotação do sexo com o sagrado, pois “sacrus/a/um”, em latim significava «sagrado», «sacro», «santo»), para organizar e configurar a anatomia orgânica, para activar e controlar as funções fisiológicas e presidir e dinamizar basicamente a reprodução humana.
Essa energia subjaz nessa zona do sacro e do cóccix, represada sob tensão, e donde flúi, muito ou pouco, para a sexualidade, conforme o uso ou abuso que dela se faça, especialmente em progressão directa com a actividade sexual de cada um, e fluindo, também, para o coração e para a cabeça, redemoinhando, em circuito serpentino e espiralado, no interior da coluna vertebral, circulando através dos meridianos ou “nadis” principais: “ida”, “pingala” e “sushumna” (em correspondência com o sistema nervoso) designação dos canais etéricos, na terminologia esotérica, bem conhecidos da acupunctura, em especial no Oriente.
  Essa energia da vida (ou, simplesmente, «vitalidade»), tecnicamente denominada «biomagnetismo», é designada “prana”, na Índia, termo, aliás, já muito ocidentalizado, ou “khi”, entre os chineses. É ela que vitaliza todos os nossos órgãos físicos e preside a praticamente todos os processos fisiológicos da vida orgânica, a par de mais duas outras energias que com ela interagem para o correcto e normal funcionamento biológico e bioquímico do corpo.
Essas outras são denominadas “Fohat”, que é a bioelectricidade ou electricidade vital, especialmente circulando no cérebro e sistema nervoso, e “Kundalini” ou libido, que preside a toda a função reprodutora, manifestando-se basicamente através dos órgãos sexuais. As três energias, Fohat, Prana e Kundalini correspondem, respectivamente, às 3 partículas básicas do átomo: electrão, protão e neutrão. Por isso, bem as poderíamos chamar de: «electricidade», «proticidade» e «neutricidade».
O “Kundalini” é uma energia tão forte e divinamente agradável − pois flúi, originalmente, das Fontes divinas que existem no Espírito humano, que somos realmente e, como Filhos de Deus, por isso também divinos − que, por tal facto, sendo a expressão de um “teotropismo” (movimento para... ou tendência de buscar a Deus) universal, nem os profanos resistem à sua sedução, pois até os criminosos e os perversos gostam dela, tal como também gostam dos dias em que o Sol brilha mais sobre a Terra e de apanhar sol na praia, mesmo praguejando, às vezes, irresponsavelmente, contra o Sol Divino do Espírito.
Mas cuidado! Tal como o Sol queima os desprevenidos que a ele se expõem em demasia e sem preparação de bronzeador ou de roupa própria, também o Sol Divino, a Sua Luz e o Seu Fogo podem queimar os incautos, despreparados para os Seus impactos dinâmicos, das Suas energias poderosas! Sem a vivência na via da pureza, da honra, da dignidade, da ética, da responsabilidade, da consciência e do Amor, condições necessárias para essa "preparação", ninguém se aventure demais na “epopeia” do sexo, pois o prazer pode sair às avessas, em drama bem doloroso de muitos sofrimentos agónicos e pungentes, no Aquém e no Além!
Nesse tempo da separação dos sexos, na Lemúria, a mente do lemuriano era embrionária e bronca. Era preciso construir um cérebro que a reflectisse e que expressasse o pensamento, duma mente quase inexistente. Por isso, foi usada metade da energia da libido para construí-lo e a outra metade para a reprodução. O homem usava metade e a mulher a outra metade para se completarem na procriação e criarem o órgão cerebral em cada um, com a outra metade, pois o cérebro nem se definia no início, na anatomia da “lesma“ lemuriana. Ainda hoje, está em acção essa utilização dupla do Kundalini. Sabe-se que o cérebro nutre-se basicamente de 3 “combustíveis”: oxigénio, fósforo e Kundalini.
Em pouco mais de um minuto, os neurónios podem morrer se lhes faltar oxigénio. Com carências graves de fósforo orgânico, o cérebro tem dificuldades de funcionar bem. E com falta acentuada de Kundalini o cérebro debilita-se, o pensamento se enfraquece, a memória se entibia e o raciocínio se dificulta. E isto pode ser de tal maneira grave que, para além das enxaquecas − que tanto se referem aos excessos de tensão bioeléctrica (ex: nos ciclos menstruais) como a carências de energia vital −, a debilidade cerebral leve à diminuição geral dos reflexos psicomotores, bem como à alienação e mesmo à loucura, em casos mais graves.
