Sobrevivência e Eutanásia
A IGNORÂNCIA SOBRE A SAÚDE, A MORTE E O ALÉM É SEMPRE
TRISTE "BURACO" DA VIDA QUE CONDUZ MILHÕES À PERDIÇÃO
Esta Mensagem foi enviada para o Presidente da República, para o gabinete do 1.º Ministro, para o Parlamento (presidente) e para os partidos políticos, porque a eutanásia é um crime grave contra as Leis da Vida e um atentado contra a Ética da Consciência.
1.ª PARTE: O ERRO GRAVE DO PARLAMENTO
TRISTE "BURACO" DA VIDA QUE CONDUZ MILHÕES À PERDIÇÃO
Esta Mensagem foi enviada para o Presidente da República, para o gabinete do 1.º Ministro, para o Parlamento (presidente) e para os partidos políticos, porque a eutanásia é um crime grave contra as Leis da Vida e um atentado contra a Ética da Consciência.
III
) PARTE
1.ª PARTE: O ERRO GRAVE DO PARLAMENTO
Estimados Senhores e Senhoras (texto sem caráter pessoal):
Os nossos mais cordiais, fraternos e respeitosos
cumprimentos!...
SOBRE A APROVAÇÃO DA EUTANÁSIA:
ESTE ASSUNTO É TÃO GRAVE, DIANTE DO CÓDIGO ÉTICO DA CONSCIÊNCIA E À LUZ
DA SABEDORIA, QUE NEM DEVIA TER SIDO SUBMETIDO A
DISCUSSÃO NO
PARLAMENTO, DEBATE QUE SE TORNOU INFFÉRTIL, INFELIZ
E CONTRAPRODUCENTE!
«Ninguém deve arvorar-se em
juiz da causa da destruição da vida, que nas profundezas desconhece,
pois arrisca-se a cometer um crime de lesa-Vida contra a Humanidade, por ignorância
sobre as Leis básicas da Existência, de que ainda tanto padece, sem a pura
Sabedoria da Verdade».
SENHORES GOVERNANTES E POLÍTICOS EM GERAL:
Insistimos nesta Verdade
fundamental:
«A Verdade conclama e “grita” como um libelo injuntivo de impugnação contra o crime grave da
aprovação da eutanásia, contrária à humana Existência, pois viola as
Leis da Vida, do Amor e da Piedade, num atentado ominoso contra o Dever
civil, a Moral social e a Ética da Consciência».
No email anterior prometemos “gritar” com todas as
forças da nossa Razão, superiormente lúcida, contra o crime grave da eutanásia,
caso fosse aprovada no Parlamento pelos deputados não-informados, num
desafio insolente que foi às
Leis divinas da Natureza, que nos trouxeram ao Mundo. Eis aqui o
“grito final” nas provas da sobrevivência do Homem ao transe inelutável da
morte.
A DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR PODE RESUMIR-SE NISTO:
CRIME DE HEDIONDEZ!...
IGNORÂNCIA E
INSENSATEZ!...
EGOÍSMO
PREPOTENTE!...
CRIMINALIDADE INGENTE!...
IMPIEDADE
CRIMINOSA!...
INSENSIBILIDADE OMINOSA!...
—
A Eutanásia é uma pena de morte consentida
pelos ominosos!
— O Aborto é uma pena de morte provocada pelos
impiedosos!
— E ambos
são uma pena de morte legalizada por
criminosos!...
ESQUECENDO RESPEITO CÍVICO, MORAL SOCIAL E SÃ
DECÊNCIA, A APROVAÇÃO DA EUTANÁSIA PELO PARLAMENTO APENAS CONFIRMOU A CRASSA IGNORÂNCIA SOBRE AS LEIS DA VIDA, DA MORTE, DA IMORTALIDADE, DO SAGRADO E DA
CONSCIÊNCIA!
Há quem afirme que a eutanásia é apenas uma questão
legal e política, de configuração e implementação da Lei, e que nada tem a
ver com religião nem Consciência. Aí é que se enganam rotundamente todos os que
assim pensam, porque a vida (corpo, matéria) é uma emanação da Consciência
(Espírito) e esta é a Vida organogénica e a Matriz morfogenética do corpo
material. Todas as deliberações do Parlamento sobre a vida dos cidadãos são
profundamente vinculativas à vida das populações e jamais podem ser
dissociadas das vivências particulares de cada ser humano, como a condução de
um veículo na estrada está vinculada e sujeita às leis implementadas pelo
Código de Estrada, que regulam e equilibram a ordenada circulação dos veículos.
Por isso, não se pode considerar que haja uma separação total e real do que
é legislado e a vida dos cidadãos, que precisa e
merece ser respeitada com leis condignas e humanitárias.
O
que falta, em verdade, às políticas insensíveis e a muitos políticos indiferentes
é a vertical dignidade do Respeito pela vida humana!... Nem o sofisma bastardo (ou apenas
paralogismo que seja, na falsa lógica) da “piedade" irracional, diante de
um doente em sofrimento, justifica cabalmente a opção de matar ou ser morto, mesmo em fase de vida
dita «terminal» (e quem é que sabe se ele está mesmo no fim da vida?). Mas
vejamos: nas Áfricas, por exemplo, como em muitas outras
partes do Mundo há pessoas em sofrimento atroz, de todos os tipos, nos
hospitais e fora deles. Por “piedade” criminosa vamos optar por matá-los todos, para acabar com o seu
sofrimento, à moda da frieza genocida de Hitler e do nazismo?... Esperamos que
os Srs. políticos tenham mais consciência e coração do
que a impiedade de Hitler.
Muitos suicidam-se por não aguentarem mais as
suas dores físicas ou morais. Vamos ajudá-los a suicidarem-se, ou vamos
ajudá-los a viver, mesmo que a vida lhes seja pesada?... Há muitas crianças em
alguns países (Quénia, Somália, Etiópia, etc.) que são “pele e osso”, a passarem fome horrível. E outras
sofrendo flagelos de pestes e epidemias, como o coronavírus e outras. Concordarão
os Senhores deputados “pró-eutanásia” que se mate todas
elas, num criminoso neo-nazismo “purgador” dos que sofrem ou são “inúteis” à
sociedade?... Seria isso lógico aos cânones éticos da
vossa Consciência?... Então estais
bloqueados e não tendes acesso a Ela, e andais à deriva pelos caminhos da falsa moral!
Não, Senhores
parlamentares, a vossa lógica é estrábica e obscurantista ou, então, vê em
miopia ou em hipermetropia, porque falais e olhais com visão dupla: falais na “consciência”
e na «liberdade pessoal», com que prescreveis a criminalidade do «matar!...», e que a
Consciência condena, contraditoriamente. Mas
a vossa falsa visão parece ser a da cegueira de lamentável materialismo
obnubilante. Eis neste email o “antídoto”, se o orgulho não vos cegar,
se a arrogância não vos perseguir, se a obstinação não vos paralisar e se o
Amor à Verdade vos atrair para a Luz meridiana, em vez de serdes infelizes conduzidos
pelas Trevas doentias que vos rondam!!
IMAGINE-SE ESTA CENA:
Um certo automobilista com poucos escrúpulos decide pôr-se à
estrada, com um porsche na mão, que comprou recentemente, com grande gosto. E, entusiasmado
pelo “poder dos motores” automóveis, antes de entrar numa via de trânsito, exclama
para um amigo: «Olha, amigo João, tu nem sabes o que é a sensação fantástica
da velocidade na estrada!». E eu, que já sei um pouco, agora comprei este carro
novo e vou atingir 200 km/h
ou mesmo mais, sem me preocupar com mais nada nem ninguém. E fica a
saber: sou uma pessoa que se preza muito pela sua liberdade e, por isso, embora
tenha a minha carta de condução caducada, vou continuar e nem pretendo
respeitar ninguém na estrada. Vou passar por sinais vermelhos, não vou parar em
stops, não vou respeitar a mão dos outros utentes, porque sou senhor de mim
mesmo e quero apenas fazer o que me apetece. Esse
é o meu direito pessoal específico e
ninguém mo pode tirar nem limitar, porque o carro é meu, sou eu que o conduzo e
sei bem o que faço!».
Então, metendo-se esse condutor, irresponsavelmente, na estrada, de
modo desenfreado e anárquico, sem pretender respeitar qualquer Lei nem os
outros utentes, faz apenas o que lhe apetece e tem um acidente grave na
estrada: espatifa o carro, leva outros condutores ao hospital e morre de
seguida. Perguntaremos a todos os
parlamentares que aprovaram a eutanásia, se concordam com o
«pretenso direito» de circular na estrada anarquicamente como bem o entendia
esse condutor incauto e irresponsável que, valendo-se de pretensos direitos
(como na eutanásia), esqueceu os Deveres a
respeitar e acabou por falecer, pondo em perigo a segurança de outros utentes. Perguntamos
se não era mais racional, lógico e mesmo humanitário «respeitar os Deveres» na observância e obediência das leis
do Código de Estrada, dos sinais de viação e da mão do próximo.
Mas os Senhores políticos, que possuem, em geral, ainda fraca e
superficial deontologia e, tantas vezes, um tão medíocre discernimento,
nomeadamente quando se trata das sagradas Leis da vida humana, onde os
Deveres de Respeito (muito superiores a quaisquer direitos) são frequentemente
esquecidos, acham que podem subscrever à vontade o
crime do «matar!», “ad arbitrium” e “ad libitum” (passe o pleonasmo, que
é enfático!), e parecem concordar com os pretensos direitos desse condutor
obnubilado pela irresponsabilidade anarquista duma condução perigosa.
A Trilogia Superior dos Deveres Maiores:
1.º ) Adorar a Deus acima de todas as
coisas.
2.º ) Respeitar profundamente a Natureza.
3.º ) Amar universalmente a Humanidade.
* Face a esta Trilogia sagrada, a prática criminosa
da eutanásia não é Amor à Vida da Humanidade, mas, contrariamente, destruí-la
com o suicídio e o homicídio em duplo assassinato conjunto.
OS DEZ MANDAMENTOS
da
Lei Ética do Cosmos
(Decálogo Cósmico)
1.º ) Adorar, soberanamente, a Deus em todo o Universo visível
Bem como em todos os
Mundos invisíveis da Natureza Cósmica.
2.º )
Invocar o santíssimo nome de Deus na Luz do Coração
E
entregar-Lhe, em Adoração mística, toda a nossa vida humana.
3.º ) Santificar todos os dias da vida, no
Amor e no Saber,
Na
Luz sacra da Fraternidade Universal da Irmandade Espiritual.
4.º )
Honrar a família terrestre e adorar a Família celestial,
E
respeitar com Reverência santa as Hierarquias do Espírito.
5.º ) Não matar nenhuma forma de vida humana,
nem animal
Que não prejudique
vitalmente outras formas de vida superiores.
6.º )
Guardar sempre castidade no Amor universal dos Corações
E
velar pela pureza divina do sexo santificado na Luz do Sagrado.
7.º )
Não viver apegado aos objetos nem a prazeres viciosos,
E
respeitar a liberdade de posse, de vida e de expressão alheias.
8.º ) Não mentir ou
enganar nem julgar ou criticar o próximo,
Velando
pela integridade da mente, no Bem da Sabedoria eterna.
9.º ) Guardar pureza espiritual no pensamento e sentimento,
No equilíbrio das
Emoções e na sublimação de todos os Desejos.
10.º ) Aspirar, misticamente, estas Virtudes da SSma. Trindade:
A ) O Poder da Vontade do Verbo
Divino e da Sua Lei espiritual.
B ) O Amor da
Bondade do Cristo Imaculado, do Coração universal.
C ) A Sabedoria
da Verdade do Logos cósmico da Luz sapiencial
Prof. M.M.M.Astrophyl (J.F.S.)
CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA PORTUGUESA
* Vejamos estes Artigos 24.º e 25.º, da Constituição da República
Portuguesa, onde se refere acerca do Direito à vida (que também
é um DEVER inalienável a respeitar) e o Direito à
integridade pessoal, que a eutanásia (e o aborto) coarcta e retira:
TÍTULO II, CAPÍTULO I
Direitos, liberdades e garantias pessoais
Artigo 24.º, Direito à vida:
1 .º ) − A vida humana é
inviolável.
2
.º
) − Em caso algum haverá pena de morte.
Tão
logo haja morte provocada, está-se diante de um crime
muito grave de crueldade, violência e agressão contra a própria vida, a
ser respeitada.
Artigo 25.º, Direito à integridade pessoal
1.º ) — A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2.º ) — Ninguém pode ser
submetido a tortura, nem a tratos ou
penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Neste Artigo 25.º, o «Direito à integridade pessoal» passa completamente pela
não-destruição da vida humana como na eutanásia, porque tirar a
vida a alguém por esse processo é «mau-trato e
pena cruel», e é degradante e desumanidade dos insensíveis,
conforme o refere este Artigo, e isso sem
falar nas dores inomináveis do eutanasiado (especialmente
do revoltado), além da morte.
*
Note-se:
Se o povo português, devido ao seu desconhecimento
coletivo acerca das leis fundamentais da vida, da morte e da imortalidade,
cometeu o crime do «referendo maldito» do aborto que aprovou a sua legalização
em Portugal, com a conivência indébita das leis jurídicas e com a cumplicidade
bastarda das políticas insensíveis, os governantes já deviam, há muito tempo,
ter alterado essa lei inominavelmente criminosa que, aliás, viola claramente os
Princípios e Ideais homologados na Constituição da República Portuguesa. Se
alguma lei humana está errada − atentando contra os direitos
fundamentais da vida, da Natureza e da Consciência − que se altere devidamente para melhorá-la!...
A Constituição é bem clara nessas Alíneas, e não se pode
ignorar os fundamentos constitucionais que consagram o Direito santíssimo à
vida e o Dever inalienável de a defender, quando a Vida (Deus) nos solicita.
Basta a partir daí, para que todos aqueles que são “pró-eutanásia”
percam completamente a pouca razão paralógica — ou mesmo sofística —, que possam aparentemente ter, para continuarem
com esta criminalidade.
Devíamos começar
todos pela magna questão da sobrevivência do Homem ao transe aparentemente inevitável
e incontornável da morte. Porém,
antes de continuarmos permitam-me uma consideração racional, ao afirmarmos
isto: há já largos meses, talvez mais de um ano, vimos na Televisão um programa
espetacular denominado «Os Extraordinários», que nos sensibilizou muito, onde
apareceram génios de Portugal com capacidades incríveis de vários tipos:
matemáticas, musicais, de atenção, memorização e concentração, etc. Ficámos maravilhados
por ver que aquilo que ensinamos desde há muitos anos está hoje bem patente e
bem visível para todos os que não querem ficar cegos diante da Verdade: que
o ser humano é um Ser divino, com capacidades mágicas, transcendentais e
hiperfísicas que, na maioria, estão latentes, ainda por despertar no futuro.
Foi por isso que citámos, no email anterior, a expressão do grande Sábio
(Mestre) alemão Max Heindel, que, no magnífico livro «O Conceito Rosacruz do
Cosmos», afirma: «Antes de desenvolver a investigação, há que desenvolver o
investigador!». Senhores eruditos, pensais que sabeis o que é esse imprescindível
desenvolvimento do investigador, porque estivestes na Faculdade a
desenvolver-vos no vosso Curso superior... Mas
não sabeis o que é o verdadeiro
desenvolvimento interior do HOMEM CÓSMICO. O programa «Os Extraordinários» foi só uma pequena amostra dos
“Deuses” gloriosos que nós todos podemos ser além da morte (e mesmo em vida
terrestre), quando as potencialidades do Espírito despertam em plenitude,
abrindo as faculdades paranormais da alma, de “par em par”.
Não vos admireis de nós (eu) vos podermos
afirmar que, no mínimo, trabalhamos (trabalho) com “7 Cursos Superiores” ao mesmo
tempo, que, em
conjunto, costumamos (costumo) denominar de Curso Supremo (que não é o Último): 1.º ) de Política; 2.º )
de Religião; 3.º ) de Filosofia; 4.º )
de Arte; 5.º ) de Ciência; 6.º ) de Misticismo; 7.º ) de Magia (branca,
Teurgia), Sacerdócio e Organização. Ora um Homem assim tão multifacetado de
Sabedoria polivalente não pode ser facilmente compreendido pela “turba
multa” quase iletrada da rua nem pela erudita e (frequentemente) preconceituosa
“elite intelectual”, como o próprio Cristo, João Batista (e João evangelista), Krishna,
Buda, Zoroastro, Confúcio, Maomé, Sócrates (grego), Hermes Trismegistus
(egípcio) e tantos outros Mensageiros reais da Verdade e de Deus não o foram.
Por isso, e devido à crassa ignorância humana
e aos interesses rasteiros, adicionados à Forças do Mal, foram perseguidos:
crucificados, degolados, caluniados, vilipendiados, etc. E foi o próprio Cristo
que ensinou o Mistério do Homem aos Apóstolos e falou para todos nós nestes
termos: «Vós sois Deuses!»; «O Espírito de Deus
habita em vós!»; «Sede perfeitos como perfeito é o Pai que está nos Céus!»; «Se
tiverdes Fé, haveis de fazer coisas como estas que eu faço e ainda maiores!»... S. Paulo, parafraseando o Mestre da Galileia,
também asseverou nas suas prédicas: «Não sabeis que sois Templos vivos de Deus
e que o Espírito de Deus habita em vós?!...».
E essas palavras foram proferidas também para vós todos, Senhores políticos (e outros),
esquecidos que estais da vossa Origem divina, porque todos os seres humanos beberam
da água do rio Letes (o “rio” simbólico da vida humana terrena e do
esquecimento... das vidas anteriores), como se refere na Eneida do escritor romano
Virgílio (70-19 a.
C.): «Depois da morte, as almas entram nos campos Elísios (Céu)
ou no Tártaro (Inferno), e ali encontram
o prémio ou o castigo das suas ações praticadas durante a vida Mais
tarde, depois de terem bebido das
águas do Letes, que lhes
tiram toda a recordação do passado, voltam à Terra!» (lembrem-se todos da eutanásia!).
O
retorno à Terra é a incontestável volta pela Lei da Reencarnação.
O egrégio psiquiatra Brian Weiss, de Miami (de que adiante falaremos), no
seu livro: «A Divina Sabedoria dos Mestres», aconselha:
«Tornem-se mais espirituais!... Você é imortal. Veio cá para aprender,
para crescer na sabedoria, para se aproximar da divindade. Os ensinamentos que
aqui aprender irão acompanhá-lo quando morrer. Não há mais nada que possa
levar consigo!... Para podermos regressar a casa, temos de nos lembrar do caminho!»...
«É muito simples: o Reino dos Céus está dentro de si! ...Descubra-se a si
próprio! Em breve encontrará o seu verdadeiro Lar... Arranje tempo para
recordar-se da sua divindade, da sua natureza espiritual! Lembre-se dos
motivos porque está aqui!... Somos todos seres divinos. Sabíamos que assim
era, há milhares de anos, mas esquecemo-nos!».
Do pouco que vos temos
escrito sobre nós (mim), apenas queremos enfatizar que um verdadeiro Sábio, como Deus me tornou,
não labora nem aprende apenas com um mero e linear “processus”
metodológico analítico-intelectual e horizontal como a maioria dos eruditos do
intelectualismo académico, mas trabalha com
um Poder racional de Síntese metafísica da Verdade, com uma Sensibilidade intuitiva
(ao Amor) e uma Fé viva, mística e espiritual completamente desconcertantes e
incompreensíveis para os intelectuais do mundo
analítico dos licenciados pelas Faculdades, quando ficam demasiado limitados
apenas ao empirismo do Ensino académico, muito cilindrador.
