Os Mistérios da Reencarnação
(A
Lei Universal da Palingénese)
REENCARNAÇÃO: IMAGEM EXTRAÍDA DE UM VIDEO DO YOUTUBE
* O conteúdo deste Tópico é o resultado final da junção destes 2 capítulos quase integrais extraídos do livro completo, ainda a editar em breve: «A Vida Além da Morte», de Prof. Astrophyl /Astrófilo (J.F.S.):
5. A Ciência e a Reencarnação (Tomo II)
2. A Reencarnação e as Religiões (Tomo I)
* A reencarnação não é apenas uma mera teoria hipotética de teóricos simplistas da Consciência ou uma fortuita contingência da vida mas um axioma apodítico e evidente da universalidade da existência.
A Doutrina da reencarnação não é uma versão mais ou menos deformada acerca de uma crença particular
e unilateral, mas uma perspetiva ampla de um axioma profundo sobre a Lei da Vida universal.
* Temos de renascer da água do ventre e da matéria-mãe,
que nos deu o «ter», por Amor; mas é imprescindível que também renasçamos do
Espírito Santo, o nosso sagrado, espiritual, real e transcendental «Ser» interior.
.
Introdução:
*Contra factos bem comprovados: científicos e
experimentais, não há argumentos mais, por muito que sejam elucubrados pelos mais
eruditos pensadores ou pelos mais medíocres e tolos intelectuais.
Inicialmente refira-se que, segundo os ditames da boa lógica racional, se há de facto reencarnação, como há, incontestavelmente, com tantas provas concludentes e convincentes que existem da sua realidade, então há «algo» senciente, inteligente, espiritual e consciente: a alma, o Espírito, a Consciência ou o Ser Real do Homem — como se lhe queira chamar — que não morre, que vive em Mundos ocultos e que, provindo dos Planos Invisíveis, desce à Terra outra vez, pela reencarnação. Se o Ser humano estava Lá, nos Céus ou no Além, antes de nascer, é porque já existia antes do nascimento. Se vivia Lá, nesses Mundos do Invisível, e hoje está cá, neste mundo material, é porque reencarnou, concerteza.
AS 3 PROVAS BÁSICAS SOBRE A IMORTALIDADE:
* As 3 Provas fundamentais da Verdade sobre a Reencarnação, Lei universal também denominada renascimento ou palingénese:
No Mundo inteiro existem muitas categorias em muitos milhares de provas de reencarnação, que são hoje uma “pletora” enorme para quem quiser investigar, com real Amor à Verdade. Nesta síntese ou epítome definimos, porém, apenas 3 categorias, lembrando ainda, por exemplo, estas provas: comunicações do Além de Espíritos desencarnados, revelações feitas por passivos sob hipnose; crianças pequeninas que falam espontaneamente de vidas passadas, crença gerais dos povos selvagens, aborígenes ou silvícolas e primitivos, de tipo africano, citações em todos os principais Livros Sagrados do Mundo − Bíblia: cristã (Cristo), Alcorão: maometano (Maomé), Bhagavad-Gitâ: hindu (Krishna), Zend-Avesta: persa (Zarathustra); Tao-teh-King: chinês (Lao-Tsé), Tábuas de Esmeralda: egípcio (Hermes Trismegistos), etc.).
1.ª ) A reencarnação na História: a Doutrina da reencarnação foi e é Ensinamento comum nas religiões orientais. E foi ensinada, desde sempre, por toda a Sabedoria esotérica verdadeira, arcana e espiritual da Antiguidade, mesmo nos domínios religiosos e /ou iniciáticos do Hemisfério Ocidental, pelos grandes luminares da verdadeira Filosofia ou Sabedoria arcana dos Mistérios, e pelos egrégios Sábios do sagrado como: S. Clemente de Alexandria, S. Gregório de Nyssa S. Jerónimo, o grande Orígenes, Justino Mártir, Teófilo de Antioquia, Tertuliano e outros insignes Sábios, alguns deles pais da primitiva Igreja Cristã e, muitos deles, estudiosos da Cabala israelita e/ou da Gnose dos Gregos: pitagórica, socrática e platónica, ou neoplatónicos da Escola de Alexandria (Ammonio Saccas, Plotino, Porfírio, Proclo, etc.) Todas essas eminências ensinavam a Lei da reencarnação, renascimento ou palingénese.
2.ª ) Investigação Científica: nos domínios experimentais da Parapsicologia científica e académica, os investigadores da Ciência foram cada vez mais descobrindo a sobrevivência, a imortalidade e a reencarnação, desde o século XIX, época dos clássicos da investigação paranormal, ou estão a descobri-la na atualidade, como os inúmeros psicólogos e psiquiatras a confirmá-la cada vez mais: Bryan Weiss (ilustre Psiquiatra em Miami, EUA), a Drª. Elisabeth Kübler-Ross (médica americana), Edith Fiore (psicóloga americana), Helen Wambach (psicóloga em New Jersey, EUA), Ian Stephenson (na Universidade americana de Virgínia), Hamendras Banerjee (Diretor das pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, Índia), além das americanas, Edith Fiore (psicóloga clínica) ou Stanislav Grof (psiquiatra russo) e outros médicos e psicólogos.
3.ª ) As EMI (Experiências de Morte Iminente): as EMI, EQM (Experiências de Quase Morte) ou NDE ("Near Death Experiences") reveladas, pioneiramente, pelo médico americano Raymond A. Moody, que escreveu o livro “best-seller” «A Vida Depois da Vida», e colecionadas por associações científicas como a “Gallup”, nos EUA, comprovaram e vão comprovando e demonstrando, cada vez mais sobejamente, que a morte não existe. Na América, só esta Fundação Gallup já catalogou, desde há muitos anos, cerca de 12 /15 milhões de americanos (cerca de 5 por cento dos adultos) que passaram por essas experiências em estado de coma profundo. Não temos dúvida de que este método é mesmo a prova científica mais conclusiva e irrefutável de que Deus existe (por aquilo que todos os pacientes sentiram e experimentaram), e de que nós não morremos pois, de facto, já que a vida continua sempre muito além da ilusão da morte.
E para contentar aqueles que gostam de “pompas doutorais”, poderemos referir que, no vasto currículo académico da doutora Kübler-Ross, prefiguram mais de uma dezena de investigadores com doutoramentos e credenciais de “honoris causa”, concedidas por diversas universidades, por onde ela passou, no seu “périplo” académico. Desde os primórdios do seu trabalho profissional que se interessou pelo mistério da morte e do que ocorria com os doentes que estavam em fase terminal de vida, tendo investigado centenas de casos de doentes, com alguns dos quais ocorreram experiências de morte iminente, denominadas: EMI, NDE: Near Death Experiences, ou também EQM: Experiências de Quase Morte.
5. A Ciência e a Reencarnação
* A reencarnação não é hipótese particularista do sagrado ou teoria de religiosa conceção, mas ilação apodítica da vida universal e axioma necessário da evolução.
* Tal como o Sol nasce, “morre” e renasce em cada aurora da vida terrestre, assim o Homem nasce, morre e renasce em cada aurora existencial, na vida cósmica.
* A morte é um fenómeno terreno ilusório do Espírito em ocultamento; e a continuidade da Vida, uma Lei universal que nos levará a um novo renascimento.
Em todos os tempos da Humanidade os fiéis buscadores da Verdade procuraram desvendar os mistérios profundos e ontológicos do Homem, na mira do Auto-conhecimento iniciático, para a libertação do ser humano, prisioneiro no seio da Humanidade prosaicamente ignorante. Em todas as épocas e meios sociais sempre surgiram vanguardeiros da civilização, ávidos de conhecimento mais vasto e mais profundo do que os meios oficiais facultavam. Os aventureiros mais ousados da Verdade procuraram a investigação do oculto e do ignoto e muitos (ou, melhor, raros) encetaram o estudo das Ciências herméticas e tentaram penetrar na intimidade das Realidades ocultas da vida e dos mistérios do invisível do ser humano. Mas, no meio dos tabus dos misoneístas, era preciso muita ousadia. Do estudo do Homem invisível à reencarnação foi apenas a distância de um “passo”.
O estudo porfiado do Homem espiritual sempre esteve perfeitamente entrosado aos conceitos da sobrevivência, imortalidade e eternidade da vida humana, donde derivou a conceção primordial da reencarnação (denominada renascimento ou palingénese). Ensinava (e ensina) esta Doutrina magistral o retorno temporal e periódico, a partir do Grande Além, do Ser humano ao mundo material, para aprender novas lições evolutivas, já que a Terra é somente uma escola sideral de almas que, depois de permanecerem largos anos nos Planos cósmicos, Universos paralelos ou Mundos dimensionais da Vida Espiritual, voltam ao seio de uma mulher, para o dar à luz do Mundo físico, para um novo nascimento na carne. É esta realidade a Lei da reencarnação.
Em Verdade, a Doutrina da reencarnação é a Lei mais básica e elementar de toda a Sabedoria genuína, e foi ensinada em todas as épocas da Humanidade minimamente consciente e racional, mesmo nas tradições sagradas mais antigas e primitivas do mundo; infelizmente, as religiões deste Hemisfério Ocidental ainda não a ensinam e negam-na obtusamente, nos seus dogmatismos retrógrados, misoneístas e medievalistas. Mas toda a Antiguidade sábia ensinou esta Doutrina maravilhosa, porque o é, de facto, como, aliás, todas as reais Verdades que fluem do Reino dos Céus.
E dizemos «maravilhosa» porque só mesmo ela nos pode dissipar completamente os medos da vida, conceder-nos verdadeira igualdade humana e compreender o mistério do sofrimento humano tal como as desigualdades do mundo e a Justiça divina que impera em todo o Cosmos e reina em todas as disparidades aparentemente injustas da vida dos seres humanos, pois uns nascem em “berços de oiro” e outros morrem à fome. Porquê tudo isto? Sem as Leis da reencarnação e do Carma, nada se pode entender de verdadeiro sobre a própria Existência.
Ora
vejamos: segundo os ditames da boa, autêntica e vertical Lógica racional, se se
provar, experimental e insofismavelmente, de modo experimentalmente científico
e também, digamos, laboratorialmente, que a realidade da reencarnação existe,
de facto, então ficará realmente provada e demonstrada, inequívoca e
incontestavelmente, a sobrevivência humana ao transe fatalista da morte, e os
tabus dos homens e os medos do fenómeno «morrer», que é afinal tão natural quanto a
existência do mundo, deverão dissipar-se completamente, no contexto da
imortalidade do Homem.
Ou seja, raciocinemos bem: se existe a reencarnação, então há algo no Homem que não morre e que sobrevive, indefetivelmente, à morte, permanecendo oculto por uns tempos, antes de retornar, de novo, ao “palco” do mundo material. Também o Sol se oculta à noite e ninguém afirma que «morreu», verdadeiramente. O Homem é filho do Sol, que nasce sempre no outro dia, e da Mãe-Natureza, que sempre renasce na Primavera, e com ele ocorre algo semelhante, sem que a morte seja aniquilamento total.
Mas será que já existem provas profundamente convincentes sobre a reencarnação, ou são meras “hipóteses de trabalho” de alguns bem intencionados da civilização? É evidente que qualquer prova mais categórica e conclusiva só é possível nos domínios da involução acurada e de muito trabalho na pesquisa da verdade. É essa a metodologia também dos mais credíveis meios de comunicação social. Não é consultando as opiniões dos que nada estudaram sobre determinada área, que procuraremos o real conhecimento sobre assuntos que por eles não foram investigados.
É aí que os misoneístas negadores de opinião se têm que calar e escutar quem sabe, quem aprendeu e quem investigou com toda a porfia e seriedade. É claro, diante de qualquer boa filosofia de aceitação ou de contestação, que a Lógica afirme: «Quem nada sabe, nada tem para ensinar; quem nada conhece, apenas se deve limitar a querer aprender; quem ignora não deve desdenhar nem criticar, mas apenas, humildemente, querer saber». Isso porque: «Sabemos perfeitamente que a Verdade não deve ser imposta a ninguém, para se criar um bom viver, mas que, igualmente, cada um tem também o dever de a querer tentar compreender».
Como em tantos casos de ceticismo similares, mesmo do tempo da investigação dos clássicos do paranormal do século XIX (ex: Alfred Russel Wallace), o Dr. Berni Siegel, professor assistente clínico de cirurgia em Yale, publicou um livro, em 1990, tendo redigido a obra: «Amor, Medicina e Milagres». Inicialmente era cético sobre a alma e a Vida Além da Morte; mas, depois de presenciar e estudar casos de doentes terminais, convenceu-se perfeitamente da imortalidade do Homem. Hoje defende, convictamente, a reencarnação e as comunicações com o Além.
Muitos, como os “positivistas”, à moda de Auguste Comte, (que disparate contraditório de termos, já que se assumiram na esfera do «negativismo» da vida!...), existencialistas à moda de Jean-Paul Sartre e niilistas, à moda de Friedrisch Nietsche, acham que a vida, com todo o seu cortejo de sofrimentos, é apenas um processo e devir caótico tal que não tem significado nenhum e, muito menos, finalidades superiores, evolutivas e espirituais, e que «viver é viver para o nada», segundo os sofismas de Jean-Paul Sartre. Como se enganaram essas “doutas” ignorâncias instruídas!