Os hospícios de alienados, do tipo de Júlio de Matos, estão cheios de casos de “loucura sine materia” (designação psiquiátrica para os loucos sem notórias lesões cerebrais) de gente provinda da libertinagem e da prostituição. Os médicos alienistas não sabem porque é que a sexualidade abusiva conduz frequentemente à loucura, mas conhecem bem a correlação de ambas. Isso porque os abusos do prazer erótico, em excessos libidinosos dos escravos da corrupção sexólatra, vai debilitando o chacra coronário, apagando gradualmente a sua Luz áurica quando as pessoas se animalizam no prazer viciado, especialmente usado sem real e espiritual Amor dos Corações.
Ora, é pelo chacra coronário que a Consciência do Espírito que somos, do Eu Superior, Razão ou Espírito Santo (a nossa Individualidade espiritual), se exterioriza na matéria, na manifestação consciencial da Racionalidade, da Verdade e da Sabedoria, no nível evolutivo em que as alcançámos, especificamente. Se este redemoinho energético possui baixo dinamismo, baixa velocidade e baixa vitalidade por causa dos excessos eróticos, essa Consciência espiritual não pode manifestar-se e expressar-se correcta e devidamente e o ser humano pode mesmo ficar gradualmente alienado até à loucura total.
Para os clarividentes, que vêem as auras e o Além, isso é perfeitamente notório, pois, para a sua visão etérico-astral, os loucos e os retardados mentais têm o chacra coronário em baixo dinamismo, com a sua luz áurica quase apagada, impedindo que o pensamento (especialmente o abstracto) e a Consciência espiritual se exteriorizem correctamente no cérebro físico. Além disso, a glândula epífise ou pineal, controlada pela interinfluência do chacra coronário, entra em baixo e deficitário funcionamento, levando a problemas diversos, muito mal conhecidos ou quase completamente ignorados pela Fisiologia académica.
Algumas das diversas funções dessa glândula pineal (situada quase ao centro do cérebro, um pouco acima, mas sem a confundir com a hipófise ou pituitária, que rege a clarividência), são, por exemplo: a expressão da função telepática; manifestar a sabedoria espiritual; permitir a eclosão da verdade intuitiva e da sensibilidade ética; refrear o desejo sexual (como nas crianças); canalizar melhor e centralizar, no estado consciente da vigília, a racionalidade, a lógica, a justiça, o discernimento e a consolidação do raciocínio abstracto, dinamizar a memória, etc.
Os desarranjos áuricos desse chacra da cabeça podem ser de tal ordem que, como referimos, podem conduzir os escravos das paixões loucas mesmo à loucura. Os abusos do prazer sexual, nos excessos orgíacos da sexualidade imoderada, usada como mera gratificação dos sentidos, levam a consequentes danos cerebrais por desvitalização dos neurónios e também do sistema nervoso ao qual aqueles estão ligados, nas múltiplas funções psicossomáticas e psicomotoras. É por isso que alguns espiritualistas, bastante sábios, têm recomendado a máxima regra e controlo do uso da sexualidade, a ponto de alguns recomendarem o uso do prazer apenas para a reprodução, embora não concordemos com isso.
Sabendo que o Espiritualismo mais sério afirma que «A energia sexual que não usares para o prazer ser-te-á útil na criação de Obras superiores, nos teus Ideais elevados», mais ou menos na observância do conceito oriental que diz: «Deus mais (+) desejo igual (=) a Homem; Homem menos (-) desejo igual (=) a Deus», não podemos concordar, no entanto, com a mera redução linear do sexo à reprodução. Essa, aliás, nem foi a finalidade fulcral da separação dos sexos, na Lemúria. Foi, sim, efectivamente, a eclosão da Luz do Amor nos Corações dos parceiros que se entregam espiritual e divinamente a esse Amor, mesmo também através do prazer da carne, regrado, moderado, disciplinado, respeitoso, responsável, consciente e amoroso.
Aliás, outra das funções importantíssimas do prazer tem a ver com os estímulos bioeléctricos altamente positivos para todos os órgãos do nosso corpo, em geral, e muitos especificamente para alguns, em particular, como o sistema glandular, por exemplo. Por isso, afirmamos que na sexualidade regrada e amorosa há muitos benefícios importantes para a saúde, quando os casais se amam verdadeiramente e se respeitam, devida e devotadamente, numa relação elevada de Amor, de correcta entrega mútua e em assumida liberdade recíproca, sem medos, sem culpas, sem barreiras emocionais, sem violências e sem viciosidades.