Cristo também
desconcertou mesmo os eruditos da época (Rabis ou “Rabboni”, Doutores da
Lei) e, aos 12 anos, já falava “doutoralmente” para eles, como a
sua biografia o refere. Sem estar a pretender
dizer que somos (sou) um Cristo como Ele, aos 17 anos quem me ouvia com cursos
superiores já ficava “calado” e desconcertado (se não fosse obtuso e orgulhoso),
quando me ouvia falar e ensinar Ciência, Filosofia e Sabedoria. E não estou a exagerar!... Calculo que na vossa
mente paire, provavelmente, a interrogação: «Mas o que é que este
fulano quer de nós?...». Responderei o que já vos disse antes: Servir a
Vontade de Deus, a Hierarquia Sagrada (dos Mestres), o Paradigma da Nova
Civilização e o Advento da Nova Humanidade
da Idade de Ouro, porque esta Idade do Ferro (Kali-Yuga) está a cair
cada vez mais. E dela não ficará
pedra sobre pedra (em ordem).
E se ainda vos contacto, meus Senhores, é porque ainda
acredito em vós, nos vossos valores humanos, no vosso coração, nos vossos
conhecimentos académicas e na vossa experiência de vida, e
mesmo também nos Cursos superiores das diversas especialidades que tendes, ainda
tão necessárias para o progresso, desenvolvimento e condução da Humanidade. Mas sem a Sabedoria espiritual, vede
como o mundo está numa lástima!... Se um pai se interessa por um
filho e o aconselha para o bem ou o repreende no erro, é porque ainda o ama.
Se não o ama nem sequer lhe liga nenhuma, ande o filho como ou onde andar. Não
quero pôr-vos fora nem da política nem de nada!... Quero integrar-vos no meu Coração amoroso, na minha Mente aquariana e nos meus
Ideais futuristas, porque também sois
Filhos de Deus e meus diletos irmãos!... Preciso muito de vós e vós precisais
muito de mim!... E nisto estamos (estou) a falar para todos e não apenas para
os políticos deste País!...
E perdoai-me se
alguns de vós se ofenderem pelas minhas referências a «ignorâncias instruídas».
Não indigitei ninguém em especial, mas apenas ou basicamente as atribuí a quem
aceita o crime do «matar!», por desconhecer as Realidades profundas da Vida
universal (exobiologia), da Vida cósmica (Cosmobiologia... do Além) e da VIDA
ESPIRITUAL (DEUS — Teosofia: Sabedoria divina, Teognosia: Conhecimento de
Deus e Teofania: Revelação divina). Mas os meus conceitos sobre «ignorância»
são assim, como vou classificar, e não há razão para melindres, porque eu
próprio sou um ignorante... com (alguma) Sabedoria. Sócrates, da Grécia, dizia:
«Quanto mais sei, mais sei que nada sei!...». E nós
afirmamos: «Quanto mais sei, mais sei
que ainda muito pouco sei... da Vida, do Cosmos e do Universo, ainda que os
meus escritos sejam Poesia em verso!...». E tudo isto para vos dizer nesta
Classificação que:
1.º ) Há uma ignorância iletrada dos nada ou pouco
instruídos.
2.º ) Há uma ignorância instruída dos intelectuais eruditos.
3.º ) Há uma ignorância
sábia dos Sapientes dos Mistérios.
Conclusão: Tudo na Terra é vida, tudo é aprendizado e tudo é muita ignorância... e há
ainda no mundo muito pouca Sabedoria de grande e universal relevância.
Para terminar estes esclarecimentos, uma
pergunta pertinente pode surgir entre vós: «Mas onde é que o João foi buscar
toda essa Sabedoria que diz possuir?»...Responderei com a máxima sinceridade, sem querer iludir nem enganar
nem detrair ninguém: 1.º ) À escola primária; 2.º ) Depois, ao
Liceu; 3.º ) Em seguida, à Faculdade; 4.º ) Continuei na Universidade Cósmica;
5.º ) Avancei no Autodidatismo (com a Razão, a Intuição e a Consciência); 6.º )
Aprendi nos Registos Acásicos; 7.º ); E, finalmente, tornei-me Aprendiz do próprio Deus, na Escola arcana da minha
Consciência espiritual (Eu Superior, Eu Real, Eu Maior, Mente Abstrata,
Superego, Espírito Santo, Emmanuel, Razão pura, Corpo Racional, Corpo Causal, “Mãe
Divina”, “Virgem Maria”, Centelha Divina, “Manas Arupa”, ”Neschamah”, etc.).
É por isso que às vezes afirmamos, na nossa visão sapiencial do Mundo,
da Natureza e do Universo: «Tornei-me um Homem Sábio porque fiz de
Deus o meu Mestre, da Natureza o meu Livro e de Cristo o meu Professor, porque
a minha maior Trilogia é a Fé viva, a Sabedoria e o Amor!». Quem tiver
ouvidos para ouvir, que ouça!... Quem tiver olhos para ver, que veja!... Quem
tiver coração para Amar, que Ame!... Mas termino estes comentários afirmando,
inconcussa e irrefragavelmente e “de visu”, que existem, em toda a
Natureza, Memórias Cósmicas, e em toda a parte, que são também as do próprio
Deus, as quais gravam tudo o que acontece e aconteceu à Terra e a todas as
pessoas, em todas as épocas da evolução planetária, qual Internet Cósmica e
transcendental, também ligada e centralizada nas Consciências Espirituais dos Seres divinos (Mestres, Anjos e
Arcanjos) e do próprio Deus. São Registos nos quais se pode haurir toda a
informação que desejarmos possuir, de acordo com as nossas capacidades de
arquivar e aguentar, pois toda a memória tem um limite específico.
Mas é preciso ter muito mérito, para a tal se poder aceder, e uma vida
pura, harmonizada, equilibrada: suficientemente purificada, superiormente amorosa
e sabiamente espiritualizada, caso contrário seremos bloqueados pelas grandes
imperfeições, se as tivermos, e pelas perversas Forças do Mal, que são
autênticos “vírus de computador” a tentarem impedir os incautos de subirem à
Consciência espiritual. Tristemente, a maioria não se apercebe nem é
elucidada de que as drogas, os medicamentos, os telemóveis (smartphones),
o carnivorismo, as bebidas alcoólicas, o tabaco, o café, os anticoncepcionais,
o dinheiro (mal usado), o sexo abusivo, as armas, etc. são meios com que as Forças das Trevas tentam minar
a Humanidade: corrompê-la, distraí-la e destruí-la e, assim, bloqueá-la para a Luz da sua
própria Consciência, obnubilá-la para a Espiritualidade e obscurecê-la para a
impedir do contacto com Deus, tornando-a cada vez
mais insensível, mais alienada, mais paranóica, mais violenta e mesmo “zumbizada”.
Muita Atenção, por Favor:
Os Senhores intelectuais andam quase todos a bolinar à deriva acerca da
eutanásia e, aliás, sobre tudo o que, concisamente, se refira à Vida profunda da Humanidade, porque lhes falta o
Conhecimento das profundezas oceânicas da Vida cósmica, que se vive (para todos
nós) além da morte. Por isso estão tão indecisos ou mesmo completamente equivocados (se aceitam a
prática da eutanásia) quanto a essa problemática vital (e mortal). Se a eutanásia é crime
ou não é crime só o sabem verdadeiramente aqueles que conhecem os Mistérios da
Vida no Além-túmulo; aqueles que possuem Sabedoria divina e Racionalidade
superior; aqueles que não têm quaisquer dúvidas analíticas na sua mente;
aqueles que estudaram muitos anos esses Mistérios e os investigaram
cientificamente; aqueles que têm informação correta, racional e lógica, aqueles
que sabem o que é sua própria Consciência; e, finalmente, aqueles que sabem
descodificar e traduzir, vertical e corretamente, a Vontade de Deus, o Criador
da vida humana.
Muitos céticos poderão nem acreditar em Deus. Mas isso não lhes
dá também nenhuma certeza do que é a sua própria Consciência. Ora, que aprendam
a raciocinar bem, assim: Se não se
consideram animais, então são seres humanos racionais: correto! Se não são
seres irracionais, porque são humanos, então têm uma Razão: correto! Se têm uma
Razão, então não sabem o que ela é: correto! Se não sabem o que é a sua Razão
(a não ser muito superficialmente, como um icebergue ao ser olhado por cima ou
as profundezas oceânicas a serem olhadas apenas à superfície da água), não
sabem o que é a sua Consciência (que são, Razão e Consciência, quase a mesma
Realidade espiritual)! Estes são postulados e ilações da Verdade.
Mas se os defensores
da despenalização da eutanásia não sabem o que é a sua Consciência, então não conhecem as suas Leis, as Normas do Código Ético do Espírito
humano e divino. E se não conhecem as Leis éticas da Consciência, como podem afirmar
que o “matar!» da eutanásia não é um crime perante a Consciência Superior?...
O ego intelectual (mente, intelecto) da Humanidade e também dos senhores
instruídos, em geral, ainda está muito bloqueado e ensombrado, toldado e obnubilado,
“cilindrado” e “encarcerado” por: preconceitos e opiniões, dúvidas e
incertezas, contradições e extrapolações, crenças e dogmas, hipóteses e
teorias, medos e superstições, ceticismos e agnosticismos, academismos e
tecnicismos, historicismos e misoneísmos, paralogismos e sofismas, tautologias
e aporias,
etc., que constam ainda demasiado do “cardápio” do prosaico pensamento
humano: tão linear e analítico, horizontal e superficialista, e tão pragmático
e empírico, materialista e economicista.
Ao menos lembrai-vos ou ficai a saber dos
inomináveis martírios que o grande erudito e escritor português, Camilo Castelo
Branco, passou após a morte, no Além-túmulo, por se ter
suicidado, após a cegueira que o prostrou em sofrimento. Diz ele, com o
estro talentoso da sua “pena-mestra”, que podereis ler muito mais e melhor mais
adiante:
«E — ó tétrica magia que ultrapassava todo o poder que
tivéssemos de refletir e compreender! — ó castigo irremovível, punindo o renegado que ousou insultar a Natureza destruindo
prematuramente o que só ela era competente para decidir e realizar: — Vivos, nós, em
espírito, diante do corpo putrefato, sentíamos a corrupção atingir-nos!...
Doíam em nossa configuração astral as picadas monstruosas dos vermes!
Enfurecia-nos até à demência a martirizante repercussão que levava nosso
perispírito, ainda animalizado
e provido de abundantes forças vitais, a refletir o que se passava com seu antigo envoltório limoso, tal o eco de um
rumor a reproduzir-se de quebrada
em quebrada da montanha, ao longo de todo o vale!»...
* PARA LER MAIS À FRENTE: MEMÓRIAS
DE UM SUICIDA!...
Por causa do obscurecimento da Consciência espiritual (que é um
obscurantismo da mente, também), obstaculada pelo véu da ignorância, mesmo que
seja “doutamente” instruída no esclavagismo das opiniões, tantas vezes fátuas e
fúteis, a eutanásia acabou por ser aprovada no Parlamento, contrariamente aos fundamentos da Lei Divina. Isso vai acarretar mais carma-débito coletivo e
individual para Portugal (basicamente se a aprovação for até ao fim) e teremos
todos que pagá-lo com sofrimento, que advirá especialmente a todos os que foram
intervenientes pelo «Sim!», na aprovação da eutanásia (tal como no aborto) e na
pena de morte em muitos paízes. E ainda dizem que em Portugal não há pena de morte?... E que é isso
(eutanásia, aborto, suicídio, guerras, terrorismos, drogas psicotrópicas,
alimentos malsãos (com aditivos químicos e agrotóxicos), medicamentos (a
maioria), vírus da bioengenharia, etc., senão a pena de
morte gradual ou rápida para a Humanidade, que, criminosamente, alastra sobre a Terra em franca decadência?!...
2.ª PARTE: A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM À MORTE
Nenhum advogado
pode defender causa que ignora; nenhum juiz deve julgar causas que desconhece
inteiramente. Nenhum político deve decidir sobre matérias que não estude na sua
mente; e nenhuns deputados têm legitimidade para deliberarem sobre assuntos de
que não estão informados devidamente.
Ora, estando
provada, correta e insofismavelmente, a sobrevivência e a imortalidade do
ser humano, de modo perfeitamente
científico, então isso demonstrará que a vida humana continua além da
morte e, assim, a eutanásia tem implicações espirituais, conotações conscienciais
e vínculos cármicos profundos, e não pode ser vista nem considerada de modo leve
e leviano, como se faz por aí. Mas há ou não há provas categóricas, convincentes
e perfeitamente científicas de que a vida continua a existir além da morte
biológica?... Diremos, com toda a força da nossa
convicção e da incansável investigação que fizemos durante cerca de 50 anos:
Absolutamente que há!... A partir da certeza científica da continuidade da vida, nas
premissas da sobrevivência demonstrada, da morte anulada e da imortalidade revelada, jamais se
deveria legislar contundindo contra a vida humana, e dever-se-ia ter muito mais cuidado com as nossas ações e, muito
em especial, quando são atentados contra as Leis da Vida!... É assim que
o prescrevem e determinam as Leis Éticas da Consciência!...
Posta esta certeza da continuidade espiritual da vida
humana, tem que
ser considerado o pressuposto racional, lógico e apodítico: Há ou não há uma Lei Divina (e cármica) que pode punir ou penalizar dolorosamente as
nossas ações graves contra a vida da Humanidade?... Nós (Eu) temos a certeza científica e sapiencial que há sobrevivência, e os que nada estudaram sobre isso faziam mais boa figura se se calassem sobre tal
temática e aprendessem a escutar humildemente quem passou a vida inteira
a estudar tais assuntos como nós (eu), para ter certezas totais e definitivas,
sem quaisquer dúvidas! Num tribunal, quem não sabe nada sobre um crime
cometido, não tem voz ativa para falar, senão apenas “palrará” com tautologias
e contradições, sem dizer nada de verdadeiramente convincente e racional!...
Ora, havendo uma Lei Superior coativa de Justiça espiritual (Lei do
Carma) que dá «A cada um segundo as suas obras!» (Cristo), então os que nada sabem sobre isso que não se arrisquem demasiado a serem gravemente
penalizados pelo Alto por alguma ação, decisão ou deliberação irresponsável e mesmo criminosa. Os tristes resultados da aprovação da
despenalização da eutanásia no Parlamento são bem a prova viva de que os deputados vivem ainda tão desinformados sobre a santidade e a inviolabilidade
(prescrita até na Constituição, Artigo N.º 24 e outros), das Leis da Vida, que são Leis da Natureza e, em simultâneo, as Leis de Deus... que planeou e criou a vida humana, dos animais
e dos vegetais, e que não podem ser agredidos, violentados, desprezados ou destruídos.
Um dado vital e importantíssimo que faltou ser
considerado pelo Parlamento foi a carência total de consulta sobre a proibição
ou admissibilidade da eutanásia, à Luz das
conceções da Verdade imortalista das Doutrinas espiritualistas que sabem verdadeiramente sobre isso, muito mais do que as religiões ainda tão
ingénuas, por conhecerem aquelas os Mistérios da Vida além da morte. Os Senhores deputados
que se arvoraram em lei apressada, esquecidos até de consultar o povo e as
religiões, assumiram uma completa e
bastarda falta de respeito cívico pelos cidadãos e cidadãs deste País. Mas,
se não sabiam ficam a saber que deviam ter consultado os critérios muitíssimo válidos (e muito mais do que
os deles, de longe!) destas seguintes Doutrinas espiritualistas:
A Teosofia
(fundada pela russa Helena Petrovna Blavatsky), a Filosofia Rosacruz (de Max
Heindel e outros), a sábia Gnose (portuguesa e brasileira, entre outras), a
verdadeira Franco-Maçonaria (não a falsa dos Illuminati), o nobre
Espiritismo kardecista (onde aprendemos tantas verdades tão sérias), a
nobilíssima Yoga (de origem oriental), em tantos ramos filosóficos (mesmo cá em
Portugal), a criteriosa Eubiose (radicada pelo
menos em Sintra), a respeitável FBU ou Fraternidade Branca Universal (ligada ao
Mestre Mikhaël Omraam Aivanhov, búlgaro), a Nova Acrópole, O Centro Lusitano, a Filosofia do Novo
Pensamento e outras que aqui existem em Portugal.
Se essas Doutrinas neo-espiritualistas, que possuem uma vertical Filosofia espiritual, esotérica e
imortalista, não soubessem decidir corretamente (e acreditamos que
todas são contra a eutanásia), quem saberia decidir, com justa Verdade, pela
defesa da vida humana e pelo «Não matar!»?... No entanto, este seria sempre rejeitado
por alguém esclarecido como nós (eu, e não sou único neste País, pois conheço
outros), os estudiosos universais sem fronteiras nem partidos religiosos nem políticos, e nem mesmo demasiado “colados”
ou limitados aos conceitos Doutrinários sábios e muito pouco divergentes,
aliás, dessas Doutrinas que, na base e na essência, pelo menos, são profundamente unânimes — Ex: sobre a Reencarnação, que é, absolutamente, conceção comum entre todas elas.
Vejamos algumas das muitíssimas provas incontestáveis da sobrevivência!
AS CIÊNCIAS DO PARANORMAL
PROVAS CIENTÍFICAS DA SOBREVIVÊNCIA
Investigação Académica
dos Fenómenos Psíquicos
A Parapsicologia, em
toda a sua omniabrangência da fenomenologia psíquica e mesmo da vida além da
morte, fundamentada no biomagnetismo e nas energias psíquicas dos homens e
animais, já está a ser estudada academicamente, de modo eminentemente científico,
desde algumas décadas, nas seguintes universidades do mundo:
Universidade de Duke -
com Joseph Banks Rhine (falecido) e sua esposa, EUA.
Universidades de Leninegrado e de Moscovo -
Rússia.
Universidade de Utrecht -
Holanda.
Universidade de Friburg - no
Brisgau, Alemanha.
Universidade de São José de Pittsburg -
Pensilvânia, EUA.
Universidade do Litoral -
Buenos Aires, Argentina.
Instituto de Estudos Superiores de Montevideu -
Uruguai.
Clínica da Faculdade de Medicina de Innsbruck -
onde o Dr. H. Urban, Prof. de Psiquiatria, estuda cientificamente a Parapsicologia.
Cientistas como J. B. Rhine, Hans Bender, W.
H. C. Tenhaeft, Canavesio, etc., dirigem essas cátedras, e fizeram depoimentos
sobre a vida além da morte.
Hoje, o Campo
Biomagnético (CBM), Modelo Organizador Biológico (MOB) ou Campo Estruturador da
Forma (CEF), considerado como o espetro eletromagnético da alma, que aciona,
ativa e orienta o código genético bem como a embriogénese e a organogénese, já
é fotografável com a máquina Kirlian, usada, na atualidade, no Brasil e nos Estados
Unidos, em hospitais oficiais, para diagnosticar doenças somáticas manifestas
nas correntes bioenergéticas da parte irradiante da alma humana, modernamente chamada
«corpo bioplásmico», da nomenclatura russa, e denominada genericamente «aura
humana», pelos investigadores e espiritualistas.