Mas esse materialismo é pretensiosa inópia e utopicamente cilindrador da Verdade que, qual Fénix renascendo das próprias cinzas, sempre ressuscitará bem viva e rediviva por entre esse aluvião de estapafúrdios dos pseudo-sábios. Mas, como a Fénix, todos reviveremos (ou melhor: continuaremos a viver) quando entregarmos o corpo à sepultura. Com Sabedoria se pode afirmar: «Ser-se um «positivista», nas conceções de Comte, é ser-se escravo da materialística ilusão; ser-se positivo, sem a dialética existencialista de Sartre, é ser-se cada vez mais livre, na evolução».
Sem conhecimento da Reencarnação e da função reequilibrante do Carma não é possível compreender o significado
das nossas dores, de toda a problemática das nossas vidas e da finalidade
última da existência humana. Olhar a vida apenas na perspetiva de uma
encarnação e compreendê-la corretamente é como se alguém tentasse compreender
bem um romance a partir da leitura de uma única página arrancada de um livro,
sem poder compreender o princípio do romance nem o epílogo da história. Perante
a ética da lógica racional, do raciocínio límpido e da humildade verdadeira,
ninguém negue o que desconhece! E todos os Sábios ensinaram a Evolução, a Reencarnação
e o Carma.
O problema da negação é esses “sabichões” académicos não entenderem nada de reencarnação, porque nada investigaram de sério e de profundo da vida, e, não compreendendo o significado real e
verdadeiro da nossa existência universal, na sequência das reencarnações, às vezes, por obtusidade, negam, simplesmente, e apenas opinam “de jure” aquilo que desconhecem “de facto”. Se, ao olharem apenas para esta vida terrestre atual, somente vêem uma “página” do “romance” da nossa existência contínua, para além da sequência de vidas e mortes físicas e da roda das reencarnações, como podem compreender a “engrenagem” universal do Cosmos e da própria vida humana imperecível?...
Só o conhecimento da Verdade, no mínimo o conhecimento da realidade dessas três Leis da Evolução, da Reencarnação e do Carma, nos pode libertar de revoltas e desesperos, neste mundo de injustiças, porque em cada aparente “injustiça de Deus” há sempre uma Justiça perfeita, indefetível, em ação. Daí o aborto ser hediondo crime de lesa-Humanidade que não tem justificação nenhuma, mesmo em relação às crianças que irão nascer deficientes. É a “enxada” da experiência de que precisam para evoluírem, por causa do reflexo cármico doloroso, oriundo dos seus crimes cometidos em vidas anteriores. Isso porque «cá se fazem e cá se pagam!»..., porque a Lei Maior não falha jamais!...
Do Hemisfério oriental ao Hemisfério ocidental, a reencarnação foi ensinada no seio de todos os povos do mundo: aos budistas por Buda, na Ásia; aos hindus por Krishna, na Índia; aos chineses por Kung-fu-Tsé (Confúcio) e por Lao-Tsé; aos do Islão por Maomé, nas Arábias; aos mazdeístas por Zoroastro (Zaratustra), na Pérsia. Desde a Antiguidade que, na Ásia quase não há um asiático que não conheça a reencarnação como doutrina vulgar e inconteste. O budismo, o hinduísmo e o siquismo (os “sikhs” são religiosos islamitas-bramanistas do Punjab, do Noroeste da índia) sempre aceitaram e ensinaram normalmente a Doutrina da Reencarnação.
A reencarnação foi igualmente acreditada: pelos Druidas, sacerdotes celtas da Gália; pelos gnósticos, estudantes esotéricos gregos (da Gnose); pelos cabalistas, esotéricos israelitas (da Cabala); pelos Essénios, monges ascetas da Palestina; na Grécia, pelos pitagóricos, discípulos da academia iniciática de Crotona (fundada por Pitágoras), por Sócrates, por Platão bem como pelos seus seguidores; e, em suma, pelos Iniciados dos mistérios órficos (discípulos de Orfeu); pelos egípcios, segundo o narra Heródoto, o “pai da História”, iluminados em especial por
Hermes Trismegistus, o Sábio «Três vezes Grande»: em Poder, Amor e Sabedoria.
Os alquimistas da Idade Média ensinaram a reencarnação. Para estes, a Alquimia era muito mais do que um simulacro da Química, pois era uma profunda disciplina de Auto-Realização espiritual, de busca da Sabedoria divina e da Perfeição humana. Era assim que o entendiam os verdadeiros Mestres alquimistas, muito distantemente da cobiça do ouro dos falsos alquimistas. Aliás, o «Ouro filosófico» ou «Pedra filosofal» era essa divina Sabedoria esotérica do Sábio da Metafísica cósmica, do Mestre da Sapiência (Adepto). Lembremo-nos que a reencarnação era festejada pelos egípcios nos mistérios de Ísis e pelos gregos nos de Elêusis, festividades originárias de tradições iniciáticas provindas dos Mistérios dos Hierofantes do Egipto (de Hermes Trismegistus).
Desde a Antiguidade tal como na atualidade, todas as doutrinas espiritualistas que se debruçam racionalmente sobre os enigmas da sobrevivência e da imortalidade crêem, convicta e inconcussamente, na reencarnação: a Teosofia, a Antroposofia, o Rosacrucianismo, o Hermetismo, a Gnose, a Cabala, a Alquimia, a Maçonaria, a Yoga, o Espiritismo, a Umbanda, etc. Aliás, toda a Ásia é reencarnacionista: as grandes religiões da Índia (budismo, hinduísmo, bramanismo, siquismo, etc.), do Tibete (lamaísmo), da China (confucionismo, taoísmo, etc.), do Japão (xintoísmo ou sintoísmo — que foi a religião oficial do Japão até 1945), etc.
A
reencarnação foi e é Doutrina comum em todo o continente asiático, onde é
ensinada praticamente por todas as religiões. O Bhagavad-Gitâ é o livro bíblico
básico dos hindus e dos devotos de Krishna, onde o Mestre Krishna, ao ensinar o Discípulo Arjuna, afirma: «Numerosas
são as minhas e tuas vidas passadas, ó Arjuna; Eu conheço-as todas, mas tu
não as conheces!... Alcançar esta meta de vida através da realização de
“Brahman” (Deus) e de “Paramâtmâ” (Espírito
Supremo) toma muitos e muitos nascimentos!» — Refere o Bhagavad-Gitâ, o Cântico do Senhor.
Dentre muitíssimos outros, e sem falar dos verdadeiros Sábios e Mestres do mundo inteiro, todos estes egrégios homens acreditaram convictamente no renascimento: Leonardo da Vinci, Victor Hugo, Walter Scott, Emmanuel Swedenborg, Camille Flammarion, Friedrisch Zöellner, William Crookes, Immanuel Kant, Humphry Davy, Alexander Aksakof, Abraham Lincoln, Schopenhauer, Mahatma Gandhi, César Lombroso, Frederic Myers, A. Russell Wallace, W. Shakespeare, Alexandre Dumas, Robert Schumann, Emerson, Goethe, Wagner, Fichte, Hegel, Karl Jung, Monteiro Lobato, Benjamin Franklin, Kahlil Gibran, Henry Ford... e muitos mais luminares da Ciência, da Filosofia ou da Literatura.
O escritor e filósofo francês, Victor Hugo, poeta, romancista e dramaturgo (nasceu a 26 de Fevereiro de 1802, em Besançon, França, e morreu a 22 de Maio de 1885) estava completamente seguro da Doutrina da reencarnação. Em dada altura da sua vida dirigiu a palavra a um colega e vizinho na Câmara de Paris, o Sr. Savatur-Laroche, em 1851, nestes termos: «E eu também, eu creio na elevação gradual das almas e em suas migrações sucessivas!...». Escreveu ele, sobre a reencarnação, nas suas obras literárias: «Quem nos diz que eu não me torne a encontrar nos séculos?... Não credes nas personalidades moventes, isto é, nas reencarnações, sob o pretexto de que nada vos lembrais de vossas existências anteriores. Mas como a reminiscência dos séculos apagados ficaria impressa em vós, se nem sequer vos lembrais de mais de mil e uma cenas da vossa vida presente?».
Afirmava o poeta alemão Goethe: — «Estou certo de que já aqui estive mil vezes antes, tal como estou agora, e espero regressar mil vezes mais!... A alma do Homem é como água; dos Céus provém, para os Céus ascende e depois retorna à Terra, para sempre alternando!». O enciclopedista Voltaire (1694-1778), que defendia a existência de Deus considerando-o o "Geómetra do Universo", dizia (ou escreveu) acerca da doutrina da reencarnação: — «Não é mais surpreendente ter-se nascido duas vezes do que apenas uma; tudo na Natureza é ressurreição!». Provavelmente (isto porque ainda não a lemos), na sua obra «Da alma» (1777), Voltaire expôs as suas convicções sobre a existência da alma humana, baseada também na sua Fé racional em Deus.
Leonardo da Vinci, o inventor italiano, aconselhava, na sua sabedoria de vida: — «Lê-me, ó leitor, se te agrada ler-me, porque muito raramente regressarei a este mundo!». Diz-se, nos meios esotéricos, que Leonardo era também um grande estudioso da Filosofia oculta. E o Mahatma Gandhi, advogado e estadista indiano, ao tempo do colonialismo inglês, dizia, no seu Amor crístico: «Acreditando como acredito no renascimento, vivo na esperança de que se não nesta vida, talvez noutra qualquer possa vir a estreitar toda a Humanidade num abraço amigo!».
Leon Tolstoi (conde Lev Nikolaievitch Tolstoi, 1828-1910), o egrégio escritor e militar russo,
tão bem conhecido, autor de «Guerra e Paz», postulava também, com sabedoria: — «Os actos da vida anterior dão direção à vida atual!». Walt Whitman dizia: — «Sei que sou imortal. Sem dúvida já antes morri dez mil vezes. Rio-me do que chamam devassidão, e conheço a amplitude do tempo!». Kahlil Gibran, escritor libanês, escreveu isto: — «Saibam, pois, que do grande silêncio retornarei... Não olvideis que para vós voltarei... Um breve instante, um momento de descanso sobre o vento, e outra mulher me trará ao mundo!».
Cícero (Marco Túlio), advogado em 80 a. C., na Roma imperial, escritor e orador romano, escreveu: — «É realmente uma sólida prova de que o homem sabe muitas coisas antes de nascer, o facto de que, quando criança, absorve tão rápida e facilmente inúmeros conceitos, o que mostra que não está a aprendê-los pela primeira vez, mas a recordá-los e a evocá-los!». Frederico, o Grande, ou Frederico II da Prússia (1712-1786), nascido em Berlim, acreditava firmemente na reencarnação, a que aludiu nestes termos bem expressivos: — «Embora possa não ser um rei na minha vida futura, tanto melhor: nem por isso deixarei de viver uma vida ativa e, acima de tudo, colherei menos ingratidão!».
Gustave Geley, um dos clássicos do paranormal, foi
um grande investigador dos fenómenos psíquicos e diretor do Instituto Metapsíquico
Internacional (IMI), de Paris, e ainda eminente médico em Nancy (França), em
1923. Este cientista fez muitas pesquisas com o médium Stephan Ossowietzky,
clarividente e ectoplásmico polaco, nascido em 1877 (também investigado por
Charles Richet, na França). G. Geley asseverou, sem qualquer dúvida analítica ou
preconceito minimamente dogmático: «A doutrina da
palingénese (renascimento) permite uma admirável explicação do mal, e...
uma moral sobre base inabalável!». E o escritor John Masefield
sentenciava nestes termos: «Acredito que quando uma pessoa morre, a sua Alma retorna à Terra; revestida de um novo disfarce carnal,
outra mãe a dá à luz. Com membros mais vigorosos e um cérebro mais inteligente,
a velha alma retoma o caminho!».
Mesmo na Antiguidade, já Heráclito (filósofo grego do século VI a. C.), como, aliás, tantos outros Sábios incontestáveis, quer na Grécia, na Índia ou no Egipto, ensinavam, há milénios: «A morte é o princípio do renascimento!»..., quer se interprete a frase no sentido da sobrevivência ou do reencarnacionismo, ambos os conceitos são profunda e eminentemente verdadeiros. Observe-se como Empédocles já afirmava, na Antiguidade: «Para a alma, que vem do Céu, o nascimento é uma morte!». Ora, se «a alma vem do Céu», é porque estava lá, antes de nascer e já existia antes do nascimento. E se estava lá, é porque reencarnou, concerteza.
Albert Schweitzer (1875-1965) foi um notável médico alemão e teólogo, filósofo e músico, nascido em Kaysersberg (parte da França). Estudou nas universidades de Estrasburgo, Paris e Berlim. Como médico em missão de Amor, Caridade e Fraternidade, foi missionário no Gabão, África, onde fundou o seu próprio hospital. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1952, pelo esforço humanitário
a favor da «Irmandade das Nações». Escreveu obras sobre os Livros do Novo Testamento. O grande filantropo das Áfricas dizia: «A ideia da reencarnação envolve um confortante entendimento da realidade por meio do qual o pensamento indiano ultrapassa dificuldades que confundem os pensadores europeus.
Em «Só o Amor é Real», Brian Weiss pontifica, in págs. 106 e 107:
Desde muito cedo, na sua infância, Jenny sabia que numa vida passada recente havia morrido subitamente deixando os seus oito filhos virtualmente órfãos. Ela conhecia factos detalhados sobre as suas vidas, no início do século vinte, na Irlanda rural. O seu nome, naquela vida, era Mary.
A família de Jenny não a contrariou, mas não dispunham de fundos nem de interesse suficiente para investigar as fantásticas histórias da criança sobre uma sua outra vida de pobreza e tragédia na Irlanda há décadas atrás. Jenny cresceu sem saber se as suas vívidas recordações eram reais ou não.