Nas nossas concepções lógicas, costumamos associar alguns aspectos dos benefícios do prazer sexual ao prazer de comer, “mutatis mutandis”. Porque o temos? Apenas para levar comida à boca e nutrir o organismo? Não! Temo-lo para um estímulo geral muito positivo de todo o sistema cerebral, nervoso e glandular, em toda a função de assimilação metabólica, para que a digestão se realize com mais eficácia e a assimilação do alimento, pelo organismo, se processe com maior eficiência bioquímica. O prazer é o apetite da carne pela matéria que a nutre e configura, e está baseado no dinamismo energético da alma, mais ou menos activada pelas forças do Espírito.
Mas que é certo que a regra e a disciplina do prazer sem abusos nem vícios nos pode espiritualizar e divinizar melhor, é verdade que se constata para os Sábios. Senão vejamos o verdadeiro tantrismo (raro, como tudo o que é elevado, pois muitos dos ditos praticantes do Tantra Yoga “apenas” se dedicam ao culto do prazer, com certo refinamento). No tantrismo sério e elevado da Agni Yoga ou Kundalini Yoga, a Yoga do Fogo, os praticantes devem tentar elevar o prazer não ao culto do prazer mas à divindade da Fé, da Devoção, do Misticismo, da Pureza e do Amor transcendentalizados, sublimados e divinizados.
Naqueles que se querem purificar, sublimar, elevar, espiritualizar e divinizar − aliás esta é a finalidade suprema de toda a nossa vida: a perfeição humana e a união mística com Deus −, o sexo deve transmutar-se em Amor, o desejo em Sentimento, a paixão em Devoção e Adoração... Isto é o que se chama, em Psicologia, a “sublimação” dos nossos instintos, ou a “transmutação alquímica do chumbo dos instintos no ouro da Espiritualidade e da Sabedoria”, no dito dos Mestres alquimistas e de toda a Sabedoria esotérica, do Ocultismo sagrado.
É a esse fenómeno de auto-realização espiritual do Homem superior, vivendo em fase elevada da evolução da Consciência, no Amor universal e na Sabedoria cósmica, culminando na gloriosa União consciencial e mística com Deus, que se dá a denominação de “Núpcias místicas” ou “Bodas alquímicas” do Homem perfeito ou Mestre da Sabedoria, também chamado Mestre ascenso, Ser humano tornado verdadeiramente Super-humano, como Cristo, Krishna, Buda, etc. Esses Seres ultrapassaram os impulsos instintivos e primários da sexualidade, passando a viver muito mais nesse grandioso Amor incondicional do Espírito.
Sendo o Homem uma trindade de princípios − corpo, alma e Espírito −, mais ou menos unificada, numa unidade específica de Consciência, o Amor de Deus manifesta-se nessas três dimensões: de matéria, energia e espírito, respectivamente, em 3 expressões distintas, muito embora interligadas: sexualidade, paixão e Amor. A sexualidade pertence à sinalética genética do corpo; a paixão pertence ao desejo-sentimento do corpo astral (da alma); e o Amor ao Atributo divino da nossa Intuição ou Princípio búdico (do Espírito), o “Filho”, da Santíssima Trindade.
O Ser Divino, ao criar o Homem − por meio dos Arquitectos cósmicos, Arcanjos demiurgos que conceberam todo o mistério biológico e ontológico do ser humano −, colocou-lhe no sexo um elo de ligação ou conexão “directa” entre a Terra e o Céu, entre a matéria e o Espírito, por onde as forças telúricas (terrestres) se interfundem com o “fogo cósmico” criador (celestial), por onde o “fogo divino” se exterioriza para o mundo.
Ora, analisando cada um dos três pontos mais detalhadamente, verificaremos que, na primeira alínea, a conjunção sexual dos corpos é um acto terrestre que, como qualquer acto natural, é bom quando bem usado com pureza, moderação, consciência, responsabilidade e, sobretudo, amor... amor divino, divina comunhão de corações.
  O sexo (do corpo) é um acto que está ligado ao desejo − vibração electromagnética atractiva da alma −, convertendo-se em paixão quando exacerbado, obcecante, escravizante. Estes são os níveis do amor animal, do instinto, em que, infelizmente, a maioria ainda vive demasiado polarizada.