Não esqueçamos que o médico
americano Raymond A. Moody se tornou especialista em colecionar centenas de casos de EMI
(Experiências de Morte Iminente) ou NDE (Near Death Experiences) de pessoas em
estado de coma, que foram ao Além. O seu livro «A Vida Depois da Vida» é
admirável e revolucionário. A RTP-2 já há muitos anos passava documentários
magníficos sobre esse fenómeno, quase incríveis mas verdadeiros. Só a Fundação
“Gallup”, americana, já tinha catalogado, há anos, cerca de 15 milhões de
americanos que passaram por essa experiência, em estado de coma profundo,
geralmente acidentados.
Joseph Banks Rhine, “Pai” da nova fenomenologia psíquica e introdutor
da Parapsicologia na Universidade americana de Duke (E.U.A.), falecido há
poucos anos, afirmou: — «... Psi é aptidão
normal do Homem, de natureza não-física... A instituição
do Espírito como distinto do cérebro, sob certos aspetos fundamentais, vem em
apoio da ideia psicocinética do Homem... Em consequência, o mundo pessoal do
indivíduo não tem inteiramente por centro as funções orgânicas do cérebro
material... Existe algo extrafísico
ou espiritual na personalidade humana? A resposta experimental da Ciência é
afirmativa!». - Extrato do seu livro “The Reach of the Mind” (Traduzido
para «O Alcance do Espírito»).
Werner von Braun, antigo Diretor Geral da NASA, E.U.A., de origem alemã,
cientista dos Foguetões Saturno-V, Diretor do Centro Espacial de Houston, E.U.A., aquando do voo das naves Apollo à Lua, na
década de 70, disse:
— «Muitas pessoas parecem pensar
que a Ciência tornou... “essas ideias religiosas”, como a imortalidade,
desatualizadas e fora de moda. Creio, no entanto, que a Ciência traz
verdadeiras surpresas para os cépticos. A Ciência diz-nos... que nada na
Natureza pode desaparecer sem deixar vestígios... A Natureza não conhece
extinção; conhece apenas transformação...
Se Deus aplica esse
princípio fundamental às partes mais diminutas e insignificantes do Seu Universo,
não parece lógico presumir que Ele o aplica, também, à obra-prima da Sua
Criação: a alma humana? Eu assim penso...
Tudo o que a Ciência me ensinou e continua a
ensinar fortifica a minha fé na continuidade da nossa existência espiritual
depois da morte... Deus deixou de ser provinciano, para se tornar
realmente universal!».
António Lobo Vilela, engenheiro geógrafo português,
escreveu:
— «Existe em nós o facho divino duma
aspiração sem limites, e a morte não pode resistir à nossa aspiração de
eternidade... A vida adormece nos braços magros da morte, para acordar, depois,
à luz de uma outra vida... Seremos nós tão grandes que criemos ideais elevados
e tão pequenos que os vermes nos devorem para iludirem a vigilância da morte
que também os espreita?... Terá o nosso pensamento forças para conceber a
imortalidade e não terá a Natureza (infinitamente mais sábia) capacidade para
realizá-la?...». Extrato da obra «A Morte é Vida».
— «É uma vergonha
científica que exista ainda desconhecimento tão profundo sobre a questão mais
importante para a Humanidade: a imortalidade!». — Afirmava sabiamente o barão e professor de Munique Karl du Prel,
um dos clássicos da investigação científica do paranormal, a par do físico
William Crookes, do médico Charles Richet, do engenheiro Gabriel Delanne, do
astrónomo Camille Flammarion, do físico Ochorowicz, do filósofo
Immanuel Kant, do evolucionista Alfred Russell
Wallace... e de uma multidão de eminentes corifeus da Ciência académica que
comprovaram, à saciedade, experimentalmente, que
o Homem não morre com a dissolução das células carnais, e que a morte é uma ilusão.
E continua a ser vergonhoso
que, em plena era nuclear, era da física quântica e da teoria da relatividade,
da cibernética e da robótica, dos computadores, da Internet e das viagens ao
limiar do espaço sideral, com um pé na pequenez da Terra e com outro pé “quase”
a pisar a grandiosidade das estrelas deste Universo tão fantástico quanto
misterioso..., continua a ser vergonhoso,
dizíamos, que os homens, em geral, continuem a desconhecer a sua origem espiritual,
a sua finalidade eterna e a sua sobrevivência e imortalidade consciencial, no meio do
“aluvião” de tantos preconceitos e tabus que superabundam por aí, mesmo em Portugal.
Um dos muitos astronautas que tiveram
experiências “insólitas” no espaço, mal divulgadas pela América, Edgar
Mitchell, deixou a astronáutica e dedicou-se à investigação parapsicológica,
tendo fundado nos Estados Unidos o “Instituto de Ciências Noéticas” e afirmando,
mais ou menos nestes termos: «Hoje,
há algo mais importante para a Humanidade do que a investigação espacial: é a
descoberta da alma humana!».
MAIS DEPOIMENTOS CIENTÍFICOS
Dos grandes pioneiros da investigação do
paranormal, denominado originalmente de Metapsíquica, Fenomenologia Psíquica,
Mediunismo, Espiritismo e, mais tarde, de Parapsicologia, Paranormalogia,
Psicotrónica, Psicobiofísica, Parafísica, Psicobiologia, etc., por parte de
muitos cientistas.
* Há, entre os Senhores políticos, ou
alguém que nos lê, que se considere tão “doutamente esperto” que, tendo conhecimentos de
causa, tendo feito investigações sérias e seja portador de estudos eruditos, possa
contestar os depoimentos irrefragáveis destes eminentíssimos cientistas e
sábios do Ensino académico (que também
existem, claro!) e as experiências que fizeram?...
Nem precisais responder pela contestação ou pela negativa, sob pena de se vos poder aplicar epítetos que não vos seriam lá muito
simpáticos. Pelo menos a aplicabilidade deste provérbio é adequada à obtusidade
dos negadores da Vida no Além: «Não suba o sapateiro além das botas!».
EIS,
A SEGUIR, APENAS ALGUNS DA COLEÇÃO DOS MUITÍSSIMOS DEPOIMENTOS E INVESTIGADORES
DOS FENÓMENOS PSÍQUICOS, CUJOS NOMES COLECIONÁMOS
PACIENTEMENTE EM QUASE 50 ANOS:
*
ALBERT EINSTEIN, físico e matemático alemão:
«Do
mundo dos factos não há nenhum caminho que conduza ao mundo dos valores; estes
vêm de outra região... A opinião comum de que sou ateu repousa em grave erro...
Não há oposição entre a Ciência e a Religião; apenas há cientistas atrasados,
professando ideias que datam de 1880.
A Religião sem Ciência é cega; a Ciência sem Religião é coxa... A mais bela e profunda emoção que se possa experimentar é
a sensação mística. É esta a base da verdadeira Ciência!...
Ainda
não encontrei um modo de expressão melhor do que o religioso para a confiança
na natureza racional da Realidade... Onde falta este sentimento, a Ciência
degenera em empirismo desprovido de espírito... Não posso conceber um
verdadeiro sábio sem esta fé profunda...
A verdadeira religião é a Vida real, vivida com todas as
verdades da alma, com toda a nossa bondade e integridade!
O
trabalho esforçado e a contemplação da Natureza de Deus
são os anjos que, conciliadores, fortificadores e, contudo, impiedosamente severos,
me guiarão através do tumulto da vida!
Podem
ter a certeza de que nada se consegue unicamente através da pregação da razão!
Tenho
de procurar nas estrelas aquilo que me é negado na Terra!
Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de
sucesso!
Os domínios do mistério prometem as mais belas
experiências!
Feliz
aquele que atravessou a vida ajudando o seu semelhante,
que não conheceu o medo e se manteve alheio à agressividade e ao ressentimento! É dessa madeira que são esculpidas
as figuras ideais, que consolam a
Humanidade nas situações de sofrimento que ela própria criou!
Só
quando se suprimir a guerra, se conseguirá também realizar a educação da juventude
no espírito de conciliação, de alegre afirmação da vida e de amor para com
todos os seres vivos. Nem é de desejar que, precisamente os
moços mais valorosos, sejam entregues à destruição, levada a cabo pela
engrenagem, atrás da qual se erguem três potências formidáveis: a estupidez, o
medo e a avidez!».
* WILLIAM CROOKES, físico, químico, astrónomo e inventor inglês extraordinário (foi o 2.º Presidente da Society for Psychical Research), pioneira na investigação dos fenómenos psíquicos do paranormal:
Diz
este egrégio cientista — de todos os cientistas, este é o que mais admiramos, pelo
muito e pelo rigor com que investigou: «...Tendo-me assegurado
da realidade dos fenómenos psíquicos, seria uma cobardia moral recusar-lhes o
meu testemunho. Após seis anos de experiências
rigorosamente científicas, eu
não digo que esses fenómenos são possíveis; o que digo e afirmo é que são
verdadeiros!... Adquiri a prova exata da
realidade dos fenómenos mediúnicos (espiritistas)!».
— “Recherches sur les Phénomènes du Spiritisme”
(livro traduzido do inglês para
o francês e para o português, no Brasil, com o título de: Fatos Espíritas).
*
ALFRED RUSSELL WALLACE, antropologista, discípulo de Darwin (evolucionistas):
«Eu era um materialista tão convencido que não
admitia absolutamente a existência espiritual nem qualquer agente
do Universo além da força e da matéria. Os
factos, entretanto, são coisas pertinazes... e, afinal, venceram-me. Eles
forçaram-me a aceitá-los como factos muito antes de eu admitir a sua explicação
espiritual. Não havia, nesse tempo, lugar no meu cérebro para tal
conceção; mas, pouco a pouco, lentamente, se lhe fez lugar. O espiritismo
está tão bem demonstrado como a lei da gravitação!».
* ANDREI
DMITRIYEVICH SAKHAROV (Prémio Nobel da Paz, em 1975),
físico nuclear russo:
«Não concebo o Universo e a vida humana sem um começo inteligente, sem uma Fonte de
“calidez” espiritual que transcenda a matéria e as suas leis!».
*
ANTONY FLEW (1923-2010), Filósofo inglês.
«Agora
eu acredito que o Universo foi fundado por uma Inteligência Infinita, e que as
suas intrincadas Leis evidenciam o que os cientistas chamaram a Mente de Deus.
Eu acredito que a vida e a reprodução se originaram de uma Fonte Divina!».
*
ARTHUR EDDINGTON (1882-1944), eminente físico inglês:
No
seu primado do espírito diz ele: «O Universo é puro Espírito!».
*
CAMILLE FLAMMARION, astrónomo francês:
«Os
fantasmas dos mortos existem, aparecem, manifestam-se. São vistos de frente, de
perfil, obliquamente, refletidos em espelhos, em completa concordância com as
leis da perspetiva... Alguns têm uma certa materialidade, como os “duplos” dos
vivos que estudámos, pois são fotografados. Possuo, a esse respeito, provas
irrecusáveis... O corpo é somente um vestuário orgânico do Espírito;
ele passa, muda-se, desagrega-se; o Espírito permanece... Uma Força inteligente
rege tudo. A alma é indestrutível!...».
-
A Morte e o Seu Mistério.
O Universo não é mais do que um imenso Ser organizado, de que os
mundos são as partes constituintes e do qual Deus
é a Vida... O espiritualismo mostra-nos uma Potência diretora inteligente e
moral!....
Deus
todo-poderoso, quão insensatos éramos em crer que não há nada para além da
Terra, e que só a nossa pobre morada gozava o privilégio de refletir a Tua grandeza e o Teu poder!»
- A Pluralidade dos Mundos Habitados.
A alma existe como personalidade real, independentemente
do corpo; a alma é dotada de faculdades ainda desconhecidas da Ciência;
ela pode agir e perceber à distância, sem os sentidos como intermediários!
Os Espíritos podem agir uns sobre os outros sem o
intermédio dos sentidos. A força psíquica existe; a sua natureza permanece
desconhecida... Aquele que declara que os fenómenos espíritas são contrários à
Ciência, não sabe do que está a falar!...
...não é lógico afirmar o aniquilamento da
inteligência pela morte do organismo!
-
O Desconhecido e os Problemas Psíquicos.
* CESARE LOMBROSO, criminologista e antropólogo italiano
da faculdade Médica de Turim:
«Ninguém foi mais hostil ao espiritismo do que eu, pela
educação científica e por inclinação. Mas a paixão da verdade e do facto averiguado venceu a minha fé científica. Poucos
sábios têm havido no mundo tão incrédulos como eu nas doutrinas chamadas
espíritas. Cheguei
mesmo a insultar os espíritas. Mas, agora, estou confundido e lamento ter combatido
com tanta insistência os factos chamados espíritas; e digo «os factos», porque agora continuo
oposto à teoria. Os factos existem e eu me glorifico de ser escravo deles!».
-
Anais de Ciências Psíquicas.
*
CHARLES RICHET, Prof. de Fisiologia da Univ. Médica de Paris:
«Quando o grande William Crookes relata ter visto no seu
laboratório Katie King, fantasma capaz de se mover, de respirar, ao lado do seu
médium, Florence Cook, o sabichão pode erguer os ombros e dizer: é impossível; o bom
senso faz-me afirmar que Crookes foi vítima de uma ilusão; Crookes é um
imbecil. Mas esse pobre sabichão não descobriu a matéria radiante, nem o tálio
nem as ampolas que transmitem a luz elétrica!...
«Nada
nos diz que a morte termina tudo, e há alguma razão para crer que nós nos
movemos num sonho, e que ao despertar
teremos magníficas surpresas. Confundido com o nosso mundo habitual, existe um
mundo misterioso que nos rodeia -
fantasmas, casas assombradas, telepatias, premonições, monições, transportes -,
de maneira que nos movimentamos em obscuridade profunda. Existirá esse novo mundo? Tentarei provar que ele existe. Como negar os factos chamados espíritas
e a hipótese explicativa mais simples do que qualquer outra?».
-
A Grande Esperança.
«Logicamente,
somos levados a basear-nos na hipótese dos maiores filósofos atuais, de
Bergson, por exemplo, e dos sábios: Charles Nicolle, Alexis Carrel, Lecomte de
Nouy... Chegamos a uma conceção da Criação feita
por um Ser superior a tudo o que possamos imaginar. Cinquenta
anos de estudos biológicos conduziram-me a esta conceção que eu não hesito em
chamar “religiosa”!».
-
“Deux Mondes”.
«Não
existe contradição alguma entre os factos e as teorias do Espiritismo e os
factos positivos estabelecidos pela Ciência...
Os
sábios, em vez de aparentarem ignorar o Espiritismo, devem estudá-lo.
Físicos, químicos, fisiologistas, filósofos
devem dar-se ao trabalho de se porem ao corrente dos factos espíritas!».
-
É Necessário Estudar o Espiritismo.
*
CROMWELL VARLEY, físico e engenheiro inglês:
«... Os Espíritos dos nossos parentes visitam-nos... Eu os
tenho visto distintamente, em várias circunstâncias!... Eu não conheço um só homem de bom senso que, tendo
estudado com cuidado os fenómenos espíritas, não se tenha rendido à evidência!».
-
“Rapport Sur le Spiritualisme”.
* ERNESTO BOZZANO, filósofo e Prof. genovês da Univ. de
Turim:
«Conseguimos demolir irremediavelmente o materialismo
científico,
provando que os seus defensores têm sido iludidos pelas aparências, graças às
quais conceberam, erroneamente, que o pensamento é função do cérebro,
quando o exame aprofundado dos fenómenos espíritas... demonstrou... que é o
pensamento que condiciona o cérebro!
Conseguimos a confirmação ulterior da teoria
espírita, por meio de novas provas complementares, favoráveis à existência e à
sobrevivência da alma, e capazes de
conferir a esta teoria uma solidez científica inabalável!».
-
Pensamento e Vontade.
* FRIEDRISCH ZÖELLNER, astrónomo em Leipzig:
«As nossas investigações científicas..., fornecendo à
Humanidade admirada uma nova classe de fenómenos psíquicos..., proclamam bem
alto, e de um modo não mais duvidoso, a existência de um outro mundo... de seres inteligentes!...
Fora do nosso mundo percetível de três dimensões, há seres organizados com
todos os atributos de corporeidade, podendo mostrar-se e sumir-se no espaço de
três dimensões!...».
-
Física Transcendental.
* IMMANUEL KANT, filósofo alemão:
«Bem depressa - o tempo é próximo - se chegará a demonstrar que a alma humana pode viver, desde esta
existência terrestre, em comunicação estreita e indissolúvel com as entidades
imateriais do mundo dos Espíritos...
Todo o homem é um ser de dois mundos: do mundo incorpóreo e do
mundo material!... Só
o nosso corpo é perecível; a nossa essência não o é...
A vida do Homem é dual; consiste em
duas vidas: uma, animal; e outra, espiritual. Nesta, a alma vive separadamente
do corpo; e em tal existência deve prosseguir vivendo, após separar-se
do corpo!».
*
JAMES H. HYSLOP, Reitor da Univ. de Birmingham:
«Considero
cientificamente provada a existência dos Espíritos desencarnados e não faço, a
tal respeito, nenhuma concessão aos céticos. Como se eles pudessem ter o
direito de discutir tais questões.
Quem não aceita a existência dos
Espíritos desencarnados e a prova da sua existência, ou é um ignorante ou um
cobarde moral!.
A julgar pelo que eu próprio vi,
não sei como poderia furtar-me à conclusão de que a existência de uma vida
futura está absolutamente demonstrada!».
*
J. GLAZEWSKI, cientista polaco:
«Chegámos, atualmente, por meio da pura análise
científica, à prova da existência de um mundo invisível e imaterial.
Esta verificação é fruto de 27 anos de pesquisas sobre a onda gravitacional!»
- A Hora de Ser.
*
LÉPICIER, cardeal francês:
«Os
fenómenos (psíquicos), demonstrando, como
demonstram, a existência de um mundo espiritual, vêm, por outro
lado, confirmar a verdade filosófica e teológica respeitante à imortalidade da alma!».
«Não existe aquilo a que chamamos de
“matéria”;
toda a matéria surge e existe apenas em virtude de uma força que leva as
partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse diminuto sistema
solar que é o átomo. Temos de aceitar a existência de uma Mente Consciente e
Inteligente por trás dessa força. Essa
Mente é a matriz de toda a “matéria”!».
*
OCHOROWICZ (JULIEN), Prof. de Psicologia de Lemberg:
«Quando me recordo de que, numa certa época, eu me
admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenómenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li as suas obras com um
sorriso estúpido..., ao simples enunciado destas coisas eu coro de vergonha
por mim próprio e pelos outros!».
* OLIVER LODGE, físico
e matemático, Reitor da Univ. de Birmingham:
«Falando... com
pleno sentimento da minha responsabilidade, dou testemunho de que, como resultado das investigações que fiz no terreno do psiquismo,
adquiri, por fim, a convicção, em que me mantenho após 20 anos de estudo, não
só de que a continuação da existência
pessoal é um facto, como também de que uma comunicação pode... chegar-nos
através do espaço... Estou tão convencido da existência continuada no outro
lado da morte quanto da existência aqui!» - Depoimento em “The Hilbert Journal”.