Finalmente, Jenny teve os recursos para começar a sua investigação. Encontrou cinco dos oito filhos de Mary Sutton, uma irlandesa que morreu em 1932, devido a complicações depois do nascimento do seu oitavo filho. Os filhos de Mary Sutton confirmaram muitas das incrivelmente pormenorizadas memórias de Jenny. E pareciam convencidos de que Jenny era Mary, a sua “falecida” mãe!».
... «Homem? Mulher? No decurso das nossas vidas mudamos de sexo, de religião e raça de forma a aprender de todos os ângulos e pontos de vista. Estamos todos na escola. Nascimento? Se não morremos realmente, então não nascemos realmente. Somos todos imortais, divinos e indestrutíveis. A morte não é mais do que atravessar uma porta para um outro quarto.
Continuamos a voltar de forma a aprender determinadas lições, ou
caraterísticas, como amor... perdão... compreensão... paciência... discernimento...
não-violência... Temos que desaprender outras caraterísticas como medo...
raiva... ganância... ódio... orgulho... ego... que são resultado de velhos
condicionamentos. Só então podemos formar-nos e deixar esta escola. Temos todo
o tempo do mundo para aprender e desaprender. Somos imortais; somos infinitos;
temos a natureza de Deus.
Enquanto olhava Jenny e os seus idosos filhos, mais coisas ainda me ocorriam.
“Aquilo que um homem planta é aquilo que um homem colhe.”
O conceito de karma é definido virtualmente palavra por palavra em todas as grandes
religiões. É uma sabedoria antiga. Somos responsáveis por nós mesmos, pelos outros,
pela comunidade, e pelo planeta.
Impulsionada pela sua necessidade de cuidar dos filhos e protegê-los, Jenny tinha sido atraída mais uma vez até eles. Nunca perdemos os que amamos. Continuamos a voltar, unidos e reunidos de novo. Que poderosa energia unificadora é o Amor!».
Sobre a realidade da reencarnação, diz-nos Helena Petrovna Blavatsky (H.P.B.), de origem russa, sábia fundadora da Sociedade Teosófica, em Nova Iorque, E.U.A., em 1875, bem como também em Londres, e transferida depois para Adyar (Índia):
«Muitos pensadores e filósofos antigos e modernos admitiram-na sem reservas e, para prová-lo, pode-se citar os nomes de Pitágoras, Platão, Empédocles, Sócrates, Kant, Schopenhauer, Shakespeare, Fichte, Herder, Lessing, Shelley, Emerson, Goethe, Hegel, R. Wagner, etc., facto que não deve causar estranheza, porque a doutrina da Reencarnação é a única que nos oferece uma explicação lógica, clara e satisfatória do grande número de problemas e enigmas que torturam a inteligência humana, tais como as diferenças de caráter, os instintos diversos, as tendências inatas de diversas pessoas, o talento e as disposições naturais que algumas delas apresentam para as ciências e as artes, as enormes e irritantes desigualdades de nascimento e fortuna, as aparentes injustiças que vemos a cada passo dado na Terra, etc...
De tudo o que foi exposto, deduz-se que deve existir necessariamente uma causa, uma lei que regule de maneira justa e precisa as condições de cada encarnação ou existência, e esta Lei é o Karma, doutrina gémea da Reencarnação, Lei inflexível que ajusta sábia e equitativamente a cada causa o seu devido efeito; é o destino de cada indivíduo, porém não um destino cego ou caprichoso, mas o destino iniludível, absolutamente justo e estritamente acomodado ao mérito e demérito de cada um.
Em virtude da lei kármica, as boas ou más consequências de todos os actos, palavras e pensamentos do homem reagem sobre ele com a mesma força com que atuaram e assim é que, cedo ou tarde, na atual ou futuras existências, cada um colhe exatamente aquilo que semeou. Nossos desejos, nossas aspirações, nossos pensamentos, nossos actos são aqueles que, por virtude de tal lei, nos atraem repetidas vezes para a vida terrestre, determinando a natureza de nossos renascimentos.
Todas as desigualdades, todas as diferenças que vemos na condição de diversas pessoas são filhas dos merecimentos ou das culpas de cada um e, portanto, o que geralmente se considera como favores ou crueldades da sorte, nada mais é do que o correspondente e justo prémio ou castigo de nossa conduta passada. Somos nós mesmos que forjamos nosso futuro e lavramos nossa felicidade ou desventura vindouras, sem que por isso possamos bendizer ou culpar ninguém mais do que a nós mesmos. Não somos, de maneira nenhuma, escravos de nosso destino, mas seus donos e criadores; o destino é inevitavelmente nossa própria e exclusiva obra. (Ver Karma, Metamorfose, Metempsicose, Preexistência, etc.)».
Desde há muitos milénios que o Oriente, na sua Sabedoria antiquíssima, cuja memória se perde nos dias remotos da Atlântida, o continente que albergou a 4.ª Raça humana, citava a «Roda da Reencarnação» como ciclo de existências múltiplas ou transmigração do Espírito para outros corpos, à semelhança de uma roda que gira sem parar para o homem vulgar, no ciclo contínuo dos nascimentos e mortes, que os orientais chamaram de “Samsara”, Samsâra ou Sansara. Dessa Roda da Vida, só vemos metade, em geral, a parte mais densa, que está manifestada na matéria; a outra parte, como a nora de uma cisterna, está frequentemente oculta aos olhos da Humanidade prosaica. Mas por estar oculta não significa que não exista, efetivamente.
Esses termos, derivados do sânscrito, o “latim” do Oriente, a «língua sagrada dos Deuses», usada pelos brâmanes e outras religiões da Índia, significavam, em semântica original: «rotação», com o radical «roda», e representava os sucessivos renascimentos humanos na matéria, em círculo evolutivo ascendente e espiralado, como uma roda em movimento contínuo, com alternância entre a vida manifestada no mundo (pelo nascimento) e projetada no Além (pela morte), na continuidade imperecível da existência do Homem no contexto da Vida espiritual e universal. Também lhe chamaram «a corrente rotatória da existência individual».
Mas porque não lembramos as nossas vidas anteriores? — É pergunta das mais frequentes por parte de pessoas que ouvem falar de reencarnação pela primeira vez (ou pouco mais). Há razões científicas e filosóficas. Cientificamente, como a nossa memória física está basicamente sediada no corpo etérico (no éter refletor do 1.º estado etérico), e este muda de encarnação para encarnação, as nossas memórias profundas, que residem no corpo astral e muito mais nos veículos superiores (e em perfeição no Eu Maior ou Eu Superior), não pode ser transferida facilmente para o corpo físico, através do cérebro. Em casos de crianças falecidas, normalmente estas não vão aos Mundos superiores, reencarnando rapidamente, e podem lembrar, muitas vezes, vidas
anteriores, pois o duplo etérico é, em grande parte, conservado bastante intacto.
A Lei que exige o esquecimento temporário visa libertar o ser humano de uma sobrecarga de informação de inúmeras experiências de milhares de vidas anteriores, que saturaria a memória e prejudicaria o cérebro, nos homens ainda tão subdesenvolvidos e intoxicados, como são em maioria. Mas o futuro será outra coisa. É para esse futuro que temos, hoje, cerca de nove décimos do cérebro inativos, à espera de novos desenvolvimentos evolutivos e de aperfeiçoamento da Humanidade. Essa sobrecarga seria como pôr informação em
excesso nos discos rígidos (HDs) de um computador, levando-os à saturação da sua
capacidade, com prejuízos inerentes na rapidez e eficiência informática e
funcional.
Ainda existe outra razão mais filosófica, que impede que nos lembremos normalmente do passado. A maioria dos habitantes da Terra ainda tem muito carma para resgatar: ódios antigos, antipatias inúmeras, revoltas subconscientes, inimizades para com muita gente. Se se reconhecessem de imediato esses inimigos, muito maior desassossego haveria na Terra. E Deus e o Carma querem que os inimigos vivam, muitas vezes, como vizinhos, colegas de trabalho, pais e filhos, irmãos consanguíneos e marido e mulher (em casamentos que só funcionam mal, em animosidade e violência). Mas o lar, mesmo com tão pouco reconhecimento (subconsciente) de inimizades, lá vai funcionando como cadinho purificador para converter os ódios em Amor, aproximar corações desavindos, criar simpatias e resgatar dívidas e crimes antigos.
Ora, então, existindo uma apodítica preexistência — que é um axioma de toda a Sabedoria e não uma mera teoria hipotética particular —, em vidas que precederam a nossa atual vida terrestre, levando-nos a considerar que preexistimos, de facto, ao nascimento, como sobrevivemos sempre à morte, vejamos o que H. P. Blavatsky nos diz acerca da preexistência do Homem:
No Glossário Teosófico (de H. P. Blavatsky) pode ler-se:
Preexistência - Termo utilizado para indicar que vivemos antes da vida presente. Equivale à reencarnação no passado. Esta ideia é objeto de brincadeiras por parte de alguns, é rechaçada por outros e qualificada de absurda e irracional por outros mais. Contudo, é a crença mais antiga e mais universalmente admitida desde a Antiguidade imemorial.
E se esta crença era universalmente aceite pelas inteligências filosóficas mais subtis do mundo pré-cristão, certamente não é sem propósito que alguns dos nossos intelectuais modernos também nela crêem ou, pelo menos, concedam a tal doutrina o benefício da dúvida. A própria Bíblia a ela alude mais de uma vez, como quando São João Batista é considerado como a reencarnação de Elias e como no caso dos discípulos de Jesus ao lhe perguntarem se o homem cego havia nascido cego por causa de seus pecados, o que equivale a dizer que havia vivido e pecado antes de nascer cego.
Como diz muito acertadamente Bonwick, era “a obra de progresso espiritual e de disciplina da alma. O sibarita sensual voltava mendigo; o soberbo opressor, escravo; a egoísta mulher da casa, uma costureira. Uma volta da roda ocasionava o desenvolvimento de uma inteligência e sentimentos descuidados e corrompidos e daí a popularidade da reencarnação em todos os países e em todos os tempos... Deste modo, a expurgação do mal se efetuava de modo gradual, porém seguro”.
Verdadeiramente, “uma obra má segue o homem passando por cem mil transmigrações” (Panchatantra). “Todas as almas têm um veículo subtil, imagem do corpo que conduz a alma passiva de uma mansão material para outra”, diz Kapila; assim como Basnage diz, falando dos judeus: “Por esta segunda morte não se entende o inferno, mas aquilo que ocorre quando a alma anima pela segunda vez um corpo”.
Heródoto diz que os egípcios “foram os primeiros a falar desta doutrina, segundo a qual a alma do homem é imortal e, depois da destruição do corpo, entra em um ser novamente nascido. Segundo dizem, quando passou por todos os animais da terra e do mar e por todas as aves, voltará a entrar no corpo de um homem nascido de novo”. Isso é a preexistência. Deveria demonstrou que os livros funerários dos egípcios dizem claramente: “A ressurreição era, na realidade, apenas uma renovação, que conduzia a uma nova infância e a uma nova juventude”.
E no verbete «Reencarnação», de Blavatsky, afirma-se:
Reencarnação - É a doutrina do renascimento, na qual acreditavam Jesus e os seus apóstolos, como toda gente daqueles tempos, porém negada hoje pelos cristãos que parecem não compreender a doutrina de seus próprios Evangelhos, visto que a Reencarnação é ensinada claramente na Bíblia, como o é em todas as demais escrituras antigas (note-se bem estas três afirmações feitas por H.P.Blavatsky!).
Todos os egípcios convertidos ao cristianismo, os padres da Igreja e outros acreditavam em tal doutrina, como provam os escritos de vários deles. Nos símbolos ainda existentes, a ave com cabeça humana, que voa para uma múmia, um corpo ou “a alma que se une com seu “sahou” (o corpo glorificado do Ego e também o invólucro kâmalokico)” é uma prova desta crença.
“O Canto de Ressurreição” entoado por Ísis para fazer a vida voltar a seu esposo defunto poderia ser traduzido como “Canto de Renascimento”, visto que Osíris é a Humanidade coletiva. “Oh, Osíris (aqui segue o nome da múmia osirificada, ou seja, o defunto), levanta-te de novo na santa terra (matéria), augusta múmia que jaz no féretro sob tuas substâncias corpóreas” — eis a oração funerária que era pronunciada pelo sacerdote diante do defunto.
A palavra “ressurreição”, entre os egípcios, nunca significou a ressurreição da mutilada múmia, mas da Alma que a animava, o Ego num novo corpo. O facto de revestir-se periodicamente de carne a Alma ou o Ego era uma crença universal; nada pode estar mais concorde com a justiça e a lei kármica. A Reencarnação é também chamada de palingenesia, metempsicose, transmigração das almas, etc., e, como indicam estes nomes, esta doutrina ensina que a Alma, o princípio vivo, o Ego ou parte imortal do homem, depois da morte do corpo em que residia, passa sucessivamente para outros corpos.
De modo que para um mesmo indivíduo há uma pluralidade de existências ou, melhor dizendo, uma existência única de duração ilimitada, com períodos alternados de vida objetiva e vida subjetiva, de atividade e repouso, comummente chamados de “vida” e “morte”, comparáveis, de certo modo, aos períodos de vigília e de sono da vida terrestre; cada uma dessas existências na Terra é, por assim dizer, um dia da Grande Vida individual».
Deixemos a “fina-flor” da Teosofia (H.P.B.) “falar” mais um pouco, já que a Teosofia é a rainha das Filosofias do Sagrado:
«Através do processo da Reencarnação, a entidade individual e imortal, a Tríada superior, transmigra de um corpo para outro, reveste-se de sucessivas e novas formas ou personalidades transitórias, percorrendo assim, no curso de sua evolução, uma após outra, todas as fases da existência condicionada nos diversos Reinos da Natureza, com o objetivo de ir entesourando as experiências relacionadas com as condições de vida inerentes a elas.