Todavia, quando o sexo se purifica e o desejo se sublima, o ser humano desperta cada vez mais os níveis superiores da sua alma (do corpo astral), que se expressam como sentimentos de amor, que não são, em si mesmos, ainda a verdadeira luz cósmica, transcendente, do Amor, que somente provém do Espírito, canal por onde a consciência divina, em nós imanente, se exterioriza sobre a Terra. Por isso, o Homem é verdadeiro Templo de Deus.
Isso porque cada homem (ou mulher, claro) é de origem divina, e o plano de fundo da sua Consciência (moral, espiritual) é a própria Consciência oceânica, colectiva, de Deus − e tal não é um mero simbolismo linguístico ou jogo de palavras de religiosos dogmáticos ou de pseudo-filósofos, mas sim uma realidade profunda e o maior mistério ontológico sobre o próprio Homem.
Por conseguinte, quando um ser humano busca a sua origem divina, o Amor, para ele, cada vez mais alcança dimensões cósmicas, universais, omnidireccionais, na transcendência espiritual dos seus instintos animais procriativos, rumo ao Infinito. E cada vez mais nele o sexo abusivo, as paixões escravizantes, os desejos pervertidos, os sentimentos unidireccionais... se enfraquecem na sua força limitativa da verdadeira felicidade que só pode advir do verdadeiro Amor.
Tendo a mulher, mais do que o homem, uma função cíclica contínua e mensal de activação da sua energia sexual, que se manifesta claramente nos seus períodos menstruais, essa força “Kundalini”, proveniente do chacra básico, irrompe sobre os órgãos genitais, sobe pela coluna, vai normalmente ao coração, activando, aqui, mais o chacra cardíaco e finalmente sobe ao cérebro, produzindo diversos efeitos na aura, no cérebro e nos sistemas nervoso e glandular, positivos e negativos. Negativos se a mulher se dedica a excessos eróticos, viciando os seus desejos, transformando-os em paixões anormais e menosprezando o Amor dos Corações cada vez mais no sexo irresponsável.
Neste caso surgem frequentemente derramamentos anormais e impróprios dessa energia na aura, perturbando os chacras, desfigurando-os, alterando e enfraquecendo o seu dinamismo e levando a problemas orgânicos e disfunções psíquicas que, no mínimo, se manifestam com descontrolos emocionais, fobias, irritabilidade, “stress” e uma certa ou acentuada alienação e podendo conduzir mesmo até à loucura, em casos patológicos avançados. A histeria é uma condição dessas perturbações psíquicas provocada basicamente pela libido em desequilíbrio, por causa dos abusos eróticos.
Os abusos eróticos conduzem, ainda: a perturbações cardíacas e cardiovasculares; a disfunções hormonais; a anomalias do timo e problemas consequentes de degenerescência óssea e imunitária, donde advém a sida, por causa dessa erótica doentia, abusiva, anti-natural, e a outras doenças venéreas, sexualmente transmissíveis; à debilitação e fragmentação da aura, na diminuição da velocidade dos chacras e decréscimo geral da energia vital, biomagnética, que por eles flúi, debilitando o sistema nervoso e provocando o “stress”, levando ao enfraquecimento ou astenia cerebral e a perturbações nervosas que podem ir até à alienação e à loucura.
A Sida é consequência da má vida, corrupta e viciada, que muitos levam, e é oriunda da falta de Amor nos corações. Este actua, numa energia luminosa, através do chacra cardíaco, sobre a glândula timo, que produz hormonas (ex: timocrisina e somatotrofina) que activam a espinal-medula. A Sida advém da perda de capacidades imunológicas do organismo, derivada da má activação dos glóbulos brancos, que não são aí criados em número suficiente, dentro da medula óssea da coluna, por carência de estímulos do timo, por falta desse Amor espiritual.
O cortejo dos males do sexo abusivo e irresponsável não se limita à esfera terrestre onde habitamos. Interpenetrando o mundo físico, há outros Mundos Invisíveis, Planos cósmicos, Dimensões espirituais ou Universos paralelos (como dizem, hoje, alguns cientistas), onde a vida continua e os desejos sexuais também, purificados em Amor divino ou corrompidos no vício libertino. Para este último caso, há horríveis e imundos vales dos sexólatras, no Além, onde as energias densas, animalizadas, deletérias, viscosas, fétidas e poluídas se assumem com aspectos mórficos e dolorosos inauditos, em deformidades, chagas e monstruosidades dantescas, em horríficos pavores maquiavélicos e terrores infernais.