«A comunicação com o Além é possível... Eu já conversei
com os meus falecidos amigos pela mesma forma como poderia conversar com uma
pessoa qualquer... Sendo estes falecidos amigos homens de Ciência, deram-me
a prova da sua identidade; a prova de que foram realmente eles e não alguma personificação ou alguma coisa emanada de
mim mesmo!
Fui
levado, pessoalmente, à certeza da vida futura, por meio de provas que repousam
em base
puramente científica. Asseguro-vos, com toda a minha força de
convicção, que nós persistimos depois
da morte, que os nossos falecidos continuam a interessar-se por nós e conhecem os nossos pensamentos melhor que nós mesmos!» - do
livro Recordações.
*
PITÁGORAS, Sábio místico e Filósofo grego:
«Quando abandonares o teu corpo material, elevar-te-ás no
éter e, deixando de seres mortal, revestirás tu mesmo a forma de um deus imortal!».
*
ROBERT OWEN, eminente sociólogo norte-americano:
«O
Espírito do Homem, em vez de morrer com o corpo, como eu o acreditava, passa, ao separar-se dele, a uma outra existência mais
luminosa, mais pura e mais feliz!».
* WILLIAM BARRETT, Professor de Física da Universidade de Dublin, e fundador da S.P.R. (“Society for Psychical Research”, inglesa):
«...Estou
absolutamente convencido de que a
Ciência Psíquica provou, experimentalmente, a existência
de uma entidade transcendente e imaterial, duma alma, no Homem. Estabeleceu,
igualmente, a existência de um Mundo espiritual e invisível de seres vivos e
inteligentes, que podem
comunicar connosco. Estou absolutamente convencido do facto de poderem
comunicar-se, e, de facto, connosco se comunicam, os que, um dia, viveram neste
mundo!».
-
Anais das Ciências Psíquicas.
* WILLIAM JAMES, psicólogo americano, reitor da Univ. de Harvard:
«Os Galileu e os Lavoisier da Psicologia
virão como metafísicos; exige-o a natureza do problema psicológico!... O meu espírito foi, então, obrigado a aceitar uma
conclusão, e a minha convicção da verdade dela nunca mais se abalou desde esse
momento. É que a nossa consciência normal de vigília, a consciência racional..., é apenas um tipo especial de
consciência, ao passo que, à sua roda,...
estão formas potenciais de consciência inteiramente diferentes!».
- As Variedades da Experiência Religiosa.
E contra os materialistas e
o materialismo cilindrador, Vitor Hugo, o notável romancista francês,
retorquia nestes termos admiráveis de estóica coragem:
«Dizeis que a alma é apenas a expressão das forças
corporais. Então porque é que a minha
alma é mais luminosa quando essas forças corporais vão em breve abandonar-me?
Quanto mais me aproximo do fim, mais escuto em torno de mim as imortais
sinfonias dos Mundos que me chamam. Não! A sepultura não é um beco sem saída; é
uma avenida. Ela fecha-se no crepúsculo; ela se reabre na aurora... Pois
quê?!... Negais intransigentemente o Mundo Invisível?!... Mas essa Criação
invisível, quem vos diz que um dia não a vereis?... Um dia, despertareis num
outro leito, vivereis dessa grande Vida a que chamam “morte”!...».
* NOTA:
Em baixo damos um link para quem quiser ler mais Depoimentos dos
grandes investigadores, especialmente do século XIX:
04: Os Depoimentos Científicos
04: Os Depoimentos Científicos
Vejamos quem é Brian Weiss, o extraordinário
psiquiatra americano:
Bibliografia / Biografia:
BRIAN L. WEISS
Livros de Brian L. Weiss,
M.D.
Meditações
O
Passado Cura
Só
o Amor é Real
Os
Espelhos do Tempo
Muitas
Vidas, Muitos Mestres
A
Divina Sabedoria dos Mestres
Pioneiro e paladino
da comprovação da reencarnação, através da psicoterapia pela hipnose e pela
regressão a vidas passadas dos passivos (e doentes), o Dr. Brian L. Weiss,
psiquiatra americano, tem-se tornado uma sumidade de renome cada vez mais
alargado na América e na Europa, pelo menos, com a
Terapia de regressão a Vidas Passadas (TVP).
Pela sua
integridade e celebridade, converteu-se numa das maiores referências mundiais da
investigação da realidade paranormal acerca da reencarnação, tendo comprovado
este fenómeno à saciedade, e tendo perdido, completamente, todas as
dúvidas do seu inicial cepticismo acerca desta realidade da vida imortal.
Pela sua inconteste e inegável
notoriedade, citamos alguns dados biográficos de Brian Weiss, face ao seu já muito
vasto "curriculum" pelos anais da Medicina, nomeadamente da
Medicina Psiquiátrica:
* O Dr. Brian Weiss licenciou-se Phi Beta Kappa (Sociedade
honorífica, fundada em 1776, e título de distinção académica), em 1966, “Magna
Cum Laude” pela Universidade de Columbia (Nova Iorque) e recebeu o seu
diploma de Medicina (M.D., Medicinal Doctor) na Escola de Medicina da
Universidade de Yale, em 1970, onde mais tarde obteve a posição de Diretor dos
serviços de Psiquiatria.
* Fez o seu internato no Belevue Medical Center da Universidade de
Nova Iorque. Foi Professor na Universidade de Pittsburgh. Foi residente-chefe
do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami Beach, na
Florida, e Professor Associado de Medicina no Departamento de Psiquiatria da
Escola de Medicina da Universidade de Miami, onde assumiu o cargo de Diretor
do Departamento de Psicofarmacologia.
* Depois de 4
anos nesta Universidade, foi promovido a Professor Associado de Psiquiatria na
Escola Médica, tendo sido nomeado Diretor de Psiquiatria num grande hospital
de Miami, ligado à mesma Universidade.
* O Dr. Brian Weiss também foi orientador profissional na Associação “Drug
and Alcohol Abuse” (Dependência de Drogas e Álcool), fundada pelo National
Institute of Drug Abuse (NIDA), onde efetivou estudos aprofundados sobre
psicotrópicos diversos. E também foi psiquiatra residente num hospital em
Connecticut.
* Brian Weiss tem
uma clínica privada em
Miami. Para além das consultas normais de Psiquiatria,
realiza também seminários e "workshops" a nível muito internacional,
fazendo muitos seminários e programas de formação profissional, tendo estado mesmo até na
China, Coreia e Japão em diversos estudos e conferências.
* BRIAN WEISS,
psiquiatra americano de Miami:
“Ouçamos” Brian Weiss, o extraordinário psiquiatra de
Miami (EUA), que está a revolucionar a América com provas inúmeras da
reencarnação e da sobrevivência, em muitas provas práticas que já coletou na
esfera dos tratamentos psiquiátricos que administrou aos seus passivos. No
livro «A Divina Sabedoria dos Mestres», págs. 187-188, ele pontifica
claramente:
«Não morremos quando o nosso corpo físico morre. Uma
parte de nós continua: o Espírito, a alma, a Consciência. É como atravessarmos uma porta para outra sala, mais
ampla, mais brilhante, para uma sala maravilhosa. É por esta razão que não
devemos ter medo. Estamos sempre rodeados de Amor. Os nossos entes queridos nunca nos abandonam. Todos nós somos
magníficas almas imortais. Estamos nos nossos corpos uns tempos, mas não somos
os nossos corpos!»...
«A Ciência e a espiritualidade, durante muito tempo
consideradas antitéticas, estão a começar a dar as mãos. Os físicos e os
psiquiatrias estão a começar a ser os místicos da era moderna. Estamos a confirmar aquilo que os místicos antes de nós sabiam, de modo
intuitivo. Somos todos seres divinos. Sabíamos que assim era, há milhares de
anos, mas esquecemo-nos. Para podermos regressar a casa, temos de nos lembrar
do caminho!...
Como os místicos cristãos ensinavam, você não é um ser
humano a viver uma experiência espiritual; você é um Ser espiritual a viver uma experiência
humana!... Somos Seres espirituais dentro destas
formas humanas. A parte espiritual em nós nunca morre. Nunca perdemos realmente
aqueles que amamos!...
Para mim, Deus está em toda a parte, nos meus escritos, não só identificado com o nome de
Deus, mas também de muitas outras maneiras. Cada vez que encontrar a palavra Amor, estou
a falar de Deus. Todos nós temos Deus dentro de nós!».
Agora domino dois mundos; o mundo fenomenológico dos cinco sentidos, representado
pelos nossos corpos e necessidades físicas; e um mundo maior dos planos
não-físicos, representado pelas nossas almas e espíritos. Sei que os mundos se encontram interligados, que tudo é
energia. E, no entanto, por vezes parecem imensamente distanciados. O meu
trabalho é o de estabelecer a ligação entre esses mundos, para poder documentar cuidadosa e cientificamente
a sua unidade!»...
É o mesmo ilustre e admirável psiquiatra que, no livro
«Muitas Vidas, Muitos Mestres», nos diz “ex cathedra”:
«Quando chegamos ao plano espiritual, também aí continuamos a crescer. Passamos por diversas fases de
desenvolvimento.
Quando chegamos... temos que passar por uma fase de renovação, uma fase de
aprendizagem e uma fase de decisão. Decidimos
quando queremos regressar, onde e por que motivos. Há quem decida não
regressar. Optam por passar a outra fase de desenvolvimento. E permanecem
numa forma espiritual... alguns mais do que outros antes de regressarem.
É tudo uma questão de crescimento e aprendizagem... crescimento contínuo. O nosso corpo não passa de um veículo
que nos é útil enquanto aqui estamos. Só a nossa
alma e o nosso espírito vivem para sempre».
Em «A Divina Sabedoria dos Mestres» afirma ele (pág. 154):
«A morte não é aquilo em que a maior parte de nós
acredita que seja. A morte é o
desprendimento do corpo físico, quando a nossa alma imortal progride para o
Outro Lado. Neste sentido, a morte não existe, mas apenas a Vida e o Amor.
A Luz é mais uma manifestação desse Amor universal, intemporal, inteiramente
abrangente!...
Investigadores do fenómeno da EQM*, como o Dr. Raymond Moody e a Dra.
Elisabeth Kübler-Ross descrevem, frequentemente, uma sessão de “recapitulação
da vida”. Um ou vários Seres, plenos de Sabedoria e Amor, assistem-nos a
recapitular os acontecimentos da nossa vida!».
* EQM (Experiências de Quase Morte) ou EMI (Experiências de Morte
Iminente) ou NDE ("Near Death Experiences"), daqueles que, em estado
de coma, faleceram clinicamente e depois retornaram de novo à vida terrena.
Na obra «Só o Amor é Real», Brian Weiss
escreveu, sabiamente:
«Todos somos deuses. Deus está dentro de
nós... Precisamos de expressar a nossa divindade e o nosso Amor através de boas
ações, de ajuda aos outros... A verdadeira Viagem é interior.
...
A vida é muito mais do que aquilo que vemos.
Demasiadas vezes não acreditamos se não virmos.
O nosso Caminho é interior. Esse é o
caminho mais difícil, a viagem mais dolorosa...
O Reino de Deus está dentro de nós!».
«Tornem-se
mais espirituais! Dediquem mais tempo à
oração, a dar, a ajudar os outros, a amar: ofereçam-se para o trabalho de
voluntariado e expressem generosidade e Amor!...
Brian Weiss, no livro «A Divina Sabedoria dos Mestres»,
na página 85, do Capítulo 4 (Criar Relações de Amor) escreveu as sensações do
falecimento de uma sua paciente, na personalidade de uma senhora idosa, em vida
anterior, onde ela narrava, em estado de hipnose. Diz Brian: «Morreu e sentiu-se
flutuar acima do corpo, e descreveu uma maravilhosa Luz dourada com uma
forma circular. No interior do
círculo podia ver os espíritos dos entes queridos que tinham morrido antes
dela, incluindo o marido e os pais... Sentiu, finalmente, uma paz incrível.
A Luz emanava música, mas ela não conseguia achar palavras adequadas para
descrever aquela sensação!».
A idosa descreve assim o auge da sua experiência apoteótica:
«A Luz e a música são tão maravilhosas... Não há palavras... Não há
palavras que expliquem... É como voltar para casa. Estão a saudar-me. Estou a
voltar a casa!...
Eles não compreendem que eu não morri, apesar de ter abandonado o meu
corpo. Ainda estou consciente. Morte é palavra errada. Eu não morri, mas eles
não sabem isso!»...
A propósito de EMIs ou Experiências de Morte
Iminente, uma das extraordinárias pioneiras dessa investigação foi Kübler-Ross,
médica em psiquiatria, eleita em 2007 para o National Women's Hall of Fame, dos Estados
Unidos. Essa investigadora estudou centenas de casos de pacientes
em fase final de vida e com tudo o que aprendeu sobre a morte, criou uma nova
ciência a que denominou «Tanatologia», baseada no seu “Kübler-Ross model”, em que descreve as cenas
gerais do falecimento e a preparação do desencarnante para a morte e a vida no
Além.
Essa extraordinária
psiquiatra, Elisabeth Kübler-Ross, que foi uma pioneira incansável no
tratamento de doentes em fase terminal, e na preparação correta para a morte,
acabou por partir para o Além, na sua casa, em Scottsdale, no Arizona, com 78
anos de idade. Pouco antes de falecer, no Arizona, depois de complicações
extremas da sua saúde, já comprometida e debilitada por derrames cerebrais que
a fizeram perceber que lhe restava pouco tempo de vida, afirmou essa “inimitável” psiquiatra, de
alma apoteótica certamente, e com a certeza inconcussa e inabalável da imortalidade: “Vou dançar em
todas as galáxias” ® Sem comentários!...
São também dela estas palavras de Luz, de Verdade e de Sabedoria:
«Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na
Terra, podemos
sair de nosso corpo, que aprisiona a nossa alma como um casulo
aprisiona a futura borboleta.
E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não
sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações − estamos livres como uma linda borboleta
voltando para casa, para Deus!»...
Obras de Elisabeth Kübler-Ross
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre
a Morte e o Morrer. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1969.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Morte –
Estágio Final da Evolução? 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1975.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Perguntas
e Respostas sobre a Morte e o Morrer. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A
Morte: um Amanhecer. São
Paulo: Pensamento, 1991.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A Roda da Vida:
memórias do viver e do morrer. Rio de Janeiro: GMT, 1998.
A Doutrina da
Reencarnação
Finalmente, a favor da sobrevivência e da imortalidade vem a investigação da Doutrina da reencarnação, que não é nenhuma teoria balofa mas sim um Teorema de toda a Sabedoria. Temos milhares de provas sobre reencarnação perfeitamente provada e documentada.
Krishna e a Doutrina da Reencarnação
Finalmente, a favor da sobrevivência e da imortalidade vem a investigação da Doutrina da reencarnação, que não é nenhuma teoria balofa mas sim um Teorema de toda a Sabedoria. Temos milhares de provas sobre reencarnação perfeitamente provada e documentada.
A Lei da Reencarnação não é
nenhuma hipótese filosófica nem linear e superficialista teoria dogmática de
qualquer Doutrina espiritualista; é
um Axioma insofismável e antiquíssimo de toda a verdadeira Sabedoria do
Ocidente e do Oriente. Há, nos dias de hoje, inúmeros psicólogos e
psiquiatras do ensino oficial a confirmá-la e a divulgá-la
cada vez mais abertamente, como estes psiquiatras ou psicólogos: Bryan Weiss, psiquiatra em Miami, EUA; Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra
e escritora americana; Edith Fiore, psicóloga também americana; Helen Wambach,
psicóloga em New Jersey;
Ian Stephenson, professor de Psiquiatria da Escola Médica da Universidade de
Virgínia (E.U.A.); Hamendras Banerjee, Diretor
do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur,
Índia; Stanislav Grof, renomado psiquiatra russo, etc...
Antes de remeter os leitores ao
fim deste texto, onde o link, «47: As Provas da
Reencarnação» pode ser usado, vejamos, só a título de curiosidade, o
que disserem os dois expoentes máximos da Cultura espiritual antiga: Jesus Cristo no Ocidente e Krishna no
Hemisfério Oriental:
Cristo e a Lei da
Reencarnação
Ensinou Cristo, tal como se refere no Evangelho
de João, cap. III, vers. de 3 a 8, no seu diálogo com
Nicodemos, Rabi (ou “Rabboni”) dos
Judeus, no início do Capítulo III, do Evangelho de S. João:
JOÃO III
1 Ora, havia entre os fariseus um
homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este foi ter com Jesus, de
noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém
pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 Respondeu-lhe Jesus: Em
verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como
pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de
sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade, em
verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no
Reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne,
e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te haver
dito: Necessário vos é nascer de novo.
... / ...
12 Se vos falei de coisas terrestres,
e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?...Krishna e a Doutrina da Reencarnação
O Bhagavad-Gitâ, livro clássico do Oriente (Índia),
Bíblia dos hindus e dos devotos do Hinduísmo, tem o seu “Jesus Cristo” no
Mestre denominado Krishna que, ao falar para o Discípulo Arjuna, diz, explícita
e textualmente:
«Numerosas são as
minhas e tuas vidas passadas, ó Arjuna; Eu conheço-as todas, mas tu não as
conheces!... Alcançar esta meta de vida através da realização de “Brahman”
(Deus) e de “Paramâtmâ” (Espírito Supremo) toma
muitos e muitos nascimentos!».
Citando outras passagens
deste livro magnífico e extraordinário, nele pode ler-se:
«Sabe, ó príncipe de Pându, que nunca houve
tempo em que não existíssemos eu ou tu, ou qualquer destes príncipes da terra;
igualmente, nunca virá tempo em que
algum de nós deixe de existir.
Assim como a alma, vestindo este corpo material,
passa pelos estados de infância, mocidade, virilidade e velhice, assim, no
tempo devido, ela passa a um outro
corpo, e em outras encarnações, viverá outra vez.
Estes corpos caducos, que servem como
envoltórios para as almas que os ocupam, são coisas finitas, coisas do momento,
e não são o verdadeiro homem real. Eles
perecem, como todas as coisas finitas...
Conhece esta verdade, ó príncipe! O Homem real,
isto é, o Espírito do homem, não nasce nem morre. Inato, imortal, perpétuo e
eterno, sempre existiu e sempre existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém, aquele que ocupou o corpo,
permanece depois da morte deste.
Como a gente tira do corpo as roupas usadas e as
substitui por novas e melhores, assim
também o habitante do corpo (que é o Espírito), tendo abandonado a velha morada
mortal, entra noutra, nova e recém-preparada para ele.
O Homem real, o Espírito, não pode ser ferido
por armas, nem queimado pelo fogo; a água não o molha, o vento não o seca nem
move.
Ele é impermeável, incombustível, indissolúvel,
imortal, permanente, imutável, inalterável, eterno, e penetra tudo.
Quanto à Alma, o Homem
real, Espírito ou Ser Eterno, alguns o tomam por coisa maravilhosa; outros ouvem falar e falam dele como
de uma maravilha, com incredulidade e sem compreensão. Mas a mente mortal não
compreende esse mistério, nem o conhece em sua natureza verdadeira e essencial,
apesar de tudo o que foi dito, ensinado e pensado a seu respeito.
O Espírito, esse Homem real que habita o corpo, é
invulnerável e indestrutível: é a Vida mesma.
Não há, pois, motivo para te abandonares à aflição e tristeza!».
PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA HUMANA
1.º ) E. M. I. — Experiências de Morte Iminente, denominadas também EQM
(Experiências de Quase Morte) ou NDE (“Near Death Experiences”), feitas por
muitos médicos no mundo inteiro — nomeadamente pelo pioneiro americano Raymond.
A. Moody —, com milhões de pessoas que entraram em estado de coma profundo. Na
América, só a Fundação Gallup já catalogou cerca de 15 milhões de americanos
que passaram por essas experiências em estado de coma.
2.º ) Recordações ecmnésicas — ou de memória
extra-cerebral, segundo a nomenclatura da Parapsicologia −, de pessoas em
estado de transe hipnótico, hipnotizadas que foram para fins terapêuticos (Ex:
investigações de Brian L. Weiss, psiquiatra americano, em Miami Beach, Florida),
para finalidades lúdicas (Ex: demonstrações feitas em palcos de circos ou na
TV) ou para estudo científico (Ex: experiências efetuadas pelo coronel Albert de Rochas, francês).
3.º ) Provas irrefutáveis
de crianças que se lembram naturalmente de vidas anteriores, e delas falam com
a máxima naturalidade, como se desta vida atual se tratasse. São muito
conhecidos os casos investigados por Ian Stevenson, na Universidade americana
de Virgínia ou Hamendras Banerjee, Diretor das pesquisas do Instituto Indiano
de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, além das americanas Helen Wambach, Edith Fiori ou
Stanislav Grof (psiquiatra russo).
4.º ) Foram
inúmeros os depoimentos sérios feitos por todos os maiores sábios do Ocultismo
esotérico do mundo inteiro, dentro de muitas Doutrinas da Sabedoria sagrada,
quer no Oriente multimilenário ou no Hemisfério ocidental, dentro de Ordens de
Cavalaria iniciáticas ou de Confrarias secretistas: Teosofia, Rosa-Cruz, Maçonaria, Gnose, Cabala,
Alquimia... O próprio Espiritismo kardecista, tão divulgado no Brasil, também
tem depoimentos inúmeros.
5.º ) Desde eras imemoriais que existem imensas
narrações históricas de manifestações da sobrevivência do Homem ou de contactos
mediúnicos com o Além, no folclore
dos mais diversos povos das eras antiga e medieval, descritos em muitos textos
sagrados, nas Bíblias diversas e em muitos outros livros do Mundo, tal como em narrativas
histórico-descritivas, escritos na Antiguidade (ex: a Odisseia, de Homero; a Eneida, de Virgílio; os Lusíadas,
de Camões).
6.º ) Muitas foram as descrições da Idade Média,
tal como no mundo contemporâneo, com as quais ocorreram contactos com o Além,
possuindo algumas faculdades paranormais que lhes possibilitavam entrar em
contacto com Seres de Outros Mundos (aparições, visões, vozes, fenómenos
mediúnicos, etc.), de tal modo que a Inquisição não lhes deu tréguas, nas perseguições
ferozes da “caça às bruxas” que
levaram tantos às fogueiras dos autos-de-fé.
7.º ) No mundo mais moderno
refira-se as experiências científicas feitas, academicamente, com a máquina
Kirlian, inventada na União Soviética pelo casal Semyón Davidovitch Kirlian e
Valentina Khrisantovna Kirlian, da Univ. de Kirov, no Cazaquistão, comprovando
que o Homem tem uma alma sobrevivente à morte, a partir da visualização da
aura. No Brasil e nos E.U.A. já há hospitais oficiais que fazem diagnósticos de
doenças com a máquina Kirlian (kirliangrafia).
8.º ) Os Centros espíritas do mundo,
nomeadamente no Brasil, onde são uma pletora de Instituições, organizados mesmo
em Federações, têm provas diversas não só diretamente com médiuns como através
de fotografias a infravermelho e a ultravioleta, que são obtidas mais ou menos
regularmente em sessões mediúnicas de fenómenos ectoplásmicos de efeitos
físicos, onde Seres do Além aparecem materializados em formas mais ou menos
definidas.
9.º ) As investigações modernas e contemporâneas,
feitas por muitos cientistas com pessoas paranormais (ou médiuns), desde o
século XIX, têm provado à saciedade a sobrevivência e imortalidade do Homem,
levando à fundação da “Society for Psychical Research”, de Londres, ou casos
coletados, por exemplo, pelo astrónomo Camille Flammarion em «O Desconhecido e
os Problemas Psíquicos», ou durante e desde muito antes de Mikhail Gorbachev,
na então URSS.
Prof. M.M.M.Astrophyl
A Sobrevivência da Alma e os Martírios dos Suicidas:
Talvez nem todos os Deputados que aprovaram a eutanásia, que também encerra o suicídio, saibam que Camilo Castelo Branco, culto,
erudito e talentoso escritor português, se
suicidou antes do término natural da sua vida, que não conseguiu aguentar mais, depois de ter ficado reduzido à tristeza da
cegueira atroz. Quem quiser saber dos supremos horrores a que o acto suicida pode conduzir, não deixe de ler o que ele narrou acerca dos
sofrimentos pavorosos por que passou nas Trevas do Além, por se ter
suicidado. Depois da morte, esse
escritor comunicou, muito
mais tarde, com a sensitiva, médium ou paranormal Yvonne A. Pereira, no Brasil, tendo feito
a impressionante narrativa completa das agruras, torturas e aflições
inomináveis passadas nos submundos trevosos do Além, consequências decorrentes do seu acto suicida, por não ter aceitado
o tempo natural de vida, programado pela Vontade Divina.
Os Senhores
deputados “pró-eutanásia” falam muito em liberdades de opção ou liberdade de cada um de decidir sobre a sua própria
vida. Mas, entregando a sua liberdade
ao médico, perdem essa liberdade pessoal, porque o médico pode fazer o que
entender e inclusive pode (e deve) decidir não lhe abreviar a vida. Mas nem o
suicídio a Lei divina permite em completa liberdade, sem grande e acerbo
sofrimento, em inomináveis dores no
Além e em futuros e dolorosos resgates cármicos sobre a Terra.
Leia-se
a seguir a extraordinária narração póstuma desse escritor. Nunca
lemos nada que se lhe compare em genialidade descritiva sobre um drama tão
trágico, tão real e tão compungente, como essa descrição dolorosa, que calou
fundo na nossa alma sensível, pelo estado de desespero e agonias mil dos
infelizes que destroem a vida biológica, esquecendo-se de que o suicídio é um
crime muito grande, que tem que ser
pago com sofrimentos muito acerbos para muitos séculos ou milénios de
angústias, por coação da Justiça divina e
por reflexo ou repercussão da ação criminosa.
MEMÓRIAS DE UM
SUICIDA
ÍNDICE
Introdução
Prefácio
da Segunda Edição
PRIMEIRA PARTE
Os Réprobos
I - O Vale dos Suicidas
II - Os Réprobos
III - No Hospital "Maria de Nazaré"
IV - Jerônimo de Araújo Silveira e Família
V - O Reconhecimento
VI - A Comunhão
com o Alto
VII - Nossos Amigos - Os
Discípulos de Allan Kardec
SEGUNDA PARTE
Os Departamentos
I
- A Torre de Vigia
II
- Os Arquivos da Alma
III
- O Manicômio
IV
- Outra vez Jerônimo e Família
V
- Prelúdios de Reencarnação
VI
- "A Cada um Segundo suas Obras"
VII - Os Primeiros Ensaios
VIII
– Novos Rumos
TERCEIRA PARTE
A Cidade Universitária
I - A Mansão da Esperança
II - "Vinde a Mim"
III - "Homem, Conhece-te a Ti Mesmo"
IV - O "Homem Velho"
V - A Causa de Minha Cegueira no Século XIX
VI - O Elemento Feminino
VII - Últimos Traços
Memórias de um Suicida, FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, DEPARTAMENTO
EDITORIAL
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10ª edição Do 5 1º ao 60º milheiro, Capa de
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281-AA; 002.01-0; 6/1982, Copyright 1955 by
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Impresso no Brasil, PRESITA EN BRAZILO
INTRODUÇÃO DE AQUARIUS
Além da morte, no Além-túmulo, talvez não haja sofrimentos maiores, mais
profundos, mais dementores, mais agónicos e mais percucientes, do que os martírios
pungentíssimos do suicídio, seja este consumado de que género for, sentindo os
suicidas dores torturantes, inomináveis,
dementoras, durante anos e anos que parecem séculos infindáveis,
na sua consciência “au
ralenti”, pois no Além o Tempo, sendo um fenómeno consciencial e estranhamente
relativo, obedecendo a outros padrões de perceção interior, é muito diferentes
dos cânones terrenos. Lá
o tempo é muito diverso do tempo terrestre, perpassando nitidamente muito mais
rápido ou muito mais lento
segundo os estados de consciência respetivos das almas.
Os que se suicidaram sobre a Terra padecem insopitáveis dores:
terríveis, tremendas, pavorosas e indescritíveis, com o crime do seu acto
impensado. Muitas vezes os suicidas
foram levados a cometer esse terrível acto criminoso por desencarnados
(espíritos) que fizeram a mesma
coisa e que não se contentam em viver com esse
remorso e as suas dores atrozes, tentando outros, através dos fios magnéticos da indução do pensamento, a provocarem crime semelhante contra o seu corpo físico.
A prece é sempre uma poderosa “arma” de defesa contra essas más influências. Livremo-nos das tentações mentais deles pela oração e pela vida espiritualizada!...
“Ouçamos”
o relato espantoso de Camilo Castelo Branco que, com a grafia inconfundível do grande
talento literário que foi, descreve a sua queda dolorosa no Astral Inferior
(Baixo Astral), no Vale dos Suicidas, em consequência do acto do suicídio que
consumou, por ter ficado cego, na Terra.
Finalmente, depois de ter sido retirado das regiões infernais e levado para um
hospital de uma Colónia astral, faz esta confissão dolorida mas já com a
esperança luminosa da franca recuperação do drama terrificante por que passou nas trevas imundas dos charcos e cavernas do Baixo
Astral. Cada um que se prepare para não cair nesses dramas inomináveis!...
Passamos a dar a palavra prática a esse
extraordinário escritor, com um excerto do livro por ele ditado, e escrito
postumamente: «Memórias de um Suicida», narrado com dissemos antes à medium
brasileira Yvonne A. Pereira, onde ele relata todo o seu drama de réprobo (condenado)
pelo seu acto suicida. O livro foi editado pela FEB (Federação
Espírita Brasileira), Associação espírita de grande respeito, e publicado no
Brasil.
Eis o intróito do seu drama, passado nas Trevas do Astral
Inferior e, ao mesmo tempo, promessa alvissareira de Imortalidade gloriosa para
os Filhos da Luz, que mereçam ascender muito acima desses Abismos de supina
dor. Mas acrescentaremos uma esperança
de Luz às palavras desse extraordinário escritor lusitano: «Quem foi o ignorante que te
“pintou”, ó morte, vestida com tão lamurientos crepes lutuosos e negrejantes,
se tu no Bem nos convidas a subir em Luz à Glória dos Mundos maravilhosos,
gloriosos e cintilantes?».
NARRATIVA
DE CAMILO CASTELO BRANCO
Com o pseudónimo de
CAMILO
CÂNDIDO BOTELHO
Narra
ele, com a sua escrita de erudito talentoso (os
sublinhados, a letra a cores e/ou os negritos das suas palavras evidentemente
que são nossos):
«O Além-túmulo acha-se
longe de ser a abstração que na Terra se supõe, ou as regiões paradisíacas
fáceis de conquistar com algumas poucas fórmulas inexpressivas. Ele é, antes,
simplesmente a Vida Real, e o que encontramos ao penetrar suas regiões é Vida!
Vida intensa a se desdobrar em modalidades infinitas de expressão, sabiamente
dividida em continentes e falanges como a Terra o é em nações e raças; dispondo
de organizações sociais e educativas modelares, a servirem de padrão para o
progresso da Humanidade. É no Invisível, mais do que em mundos planetários, que
as criaturas humanas colhem inspiração para os progressos que lentamente
aplicam no orbe».
«Ao
despertar, depois de sono profundo e reparador, afigurou-se-me ter dormido
longas horas, e de algum modo senti que o raciocínio se me aclarava, oferecendo
maior possibilidade de entendimento e compreensão das circunstâncias.
Reconhecia-me de posse de mim mesmo, como desoprimido daquele estado mórbido de
pesadelo, que tantas exasperações acarretava. Mas, ai de mim! Semelhante
reconforto mental antes aprofundava do que balsamizava angústias, pois me compelia a examinar com
maior dose de senso e serenidade a
profundeza da falta que contra mim mesmo cometera!
Ardente sentimento de desgosto, remorso, temor,
desapontamento, coibia-me apreciar devidamente a melhoria da
situação. E incômoda sensação de
vergonha chicoteava-me o pudor, gritando ao meu orgulho que ali me achava
indevidamente, sem quaisquer direitos a
me assistirem para tanto, unicamente tolerado pela magnanimidade de
indivíduos altamente caridosos, iluminados pelo vero amor de Deus! Dúvidas amaríssimas continuavam
remoinhando-me na mente. Não era possível que eu tivesse morrido.
O suicídio absolutamente não me matara! Eu continuava vivo e bem vivo!»...
LÉON
DENIS
Belo
Horizonte, 4 de abril de 1957.
PRIMEIRA
PARTE — OS RÉPROBOS
CAPÍTULO
I — O Vale dos Suicidas
Precisamente no mês de janeiro do ano da graça
de 1891, fora eu
surpreendido com meu aprisionamento em região do Mundo Invisível
cujo desolador panorama era composto por vales profundos, a que as sombras presidiam:
gargantas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais
maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela
intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os
martirizavam.
Nessa paragem aflitiva a vista torturada do
grilheta não distinguiria sequer o doce vulto de um arvoredo que testemunhasse
suas horas de desesperação; tampouco paisagens confortativas, que pudessem
distraí-lo da contemplação cansativa dessas gargantas onde não penetrava outra forma de
vida que não a traduzida pelo supremo horror!
O solo, coberto de matérias
enegrecidas e fétidas, lembrando a fuligem, era imundo, pastoso, escorregadio,
repugnante! O ar pesadíssimo, asfixiante, gelado, enoitado por bulcões ameaçadores
como se eternas tempestades rugissem em torno; e,
ao respirarem-no, os Espíritos ali ergastulados sufocavam-se como se matérias
pulverizadas, nocivas mais do que a cinza e a cal, lhes invadissem as vias
respiratórias, martirizando-os com suplício inconcebível ao cérebro humano habituado
às gloriosas claridades do Sol — dádiva celeste que diariamente abençoa a Terra — e às correntes vivificadoras dos ventos sadios que tonificam a organização
física dos seus habitantes.
Não havia então ali, como não haverá
jamais, nem paz, nem consolo, nem esperança: tudo em seu âmbito marcado pela
desgraça era miséria, assombro, desespero e horror.
Dir-se-ia a caverna tétrica do Incompreensível, indescritível a rigor até mesmo
por um Espírito que sofresse a penalidade de habitá-la.
... / ...
Aqui, era a dor que nada
consola, a desgraça que nenhum favor ameniza, a tragédia que idéia alguma tranqüilizadora vem orvalhar
de esperança! Não há céu, não há luz, não há sol, não há perfume, não há
tréguas!
O que há é o choro convulso e inconsolável dos condenados
que nunca se harmonizam! O assombroso "ranger de dentes" da
advertência prudente e sábia do sábio Mestre de Nazaré! A blasfêmia acintosa do
réprobo a se acusar a cada novo rebate da mente flagelada pelas recordações penosas!
A loucura
inalterável de consciências contundidas pelo vergastar infame dos remorsos.
O que há é a raiva envenenada daquele que já não pode chorar, porque ficou
exausto sob o excesso das lágrimas! O que há é o desaponto, a surpresa
aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte!
É a revolta, a praga, o insulto, o ulular de corações que o percutir monstruoso
da expiação transformou em feras! O que há é a consciência conflagrada, a alma ofendida pela imprudência das ações
cometidas, a mente revolucionada, as faculdades espirituais envolvidas nas trevas oriundas de si mesma! O que há é o
"ranger de dentes nas trevas exteriores" de um presídio criado pelo
crime, votado ao martírio e consagrado à emenda! É o inferno, na mais hedionda
e dramática exposição, porque, além do mais, existem cenas repulsivas de
animalidade, práticas abjetas dos mais sórdidos instintos, as quais eu me
pejaria de revelar aos meus irmãos, os homens!
Quem ali temporariamente estaciona, como eu
estacionei, são grandes vultos do crime! É a escória do mundo espiritual — falanges de suicidas que periodicamente para seus canais
afluem levadas pelo turbilhão das desgraças em que se enredaram, a se despojarem das forças vitais que se encontram,
geralmente intactas, revestindo-lhes os envoltórios físico-espirituais, por seqüências
sacrílegas do suicídio, e
provindas, preferentemente, de Portugal, da Espanha, do Brasil e colônias
portuguesas da África, infelizes carentes do auxílio confortativo da prece;
aqueles, levianos e inconseqüentes, que, fartos da vida que não quiseram
compreender, se aventuraram ao Desconhecido, em procura do Olvido, pelos
despenhadeiros da Morte!
O Além-túmulo acha-se longe de ser a abstração que na Terra se supõe, ou as regiões
paradisíacas fáceis de conquistar com algumas poucas fórmulas inexpressivas.
Ele é, antes, simplesmente a Vida Real, e o que encontramos ao penetrar suas
regiões é Vida! Vida
intensa a se desdobrar em modalidades infinitas de expressão,
sabiamente dividida em continentes e falanges como a Terra o é em nações e
raças; dispondo de organizações sociais e educativas modelares, a servirem de
padrão para o progresso da Humanidade. É no Invisível, mais do que em mundos
planetários, que as criaturas humanas colhem inspiração para os progressos que
lentamente aplicam no orbe.
... Dirão que a fantasia mórbida de um
inconsciente exausto de assimilar Dante terá produzido por conta própria a
exposição aqui ventilada... esquecendo-se de que, ao contrário, o vate
florentino é que conheceria o que o presente século sente dificuldades em
aceitar...
Não
os convidarei a crer. Não é assunto que se imponha à crença, simplesmente, mas
ao raciocínio, ao exame, à investigação.
Se sabem raciocinar e podem investigar, que o façam, e chegarão a conclusões
lógicas que os colocarão na pista de verdades assaz interessantes para toda a
espécie humana! O a que os convido, o que ardentemente desejo e para que tenho
todo o interesse em pugnar, é que se
eximam de conhecer essa realidade através dos canais trevosos a que me expus,
dando-me ao suicídio por desobrigar-me da advertência de que a morte nada
mais é do que a verdadeira forma de existir!...
De
outro modo, que pretenderia o leitor existisse nas camadas invisíveis que
contornam os mundos ou planetas, senão a matriz de tudo quanto neles se reflete?!...
Em nenhuma parte se encontraria a abstração, ou o nada, pois que semelhantes
vocábulos são inexpressivos no Universo criado e regido por uma Inteligência
Onipotente! Negar o que se desconhece, por se não
encontrar à altura de compreender o que se nega, é insânia incompatível com os
dias atuais. O século convida o homem à investigação e ao livre exame, porque a Ciência nas suas múltiplas
manifestações vem provando a inexatidão do impossível dentro do seu
cada vez mais dilatado raio de ação. E
as provas da realidade dos continentes superterrenos encontram-se nos arcanos
das ciências psíquicas transcendentais, às quais o homem há ligado
muito relativa importância até hoje.