Como o estudante entesoura diversos conhecimentos e experiências em cada um dos cursos que faz durante sua vida universitária, até que, uma vez terminado o ciclo de renascimentos, esgotadas todas as experiências e adquirida a plena perfeição do Ser, o Espírito individual, completamente livre de todas as trevas da matéria, alcança a Libertação e retorna a seu ponto de origem, abismando-se novamente no seio do Espírito Universal, como a gota de água no oceano.
A Filosofia esotérica afirma, pois, a existência de um princípio imortal e individualizado, que habita e anima o corpo do homem e que, com a morte do corpo, passa a encarnar outro corpo, depois de um intervalo mais ou menos longo de vida subjetiva em outros planos. Desse modo, as vidas corporais sucessivas se enlaçam com outras tantas pérolas no fio, sendo este fio o princípio sempre vivo e as pérolas as numerosas e diversas existências ou vidas humanas na Terra.
Nos livros exotéricos (o exoterismo é o estudo vulgar, convencional, externo), dos textos sagrados do Oriente diz-se que a Alma transmigra das formas humanas para as formas animais e pode passar para formas ainda mais inferiores (vegetais ou minerais). Esta crença é geralmente aceite não só nos países orientais mas também no Ocidente, entre os prosélitos de Pitágoras e de Platão; porém a filosofia esotérica rechaça totalmente tal afirmação por ser irracional e porque se opõe abertamente às leis fundamentais da Natureza...
A Reencarnação,
doutrina que parece ser nova entre nós, apesar de ser antiquíssima, é a crença
de dois terços da população mundial e foi aceite sem reservas em todos os séculos passados. Numa
palavra, é uma verdade esquecida. Nas Escrituras Sagradas da maior parte do
Oriente, fala-se da Reencarnação como de uma doutrina que não tem necessidade
de provas ou demonstrações, como uma dessas verdades correntes e incontestes,
que todo mundo aceita sem discussões nem exames.
No Novo Testamento encontram-se várias alusões a esta doutrina (Mateus, XVII, 12, 13; Marcos, VI, 14-16; João, IX, 1, 2, etc.) e assim a vemos plenamente admitida por vários padres da antiga Igreja. (Ver: A. Besant. Compêndio Universal de Religião e Moral, tomo I, pp. 97 e segs.) No próprio Ocidente, a crença na Reencarnação estava muito arraigada na Antiguidade, como o demonstram certos ensinamentos da Mitologia e numerosas obras de sábios eminentes!».
Sendo a doutrina da reencarnação um conceito universal, a crença nela está disseminada mesmo entre quase todos os povos incultos do mundo, como os negros primitivos da África, as tribos dos índios americanos, os gronelandeses e até os povos selvagens do Pacífico, como, por exemplo, os habitantes das ilhas Fidji e outras que nela acreditam. Como se vê, há no “coração” de todos os povos a “fome” mística do Sagrado e do Divino. Por isso é que todos eles criaram as suas próprias religiões e rituais sagrados, numa obediência subconsciente ao “teotropismo” universal do Chamamento interior da sua Origem divina consciencial.
Os Atlantes também ensinaram tal doutrina — que para nós não é uma mera teoria mas um axioma sapiencial e insofismável de todo o “processus” existencial e evolutivo da vida humana —, conceção que se refletiu, naturalmente, nos seus remanescentes egípcios, incas, hindus, etc., herdeiros diretos da elevada cultura atlante. Hilcar, discípulo do Sábio Antúlio, já tinha sido perseguido na Atlântida por ensinar a reencarnação e o monoteísmo. Por isso emigrou para o Oriente, atingindo a Ática onde se diz ter criado a «Fraternidade dos Dáctylos», uma escola de Mistérios.
Quanto às investigações sobre pessoas que recordam naturalmente factos de encarnações anteriores, desde Pitágoras que tal tem sido constatado no âmbito do paranormal. Pitágoras, segundo os relatos de Platão, recordava-se de ter sido, numa vida anterior, um dos Argonautas; noutra, Hermótino; e, ainda noutra, Eufórbio. Não esqueçamos que Pitágoras, nesse tempo, não era um simples Filósofo mas já era um Mestre da Sabedoria arcana. Aliás, toda a escola gnóstica grega, que reunia grandes Sábios, desde Pitágoras, Sócrates e Platão, era reencarnacionista, tendo a reencarnação como base do seu ensinamento filosófico-sapiencial.
A Escola de Alexandria, dos reais Sábios neoplatónicos (com sumidades da Sabedoria como Ammonio Saccas, Plotino, Porfírio, Proclo, Orígenes, Fílon, o Judeu, Josefo, Jâmblico, Eratóstenes, Hipatia, S. Clemente de Alexandria, Euclides, Apolónio de Perga, Nicómaco, Herófilo, etc.), conhecida pela sua biblioteca de 500.000 a 700.000 volumes, de nome “Alexandrina”. A biblioteca original parece ter sido fundada à volta do ano 283 a. C. ou 295 a. C., e foi fundada por Ptolomeu I Soter, rei do Egito, que governou entre os anos 305 e 285 a. C., tendo ocupado o território cedido pelo monarca Alexandre da Macedónia, por tê-lo acompanhado na expedição que efetuou à Ásia. Os Sábios desta instituição divulgavam abertamente a reencarnação como parte da sua Doutrina esotérica. Esta escola reuniu, no Egipto, desde o II e III séculos, algumas das maiores e mais egrégias sumidades do mundo da Sabedoria divina, da Metafísica teosófica da Antiguidade.
Quanto a sólidas provas científicas de sobrevivência, os casos inúmeros de reencarnação, que foram comprovados por eminentes cientistas, constituem das mais sólidas e irrefutáveis provas da sobrevivência e da imortalidade do Homem ao transe da morte, demonstrando-se, assim, que o ser humano preexiste ao nascimento e sobrevive à morte, como o têm afirmado, há séculos, todos os verdadeiros Sábios do mundo. E hoje não são os iletrados apenas que acreditam na reencarnação. Senão vejamos algumas das muitas eminentes personalidades que dela tiveram a certeza.
Mas os últimos “trunfos” acerca da comprovação insofismável desta doutrina universal cabem basicamente a duas espécies de método científico experimental contemporâneo, que comprovaram irrefutavelmente a realidade da reencarnação. São eles o hipnotismo (e o hipnomagnetismo ou sonambulismo artificial) bem como a análise da recordação natural de encarnações anteriores, que têm ocorrido com algumas pessoas adultas (especialmente se foram suicidas) e mais frequentemente com crianças de tenra idade, que se lembram,
com toda a naturalidade, de vidas passadas.
A reencarnação foi demonstrada, academicamente, desde a Salpetrière de Paris, a célebre escola de Psicologia francesa, onde o médico e psicólogo francês Pierre Janet (Pierre-Marie Félix Janet nasceu a 30 de Maio de 1859 e faleceu em 1947) fazia regressão de memória em hipnotizados, até vidas passadas, com psicoterapia consequente. Deve-se a Pierre Janet a melhor consolidação dos estudos da Psicologia e da Neurologia, ao permitir a ligação entre o estudo psicológico académico teórico e o tratamento clínico prático das doenças mentais. Em 1904 P. Janet criou o Jornal de Psicologia Normal e Patológica. Pierre Janet foi aluno do Prof. e médico Charcot, no hospital da Salpetrière.
Não esqueçamos que estes estudos das técnicas hipnóticas de Pierre Janet e de Charcot eram já um corolário do que o Dr. Braid, em 1830, tinha conseguido, em termos de práticas de hipnose, com os seus métodos de luzes brilhantes e mesmo de espelhos giratórios refletores sobre os olhos dos passivos que ele hipnotizava para fins de psicoterapia. Mas o Dr. Braid já se tinha inteirado das técnicas de hipnose mesmérica, a partir dos estudos que tinha feito, herdados do próprio pioneiro Anton Mesmer.
Mas, depois das muitas comprovações de Mesmer sobre o magnetismo, surgiram mais tarde outros processos de curar e de influenciar passivos que entravam mesmo em estado de transe, como o hipnotismo e o hipnomagnetismo ou «sonambulismo artificial». Um dos vanguardeiros do hipnotismo foi o coronel francês Albert de Rochas (d'Aiglun), engenheiro, hipnotizador e diretor da escola Politécnica de Paris. Este escreveu o livro “Les Vies Successives”, em que descreve experiências hipnóticas que realizou com 20 passivos, tendo conseguindo, de todos eles, recordações nítidas de pormenores de algumas das suas vidas anteriores. Hector Durville, Hyppolite Baraduc e outros investigadores secundaram-no em experiências deste género, comprovando à saciedade a realidade da reencarnação.
Desbravando paulatinamente os recessos misteriosos da dita «memória extra-cerebral», que em Parapsicologia se denomina «ecmnésia», tais investigadores do insólito levaram os pacientes hipnotizados a regredirem, mnemonicamente (na memória), na sua idade, a recordações antigas, recordando em pormenor muitos acontecimentos, mesmo da sua primeira infância (fenómeno chamado «criptomnésia», pela Parapsicologia), que tinham sido completamente esquecidos em
consciência normal de vigília ou consciência objetiva, e até mesmo antes do nascimento.
As experiências de tais paladinos do insólito levaram ainda a memória dos “sujets” (passivos, em estado hipnótico) à fase fetal e embrionária e até para além desta, ao período pré-embrionário, no qual vários hipnotizados recordaram detalhadamente outras vidas precedentes, pelo fenómeno da ecmnésia, que tinham sido vividas por eles noutros corpos materiais (ou seja, a energia espiritual consciente animando outros corpos carnais e até noutro sexo), vindo-se, depois, a confirmar indubitavelmente a veracidade das suas afirmações surpreendentes e desconcertantes.
O coronel Albert de Rochas d'Aiglun, no seu livro citado antes, relata o caso dum passivo que, ao ser hipnotizado, e submetido à regressão de memória, recordava ter-se chamado Jean Claude Bourdon, numa encarnação anterior, que serviu o exército em Besançon, ficando solteiro e vindo a falecer aos 70 anos. Como em vida era descrente da sobrevivência, após a morte sentiu-se sair do corpo, ao qual fica ligado durante uns tempos dolorosos, sentindo inauditos desconfortos nesta fase, enquanto a sua alma continuava presa, biomagneticamente, ao corpo em dissolução.
Bourdon acompanha o seu enterro e permanece no cemitério ligado magneticamente ao cadáver, sofrendo dolorosamente a decomposição deste. Depois, mergulha em trevas até que volta a reencarnar, agora num corpo de mulher chamada Filomena Carteron, que morreu em idade avançada, vindo a sofrer bastante no estado de erraticidade, no Além-túmulo, assediada e acossada por muitos espíritos maléficos que a atormentaram, por causa do mal que tinha praticado nessa última encarnação. Finalmente, o passivo é despertado do transe hipnótico, esquecendo o relatado dos factos que, mais tarde, foram devidamente
confirmados.
Desde há muitos anos, a reencarnação está a ser alvo de estudo de muitos médicos, psicólogos e psiquiatras. Citemos de passagem: a psicóloga Helen Wambach, em New Jersey; a psicóloga, também americana, Edith Fiore; o psicólogo russo Stanislav Grof, como o demonstra o seu livro «A Aventura da Auto-descoberta», tradução brasileira duma obra deste pesquisador; o eminentíssimo psiquiatra americano Brian L. Weiss, em Miami Beach (Florida, E.U.A.); a Dra. americana Elisabeth Kübler-Ross; Ian Stephenson da Universidade de Virgínia (EUA), etc. Brian Weiss afirma, sem quaisquer preconceitos, numa das suas obras: «Você já viveu em muitos corpos, em vários tempos!»
Incansável
investigador, pioneiro e paladino da comprovação da reencarnação, através da psicoterapia pela hipnose e pela regressão a vidas passadas, o ilustre Dr. Brian L. Weiss tem-se tornado uma sumidade de renome cada vez mais alargado e conhecido na América e na Europa, pelo menos, e mesmo até na Ásia. Pela sua integridade e celebridade e pela técnica de Terapia de Vidas Passadas (TVP), converteu-se numa das maiores referências mundiais da investigação da realidade paranormal acerca da reencarnação, tendo comprovado este fenómeno à saciedade, e tendo perdido todas as dúvidas do seu inicial ceticismo sobre a realidade desta Doutrina imortalista.
Pela sua inegável notoriedade científica, e devido ao seu magnífico trabalho a favor da reencarnação e, consequentemente, acerca da sobrevivência humana, citamos alguns dados biográficos de Brian Weiss, face ao seu já vasto curriculum pelos anais da Medicina, nomeadamente bem notabilizado no âmbito da Medicina Psiquiátrica. Atualmente, Brian Weiss dá consultas de Psiquiatria na sua clínica privada em Miami, realizando seminários e workshops, e dando palestras a nível internacional bem como elaborando e divulgando programas de formação profissional a muita gente. A sua vasta experiência clínica, como médico, os seus depoimentos sérios e irrefragáveis como investigador, no âmbito da hipnoterapia e na regressão de memória, e os seus livros tão elucidativos falam completamente a favor da reencarnação, da sobrevivência e da imortalidade.