Um triste capítulo da Vida além da morte, levando mesmo à loucura, é a dos escravos da paixão sexólatra, do desejo viciado das relações ditas “amorosas”, mas irresponsáveis. Onde a loucura desses escravos da paixão é mais notória é exactamente nessa Outra Vida que todos iremos viver, quando tivermos que deixar de vez o nosso corpo material e nos apresentarmos, nos Mundos Invisíveis, com o somatório de tudo o que acumulámos na alma, em vida terrestre, pois tudo o que é do corpo e do mundo ficará cá.
É que quando o ser humano deixa o corpo carnal, pela morte, a mente, liberta das limitações vibratórias densas e letárgicas da matéria, tem tendência de acelerar, no estado de vida livre, desencarnada, das almas. Se o chacra coronário não tiver velocidade e dinamismo suficientes para manter a Luz espiritual do Eu Superior (Razão ou Individualidade Espiritual) devidamente acesa, a mente acelera anormalmente (como um motor de um carro ou barco acelera em rotações muito rápidas, ao ser desengatado, em estado acelerado) e entra em desvario, descontrolada, pois o acesso à Consciência racional do Espírito se lhe torna, então, muito difícil.
Isso quando, na Terra, o ser humano viveu degradado numa vida de materialismo e corrupção, e especialmente quando fez do sexo passaporte para o prazer abusivo, animalizando-se nos excessos do prazer irresponsável. A carência de energia Kundalini na cabeça, se a desperdiçou demasiado pelo sexo, levou ao enfraquecimento do chacra coronário, e o acesso à Consciência se torna difícil ou impossível, permanecendo alienado ou louco, no Astral. É ver, no Além, tantas pessoas “bem-postas” na sociedade, conhecidas na Terra, que pareciam sensatas e ajuizadas e que, em vida astral, após a morte, vivem em desvario ou em loucura.
Efectivamente, o somatório de males da sexualidade desequilibrada, tornada monopólio de mero prazer animal, de instintos bestializados, às vezes satanizados mesmo, não se restringe à esfera física onde habitamos, ao mundo material, mas os seus efeitos nefastos, doentios e dolorosos são levados além da morte, para esse Plano Astral, um dos muitos Mundos espirituais que existem no Cosmos, no Invisível. As paixões sexuais exacerbadas não saciam, porque são insaciáveis; não libertam, porque aprisionam, em relações dolorosas; deixam marcas fundas na alma e criam teias cármicas dolorosas.
Na Vida Espiritual, muito além da mentira da morte − que a ninguém mata verdadeiramente! −, há Regiões de existência tremendamente dolorosas, sofrimentos agónicos pungentíssimos, onde campeiam pesadelos sexólatras em painéis alucinatórios, de imagens ideoplásmicas de loucuras eróticas, de aberrações fesceninas de almas completamente desfiguradas, monstruosas e completamente alienadas em monoideísmos ou fixações mentais erotomaníacas, perdidas em imundos vales de promiscuidade horrível e em báratros ou abismos de dores inomináveis.
Na corrupção sexólatra pode-se cair, depois desta vida, após a morte, nos Mundos Invisíveis inferiores em abismos de sofrimentos terríveis e dementores, em horrores de loucuras sexólatras e desvairadas. É que se paga com juros muito elevados os abusos e vícios do prazer, sejam de que tipo for, e, além da morte, há tremendos e inimagináveis sofrimentos, em alienações altamente angustiantes, erotomaníacas, para os que a eles se escravizaram, pelas suas fraquezas, ignorância e corrupções! Nesses ambientes inferiores dos mundos infernais existem os denominados «vales dos sexólatras», regiões densas e sombrias, de energias lodosas e mefíticas, oriundas das viciosidades levadas do mundo físico.
Lá se encontram imagens deploráveis de almas desfiguradas e monstruosas, em aspectos supinamente tétricos e horripilantes, apresentando deformidades, especialmente genitais, de órgãos descomunais, desfigurados, chagados, sangrando, purulentos, etc., pejadas de parasitas astralinos de enlouquecer, bichos de toda a espécie que se colam a essas almas infelizes e lhes provocam sofrimentos inauditos. Nesses ambientes inferiores há painéis alucinatórios terrificantes, egrégoras criadas por ideoplastia, pelos pensamentos corrompidos e negativos, em malícias eróticas, em sexolatrias depravadas e em fesceninos monoideísmos, levados, em geral, das aventuras devassas da vida prostituída.