O que conhece o homem, aliás, do próprio planeta
onde tem renascido desde milênios, para criteriosamente rejeitar o que o futuro
há de popularizar sob os auspícios do Psiquismo?... O seu país, a sua capital,
a sua aldeia, a sua palhoça ou, quando mais avantajado de ambições, algumas nações
vizinhas cujos costumes se nivelam aos que lhe são usuais?...
Por
toda a parte, em torno dele, existem mundos reais, exarando vida abundante e
intensa: e se ele o ignora será porque se compraz na cegueira, perdendo tempo
com futilidades e paixões que lhe sabem ao caráter.
Não perquiriu jamais as profundidades oceânicas – não poderá mesmo fazê-lo, por
enquanto. Não obstante, debaixo das águas verdes e marulhentas existe não mais
um mundo perfeitamente organizado, mas um universo
que assombraria pela grandiosidade e ideal perfeição!
No próprio ar que respira, no solo onde pisa
encontraria o homem outros núcleos organizados de vida, obedecendo ao impulso
inteligente e sábio de leis magnânimas fundamentadas no Pensamento Divino, que
os aciona para o progresso, na conquista do mais perfeito! Bastaria que se
munisse de aparelhamentos precisos, para averiguar a veracidade dessas
coletividades desconhecidas que, por serem invisíveis umas, e outras apenas
suspeitadas, nem por isso deixam de
ser concretas, harmoniosas, verdadeiras!
Assim sendo, habilite-se, também, desenvolvendo
os dons psíquicos que herdou da sua divina origem... Impulsione pensamento,
vontade, ação, coração, através das vias alcanforadas da Espiritualidade superior... e atingirá as esferas astrais que
circundam a Terra!
Era eu, pois, presidiário dessa cova ominosa do horror!
Não habitava, porém, ali sozinho. Acompanhava-me
uma coletividade, falange extensa de delinqüentes, como eu.
Então ainda me sentia cego. Pelo menos,
sugestionava-me de que o era, e, como tal, me conservava, não obstante minha cegueira só se definir, em verdade, pela
inferioridade moral do Espírito distanciado da Luz. A mim cego não
passaria, contudo, despercebido o que se apresentasse mal, feio, sinistro,
imoral, obsceno, pois conservavam meus olhos visão bastante para toda essa
escória contemplar — agravando-se
destarte a minha desdita.
Dotado de grande sensibilidade, para maior mal
tinha-a agora como superexcitada, o
que me levava a experimentar também os sofrimentos dos outros mártires meus
compares, fenômeno esse ocasionado pelas correntes mentais que se
despejavam sobre toda a falange e oriundas dela própria, que assim realizava
impressionante afinidade de classe, o que é o mesmo que asseverar que sofríamos também
as sugestões dos sofrimentos uns dos outros, além das insídias a
que nos submetiam os nossos próprios sofrimentos. (1)
(1) Após a morte, antes que
o Espírito se oriente, gravitando para o verdadeiro "lar espiritual"
que lhe cabe, será sempre necessário o estágio numa "antecâmara",
numa região cuja
densidade e aflitivas configurações locais corresponderão aos estados vibratórios e mentais do recém-desencarnado.
Aí se deterá até que seja naturalmente
"desanimalizado", isto é, que se desfaça dos fluidos e forças vitais
de que são impregnados todos os corpos materiais. Por aí se verá que a estada
será temporária nesse umbral do Além, conquanto geralmente penosa.
Tais sejam o caráter, as ações praticadas, o gênero de
vida, o gênero de morte que teve a entidade desencarnada — tais serão o tempo e a penúria no local descrito. Existem aqueles que aí apenas se demoram algumas horas.
Outros levarão meses, anos consecutivos, voltando à reencarnação sem atingirem a Espiritualidade. Em se tratando de suicidas o caso assume proporções
especiais, por dolorosas e complexas. Estes
aí se demorarão, geralmente, o tempo que ainda lhes restava para conclusão do
compromisso da existência que prematuramente cortaram.
Trazendo carregamentos avantajados de forças
vitais animalizadas, além das bagagens das paixões criminosas e uma
desorganização mental, nervosa e vibratória completas, é fácil entrever qual
será a situação desses infelizes para quem um só bálsamo existe: a prece das
almas caritativas!
Se, por muito longo, esse
estágio exorbite das medidas normais ao caso — a reencarnação imediata será a terapêutica indicada, embora acerba e
dolorosa, o que será
preferível a muitos anos em tão desgraçada situação, assim
se completando, então, o tempo que faltava ao término da existência cortada.
«Às vezes, conflitos brutais se verificavam pelos
becos lamacentos onde se enfileiravam as cavernas que nos serviam de domicílio.
Invariavelmente irritados, por motivos insignificantes nos atirávamos uns
contra os outros em lutas corporais violentas, nas quais, tal como sucede
nas baixas camadas sociais terrenas, levaria sempre a melhor aquele que maior destreza e
truculência apresentasse. Freqüentemente
fui ali insultado, ridiculizado nos meus sentimentos mais caros e delicados com
chistes e sarcasmos que me revoltavam até o âmago; apedrejado e espancado até
que, excitado por fobia idêntica, eu me atirava a
represálias selvagens, ombreando com os agressores e com eles refocilando na
lama da mesma ceva espiritual!
A fome, a sede, o frio enregelador, a fadiga, a
insônia; exigências físicas martirizantes, fáceis de o leitor entrever; a
natureza como que aguçada em todos os seus desejos e apetites, qual se ainda
trouxéssemos o envoltório carnal; a promiscuidade,
muito vexatória, de Espíritos que foram homens e dos que animaram corpos
femininos; tempestades constantes, inundações mesmo, a lama, o fétido,
as sombras perenes, a desesperança de nos vermos livres de tantos martírios
sobrepostos, o supremo desconforto físico e moral — eis o panorama por
assim dizer "material" que emoldurava os nossos ainda mais pungentes
padecimentos morais!
Nem mesmo sonhar com o Belo, dar-se a devaneios
balsamizantes ou a recordações beneficentes era concedido àquele que porventura
possuísse capacidade para o fazer. Naquele ambiente superlotado de males o pensamento
jazia encarcerado nas fráguas que o contornavam, só podendo emitir vibrações
que se afinassem ao tono da própria perfídia local... E, envolvidas em tão
enlouquecedores fogos, não havia ninguém que pudesse atingir um instante de serenidade
e reflexão para se lembrar de Deus e bradar por Sua paternal misericórdia!
Não se podia orar porque a oração é um bem, é um bálsamo, é uma
trégua, é uma esperança! E aos desgraçados que para lá se atiravam nas torrentes do
suicídio impossível seria atingir tão altas mercês!
Não sabíamos quando era dia ou quando voltava a
noite, porque sombras perenes rodeavam as horas que vivíamos. Perdêramos a noção do tempo. Apenas
esmagadora sensação de distância e longevidade do que representasse o passado
ficara para açoitar nossas interrogações, afigurando-se-nos
que estávamos há séculos jungidos a tão ríspido calvário! Dali não
esperávamos sair, conquanto fosse tal desejo uma das causticantes obsessões que
nos alucinavam... pois o Desânimo gerador da desesperança que nos armara o gesto de suicidas
afirmava-nos que tal estado de coisas seria eterno!
A contagem do tempo, para aqueles que mergulhavam nesse abismo,
estacionara no momento exato em que fizera para
sempre tombar a própria armadura de carne! Daí para cá só existiam — assombro, confusão, enganosas induções,
suposições insidiosas!
Igualmente ignorávamos em que local nos
encontrávamos, que significação teria nossa espantosa situação. Tentávamos,
aflitos, furtarmo-nos a ela, sem percebermos que era cabedal de nossa própria mente conflagrada, de nossas
vibrações entrechocadas por mil malefícios indescritíveis! Procurávamos então
fugir do local maldito para voltarmos aos nossos lares; e o fazíamos
desabaladamente, em insanas correrias de loucos furiosos! A asveros malditos,
sem consolo, sem paz, sem descanso em parte alguma... ao passo que correntes irresistíveis, como ímãs
poderosos, atraíam-nos de volta ao tugúrio sombrio, arrastando-nos de
envolta a um atro turbilhão de nuvens sufocadoras e estonteantes!
De outras vezes, tateando nas sombras, lá
íamos, por entre gargantas, vielas e becos, sem lograrmos indício de saída... Cavernas, sempre
cavernas — todas numeradas
—; ou longos espaços pantanosos quais lagos lodosos circulados de muralhas
abruptas, que nos afiguravam levantadas em pedra e ferro, como se fôramos
sepultados vivos nas profundas tenebrosidades de algum vulcão! Era um
labirinto onde nos perdíamos sem podermos jamais alcançar o fim! Por vezes
acontecia não sabermos retornar ao ponto de partida, isto é, às cavernas que
nos serviam de domicílio, o que forçava a permanência ao relento até que
deparássemos algum covil desabitado para outra vez nos abrigarmos. Nossa mais vulgar impressão era de que
nos encontrávamos encarcerados no subsolo, em presídio cavado no seio da Terra,
quem sabia se nas entranhas de uma cordilheira, da qual fizesse parte também
algum vulcão extinto, como pareciam atestar aqueles imensuráveis poços de lama
com paredes escalavradas lembrando minerais pesados?!...
Aterrados, entrávamos então a bramir em coro,
furiosamente, quais maltas de chacais danados, para que nos retirassem dali,
restituindo-nos à liberdade! As mais violentas manifestações de terror
seguiam-se então; e tudo quanto o leitor imaginar possa, dentro da confusão
de cenas patéticas inventadas pela fobia do Horror, ficará muito aquém da
expressão real por nós vivida nessas horas criadas
pelos nossos próprios pensamentos distanciados da Luz e do Amor de Deus!
Como se fantásticos espelhos perseguissem
obsessoramente nossas faculdades, lá se reproduzia a visão macabra: — o corpo a se decompor sob o ataque dos
vibriões esfaimados; a faina detestável da podridão a seguir o curso natural da
destruição orgânica, levando em roldão nossas carnes, nossas vísceras, nosso
sangue pervertido pelo fétido, nosso corpo enfim, que se sumia para sempre no banquete asqueroso de milhões de vermes
vorazes, nosso corpo, que era carcomido lentamente, sob nossas vistas
estupefatas!... que morria, era
bem verdade, enquanto nós, seus donos, nosso
Ego sensível, pensante, inteligente, que dele se utilizara apenas
como de um vestuário transitório, continuava vivo, sensível, pensante, inteligente, desapontado e pávido, desafiando a possibilidade de também morrer!
E — ó
tétrica magia que ultrapassava todo o poder que tivéssemos de refletir e
compreender! — ó castigo irremovível,
punindo o
renegado que ousou insultar a Natureza destruindo prematuramente o que só ela
era competente para decidir e realizar: — Vivos, nós, em
espírito, diante do corpo putrefato, sentíamos a corrupção atingir-nos!...
Doíam em nossa configuração astral as picadas monstruosas dos vermes!
Enfurecia-nos até à demência a martirizante repercussão que levava nosso
perispírito, ainda animalizado e provido
de abundantes forças vitais, a refletir o que se passava com seu antigo
envoltório limoso, tal o eco de um rumor a reproduzir-se de quebrada em
quebrada da montanha, ao longo de todo o vale...
Nossa covardia, então, a mesma que nos brutalizara induzindo-nos ao
suicídio, forçava-nos a retroceder.
Retrocedíamos.
Mas o suicídio é uma teia envolvente em que a
vítima — o suicida — só se debate para cada vez mais confundir-se, tolher-se,
embaraçar-se. Sobrepunha-se
a confusão. Agora, a persistência da auto-sugestão maléfica recordava as lendas
supersticiosas, ouvidas na infância e calcadas por longo tempo nas camadas da
sub-consciência; corporificava-se em
visões extravagantes, a que emprestava realidade integral. Julgávamo-nos nada
menos do que à frente do tribunal dos infernos!... Sim! Vivíamos na plenitude
da região das sombras!... E
Espíritos de ínfima classe do Invisível —
obsessores que pululam por todas as camadas inferiores, tanto da
Terra como do Além; os mesmos que haviam alimentado em nossas mentes as
sugestões para o suicídio, divertindo-se com nossas angústias,
prevaleciam-se da situação anormal para a qual resvaláramos, a fim de
convencer-nos de que eram juízes que nos deveriam julgar e castigar,
apresentando-se às nossas faculdades conturbadas pelo sofrimento como seres
fantásticos, fantasmas impressionantes e trágicos. Inventavam cenas satânicas, com que nos supliciavam. Submetiam-nos a
vexames indescritíveis! Obrigavam-nos a torpezas e deboches, violentando-nos a
compactuar de suas infames obscenidades! Donzelas que se haviam suicidado,
desculpando-se com motivos de amor, esquecidas de que o vero amor é paciente,
virtuoso e obediente a Deus; olvidando, no egoísmo passional de que deram
provas, o amor sacrossanto de uma mãe que ficara inconsolável; desrespeitando
as cãs veneráveis de um pai — os
quais jamais esqueceriam o golpe em seus corações vibrados pela filha ingrata
que preferiu a morte a continuar no tabernáculo do lar paterno, eram agora insultadas no seu coração e no seu pudor
por essas entidades animalizadas e vis, que as faziam crer serem obrigadas a se
escravizarem por serem eles os donos do império de trevas que
escolheram em detrimento do lar que abandonaram! Em verdade, porém, tais
entidades não passavam de Espíritos que também foram homens, mas que viveram no
crime: sensuais, alcoólatras, devassos, intrigantes, hipócritas, perjuros,
traidores, sedutores, assassinos perversos, caluniadores, sátiros — enfim, essa falange maléfica que
infelicita a sociedade terrena, que muitas vezes tem funerais pomposos e
exéquias solenes, mas que na existência espiritual se resume na corja
repugnante que mencionamos... até que
reencarnações expiatórias, miseráveis e rastejantes, venham impulsioná-la a
novas tentativas de progresso.
A tão deploráveis seqüências sucediam-se outras
não menos dramáticas e rescaldantes: —
atos incorretos por nós praticados durante a encarnação, nossos erros, nossas
quedas pecaminosas, nossos crimes mesmo, corporificavam-se à frente de nossas
consciências como outras visões acusadoras, intransigentes na condenação
perene a que nos submetiam. As vítimas do nosso egoísmo reapareciam agora,
em reminiscências vergonhosas e contumazes, indo e vindo ao nosso lado em
atropelos pertinazes, infundindo em nossa já tão combalida organização
espiritual o mais angustioso desequilíbrio
nervoso forjado pelo remorso!
Sobrepondo-se, no entanto, a tão lamentável
acervo de iniqüidades, acima de tanta vergonha e tão rudes humilhações existia,
vigilante e compassiva, a paternal
misericórdia do Deus Altíssimo, do Pai justo e bom que "não quer a
morte do pecador, mas que ele viva e se arrependa".
Nas peripécias que o suicida entra a curtir
depois do desbarato que prematuramente o levou ao túmulo, o Vale Sinistro (Vale dos Suicidas) apenas representa um estágio temporário, sendo ele para lá encaminhado por movimento
de impulsão natural, com o qual se afina, até que se desfaçam as pesadas
cadeias que o atrelam ao corpo físico-terreno, destruído antes da ocasião prevista pela lei
natural. Será preciso que se
desagreguem dele as poderosas camadas de fluidos vitais que lhe revestiam a
organização física, adaptadas por afinidades especiais da Grande Mãe Natureza à
organização astral, ou seja, ao perispírito, as quais nele se aglomeram em
reservas suficientes para o compromisso da existência completa»...
Periodicamente,
singular caravana visitava esse antro de sombras.
«Era como a inspeção de alguma associação
caridosa, assistência protetora de instituição humanitária, cujos abnegados
fins não se poderiam pôr em dúvida.
Vinha à procura daqueles dentre nós cujos
fluidos vitais, arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem
locomoção para as camadas do Invisível intermediário, ou de transição.
Supúnhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de
homens. Mas na realidade eram Espíritos que estendiam a fraternidade ao
extremo de se materializarem o suficiente para se tornarem plenamente
percebidos à nossa precária visão e nos infundirem confiança no socorro que nos
davam.
Trajados de branco, apresentavam-se caminhando
pelas ruas lamacentas do Vale, de um a um, em coluna rigorosamente
disciplinada, enquanto, olhando-os atentamente,
distinguiríamos, à altura do peito de todos, pequena cruz azul-celeste,
o que parecia ser um emblema, um distintivo.
Senhoras faziam parte dessa caravana. Precedia,
porém, a coluna, pequeno pelotão de lanceiros, qual batedor de caminhos, ao
passo que vários outros milicianos da mesma arma rodeavam os visitadores, como
tecendo um cordão de isolamento, o que esclarecia serem estes muito bem
guardados contra quaisquer hostilidades que pudessem surgir do exterior. Com a
destra o oficial comandante erguia alvinitente flâmula, na qual se lia, em
caracteres também azul-celeste, esta extraordinária legenda, que tinha o dom
de infundir insopitável e singular temor:
— LEGIÃO
DOS SERVOS DE MARIA.
Os lanceiros, ostentando escudo e lança, tinham
tez bronzeada e trajavam-se com sobriedade, lembrando guerreiros egípcios da
antiguidade. E, chefiando a expedição, destacava-se varão respeitável, o qual trazia avental branco e insígnias de
médico a par da cruz já referida. Cobria-lhe a cabeça, porém, em vez do
gorro característico, um turbante hindu, cujas dobras eram atadas à frente pela
tradicional esmeralda, símbolo dos esculápios.
Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas
habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheios de piedade, junto das
sarjetas, levantando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de
sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-nos em macas conduzidas por
varões que se diriam serviçais ou aprendizes.
Voz grave e dominante, de alguém invisível que
falasse pairando no ar, guiava-os no caridoso afã, esclarecendo detalhes ou
desfazendo confusões momentaneamente suscitadas. A mesma voz fazia a chamada
dos prisioneiros a serem socorridos, proferindo seus nomes próprios, o que
fazia que se apresentassem, sem a necessidade de serem procurados, aqueles que
se encontrassem em melhores condições, facilitando destarte o serviço dos
caravaneiros. Hoje posso dizer que todas essas vozes amigas e protetoras eram
transmitidas através de ondas delicadas e sensíveis do éter, com o sublime
concurso de aparelhamentos magnéticos mantidos para fins humanitários em
determinados pontos do invisível, isto é, justamente na localidade que nos receberia
ao sairmos do Vale. Mas, então, ignorávamos o pormenor e muito confusos nos
sentíamos.
As macas, transportadas cuidadosamente, eram
guardadas pelo cordão de isolamento já referido e abrigadas no interior de grandes veículos à feição de comboios, que
acompanhavam a expedição. Esses comboios, no entanto, apresentavam
singularidade interessante, digna de relato. Em vez de apresentarem os vagões
comuns às estradas de ferro, como os que conhecíamos, lembravam, antes, meio de
transporte primitivo, pois se compunham de pequenas diligências atadas uma
às outras e rodeadas de persianas muito espessas, o que impediria ao passageiro
verificar os locais por onde deveria transitar. Brancos, leves, como
burilados em matérias específicas habilmente laqueadas, eram puxados por
formosas parelhas de cavalos também brancos, nobres animais cuja extraordinária
beleza e elegância incomum despertariam nossa atenção se estivéssemos em
condições de algo notar para além das desgraças que nos mantinham absorvidos
dentro de nosso âmbito pessoal. Dir-se-iam, porém, exemplares da mais alta raça
normanda, vigorosos e inteligentes, as belas crinas ondulantes e graciosas
enfeitando-lhes os altivos pescoços quais mantos de seda, níveos e finalmente
franjados. Nos carros distinguia-se também o mesmo emblema azul-celeste e a
legenda respeitável.