O Dr. Brian Weiss licenciou-se Phi Beta Kappa
(Sociedade honorífica, fundada em 1776, sendo também esta expressão um título
médico de distinção académica, especialmente credenciado na América do Norte),
em 1966, “Magna Cum Laude” pela Universidade de Columbia (Nova Iorque),
tendo recebido o seu diploma de Medicina (M.D., Medicinal Doctor) na
Escola de Medicina da Universidade de Yale, em 1970, onde, mais tarde, obteve a
posição administrativa de Diretor dos serviços de Psiquiatria.
Depois, Brian Weiss
fez também o seu internato no Belevue Medical Center da Universidade de
Nova Iorque. No seu “curriculum” foi, também, Professor na Universidade
de Pittsburgh. Tornou-se residente-chefe do Departamento de Psiquiatria do Mount
Sinai Medical Center em
Miami Beach, na Florida, e Professor Associado de Medicina no
Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Miami,
onde assumiu o cargo de Diretor do Departamento de Psicofarmacologia.
Após 4 anos nesta Universidade americana, o Dr. Weiss foi promovido a Professor Associado de Psiquiatria na Escola Médica, tendo sido nomeado Diretor de Psiquiatria num grande hospital de Miami, ligado à mesma Universidade. O Dr. Brian Weiss também foi orientador profissional na Associação “Drug and Alcohol Abuse” (Dependência de Drogas e Álcool), fundada pelo National Institute of Drug Abuse (NIDA), onde efetivou estudos bastante aprofundados sobre psicotrópicos diversos, tendo sido psiquiatra igualmente residente num hospital em Connecticut.
Há uns tempos, lemos partes de alguns livros desse psiquiatra, como «A Divina Sabedoria dos Mestres», «Muitas Vidas, Muitos Mestres» e outros, e ficámos maravilhados com o conteúdo que encerram, no contexto da revelação da Verdade da alma humana e da reencarnação, feita ao grande público por um cientista do ensino oficial que tem a coragem estóica — num mundo ainda tão preconceituoso, tão cheio de tabus, e num Ensino que enferma de tanto academismo pragmático e profissionalista — de afirmar abertamente a sobrevivência e a imortalidade do Ser Interior, que somos todos, no nosso contexto espiritual. Fascinou-nos o seu conteúdo magnífico tão edificante e tão moralizante.
O grande público está, de facto, bem carente de real Sabedoria da vida, de Conhecimento filosófico verdadeiro, muito embora, para nós, esse conteúdo revelado mesmo pela notoriedade oficial de Brian Weiss seja ainda muito elementar, dentro do que aprendemos rumo aos meandros infinitos da Sabedoria eterna. Todavia, para quem não sabe nada sobre as realidades imortalistas, que é a maioria, são obras esplêndidas. Bem poderíamos aplicar a esses livros o título de “cartilha da primária da Sabedoria” (sem nada de depreciativo), tão necessária para a eclosão da nova mentalidade mundial. Mas estamos nós aqui (e outros também, certamente,
sobre a Terra) para revelá-la...
Do primeiro livro citado extraímos estes comentários do autor: «Estudei curadores, médiuns, psíquicos e outras pessoas envolvidas em práticas holísticas e alternativas, e compreendi que existem outras vias para o despertar espiritual de cada um... Este livro representa o culminar de 20 anos de experiências e de estudos, não só na área da reencarnação mas também na área do movimento conhecido por Nova Era!...». Do segundo livro, «Muitas Vidas, Muitos Mestres», tirámos também algumas alusões muito importantes sobre outros investigadores americanos sérios que comprovaram e vão comprovando cada vez mais a reencarnação, cujos nomes, referenciados por Brian Weiss, transcrevemos a seguir:
Edith Fiore é psicóloga clínica americana que investigou muitos casos de reencarnação. Após ter consolidado a sua certeza reencarnacionista, escreveu o livro: “You Have Been Here Before” (Você Já Esteve Aqui Antes), traduzido para o português com o título: «Já Vivemos Antes».
Harry Prosen, M.D., Professor e Diretor do Departamento de Psiquiatria e Ciências de Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Wisconsin (EUA).
Richard Stuphen, que escreveu: “Past Lives, Future Loves” (Vidas Passadas, Futuros Amores) e “You Were Born Again To Be Together” (Você Nasceu Outra Vez, para Estarem Juntos).
Joel Rubinstein, M.D., antigo professor de Psiquiatria na Escola de Medicina de Harvard, atualmente com clínica privada.
Andrew E. Slaby, M.D., Diretor de Medicina do Hospital de Fair Oaks (EUA).
Jeanne Avery, que escreveu: “Astrology And Your Past Lives” (Astrologia e as Suas Vidas Passadas).
Do livro de Brian L. Weiss, «Muitas Vidas, Muitos Mestres», tirámos as seguintes palavras tão
belas, luminosas e reconfortantes:
«O medo da morte, esse medo constante e oculto que nenhum dinheiro ou poder é capaz de neutralizar - esse é o ponto fulcral. Mas se as pessoas soubessem que a vida não tem fim e, assim, nunca morremos... então, esse medo desvanecer-se-ia.
Se soubessem que
viveram anteriormente vezes sem conta e que voltarão a viver inúmeras vezes,
como toda a gente se sentiria mais tranquila! Se soubessem que os espíritos se
encontravam presentes para os ajudar enquanto se encontravam no estado físico
e que depois da morte, no estado espiritual, se iriam reunir a esses espíritos,
incluindo os dos entes queridos já falecidos, como se sentiriam confortados!
Se soubessem que os «anjos» da guarda existem na
realidade, como se sentiriam muito mais seguros. Se soubessem que os actos de
violência e injustiças contra as outras pessoas não passam despercebidos, e que
têm que ser pagos em espécie noutras vidas, como seria muito menor a raiva e o
desejo de vingança que guardariam dentro de si.
E se é verdade
que «pelo conhecimento nos aproximamos de Deus», para quê os bens materiais ou
o poder, quando representam um fim em si próprios e não um meio que
possibilite essa aproximação? Ser
ganancioso ou sedento de poder não tem qualquer valor, aconteça o que acontecer...
O nosso corpo não passa de um veículo que nos é útil enquanto aqui estamos. Só
a nossa alma e o nosso Espírito vivem para sempre!...»1.
Também no Livro «A Divina Sabedoria dos Mestres», Brian Weiss, na pág. 56, conta-nos um caso interessantíssimo,
digno da nossa mais séria meditação, em que: «Há uma história muito conhecida, em que a mãe entra no quarto do filho mais novo, e encontra o filho mais velho, já com 4 anos, debruçado sobre o berço (do irmãozinho que lá estava deitado, certamente)2, a implorar: — Tens de falar-me do Céu e de Deus; estou a começar a esquecer-me!...». Tristemente, ao reencarnarmos bebemos todos da “água do Letes”, o “rio do esquecimento”, como diriam os gregos da Antiguidade, baseados na Eneida de Virgílio e, por isso, sofremos todos de amnésia temporária, neste mundo.
É ainda Brian Weiss, no livro citado, que nos
recorda, à pág. 110:
«Estar num estado físico é anormal. Para nós, o normal é estarmos no estado espiritual... Todos nós somos Espírito... uns estão num estado físico e os outros encontram-se num período de renovação. Outros são guardiães. Mas todos nós atingimos esse estado. Também nós já fomos guardiães... Recordar que somos almas, que somos imortais e que existimos sempre num vasto oceano de energia, é a chave para a alegria e a felicidade. Neste oceano energético, um exército de Espíritos benévolos vai-nos encaminhando ao longo de todo o percurso do nosso destino, ao longo da nossa viagem evolucionária em direção à consciência de Deus!...».
O sentimento religioso ou experiência mística de Deus no coração humano é, de facto, uma carência de primeira necessidade de toda a Humanidade. Foi por isso que surgiram tantas religiões sobre a Terra. Sem ele, as almas dos homens sentem-se vazias, neste planeta; andam insaciáveis; vivem inseguras... Porque o ser humano tem necessidade imperiosa de se auto-identificar com a sua Realidade profunda, espiritual, e de se auto-valorizar com Deus, pois Deus é, realmente, o plano de fundo da Consciência humana. Todo o ser humano é de origem divina, devendo, por isso mesmo, ser respeitado com santidade.
Karl Yung (1875-1961), psicólogo e psiquiatra suíço, estudante em Basileia, discípulo de Freud (o pioneiro da Psiquiatria), docente na Escola Politécnica de Zurique e na Faculdade de Medicina de Basileia, afirmou: «Entre todos os pacientes que encontrei na segunda metade da minha vida, não houve um cujo problema, em última análise, não fosse o de encontrar uma conceção religiosa da vida. Todos estavam doentes, porque tinham perdido aquele sustentáculo e apoio que as religiões oferecem, e posso afirmar que nenhum deles foi verdadeiramente curado sem ter conquistado, antes, esta conceção religiosa!» — palavras traduzidas do alemão que bem poderíamos sintetizar assim: «Ainda não conheci uma só pessoa doente, cujo problema básico não fosse essencialmente o problema de Deus».
Também o livro “Recordando Vidas Passadas”, da Dra. americana Hellen Wambach, psicóloga do Centro Médico de Monmouth, em Long Branch, New Jersey, E.U.A., descreve muitos casos de pacientes hipnotizados por ela, que se recordam nitidamente, em estado de transe, de vidas pretéritas. As suas investigações sobre reencarnação iniciaram-se propriamente a partir da ocorrência de um estado de consciência alterada, que lhe aconteceu em 1966, em Mount Holly. Nos primeiros dez anos, após esta experiência, Wambach fez mais de duas mil regressões de memória com pacientes de todo o tipo, comprovando à saciedade muitos factos de vidas anteriores ocorridos com estes.
Atualmente existe tanta cópia de tais casos ecmnésicos que seria, talvez, fastidioso enumerá-los. Mas tentaremos satisfazer os mais incrédulos com alguns casos bem documentados. O cientista indiano Dag Hamendras Banerjee, diretor das pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, em colaboração com o inglês Dr. John Kilberg, tornou-se um dos maiores investigadores reencarnacionistas do mundo, estudando cerca de 1100 casos paranormais de ecmnésia, nos quais comprovou à saciedade a reencarnação.
No longo rol de casos de recordações de vidas
anteriores que investigou, Hamendras Banerjee inventariou, dentre muitos
outros:
Gopal Agarwal era um menino que morava em Nova Deli (na Índia), o qual, aos dois anos e meio, se recordava, com pormenores incríveis, de ter sido anteriormente filho de uma família rica de Mathura (Índia), chamando-se, então, Shakti Shaktipal Sharma, cuja morte, aos 35 anos, com um tiro de pistola de um irmão, recordava nitidamente, além de relembrar muitos outros acontecimentos dessa encarnação pretérita (passada).
Kertin Ylomen, que vive (ou vivia) perto de Helsínquia (capital da Finlândia), também era um menino extraordinário que recordava pormenorizadamente ter vivido antes em África (no Congo). Kertin forneceu dados muito exatos sobre a casa que habitou, na encarnação anterior, situada perto de um parque que se comprovou, depois de um minucioso e acurado estudo, ter existido realmente, conforme descrições fornecidas.
Lina Marconi, filha de um médico italiano que mora em Copenhague (Dinamarca), a qual, aos três anos de idade, falava fluentemente espanhol, dizendo que queria ir para a sua casa nas Filipinas, tendo-se chamado Maria Expina, citando familiares de outra encarnação lá residentes e outros pormenores, como o de se recordar de ter morrido aos 12 anos com malária, factos que foram confirmados como exatíssimos.
Iolanda Mancari, filha de um representante
comercial italiano em Yazd (Irão), a qual aos três anos e dois meses recordava
a sua “outra mãe”, a bailarina Lili Friemark, de Viena (Áustria), lembrando-se
do assassínio desta, a que assistiu, e de outros detalhes.
Elmad Elawar, de Korniel (Líbano), que se lembra de ter sido, em vida precedente, Ibrahim Bouhamzi, de Khirby, aldeia a 64 km da sua atual residência, recordando muitos acontecimentos dessa encarnação como, por exemplo, um atropelamento de um camião que o deixara paralisado de ambas as pernas, o seu amor não correspondido por uma rapariga chamada Jamila, a sua paixão por caça e armas de fogo, etc.
Também Ismail era um menino extraordinário que, com 5 anos de idade, reconheceu claramente a sua mulher da anterior encarnação, em que se tinha chamado Abeit Suzulmus, que morreu aos 50 anos.
Aliás, na pesquisa científica da reencarnação, igualmente Ian Stevenson, professor muito considerado de Psiquiatria da Universidade de Virgínia (E.U.A.), já estudou meticulosamente mesmo centenas de casos, confirmando sobejamente a reencarnação, dos quais selecionou 20 dentre os mais flagrantes, escrevendo, então, o livro «20 Casos Sugestivos de Reencarnação». Esse investigador, de um cuidado meticuloso nas suas investigações, estudou detalhadamente casos como os de:
Nellie do condado de Effingham (Illinois), que dizia chamar-se Mary, a filha do mesmo pai, falecida anos antes, reconhecendo muitas pessoas que Mary conhecera, a antiga casa dos pais e a escola em que Mary estudara.
Gail Habbyshaw, de Mercer (Pensilvânia), que desde a infância se sentia atraída imensamente pelo judaísmo, declarando ter sido morta pelos nazis, na década de 1930.
Shanti Devi, de Nova Deli (Índia), com três anos
começou a descrever em pormenor a outra vida que vivera em Mathura (Índia), a 100 km de Nova Deli: dizia
ter nascido antes, em 1902, tendo-se chamado, então, Ludgi Devi, e que o nome
do seu marido era Kedar Nath Chaubey, tendo morrido em 1925 ao dar à luz um
filho.