Nesses ambientes de loucuras sádicas, sofrimentos inúmeros as conduzem muitas vezes à completa loucura, pois os mais incríveis cenários que pudéssemos conceber aí se podem apresentar a essas almas não espiritualizadas, como bichos terrificantes de um polimorfismo tétrico, monstros pavorosos de fácies dantescas, seres diabólicos torturadores, etc... Para esses infelizes, que na Terra foram ébrios do prazer, a sexualidade torna-se um círculo vicioso infernal, com todo o seu cortejo triste de sofrimentos acerbos, que criam laços e resgates cármicos pungentes para com os parceiros lesados na Terra, para muitas encarnações futuras, na espiral contínua da evolução, rumo à Perfeição espiritual, pois esse é o destino de todos os seres.
Na Vida astral, como se disse, abundam almas irresponsáveis e desvairadas pelos seus desejos eróticos viciados, trazidos da vida desregrada que levaram na Terra, com os abusos do prazer. No Além, muitas delas, especialmente as recém-falecidas, ficam perdidas, muitas vezes, durante uns tempos, nos lares que habitaram e perambulando à toa muito especialmente junto dos lugares que frequentaram, habitualmente, para a satisfação das suas viciosidades libertinas. Aí levam a cabo possessões humanas em processos de vampirismo astralino, não de sangue mas de energias vitais, que roubam quer a desencarnados menos evoluídos e inteligentes quer aos encarnados perdidos  nos vícios.
Para obterem alguma satisfação sensual (não para os 5 sentidos carnais, pois os perderam pela morte, mas para os sentidos astrais, pois os têm à semelhança da Terra), “colam-se” à aura dos que estão deste lado da vida, criando autênticas simbioses psíquicas, enlaçando-os com as suas poluídas energias passionais, controlando-os e sugando-lhes as forças vitais dos desejos, das emoções, dos baixos sentimentos e também as energias das matérias consumidas pelos seus vícios escravizantes.
Nesses processos de assédio de obsessões continuadas, os desencarnados acabam, muitas vezes, por possuir completamente os encarnados, em autêntica hipnose mental, enfraquecendo a força de vontade destes e dominando-o completamente para os perderem no vício nefando e depravado. Mas o carma que ambos contraem nessas ligações abusivas e sem amor real é muito grande e implicará em sérias problemáticas e dolorosas ligações conjugais ou familiares para o futuro distante, em posteriores reencarnações, para os resgates devidos, quando a roda da Lei e da reencarnação soarem, de novo, para a vinda de ambos à matéria.
Na Idade Média foram reais, no tempo da “caça às bruxas” e dos “pactos com os demónios”, muitos dos casos de possessões sexuais realizados por seres do Além sobre pessoas sensitivas, “médiuns” dessas inteligentes Forças astralinas, os quais se sentiam possuir, em desejos e sensações eróticas autênticas e contactos passionais reais, por esses seres desencarnados lascivos e depravados. Quando cá eram mulheres, do Além tinham seres de sexo masculino a possuí-las, os “íncubos”; quando aqui eram homens, tinham mulheres desencarnadas a unirem-se pela paixão, e denominavam-se estas de “súcubos”.
Na intimidade dos que se dedicam a excessos libidinosos do prazer abusivo, em bacanais praticados mesmo “a dois”, nos lares que não vigiam a moral, a honra nem a espiritualidade, quantas vezes o acto sexual é praticado a quatro e a mais parceiros, em vez de apenas a dois. Na esfera física podem estar apenas dois, mas no ambiente astral que os rodeia estão obsessores viciados que os podem possuir na cama, com as suas energias degradadas, enquanto se possuem um ao outro, sem que eles se apercebam, levando-os a loucos exageros eróticos de toda a ordem.
Mas na intimidade dos lares elevados de pessoas puras, regradas, dignas, amorosas e responsáveis, há Guardiães do Além, verdadeiros Anjos-da-guarda que, criando círculos de energia luminosa, pura e protectora, à volta do quarto e do tálamo nupcial dos que se vão unir pelo amor, impedem, assim, o acesso a esses infelizes vampiros do Além que nada podem contra os puros de coração: os respeitadores, honrados, nobres, dignos, amorosos, sinceros, disciplinados e responsáveis parceiros conjugais.
Vivamos sempre em Paz Profunda: na Fé Viva, no Amor dos Corações e na Sabedoria do Espírito!...

      P a z   P r o f u n d a ! . . .


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       C L I C A R :

  
P. A. I. Paz, Amor, Iluminação!...

Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um  Sábio  de  Portugal)

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