Geralmente,
os infelizes assim socorridos encontravam-se desfalecidos, exânimes, como
atingidos de singular estado comatoso.
Outros, no entanto, alucinados ou doloridos, infundiriam compaixão pelo estado
de supremo desalento em que se conservavam.
Depois de rigorosa busca, a estranha coluna
marchava em retirada até o local em que se postava o comboio, igualmente
defendido por lanceiros hindus. Silenciosamente cortava pelos becos e vielas,
afastava-se, afastava-se... desaparecendo de nossas vistas enquanto
mergulhávamos outra vez na pesada solidão que nos cercava... Em vão clamavam
por socorro os que se sentiam preteridos, incapacitados de compreenderem que,
se assim sucedia, era porque nem
todos se encontravam em condições vibratórias para emigrarem para regiões menos
hostis. Em vão suplicavam justiça e compaixão ou se amotinavam,
revoltados, exigindo que os deixassem também seguir com os demais. Não
respondiam os caravaneiros com um gesto sequer; e se algum mais desgraçado ou
audacioso tentasse assaltar as viaturas a fim de atingi-las e nelas ingressar,
dez, vinte lanças faziam-no recuar, interceptando-lhe a passagem.
Então,
um coro hediondo de uivos e choro sinistros, de pragas e gargalhadas satânicas,
o ranger de dentes comum ao réprobo que estertora nas trevas das males por si
próprio forjados, repercutiam longa e dolorosamente pelas ruas lamacentas,
parecendo que loucura coletiva atacara os míseros detentos, elevando suas
raivas ao incompreensível no linguajar humano!
E assim ficavam... quanto
tempo?... Oh! Deus piedoso! Quanto tempo?...
Até que suas inimagináveis condições de suicidas, de
mortos-vivos, lhes permitissem também a transferência para localidade menos
trágica...
CAPITULO II
Os réprobos
Em geral aqueles que se arrojam ao suicídio, para sempre
esperam livrar-se de dissabores julgados insuportáveis, de sofrimentos e
problemas considerados insolúveis pela tibiez da vontade deseducada, que se
acovarda em presença, muitas vezes, da vergonha do descrédito ou da desonra,
dos remorsos deprimentes postos a enxovalharem a consciência, conseqüências de
ações praticadas à revelia das leis do Bem e da Justiça.
Também eu assim pensei,
muito apesar da auréola de idealista que minha vaidade acreditava
glorificando-me a fronte.
Enganei-me, porém; e lutas infinitamente mais vivas e mais ríspidas esperavam-me
dentro do túmulo a fim de me chicotearem a alma de descrente e revel, com
merecida justiça.
As
primeiras horas que se seguiram ao gesto brutal de que usei, para comigo mesmo,
passaram-se sem que verdadeiramente eu pudesse dar acordo de mim.
Meu Espírito, rudemente violentado, como que desmaiara, sofrendo ignóbil
colapso. Os sentidos, as faculdades que traduzem o "eu" racional,
paralisaram-se como se indescritível cataclismo houvesse desbaratado o mundo,
prevalecendo, porém, acima dos destroços, a sensação forte do aniquilamento que
sobre meu ser acabara de cair. Fora como se aquele estampido maldito, que até hoje ecoa sinistramente em minhas
vibrações mentais —, sempre que,
descerrando os véus da memória, como neste instante, revivo o passado execrável
— tivesse dispersado uma a uma as
moléculas que em meu ser constituíssem a Vida!
A linguagem humana ainda não precisou inventar vocábulos bastante
justos e compreensíveis para definir as impressões absolutamente inconcebíveis,
que passam a contaminar o "eu" de um suicida logo às primeiras horas
que se seguem ao desastre, as quais sobem
e se avolumam, envolvem-se em complexos e se radicam e cristalizam num crescendo
que traduz estado vibratório e mental que o homem não pode compreender, porque
está fora da sua possibilidade de criatura que, mercê de Deus, se conservou
aquém dessa anormalidade. Para entendê-la e medir com precisão a
intensidade dessa dramática surpresa, só outro Espírito cujas faculdades se
houvessem queimado nas efervescências da mesma dor!
Nessas primeiras horas, que por si mesmas
constituiriam a configuração do abismo em que se precipitou, se não
representassem apenas o prelúdio da diabólica sinfonia que será constrangido a
interpretar pelas disposições lógicas das leis naturais que violou, o suicida, semi-inconsciente,
adormentado, desacordado sem que, para maior suplício, se lhe obscureça de todo
a percepção dos sentidos, sente-se dolorosamente contundido, nulo, dispersado
em seus milhões de filamentos psíquicos violentamente atingidos pelo malvado
acontecimento. Paradoxos turbilhonam em volta dele, afligindo-lhe a
tenuidade das percepções com martirizantes girândolas de sensações confusas.
Perde-se no vácuo... Ignora-se...Não obstante aterra-se, acovarda-se, sente a
profundidade apavorante do erro contra o qual colidiu, deprime-se na
aniquiladora certeza de que ultrapassou os limites das ações que lhe eram
permitidas praticar, desnorteia-se entrevendo que avançou demasiadamente, para
além da demarcação traçada pela Razão! É o traumatismo psíquico, o
choque nefasto que o dilacerou com suas tenazes inevitáveis, e o qual, para
ser minorado, dele exigirá um roteiro de urzes e lágrimas, decênios de rijos
testemunhos até que se reconduza às vias naturais do progresso, interrompidas
pelo ato arbitrário e contraproducente.
Pouco a pouco, senti ressuscitando das sombras
confusas em que mergulhei meu pobre Espírito, após a queda do corpo físico,
o atributo máximo que a Paternidade Divina impôs sobre aqueles que, no decorrer
dos milênios, deverão refletir Sua imagem e semelhança; — a Consciência! a Memória! o divino dom de pensar!
Senti-me
enregelar de frio. Tiritava! Impressão incômoda, de que vestes de gelo se me
apegavam ao corpo, provocou-me inavaliável mal-estar. Faltava-me,
ao demais, o ar para o livre mecanismo dos pulmões, o que me levou a crer que,
uma vez que eu me desejara furtar à vida, era a morte que se aproximava com seu cortejo de
sintomas dilacerantes.
Odores
fétidos e nauseabundos, todavia, revoltavam-me brutalmente o olfato. Dor aguda,
violenta, enlouquecedora, arremeteu-se instantaneamente sobre meu corpo por
inteiro, localizando-se particularmente no cérebro e iniciando-se no aparelho auditivo.
Presa de convulsões indescritíveis de dor física, levei a destra ao ouvido
direito: — o
sangue corria do orifício causado pelo projétil da arma de fogo de que me
servira para o suicídio e manchou-me as mãos, as vestes, o corpo... Eu
nada enxergava, porém. Convém recordar que meu suicídio
derivou-se da revolta por me encontrar cego, expiação que considerei
superior às minhas forças. Injusta
punição da natureza aos meus olhos necessitados de ver, para que me fosse dado
obter, pelo trabalho, a subsistência honrada e ativa.
Sentia-me, pois, ainda cego; e, para cúmulo do
meu estado de desorientação, encontrava-me ferido. Tão somente ferido e não morto! Porque a vida continuava em mim como antes do suicídio!
Passei a reunir idéias, mau grado meu. Revi
minha vida em retrospecto, até à infância, e sem mesmo omitir o drama do último
ato, programação extra sob minha inteira responsabilidade. Sentindo-me vivo, averigüei, conseqüentemente, que o
ferimento que em mim mesmo fizera, tentando matar-me, fora insuficiente,
aumentando assim os já tão grandes sofrimentos que desde longo tempo me
vinham perseguindo a existência. Supus-me preso a um leito de hospital ou
em minha própria casa. Mas a impossibilidade de reconhecer o local, pois nada
via; os incômodos que me afligiam, a solidão que me rodeava, entraram a me
angustiar profundamente, enquanto lúgubres pressentimentos me avisavam de que
acontecimentos irremediáveis se haviam confirmado. Bradei por meus
familiares, por amigos que eu conhecia afeiçoados bastante para me acompanharem
em momentos críticos. O mais surpreendente silêncio continuou enervando-me.
Indaguei mal-humorado por enfermeiros, por médicos que possivelmente me
atenderiam, dado que me não encontrasse em minha residência e sim retido em
algum hospital; por serviçais, criados, fosse quem fosse, que me obsequiar
pudessem, abrindo as janelas do aposento onde me supunha recolhido, a fim de
que correntes de ar purificado me reconfortassem os pulmões; que me
favorecessem coberturas quentes, acendessem a lareira para amenizar a gelidez que me entorpecia os membros, providenciando
bálsamo às dores que me supliciavam o organismo, e alimento, e água, porque eu
tinha fome e tinha sede!
Com espanto, em vez das respostas amistosas por
que tanto suspirava, e que minha audição distinguiu, passadas algumas horas,
foi um vozerio ensurdecedor, que, indeciso e longínquo a princípio, como a
destacar-se de um pesadelo, definiu-se gradativamente até positivar-se em
pormenores concludentes. Era um coro sinistro, de muitas vozes confundidas
em atropelos, desnorteadas, como aconteceria numa assembléia de loucos.
No entanto, estas vozes não falavam entre si,
não conversavam. Blasfemavam,
queixavam-se de múltiplas desventuras, lamentavam-se, reclamavam, uivavam,
gritavam enfurecidas, gemiam, estertoravam, choravam desoladoramente,
derramando pranto hediondo, pelo tono de desesperação com que se
particularizava; suplicavam, raivosas, socorro e compaixão!
Aterrado senti que estranhos empuxões, como
arrepios irresistíveis, transmitiam-me influenciações abomináveis,
provindas desse todo que se revelava através da audição, estabelecendo corrente
similar entre meu ser superexcitado e aqueles cujo vozerio eu distinguia. Esse
coro, isócrono, rigorosamente observado e medido em seus intervalos, infundiu-me tão grande terror que, reunindo todas
as forças de que poderia o meu Espírito dispor em tão molesta situação,
movimentei-me no intuito de afastar-me de onde me encontrava para local em que
não mais o ouvisse.
Tateando
nas trevas tentei caminhar. Mas dir-se-ia que raízes vigorosas plantavam-me
naquele lugar úmido e gelado em que me deparava.
Não podia despegar-me! Sim! Eram cadeias pesadas que me escravizavam, raízes
cheias de seiva, que me atinham grilhetado naquele extraordinário leito por mim
desconhecido, impossibilitando-me o desejado afastamento. Aliás, como fugir
se estava ferido, desfazendo-me em hemorragias
internas, manchadas as vestes de sangue, e cego, positivamente cego?!
Como apresentar-me a público em tão repugnante estado?...
A covardia — a mesma
hidra que me atraíra para o abismo em que agora
me convulsionava — alongou ainda mais
seus tentáculos insaciáveis e colheu-me irremediavelmente! Esqueci-me de que
era homem, ainda uma segunda vez! e que cumpria lutar para tentar vitória,
fosse a que preço fosse de sofrimento! Reduzi-me por isso à miséria do vencido!
E, considerando insolúvel a situação, entreguei-me
às lágrimas e chorei angustiosamente, ignorando o que tentar para meu
socorro. Mas, enquanto me desfazia em prantos, o coro de loucos,
sempre o mesmo, trágico, funéreo, regular como o pêndulo de um relógio, acompanhava-me
com singular similitude, atraindo-me como se emanado de irresistíveis
afinidades... Insisti no desejo de me furtar à terrível audição.
Após esforços desesperados, levantei-me. Meu
corpo enregelado, os músculos retesados por entorpecimento geral,
dificultavam-me sobremodo o intento. Todavia, levantei-me. Ao fazê-lo, porém, cheiro penetrante de sangue e vísceras
putrefatos reacendeu em torno, repugnando-me até às náuseas. Partia do local
exato em que eu estivera dormindo. Não compreendia como poderia cheirar tão
desagradavelmente o leito onde me achava. Para mim seria o mesmo que me
acolhia todas as noites! E, no entanto, que de odores fétidos me surpreendiam
agora! Atribui o fato ao ferimento que fizera na intenção de matar-me, a fim de
explicar-me de algum modo a estranha aflição, ao sangue que corria,
manchando-me as vestes. Realmente! Eu
me encontrava empastado de peçonha, como um lodo asqueroso que dessorasse de
meu próprio corpo, empapando incomodativamente a indumentária que
usava, pois, com surpresa, surpreendi-me trajando cerimoniosamente, não
obstante retido num leito de dor. Mas, ao mesmo tempo que assim me apresentava
satisfações, confundia-me na interrogação de como poderia assim ser, visto não
ser cabível que um simples ferimento, mesmo a quantidade de sangue
espargido, pudesse tresandar a tanta podridão, sem que meus amigos e
enfermeiros deixassem de providenciar a devida higienização.
Inquieto, tateei na escuridão com o intuito de
encontrar a porta de saída que me era habitual, já que todos me abandonavam em
hora tão critica. Tropecei, porém, em dado momento, num montão de destroços e,
instintivamente, curvei-me para o chão, a examinar o que assim me interceptava
os passos. Então, repentinamente, a
loucura irremediável apoderou-se de minhas faculdades e entrei a gritar e uivar
qual demônio enfurecido, respondendo na mesma dramática tonalidade à macabra
sinfonia cujo coro de vozes não cessava de perseguir minha audição, em
intermitências de angustiante expectativa.
O montão de escombros era nada menos do que a
terra de uma cova recentemente fechada!
Não sei como, estando cego, pude entrever, em meio as sombras que me rodeavam, o
que existia em torno!
Eu
me encontrava num cemitério! Os túmulos,
com suas tristes cruzes em mármore branco ou madeira negra, ladeando imagens
sugestivas de anjos pensativos, alinhavam-se na imobilidade majestosa do drama
em que figuravam.
A confusão cresceu: — Por que me encontraria ali? Como viera, pois nenhuma lembrança
me acorria?... E o que viera fazer sozinho, ferido, dolorido, extenuado?... Era
verdade que "tentara" o suicídio, mas...
Sussurro macabro, qual sugestão irremovível da
Consciência esclarecendo a memória aturdida pelo ineditismo presenciado,
percutiu estrondosamente pelos recôncavos alarmados do meu ser:
"Não
quiseste o suicídio?... Pois aí o tens..."Mas, como assim?... Como poderia
ser... se eu não morrera?!... Acaso não me sentia ali vivo?... Por que então
sozinho, imerso na solidão tétrica da morada dos mortos?!...
Os fatos irremediáveis, porém, impõem-se aos
homens como aos Espíritos com majestosa naturalidade. Não concluíra ainda
minhas ingênuas e dramáticas interrogações, e vejo-me, a mim próprio! como à
frente de um espelho, morto, estirado
num ataúde, em franco estado de decomposição, morto dentro de uma sepultura,
justamente aquela sobre a qual acabava de tropeçar!
Fugi espavorido, desejoso de ocultar-me de mim
mesmo, obsidiado pelo mais tenebroso
horror, enquanto gargalhadas estrondosas, de indivíduos que eu não lograva
enxergar, explodiam atrás de mim e o coro nefasto perseguia meus ouvidos
torturados, para onde quer que me refugiasse. Como louco que
realmente me tornara, eu corria, corria, enquanto aos meus olhos cegos se
desenhava a hediondez satânica do meu próprio cadáver apodrecendo no túmulo,
empastado de lama gordurosa, coberto de asquerosas lesmas que, vorazes, lutavam
por saciar em suas pústulas a fome inextinguível que traziam,
transformando-o no mais repugnante e infernal monturo que me fora dado
conhecer!
Quis furtar-me à presença de mim mesmo,
procurando incidir no ato que me desgraçara, isto é — reproduzi a cena
patética do meu suicídio mentalmente, como se por uma segunda vez buscasse
morrer a fim de desaparecer na região do que, na minha
ignorância dos fatos de além-morte, eu supunha o eterno esquecimento! Mas nada havia capaz de
aplacar a malvada visão! Ela era, antes, verdadeira! Imagem perfeita da
realidade que sobre o meu físico
espiritual se refletia, e por isso me acompanhava para onde quer que
eu fosse, perseguia minhas retinas sem luz, invadia minhas faculdades anímicas
imersas em choques e se impunha à minha cegueira de Espírito caído em pecado,
supliciando-me sem remissão!
Na fuga precipitada que empreendi, ia entrando
em todas as portas que encontrava abertas, a fim de ocultar-me em alguma parte.
Mas de qualquer domicílio a que me abrigasse, na insensatez da loucura que me
enredava, era enxotado a pedradas sem
poder distinguir quem, com tanto desrespeito, assim me tratava. Vagava pelas ruas tateando aqui, tropeçando
além, na mesma cidade onde meu nome era endeusado como o de um gênio — sempre aflito e perseguido. A respeito
dos acontecimentos que com minha pessoa se relacionavam, ouvi comentários
destilados em críticas mordazes e irreverentes, ou repassados de pesar sincero
pelo meu trespasse, que lamentavam.
Tornei a minha casa. Surpreendente desordem
estabelecera-se em meus aposentos, atingindo objetos de meu uso pessoal, meus
livros, manuscritos e apontamentos, os quais já não eram por mim encontrados no
local costumeiro, o que muito me enfureceu. Dir-se-ia que se dispersara tudo!
Encontrei-me estranho em minha própria casa! Procurei amigos, parentes a quem
me afeiçoara. A indiferença que lhes
surpreendi em torno da minha desgraça chocou-me dolorosamente,
agravando meu estado de excitação. Dirigi-me
então a consultórios médicos. Tentei fixar-me em hospitais, pois que sofria,
sentia febre e loucura, supremo mal-estar torturava meu ser, reduzindo-me a
desolador estado de humilhação e amargura. Mas, a toda parte que me dirigia,
sentia-me insocorrido, negavam-me atenções, despreocupados e indiferentes todos
ante minha situação. Em vão objurgatórias azedas saíam de meus lábios
acompanhadas da apresentação, por mim próprio feita, do meu estado e das
qualidades pessoais que meu incorrigível orgulho reputava irresistíveis: — pareciam alheios às minhas insistentes
algaravias, ninguém me concedendo
sequer o favor de um olhar!
Aflito, insofrido, alucinado,
absorvido meu ser pelas ondas de agoirantes amarguras,
em parte alguma encontrava possibilidade de estabilizar-me a fim de lograr
conforto e alívio! Faltava-me alguma coisa irremediável, sentia-me incompleto! Eu
perdera algo que me deixava assim, entonteado, e essa "coisa" que eu
perdera, parte de mim mesmo, atraía-me para o local em que se encontrava, com as irresistíveis forças de um ímã,
chamava-me imperiosa, irremediavelmente! E era tal a atração que sobre
mim exercia, tal o vácuo que em mim produzira esse irreparável acontecimento,
tão profunda a afinidade, verdadeiramente vital, que a essa "coisa"
me unia — que, não sendo possível, de
forma alguma, fixar-me em nenhum local para que me voltasse, tornei ao sítio tenebroso de onde viera:
— o cemitério!