Um dos casos mais impressionantes e irrefutáveis de exemplo de reencarnação é o das gémeas Pallock (Jennifer e Gillian Pallock), nascidas em Whitley Bay, no norte da Inglaterra, filhas do mesmo casal, John Pallock e Florence, que tinha tido duas filhas desencarnadas, em vida anterior, dezassete meses antes das gémeas terem nascido. As duas gémeas que, mal começaram a falar, tratavam-se naturalmente pelos nomes que tinham na reencarnação anterior, lembravam-se, com pormenores incríveis, do acidente de carro que as vitimou, atropeladas, em idade infantil, na outra vida passada, chamando-se então,
na vida anterior, Joanna, de 11 anos, e Jacqueline, de 6 anos (em 1957).
Sem ninguém lhes ter falado do acidente das irmãs falecidas, as gémeas tinham clara recordação deste, nos mais ínfimos pormenores, em precisão de detalhes, falando do acidente como se tivesse acontecido com elas próprias, descrevendo detalhadamente os ferimentos que tiveram, pondo-se a chorar ao se aproximarem do local em que se dera o acidente, sem ninguém lhes ter dito onde ocorrera. Jennifer é a imagem fisionómica exata de Jacqueline, apresentando na testa uma cicatriz de nascença, de cerca de 3 cm, do mesmo modo como Jacqueline tinha, por causa duma queda ocorrida quando tinha apenas 3 anos de idade.
Além disso, Jennifer tem um sinal vermelho-acastanhado na anca, do tamanho de uma moeda, e Jacqueline tinha exatamente um sinal perfeitamente igual. Jennifer também gosta muito de escrever, tendo adquirindo um modo próprio de escrever (com os dois dedos do meio) e Jacqueline tinha o mesmo hábito, em vida anterior. Gillian utiliza expressões parecidíssimas com as que Joanna tinha normalmente, andando até da mesma maneira e igualmente com o mesmo hábito de pegar a irmã pela mão.
Os casos de reencarnação perfeitamente comprovada constituem, já hoje, uma “pletora” em todos os anais da Parapsicologia científica, de tal modo que levaram o Dr. Brian Weiss, psiquiatra americano, a afirmar (ou escrever): «Já temos milhares de casos reportados, uma verdadeira base de dados com pormenores valiosos, informações, factos. Dispomos de relatórios clínicos, muitos dos quais podem ser validados e confirmados. Há mais provas! As cartas descrevem relatos pormenorizados da evocação de vidas passadas, de pacientes que se recordam de nomes, datas e pormenores de vidas noutras cidades, países, ou continentes!».
Pergunta-se, efetivamente: afinal morre-se ou não se morre? A experiência científica afirma, sem qualquer sombra de dúvida, que, morrendo a forma carnal que nos “veste a alma”, como um “fato de mergulho”, para vivermos no “oceano” deste mundo físico, a vida espiritual, a essência energética (que é, digamos simplistamente, a sede do pensamento, da razão, da consciência, etc.) continua a existir, já que «na Natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma», segundo a lei enunciada por Lavoisier, em 1789, e aceite como cânone por toda a Ciência contemporânea.
Depois de todas as provas que a Ciência nos apresenta sobre a sobrevivência humana, mesmo desde há mais de 100 anos entre os clássicos dos fenómenos psíquicos, do Século XIX, cabe a cada um, por si mesmo, rejeitar “a priori” (sem que isto constitua qualquer conceito verdadeiramente filosófico ou científico, mas apenas ignaridade dos que nada estudaram nem têm conhecimento de causa), por preconceito ou dogma, negação sempre filha horizontal da ignorância, ou aceitar “a posteriori”, perante
a pletora da evidência científica, a realidade dos factos insofismáveis, e tão
bem comprovados, hoje, irrefutavelmente, pela Parapsicologia, de modo
científico e experimental.
2. A Reencarnação e as Religiões
* Pelo renascimento assume-se a vida, no verdadeiro destino do Homem que é uma cósmica destinação, não se limitando apenas a uma terrestre realização.
* Todos os seres renascem no palco da matéria, no espaço e no tempo, pois na eternidade da vida não há lugar para a morte mas apenas aperfeiçoamento.
* Nasce-se, morre-se e renasce-se muitas vezes, no “palco” da matéria, para evolução, e o destino do Homem é a sua gloriosa e imarcescível Perfeição.
− «Nascer, morrer, renascer e progredir sempre, tal é a Lei!» − Allan Kardec. Eis, em síntese, a maravilhosa Doutrina da Verdade, que é, aliás, uma das bases fundamentais do Espiritismo sério, cristão e doutrinário como de todas as verdadeiras Doutrinas espiritualistas da atualidade, do Oriente (como a Yoga, o Budismo, o Hinduísmo, etc.) ou do Hemisfério ocidental (como a Teosofia, a Antroposofia, a Rosacruz, a Gnose, a Eubiose, a Franco-Maçonaria, o Espiritismo, etc. ). Infelizmente muitas religiões por aí, tão pouco esclarecidas sobre o Sagrado, por muitas Bíblias que leiam, confundem, na sua ingenuidade, a Doutrina Espírita com “coisa do Demónio” ou com bruxaria. Essas religiões que se deixem de infantilidades misoneístas
e de disparates tolos e que estudem mais e melhor a Verdade, que ignoram completamente!...
Frise-se bem que, se A. Kardec não foi o “Papa do Espiritismo”, como alguns dizem jocosamente ou de modo trocista... e ignaro. Kardec era, insofismavelmente, um homem muito instruído, médico e pedagogo, e um homem probo, justo, virtuoso, equilibrado, racional, lógico e Pensador por excelência, Espírito já muito evoluído, que veio ao mundo para organizar e codificar a Doutrina bela e luminosa denominada Doutrina Espírita ou Espiritismo (com letra maiúscula), na qual aprendemos muito, em mais de 40 anos de estudo sério, acurado e porfiado do Espiritualismo, em geral, no qual o Espiritismo kardecista também foi (e é e será) uma das Doutrinas de Luz, Verdade e Sabedoria que tanto nos transmitiu de
tão nobre e de tão positivo.
Para dar real continuidade às certezas imortalistas de Allan Kardec, “ouçamos” Joseph Banks Rhine, eminente professor americano (falecido há poucos anos) e introdutor da cadeira de Parapsicologia na Universidade de Duke − Duke University, de Durban, nos Estados Unidos da América, onde lecionou durante muitos anos sobre paranormalogia científica, como professor da investigação científica do paranormal, que comprovou a realidade dos fenómenos mediúnicos que deram, por fim, plataforma ao nascimento da Doutrina Espírita: do Espiritismo igualmente científico e também filosófico e doutrinário. O professor Rhine foi o criador do célebre baralho de cartas Zener, para testar sensitivos, portadores de algum grau de paranormalidade mediúnica. Eis o que esse catedrático afirma, com a “chave de ouro” da conclusão lógica e arejada das suas fecundas
investigações científicas:
«As religiões foram todas fundadas sobre algum
conceito de verdade... A Parapsicologia... deve reclamar para si toda a gama de ordem espiritual da
realidade!... O agente incorpóreo — Dizendo-se pessoa desencarnada sobrevivente à morte — pode influenciar o
ser corpóreo, como nos casos de experiência mediúnica... No ser humano ocorrem fenómenos que transcendem as leis da
matéria, que implicam, por dedução, uma
lei imaterial ou espiritual!» — In “The New World of
the Mind”.
«A instituição do Espírito
como distinto do cérebro... vem em apoio da ideia psicocinética do Homem...
Em consequência, o mundo pessoal do indivíduo não tem inteiramente por centro
as funções orgânicas do cérebro material!... Existe algo extrafísico ou espiritual na personalidade humana? A resposta experimental da Ciência é
afirmativa!» — “The Reach of the Mind”.
“Debemur morti nos nostraque” (estamos destinados à morte) − Afirmava Horácio, na Antiguidade, na sua Arte Poética, ao refletir sobre a transitoriedade tão efémera da nossa vida presente, neste mundo. Mas os verdadeiros Sábios afirmam, perentoriamente, que todos nós estamos destinados, primeiro, à Vida Eterna; depois, à Eternidade da Vida; e, finalmente, à infinitude da Vida Divina. Mas este é o maior “Mysterium Magnum” da Teleologia cósmica da Existência universal, a finalidade suprema de toda a vida no Universo e no Cosmos. Até lá, vamos estudando e aprendendo o mais possível, porque os nossos dias estão todos contados sobre
a face da Terra.
Desde eras remotíssimas que os amantes da Verdade têm procurado conhecer o mistério ontológico do ser humano. Em todos os tempos, em todos os espaços e em todos os meios sociais os corifeus da investigação do desconhecido e do hermético têm tentado penetrar no âmago oculto, misterioso e invisível do próprio Homem. Um dos primeiros conceitos filosófico-religiosos a enraizar-se na mente dos seres humanos foi o da existência de um homem invisível, metafísico, energético, anímico ou espiritual, atrás da aparência exterior do homem visível, físico, material, somático ou carnal. Tal é e sempre foi um corolário axiomático, uma Verdade
insofismável para os iluminados Mestres da Sabedoria, para os Iniciados na Realidade
eterna.
Essa conceção de um homem espiritual sempre esteve ligada aos conceitos de imortalidade e de eternidade, donde surgiu, desde as filosofias primordiais da Antiguidade, o conceito outro da reencarnação (renascimento ou palingénese). Este conceito afirmava (e continua a afirmar) o retorno periódico do Além, do Ser humano espiritual à carne, que, após permanecer muitas dezenas de anos nos Mundos Invisíveis (energéticos ou espirituais, em termos latos), penetra de novo no ventre de uma mulher em processo de gestação (numa nova mãe), unindo-se, assim, ao corpo do feto que se vai gerando intra-uterinamente.
Na Índia quase não há uma pessoa que não acredite normalmente na reencarnação. O Bhagavad-Gitâ, livro clássico do Oriente, Bíblia dos hindus e de todos os devotos de Krishna, tem o seu “Jesus Cristo” real, denominado Krishna que, ao falar para o Discípulo Arjuna, diz, expressa, explícita e textualmente: «Numerosas são as minhas e tuas vidas passadas, ó Arjuna; Eu conheço-as todas, mas tu não as conheces!... Alcançar esta meta de vida através da realização de “Brahman” (Deus) e de “Paramâtmâ” (Espírito Supremo) toma muitos e muitos nascimentos!» — Segundo o Bhagavad-Gitâ, o Cântico do Senhor.
Citando outras passagens deste livro magnífico e extraordinário, Bíblia dos hindus e tesouro literário do Oriente, nele pode ler-se:
«Sabe, ó príncipe de Pându, que nunca
houve tempo em que não existíssemos eu ou tu, ou qualquer destes príncipes da
terra; igualmente, nunca virá tempo em que algum de nós deixe de existir.
Assim como a
alma, vestindo este corpo material, passa pelos estados de infância, mocidade,
virilidade e velhice, assim, no tempo devido, ela passa a um outro corpo, e em outras
encarnações, viverá outra vez.
Estes corpos caducos, que servem como
envoltórios para as almas que os ocupam, são coisas finitas, coisas do momento,
e não são o verdadeiro homem real. Eles perecem, como todas as coisas
finitas...
Conhece esta verdade, ó príncipe! O Homem real,
isto é, o Espírito do homem, não nasce nem morre. Inato, imortal, perpétuo e
eterno, sempre existiu e sempre existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído;
porém, aquele que ocupou o corpo, permanece depois da morte deste.
Como a gente tira do corpo as roupas
usadas e as substitui por novas e melhores, assim também o habitante do corpo
(que é o Espírito), tendo abandonado a velha morada mortal, entra noutra, nova e recém-preparada para
ele!».
O Homem real, o
Espírito, não pode ser ferido por armas, nem queimado pelo fogo; a água não o
molha, o vento não o seca nem move.
Ele é impermeável, incombustível,
indissolúvel, imortal, permanente, imutável, inalterável, eterno, e penetra
tudo.
Quanto à Alma, o Homem real, Espírito
ou Ser Eterno, alguns o tomam por coisa maravilhosa; outros ouvem falar e falam
dele como de uma maravilha, com incredulidade e sem compreensão. Mas a mente
mortal não compreende esse mistério, nem o conhece em sua natureza verdadeira e
essencial, apesar de tudo o que foi dito, ensinado e pensado a seu respeito.
O
Espírito, esse Homem real que habita o corpo, é invulnerável e indestrutível: é
a Vida mesma. Não há, pois, motivo para te abandonares à aflição e tristeza!»..
Só a estultícia preconceituosa dos ignorantes e duvidosos da mente pode negar estas palavras de verdadeira Sabedoria.
Relativamente ao maometanismo, o Alcorão não é nenhuma exceção aos Ensinamentos da Sabedoria arcana sobre a realidade da Lei universal da Reencarnação. Maomé também a ensinou tal como ensinou o retorno do Homem a Deus: «Estavas morto e Ele te ressuscitou de volta à vida; e ele te retornará de novo à morte, e de novo à vida. Só então retornarás a Ele». Aliás, a visão genérica sobre a reencarnação está bem clara no islão, em capítulos e versículos diversos, embora o conceito reencarnacionista seja rejeitado abertamente pelo Islamismo, por preconceito, como o é pela Igreja católica, embora muitos prelados o conheçam.
Mas os preconceitos das mentes cristalizadas e misoneístas dos religiosos (e não só), na sua ingenuidade, são tão atrozes. A reencarnação não é facilmente aceite pela fé maometana porque os seus fiéis acham que se alguém é punido ou recompensado na vida atual segundo as suas ações cometidas em vidas passadas, então, para eles, Alá, que é Deus e Juiz dos Juízes e o Justo dos Justos, não permitiria que alguém pagasse por algo mau ou errado que tenha cometido em vidas anteriores, por não se lembrar e não saber o porquê e nem ser a mesma pessoa.
Os maometanos cilindram-se para a Verdade nas seguintes palavras do Alcorão, interpretadas superficialmente, onde se afirma como dogma: «Nenhuma alma peca exceto contra si mesma, e nenhuma alma pecadora arca com o pecado de outra». (Alcorão 6:164). Mas o erro dos que pensam assim é uma grosseira identificação materialista da alma com o próprio corpo, como se a mudança de vestuário do corpo implicasse, necessariamente, uma mudança do próprio corpo, e muito menos a deste em relação à alma humana: à personalidade, ao ser, à consciência.
A reencarnação é e foi ensinada desde o Oriente ao Ocidente. Foi ensinada aos budistas por Buda, em toda a Ásia; aos hinduístas por Krishna, na Índia; aos confucionistas por Kung-fu-Tsé (ou Confúcio) e Lao-Tsé, na China; aos islamitas por Maomé, na Arábia; aos mazdeístas por Zoroastro ou Zaratustra, na Pérsia. Na velha e multimilenária Ásia, especialmente, quase não há um asiático que não tenha a reencarnação como um facto vulgaríssimo e incontestável. A maior religião do mundo, o budismo, sempre foi perfeitamente reencarnacionista, tal como o hinduísmo e o siquismo (dos “sikhs”: religiosos islamitas-bramanistas do Punjab, Pendjab ou Penjabe, do Noroeste da índia).
A Doutrina da reencarnação foi igualmente acreditada e transmitida pelos Druidas, sacerdotes celtas da Gália; pelos gnósticos, estudantes esotéricos gregos (da Gnose); pelos cabalistas, esotéricos israelitas (da Cabala); pelos Essénios, monges ascetas da Palestina; na Grécia, pelos pitagóricos, discípulos da academia iniciática de Crotona (fundada por Pitágoras), por Sócrates, por Platão bem como pelos seus seguidores; e, em suma, pelos Iniciados dos mistérios órficos (discípulos de Orfeu); pelos egípcios, segundo o narra Heródoto, o “pai da História”, especialmente iluminados por Hermes Trismegistus, o egrégio Sábio egípcio «Três vezes Grande»: em Poder, Amor e Sabedoria, ou em Fé, Misticismo e Sapiência.
Os alquimistas da Idade Média ensinaram a reencarnação. Para estes, a Alquimia era muito mais do que um simulacro da Química, pois era uma profunda disciplina de Auto-Realização espiritual, de busca da Sabedoria divina e da Perfeição humana. Era assim que o entendiam os verdadeiros Mestres alquimistas, muito distantemente da cobiça do ouro dos falsos alquimistas. Aliás, o «Ouro filosófico» ou «Pedra filosofal» era essa divina Sabedoria esotérica do Sábio da Metafísica cósmica, do Mestre da Sapiência (Adepto). Lembremo-nos que a reencarnação era festejada pelos egípcios nos mistérios de Ísis e pelos gregos nos de Elêusis, festividades originárias de tradições iniciáticas provindas dos Mistérios dos Hierofantes do Egipto (de Hermes).
Todos aqueles que
se limitam a negar a reencarnação estão completamente equivocados. Se são negadores religiosos, que cresçam acima das suas conceções infantis, porque “Veritas Lux”, a Verdade é Luz, mas não à moda do pensamento linear, misoneísta e preconceituoso deles. Estão cegos para a Verdade... «Sois cegos conduzindo outros cegos e ambos cairão no abismo!...» − J. Cristo. E, ainda por cima, denigrem e mutilam os conceitos puros da Eterna Sabedoria... da Grande Fraternidade Branca, dos verdadeiros Mestres: da Teosofia, da Rosacruz, do Budismo esotérico, da (boa) Maçonaria, da Gnose, da Eubiose, da Cabala, da Alquimia, do Espiritismo sério e das investigações científicas de médicos, psiquiatras e psicólogos que estão,
hoje, a comprovar a reencarnação, cada vez mais e mais.
O próprio Jesus Cristo ensinou a lei das vidas múltiplas ou palingénese (reencarnação ou renascimento), cujos ensinamentos transparecem dos textos bíblicos, no Evangelho de João, capítulo III, versículos de 3 a 12, no diálogo com Nicodemos, Rabi ou “Rabboni” da Sinagoga judaica, em que o próprio Cristo, ao ser interpelado desta maneira pelo Rabi: «Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?», confirma a reencarnação, ao responder: «... Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... O que é nascido da carne é carne... Necessário vos é nascer de novo... Se vos falo de coisas terrestres, e não credes, como acreditaríeis se vos falasse das coisas celestiais?!...».
Vejamos melhor o Evangelho de João, cap. III, vers. de 3 a 8, no diálogo com Nicodemos:
JOÃO III
1 Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto?
10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!
12 Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Note-se, insofismavelmente, os 3 seguintes pontos fundamentais:
1.º ) Cristo foi interpelado por Nicodemos em termos de reencarnação: — «Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?».
2.º ) Cristo confirma a reencarnação (nascimento na carne), ao responder: — «... Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... O que é nascido da carne é carne... Necessário vos é nascer de novo!...».
3.º ) Na parte final, Cristo conclui: — «Se vos falo de coisas terrestres, e não credes, como acreditaríeis se vos falasse das coisas celestiais?!...».
4.º ) E ainda acrescenta, por fim: — «Ninguém
subiu ao Céu, senão o que desceu do Céu». — Se a seguir se refere a Cristo, é porque Ele já existia antes de nascer. E porque
não existíamos nós todos também?...
5.º )
E não faltarão, no texto traduzido ou transcrito ou no original, as
palavras «tal como» — em tradução portuguesa, claro (que nós
acrescentámos antes, no versículo 13, para melhor compreensão), segundo as
deficiências e limitações enormes das traduções idiomáticas?...
E a propósito de «descer do Céu»... para a
reencarnação, veja-se o que S. Paulo diz, na Epístola aos Efésios IV:
EFÉSIOS 4
1 Rogo-vos, pois,
eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes
chamados...
9 Ora, isto: ele
subiu — que é, senão que também desceu às partes mais
baixas da terra?
10 Aquele que
desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas.
Para os que afirmam, dogmaticamente, que Cristo estaria a referir-se ao batismo, não se compreenderia que o Mestre dissesse a um sacerdote, habituado aos rituais batismais, o seguinte: «Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?». Também em João, IX, 1, 2, a pergunta sobre o cego de nascença alude claramente à reencarnação, pois quando se afirma nos textos bíblicos: «Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?», então como teria pecado aquele que já nasceu cego? No ventre da sua mãe? Tal só seria possível, no contexto da pergunta, antes do nascimento, noutras vidas passadas, certamente. No Evangelho de Mateus, capítulo XVII, versículos de 10 a 13 (e no cap. XI, vers. 13 e 14), menciona-se a vinda de Elias: «Elias já veio e vocês não o reconheceram... Então entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João, o Batista».
Para maior clarificação, vejamos exatamente o texto bíblico:
MATEUS XVII:
10 Perguntaram-lhe os discípulos: Por que dizem então os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?
11 Respondeu ele: Na verdade Elias havia de vir e restaurar todas as coisas;
12 digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem há-de padecer às mãos deles.
13 Então entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João, o Batista.
Em MATEUS XI, Vers. de 10 a 14, também pode ler-se:
10 Este é aquele de quem está escrito: Eis aí envio eu ante a tua face o meu mensageiro, que há-de preparar adiante de ti o teu caminho.
11 Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.
12 E desde os dias de João, o Batista, até agora, o Reino dos Céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto.
13 Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João.
14 E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
E em LUCAS I, 13 A 17, veja-se:
13 Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João;
14 e terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento;
15 porque ele será
grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do
Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe;
16 converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus;
17 irá adiante dele com o espírito e o poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido.
Relativamente ao mecanismo reequilibrante da Lei do Carma, o próprio sublime Mestre da Galileia, na Sua Sabedoria eterna, que provinha dos recessos luminosos do Cosmos, a ele se referiu quando ensinou: «A semeadura é livre; a colheita é obrigatória!»; «Quem com ferro fere, com ferro será ferido!»; «A cada um segundo as suas obras!»... Mas sem a reencarnação como se pode compreender que existam tantas aparentes injustiças da Lei de Deus, ao permitir que uns nasçam em “berços de oiro” e que outros vivam nas “sarjetas da rua”, privados de quase tudo?... E compreender o mistério do sofrimento moral e físico, que são uma “chaga” e uma lástima neste Planeta? A Lei divina obriga sempre,
mais cedo ou mais tarde, o delinquente a ressarcir o seu crime...
Qual a melhor explicação para o «pecado original» de Adão e Eva, das conceções teológicas, senão a certeza filosófico-sapiencial que a doutrina da reencarnação nos faculta, em Espírito e em Verdade? Adão e Eva fomos, mais ou menos, todos nós, que estamos aqui, hoje também, no palco do mundo, provindos de há muitos e muitos milénios, reencarnados que estivemos nesses povos primitivos de antanho. Muitos crimes cometemos nós todos no passado e, assim, reencarnados sucessivamente, lá os trazemos connosco, como «pecado original», e lá os vamos resgatando a pouco e pouco neste mundo de dores e de expiações. Nós ensinamos a essência do que as
religiões falam e teorizam superficialmente mas que não explicam!...
Não somos biblistas acérrimos, sabendo os inúmeros erros de cópia e de tradução, os truncamentos (cortes) e acréscimos feitos aos textos bíblicos, bem como os erros de interpretação que habitualmente as religiões têm, na sua exegese superficialista e na sua hermenêutica dogmática e misoneísta, em que as ditas Sagradas Escrituras são interpretadas tão erroneamente. Quem estudar o historial da Septuaginta, da Vulgata latina e da versão inglesa da Bíblia, compreenderá que o tão decantado Livro “infalível” é um acervo de erros, embora contendo também nobres Verdades ensinadas
por Cristo e outros, que gostamos de citar.
Mas quererão os idólatras da Bíblia ainda mais provas nos textos respetivos, ditos sagrados, só porque foram redigidos por pessoas medianeiras do Além e portadores também de opiniões pessoais e tantas vezes de conhecimentos elementares, pelo menos em relação aos tempos atuais? Noutras passagens bíblicas subentende-se facilmente a reencarnação, por exemplo a partir das palavras que citaremos a seguir, pois quando alguns afirmam «É Elias!» estão a falar, insofismavelmente, do retorno, à vida terrestre, dum profeta do Velho Testamento. Vejamos no Evangelho de Marcos, no Capítulo VI e nos Versículos 14-16:
MARCOS VI:
14 E soube disso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara célebre), e disse: João, o Batista, ressuscitou dos mortos; e por isso estes poderes milagrosos operam nele.
15 Mas outros diziam: É Elias. E ainda outros diziam: É profeta como um dos profetas.
16 Herodes, porém, ouvindo isso, dizia: É João, aquele a quem eu mandei degolar: ele ressuscitou.
Já no Velho Testamento se aludia ao retorno do profeta Elias à vida material, que Cristo confirmou nas palavras antes citadas.
MALAQUIAS IV
5 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;
6 E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.
E, para continuar as citações bíblicas, veja-se a face insofismável da Verdade antiga que só confirma a Verdade eterna da Sabedoria verdadeira, pois “Veritas Lux”. E se a Verdade é Luz, que se faça a Luz no grande “Fiat Lux” lusitano1, para ajudar a despertar a Verdade sobre a Terra, para a construção do Novo Mundo da Idade de Ouro ou “Satya Yuga” da Era de Aquarius, que se avoluma cada vez mais pela onda de Espiritualidade que desperta sobre a Terra, preludiando o Advento da Nova Era.
1 Lusitânia deriva de “Luxcitania”, termo usado originalmente pela Roma imperial, como atribuído pelos romanos à colónia desse império, que se viria a transformar em Portugal, significando «Terra, Povoação ou Cidade da Luz» ou, do latim, “Lux” + “citania”, derivando “citania” do latim “civitatania” (donde vem a palavra «cidade», associada a «civil» e «cidadão»), com raízes comuns a “civitas/civitatis”. Ainda há hoje o termo português «citânia».
I PEDRO III
18 Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no Espírito;
19 no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;
20 os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água...
Do mesmo modo, o Velho Testamento menciona veladamente a reencarnação em várias passagens bíblicas, algumas delas claramente expressivas. Tal é insofismável, por exemplo, no Livro de Job I, versículo 21: «Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!». Que queremos mais elucidativo?... É o mesmo profeta-escritor que, noutra passagem bíblica, em Job, capítulo VIII, versículos 8 e 9, afirma, nestes termos, a reencarnação: «Consultem as gerações passadas, porque nós somos de outras eras; e nada sabemos disso!». Ou, noutra versão bíblica: «Interroga as gerações passadas e considera a experiência dos antepassados; porque somos de ontem e não sabemos!».
Vejamos, noutra tradução, mais fiel à verdade
reencarnacionista:
JOB, VIII, vers. 8 e 9:
8 Pergunta (indaga), eu te peço, às gerações passadas e acredita no que os seus antepassados sabiam (o que os seus pais descobriram).
9 Porque nós somos do passado (de ontem), e nada sabemos, porquanto estamos esquecidos disso, porque os nossos dias sobre a Terra são como uma sombra passageira.
Os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação, que deixam transparecer até em perguntas ou respostas mencionadas na Bíblia, como por exemplo: Evangelho de Mateus, capítulo 16, versículos 13 e 14: «Tendo Jesus chegado às regiões de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que és João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas... “reencarnado”!». O verbo final é acréscimo nosso e seria, talvez, o que estaria nos textos bíblicos (pelo menos era esse o sentido das respostas dadas), antes das enormes “mutilações”, cortes ou truncamentos que sofreram ao longo dos séculos, por tradutores sem escrúpulos e, aliás, também provocados pelo dogmatismo misoneísta da Igreja católica, subreticiamente.
Em LUCAS IX, 18 a 20, estão as mesmas perguntas de cariz reencarnacionista nitidamente formuladas e claramente patentes nas seguintes palavras:
18 Enquanto ele estava orando à parte achavam-se com ele somente seus discípulos; e perguntou-lhes: Quem dizem as multidões que eu sou?
19 Responderam eles: Uns dizem: João, o Batista; outros: Elias; e ainda outros, que um dos antigos profetas se levantou.
20 Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus.
Mas a propósito das palavras
proféticas do profeta Jeremias, evidentemente bem alusivas à doutrina da
reencarnação, vejamos o que ele afirma nos seguintes versículos, logo no
Capítulo I:
JEREMIAS 1
1 As
palavras de Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Anatote,
na terra de Benjamim; ...
4 Ora
veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
5 Antes que eu te formasse no ventre te
conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por
profeta.
Até os Judeus acreditaram abertamente, embora mais ou menos desvirtuadamente, na reencarnação, a lei das vidas sucessivas. Segundo Flávio Josefo, os fariseus ensinavam que ao virtuoso era permitido, depois da morte, o retorno à vida carnal noutro corpo. A doutrina samaritana do “Taheb” ensinava que uma alma preexistente, que tinha sido dada a Adão, encarnou sucessivamente em Set, Noé e Abraão até Moisés — Segundo está claramente referenciado na “Encyclopedy of Religion and Etics”.
Todos os primeiros pais da Igreja Cristã, do Cristianismo original, acreditavam firmemente, tal como os primeiros cristãos, na doutrina reencarnacionista, como o Sábio Orígenes (185-254 d. C.), adepto convicto de tal doutrina, bem como S. Jerónimo, S. Clemente de Alexandria (falecido na Palestina em 220 d. C.), que afirmava que Paulo de Tarso também a admitia, Justino Mártir, Tertuliano e até, posteriormente, St. Agostinho, bispo de Hipona (bispo de 354 a 430 d.C.). Sto. Agostinho dá claramente a entender que acreditava nesta doutrina, no seu livro «Confissões».
A própria Igreja Católica ensinou a doutrina da reencarnação, desde o primeiro Concílio eclesiástico, reunido no ano 325, na cidade de Niceia (na Ásia Menor, província de Bursa, Turquia: ver Wikipédia), pelo imperador Constantino (274-337 d.C.), a partir do édito de Milão, criado no ano 313 d.C., estabelecendo a oficialização do culto do Cristianismo. Conforme se narra, antes da batalha da Ponte Mílvio, quando derrotou Maxêncio (em 312 d.C.), lhe teria aparecido Cristo crucificado, com a célebre frase «in hoc signo vinces». Foi este imperador que oficializou o Cristianismo como religião do império romano. Nesse Concílio estiveram reunidas cerca de 2000 autoridades do Cristianismo original, das quais todos ou quase todas acreditavam na reencarnação, em especial os grandes Sábios da Antiguidade citados anteriormente.
Só no 2.º Concílio de Constantinopla, realizado no ano 553, ao tempo do Imperador Justiniano, é que a doutrina da reencarnação foi erradicada da Igreja e o Ensinamento do grande Sábio Orígenes e a Filosofia dos gnósticos (a Gnose era o conjunto de doutrinas esotéricas gregas, herdeiras de Pitágoras, Sócrates e Platão) foram definitivamente condenados pelas “doutas” ignorâncias do Concílio, e foi aí também, nesse ano, que o clero condenou decisivamente e retirou do seio da Igreja a doutrina da reencarnação — e mesmo assim sem grande unanimidade na votação dos bispos presentes, conforme a história regista: numa proporção sensivelmente igual a 3 para 2 ou de 10 para 6.
Se a crença na reencarnação não fosse uma constante quase universal nos tempos do primitivo Cristianismo, o imperador Justiniano e a imperatriz Teodora, “cilindrados” pelo dogmatismo catolicista, que já imperava naquela época quase incipiente do poder papal da Igreja, não teriam declarado anátema o ensinamento da Reencarnação e não teriam perseguido quem acreditava nela, proclamando a sua realidade, como aconteceu após o 5.º Concílio Ecuménico, convocado por eles, a partir do qual — e só então — se constituiu lei a exclusão dessa Doutrina dos anais oficiais da Igreja,
e daí ficou ignorada por ela até hoje.
Mesmo sem a aprovação direta do papa, que não esteve presente a esse Concílio, os cardeais rejeitaram e condenaram, arbitrariamente, os ensinamentos do Sábio Orígenes, de Alexandria, do século III, que tinha notória influência nos meios do cristianismo dessas eras primevas, pelo seu enciclopedismo sapiencial do Conhecimento sagrado e esotérico que possuía. Igualmente os gnósticos, os continuadores do Esoterismo grego dos primeiros séculos da Era cristã, herdeiros diretos de Pitágoras, de Sócrates e de Platão, continuavam a ensinar a reencarnação.
Como prova de que a reencarnação era quase universalmente aceite na Antiguidade, em especial pelos estudiosos dos Mistérios, e da perseguição que lhe foi mobilizada, refira-se que já no ano 538, o imperador romano Justiniano (criador do sistema de leis denominado “Codex Justinianus”, em 534 d.C.) tinha publicado uma lei romana que prescrevia: «Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, consequentemente estranha, da sua volta, seja anátema». A Verdade incomoda tanto os tiranos, os dogmáticos, os orgulhosos e os ingénuos supersticiosos!...
S. Jerónimo e Lactâncio afirmavam, ambos, que a crença na reencarnação existia, efetivamente, na Igreja primitiva. Orígenes, reafirmando a sua convicção sobre a reencarnação, dizia que as suas ideias sobre ela não provinham de Platão, herdeiro filosófico de Sócrates e “neto” filosófico de Pitágoras, mas que o outro grande sábio, S. Clemente de Alexandria, lhas tinha ensinado, o qual tinha estudado com Pantenos, discípulo direto dos Apóstolos do primitivo Cristianismo, e naturalmente instruído por estes, que acreditavam normalmente nesta doutrina reencarnacionista.
Ainda restarão dúvidas aos religiosos, biblistas e dogmáticos das crenças antigas, baseadas sobre interpretações literalistas e misoneístas dos textos bíblicos? Está breve o tempo em que a Igreja católica, como todas as outras religiões ocidentais, terão que confessar o “mea culpa!... mea culpa!...” de arrependimento contrito por muitas razões que macularam a História e também pelo facto de negarem ou, pelo menos, não ensinarem a Doutrina da reencarnação, estampada em todos os textos sagrados do mundo, e cada vez mais comprovada e insofismavelmente demonstrada por muitos investigadores da Ciência da atualidade.
A Lei da Reencarnação não é nenhuma hipótese filosófica nem linear e superficialista teoria dogmática de qualquer Doutrina espiritualista; é um Axioma insofismável e antiquíssimo de toda a verdadeira Sabedoria do Ocidente e do Oriente. Há, nos dias de hoje, inúmeros psicólogos e psiquiatras do ensino oficial a confirmá-la e a divulgá-la cada vez mais abertamente, como: Bryan Weiss, psiquiatra em Miami, EUA; Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra e escritora americana; Edith Fiore, psicóloga também americana; Helen Wambach, psicóloga em New Jersey; Ian Stephenson, professor de Psiquiatria da Escola Médica da Universidade de Virgínia (E.U.A.); Hamendras Banerjee, Diretor do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, Índia; Stanislav Grof (renomado psiquiatra russo), etc...
Embora tenhamos apresentado provas mais do que suficientes dos textos da Bíblia que comprovam sobejamente a reencarnação, as religiões preferem, em arcaico superficialismo misoneísta, ler dos textos bíblicos apenas aquilo que lhes convém ao seu dogmatismo retrógrado. Mas a Bíblia está cheia de citações sobre a reencarnação e as religiões todas deste Hemisfério ocidental preferem negar a Verdade. Veja-se, em síntese: Job I, 21 ou Job, VIII, 8-9; Mateus XI, 10-14; Mateus XVII, 10-13; Lucas I, 13-17; Lucas IX, 18-20; I Pedro III, 20; Marcos VI, 14-16; e Lucas I, 13-17, etc. Veja-se muito em especial estes versículos: JOÃO III, 1-12.
Durante séculos, a Igreja, aferrada a dogmas retrógrados, em misoneísmos neofóbicos e teologias superficialistas, negou a mais genuína Verdade espiritual e libertadora dos povos e das consciências, pois a Verdade sapiencial está estribada profundamente na Doutrina ou Lei da Reencarnação, cujo conhecimento é o mais comum e mais elementar de toda a verdadeira Sabedoria arcana mundial e, aliás, a coluna vertebral da Lei da Evolução, na qual opera a Lei do Carma, indissolúvel “tríptico” de Leis cósmicas do Saber real dos verdadeiros Iniciados da Sabedoria eterna ou Metafísica esotérica do Mundo inteiro. E só essa divina Trilogia nos pode dar verdadeiramente a compreensão para a preparação moral, ética e espiritual rumo à Perfeição.
O
eminente Sábio S. Clemente de Alexandria afirmava que Paulo de Tarso também admitia a reencarnação. Aliás, os próprios Apóstolos acreditavam todos na Doutrina reencarnacionista, porque o próprio Cristo lha transmitira, certamente. Virgílio, Empédocles, Séneca, Plotino, Apolónio de Thyana (reencarnação de Jesus) e muitos outros luminares sagrados da Antiguidade sábia acreditavam nela. Plotino, um grande e verdadeiro Sábio da Escola Neoplatónica de Alexandria, ensinava já naquela época distante: «Eles (os deuses) asseguram a cada um o corpo que lhe convém... segundo as suas sucessivas existências!».
Virgílio, o grande escritor romano (70-19 a. C.), também acreditava e ensinava a Doutrina da reencarnação. Virgílio ou Publius Vergilius Maro nasceu em 70 a. C., em Andes, perto de Mântua. Estudou inicialmente em Cremona e depois em Nápoles e Milão, onde terá composto os pequenos poemas, como Culex e Copa, as Bucólicas (41-39 a. C.). e as Geórgicas. Empreendeu depois a composição da Eneida. Morreu em Brindes, em 19 a. C., aos 51 anos. A sua obra literária denominada «Eneida», que tinha ficado inacabada, foi publicada posteriormente pelos seus amigos.
Virgílio escreveu na obra literária Eneida: «Depois da morte, as almas entram nos campos Elísios (Céu) ou no Tártaro (Inferno), e ali encontram o prémio ou o castigo das suas ações praticadas durante a vida. Mais tarde, depois de terem bebido das águas do Letes (“rio” do esquecimento... das vidas anteriores), que lhes tiram toda a recordação do passado, voltam à Terra!». É por isso que a Bíblia recomenda, em Provérbios, no Capítulo 15, versículo 24: «Para o Sábio, o caminho da Vida é para Cima, a fim de que ele se desvie do Seol /Sheol que é em baixo». «Em baixo» não significa tão em baixo, como se subentende nos termos antigos: Tártaro, Hades, Inferno, “Infernus”, “Avitchi”, etc.
Mas os Sábios não têm interesse em permanecer muito tempo na vida astral, após a morte, porque preferem ir viver para Planos Cósmicos superiores — mais exatamente: para o Plano Mental, Mundo Celestial ou “Devachan”, termo derivado do sânscrito (Índia). Mesmo o termo teosófico “Kamaloka” (literalmente: Mundo do Desejo) ou Plano Astral também não tem o sentido de tão baixo, como os vocábulos do parágrafo anterior e também: Inferno, Baixo Astral ou Astral Inferior, mas designa apenas o Mundo, Plano ou Dimensão onde os desejos-paixões, as emoções-excitações e os sentimentalismos-egocentrismos têm lugar, aprisionando a maioria a uma vida prolongada no Plano Astral.
Já na Antiguidade, o filósofo Empédocles de Agrigento (meados do séc. V a. C.) dizia que as almas passam de um corpo a outro por efeito de uma lei necessária (“Adrasteia”), afirmando que todas elas têm a mesma origem, sofrendo todas, neste devir sem fim (da existência), o castigo de qualquer falta original. Afirmava que as almas precisam de três vezes dez mil anos para percorrerem o ciclo completo das sucessivas encarnações (embora achemos esse número de tempo evolutivo demasiado baixo) e que só aquelas que, no decurso das suas transmigrações, aumentarem a sua virtude podem escapar à necessidade de uma nova encarnação (veja-se como a Verdade é intemporal!).
* Após esta exposição exaustiva das inúmeras provas históricas e científicas, temos que repetir este Aforismo final:
Contra factos bem comprovados: científicos e experimentais, não há argumentos mais, por muito que sejam elucubrados pelos mais eruditos pensadores ou pelos mais medíocres e banais.
Que a Verdade, que é Luz pura, se torne a claridade divina de todas as mentes humanas, noite e dia, para que reinem o Amor, a Felicidade e a Fraternidade..., a Ordem, a Paz e a Harmonia!...
C L I C A R :
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio de Portugal)
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