Essa
"coisa", cuja falta assim me enlouquecia, era o meu próprio corpo — o meu cadáver! – apodrecendo na escuridão
de um túmulo! (3)
(3) Certa vez, há cerca de vinte anos, um dos
meus dedicados educadores espirituais —
Charles — levou-me a um cemitério
público do Rio de Janeiro, a fim de visitarmos um suicida que rondava os próprios despojos em putrefação. Escusado será esclarecer que tal visita foi
realizada em corpo astral. O perispírito do referido suicida, hediondo qual
demônio, infundiu-me pavor e repugnância. Apresentava-se completamente
desfigurado e irreconhecível, coberto de cicatrizes, tantas cicatrizes quantos
haviam sido os pedaços a que ficara reduzido seu envoltório carnal, pois o
desgraçado jogara-se sob as rodas de um trem de ferro, ficando
despedaçado. Não há descrição
possível para o estado de sofrimento desse Espírito! Estava enlouquecido,
atordoado, por vezes furioso, sem se poder acalmar para raciocinar, insensível
a toda e qualquer vibração que não fosse a sua imensa desgraça! Tentamos
falar-lhe: — não nos ouvia! E
Charles, tristemente, com acento indefinível de ternura, falou: — "Aqui,
só a prece terá virtude capaz de se impor! Será o único bálsamo que
poderemos destilar em seu favor, santo bastante para, após certo período de
tempo, poder aliviá-lo... — E essas
cicatrizes? — perguntei, impressionada. "Só desaparecerão — tornou Charles — depois da expiação do
erro, da reparação em existências amargas, que requererão lágrimas
ininterruptas, o que não levará menos de um século,
talvez muito mais... Que Deus se amerceie dele,
porque, até lá..."Durante muitos anos orei por esse infeliz irmão em
minhas preces diárias”. — (Nota da médium).
Debrucei-me, soluçante e inconsolável, sobre a
sepultura que me guardava os míseros despojos corporais, e estorci-me em
apavorantes convulsões de dor e de raiva, rebolcando-me em crises de furor
diabólico, compreendendo que me suicidara, que estava sepultado, mas que, não
obstante, continuava
vivo e sofrendo mais, muito mais do que sofria antes, superlativamente,
monstruosamente mais do que antes do gesto covarde e impensado!
Cerca de dois meses vaguei desnorteado e tonto,
em atribulado estado de incompreensão.
Ligado ao
fardo carnal que apodrecia, viviam em mim todas as imperiosas
necessidades do físico humano, amargura que, aliada aos demais incômodos, me
levava a constantes desesperações. Revoltas, blasfêmias, crises de furor
acometiam-me como se o próprio inferno soprasse sobre mim suas nefastas
inspirações, assim coroando as vibrações maléficas que me circulavam de trevas.
Via fantasmas perambulando pelas ruas
do campo santo, não obstante minha cegueira, chorosos e aflitos, e, por vezes,
terrores inconcebíveis sacudiam-me o sistema vibratório a tal ponto que
me reduziam a singular estado de desmaio, como se, sem forças para continuar
vibrando, minhas potências anímicas desfalecessem!
Desesperado em face do extraordinário problema, entregava-me
cada vez mais ao desejo de desaparecer, de fugir de mim mesmo a fim de não
mais interrogar-me sem lograr lucidez para responder, incapaz de raciocinar
que, em verdade, o corpo
físico-material, modelado do limo putrescível da Terra, fora realmente
aniquilado pelo suicídio; e que o que agora eu sentia confundir-se com
ele, porque solidamente a ele unido por leis naturais de afinidade que o suicídio
absolutamente não destrói, era o físico-espiritual, indestrutível e
imortal, organização viva, semimaterial, fadada a elevados destinos, a
porvir glorioso no seio do progresso infindável, relicário
onde se arquivam, qual o cofre que encerrasse valores, nossos sentimentos e
atos, nossas realizações e pensamentos, envoltório
que é da centelha sublime que rege o homem, isto é, a Alma eterna e imortal
como Aquele que de Si Mesmo a criou!
Certa vez em que ia e vinha, tateando pelas
ruas, irreconhecível a amigos e admiradores, pobre cego humilhado no além-túmulo graças à
desonra de um suicídio; mendigo na sociedade espiritual, faminto na miséria de
Luz em que me debatia; angustiado fantasma
vagabundo, sem lar, sem abrigo no mundo imenso, no mundo infinito dos
Espíritos; exposto a perigos deploráveis, que também os há entre desencarnados;
perseguido por entidades perversas, bandoleiros da erraticidade, que gostam de
surpreender, com ciladas odiosas, criaturas nas condições amargurosas em que me
via, para escravizá-las e com elas engrossar as fileiras obsessoras que
desbaratam as sociedades terrenas e arruínam os homens levando-os às tentações
mais torpes, através de influenciações letais — ao dobrar de uma esquina deparei com
certa multidão, cerca de duzentas individualidades de ambos os sexos. Era
noite. Pelo menos eu assim o supunha, pois, como sempre, as trevas envolviam-me, e eu, tudo o que venho
narrando, percebia mais ou menos bem
dentro da escuridão, como se enxergasse mais pela percepção dos sentidos do que
mesmo pela visão. Aliás, eu me considerava cego, mas não me explicando até
então como, destituído do inestimável sentido, possuía, não obstante, capacidade para tantas torpezas enxergar, ao
passo que não a possuía sequer para reconhecer a luz do Sol e o azul do
firmamento! Essa multidão, entretanto, era a mesma que vinha
concertando o coro sinistro que me aterrava, tendo-a eu reconhecido porque, no
momento em que nos encontramos, entrou
a uivar desesperadamente, atirando aos céus blasfêmias diante das quais as
minhas seriam meros gracejos!
Tentei recuar, fugir, ocultar-me dela, apavorado
por me tornar dela conhecido. Porém, porque marchasse em sentido contrário ao
que eu seguia, depressa me envolveu, misturando-me
ao seu todo para absorver-me completamente em suas ondas! Fui levado
de roldão, empurrado, arrastado mau grado meu; e tal era a aglomeração que me
perdi totalmente em suas dobras. Apenas me inteirava de um fato, porque
isso mesmo ouvia rosnarem ao redor, e era que estávamos todos guardados por soldados, os quais nos conduziam. A
multidão acabava de ser aprisionada! A cada momento juntava-se, a ela outro
e outro vagabundo, como acontecera comigo, e que do mesmo modo não mais
poderiam sair. Dir-se-ia que esquadrão completo de milicianos montados
conduzia-nos à prisão. Ouviam-se as patadas dos cavalos sobre o lajedo das
ruas e lanças afiadas luziam na escuridão, impondo temor.
Protestei contra a violência de que me
reconhecia alvo. Em altas vozes bradei que não era criminoso e dei-me a conhecer, enumerando meus
títulos e qualidades. Mas os cavaleiros, se me ouviam, não se dignavam
responder. Silenciosos, mudos, eretos, marchavam em suas montadas fechando-nos
em círculo intransponível! A frente o comandante, abrindo caminho dentro das
trevas, empunhava um bastão no alto do qual flutuava pequena flâmula, onde
adivinhávamos uma inscrição. Porém eram tão acentuadas as sombras que não
poderíamos lê-la, ainda que o desespero que nos vergastava permitisse pausa
para manifestarmos tal desejo.
A caminhada foi longa. Frio cortante enregelava-nos. Misturei
minhas lágrimas e meus brados de dor e desespero ao coro horripilante e
participei da atroz sinfonia de blasfêmias e lamentações. Pressentíamos
que bem seguros estávamos, que jamais poderíamos escapar! Tocados
vagarosamente, sem que um único monossílabo lográssemos arrancar aos nossos
condutores, começamos, finalmente, a caminhar penosamente por um vale
profundo, onde nos vimos obrigados a enfileirar-nos de dois a dois, enquanto
faziam idêntica manobra os nossos vigilantes.
Cavernas
surgiram de um lado e outro das ruas que se diriam antes estreitas gargantas
entre montanhas abruptas e sombrias, e todas numeradas.
Tratava-se, certamente, de uma estranha "povoação", uma
"cidade" em que as habitações
seriam cavernas, dada a miséria de seus habitantes, os quais não
possuiriam cabedais suficientes para torná-las agradáveis e facilmente
habitáveis. O que era certo, porém, é que tudo ali estava por fazer e que seria
bem aquela a habitação
exata da Desgraça! Não se distinguiria terreno, senão pedras, lamaçais ou pântanos, sombras,
aguaceiros... Sob os ardores da febre excitante da minha desgraça,
cheguei a pensar que, se tal região não fosse um pequeno recôncavo da Lua,
existiriam por lá, certamente, locais muito semelhantes...
Internavam-nos
cada vez mais naquele abismo...
Seguíamos, seguíamos... E,
finalmente, no centro de grande praça encharcada qual um pântano, os cavaleiros
fizeram alto. Com eles estacou a multidão.
Em meio do silêncio que repentinamente se
estabeleceu, viu-se que a soldadesca voltava sobre os próprios passos a fim de
retirar-se.
Com efeito! Um a um vimos que se afastavam
todos nas curvas tortuosas das vielas lamacentas, abandonando-nos ali.
Confusos e atemorizados seguimos ao seu encalço,
ansiosos por nos afastarmos também. Mas foi em vão! As ruelas, as cavernas e os pântanos se sucediam, baralhando-se num labirinto em que nos perdíamos,
pois, para onde nos dirigíssemos, depararíamos sempre o mesmo cenário e a mesma
topografia. Inconcebível terror apossou-se da estranha malta. Por minha
vez, não poderia sequer pensar ou refletir, procurando solução para o momento.
Sentia-me como que envolvido nos tentáculos de horrível pesadelo, e, quanto
maiores esforços tentava para racionalmente explicar-me o que se passava, menos
compreendia os acontecimentos e mais apoucado me confessava no assombro
esmagador!
Meus
companheiros eram hediondos, como hediondos também se mostravam os demais
desgraçados que nesse vale maldito encontráramos,
os quais nos receberam entre lágrimas e estertores idênticos aos nossos. Feios,
deixando ver fisionomias alarmadas pelo horror; esquálidos, desfigurados pela
intensidade dos sofrimentos; desalinhados, inconcebivelmente trágicos, seriam
irreconhecíveis por aqueles mesmos que os amassem, aos quais repugnariam! Pus-me a bradar
desesperadamente, acometido de odiosa fobia do Pavor. O homem
normal, sem que haja caído nas garras da demência, não será capaz de avaliar o
que entrei a padecer desde que me capacitei de que o
que via não era um sonho, um pesadelo motivado pela deplorável
loucura da embriaguez! Não! Eu não era um alcoólatra para assim me surpreender
nas garras de tão perverso delírio! Não era tampouco o sonho, o pesadelo, a
criar em minha mente, prostituída pela devassidão dos costumes, o que aos meus
olhos alarmados por infernal surpresa se apresentava como a mais pungente
realidade que os infernos pudessem inventar — a realidade maldita, assombrosa, feroz! — criada por uma falange de réprobos do suicídio aprisionada no
meio ambiente cabível ao seu crítico e melindroso estado, como
cautela e caridade para como gênero humano, que não suportaria, sem grandes
confusões e desgraças, a intromissão de tais infelizes em sua vida cotidiana!
(4) Efetivamente, no além-túmulo,
as vibrações mentais longamente viciadas do alcoólatra, do sensual, do
cocainômano, etc., etc., poderão criar e manter visões e ambientes nefastos,
pervertidos. Se, além do mais, trazem os desequilíbrios de um suicídio, a
situação poderá atingir proporções Inconcebíveis.
Sim! Imaginai
uma assembléia numerosa de criaturas disformes — homens e mulheres — caracterizada pela alucinação de cada uma,
correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das
sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de
sofrimentos cruciantes! Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de
penumbra, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de
além-túmulo abatidos
pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte
escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina — que lhes concedera a vida corporal terrena como precioso
ensejo de progresso, inavaliável instrumento para a remissão de faltas gravosas
do pretérito!
Pois
era assim a multidão de criaturas que meus olhos assombrados deparavam
nas trevas que lhes eram favoráveis ao terrível gênero de percepção, esquecido,
na insânia do orgulho que a mim era próprio, que também eu pertencia a tão repugnante todo, que era igualmente um feio alucinado, um pastoso ferreteado!
Eu via por aqui, por ali, estes traduzindo, de
quando em quando, em cacoetes nervosos, as ânsias do enforcamento,
esforçando-se, com gestos instintivos, altamente emocionantes, por livrarem
o pescoço, intumescido e violado, dos farrapos de cordas ou de panos que se
refletiam nas repercussões perispirituais, em vista das desarmoniosas vibrações
mentais que permaneciam torturando-os! Aqueles, indo e vindo como loucos,
em correrias espantosas, bradando por socorro em gritos estentóricos,
julgando-se, de momento a momento, envolvidos em chamas, apavorando-se com o
fogo que lhes devorava o corpo físico e que, desde então, ardia sem tréguas nas sensibilidades
semi-materiais do perispírito! Estes últimos, porém, eu notava
serem, geralmente, mulheres.
Eis que apareciam outros ainda: o peito ou o
ouvido, ou a garganta banhados em sangue, oh! Sangue
inalterável, permanente, que nada conseguia verdadeiramente fazer desaparecer
das sutilezas do físico-espiritual senão a reencarnação expiatória e
reparadora! Tais infelizes, além das múltiplas modalidades de penúrias por
que se viam atacados, deixavam-se estar preocupados sempre, a tentarem
estancar aquele sangue jorrante, ora com as mãos, ora com as vestes ou outra
qualquer coisa que supunham ao alcance, sem no entanto jamais o conseguirem,
pois tratava-se de um deplorável estado mental, que os incomodava e impressionava até ao
desespero! A presença destes desgraçados impressionava até à
loucura, dada a inconcebível dramaticidade dos gestos isócronos, inalteráveis,
a que, mau grado próprio, se viam forçados! E ainda estoutros sufocando-se na bárbara
asfixia do afogamento, bracejando em ânsias furiosas à
procura de algo que os pudesse socorrer, tal como sucedera à hora extrema e que
suas mentes registraram, ingerindo água em gorgolejos ininterruptos,
exaustivos, prolongando indefinidamente cenas de agonia selvagem, as quais
olhos humanos seriam incapazes de presenciar sem se tingirem de demência!
Porém havia mais ainda!... E o leitor perdoe à
minha memória estas minudências talvez desinteressantes para o seu bom-gosto
literário, mas úteis, certamente, como advertência ao seu possível caráter
impetuoso, chamado a viver as inconveniências de um século em que o "morbus" terrível do suicídio se
tornou mal endêmico. Não pretendemos, aliás, apresentar obra literária
para deleitar gosto e temperamento artísticos. Cumprimos um dever sagrado,
tão-somente, procurando falar aos que sofrem, dizendo a verdade sobre o abismo que, com
malvadas seduções, há perdido muita alma descrente em meio dos desgostos
comuns à vida de cada um!
Entretanto, bem próximo ao local em que me
encurralara procurando refugiar-me da récua sinistra, destacava-se, por
fealdade impressionante, meia dúzia
de desgraçados que haviam procurado o "olvido eterno", atirando-se
sob as rodas de um trem de ferro. Trazendo os perispíritos
desfigurados, dir-se-iam a armadura de monstruosa aberração, as vestes em
farrapos esvoaçantes, cobertos de cicatrizes sanguinolentas, retalhadas, confusas,
num emaranhado de golpes e sobre golpes, tal se
fotografada fora, naquela placa sensível e sutil, isto é, o perispírito, a
deplorável condição a que o suicídio lhes reduzira o envoltório carnal
— esse templo, ó meu Deus, que o
Divino Mestre recomenda como veículo precioso e eficiente para nos auxiliar na caminhada
em busca das gloriosas conquistas espirituais! Enlouquecidos por
sofrimentos superlativos, possuídos da suprema aflição que atingir possa a alma
originada da Centelha
divina, representando aos olhos pávidos do observador o que o Invisível
inferior mantém de mais trágico, mais emocionante e horrível, esses desgraçados uivavam em lamentações tão
dramáticas e impressionantes que imediatamente contagiavam com suas
influenciações dolorosas quem quer que se encontrasse indefenso em seu
caminho, o qual entraria a co-participar da loucura inconsolável de que se
acompanhavam... pois o terrível gênero de suicídio, dos mais
deploráveis que temos a registrar em nossas páginas, abalara-lhes tão violenta
e profundamente a organização nervosa e sensibilidades gerais do corpo astral,
congêneres daquela que traumatizara a todas, entorpecendo, graças à brutalidade
usada, até mesmo os valores da inteligência, que, por isso mesmo, jazia incapaz
de orientar-se, dispersa e confusa em meio do caos que se formara ao redor de
si!
A mente edifica e produz. O pensamento —
já bastante vezes declararam — é
criador, e, portanto, fabrica, corporifica, retém imagens por si mesmo
engendradas, realiza, segura o que passou e, com poderosas garras, conserva-o
presente até quando desejar!
Cada um de nós, no Vale Sinistro, vibrando
violentamente e retendo com as forças mentais o momento atroz em que nos suicidamos,
criávamos os cenários e respectivas cenas que vivêramos em nossos derradeiros
momentos de homens terrestres. Tais cenas,
refletidas ao redor de cada um, levavam a confusão à localidade, espalhavam
tragédia e inferno por toda a parte, seviciando
de aflições superlativas os desgraçados prisioneiros. Assim era que se deparavam, aqui e ali, forcas erguidas, baloiçando o corpo do próprio
suicida, que evocava a hora em que se precipitara na morte voluntária. Veículos variados, assim como comboios
fumegantes e rápidos, colhiam e trituravam, sob suas rodas, míseros
tresloucados que buscaram matar o próprio corpo por esse meio execrável, os
quais, agora, com a mente "impregnada" do momento sinistro,
retratavam sem cessar o episódio, pondo à visão dos companheiros afins suas
hediondas recordações. (4-A)
(4-A) Em várias sessões
práticas a que tivemos ocasião de assistir em organizações espíritas do Estado
de Minas Gerais, os videntes eram concordes em afirmar que não percebiam
apenas o Espírito atribulado do suicida a comunicar-se, mas também a cena do
próprio suicídio, desvendando-se às suas faculdades mediúnicas o momento
supremo da trágica ocorrência. — (Nota da médium).
Rios caudalosos e mesmo trechos alongados de
oceano surgiam repentinamente no meio daquelas vielas sombrias: — era meia dúzia de réprobos que passava
enlouquecida, deixando à mostra cenas de afogamento, por arrastarem na mente
conflagrada a trágica lembrança de quando se atiraram às suas águas!... Homens e mulheres transitavam
desesperados: uns ensangüentados, outros estorcendo-se no suplício das
dores pelo envenenamento, e, o que era pior, deixando à mostra o reflexo das
entranhas carnais corroídas pelo tóxico ingerido, enquanto outros mais,
incendiados, a gritarem por socorro em correrias insensatas, traziam pânico
ainda maior entre os companheiros de desgraça, os quais receavam queimar-se ao
seu contacto, todos possuídos de loucura coletiva! E coroando a profundeza e intensidade
desses inimagináveis martírios — as
penas morais: os remorsos, as saudades dos seres amados, dos quais se não
tinham notícias, os mesmos dissabores que haviam dado causa ao desespero e que
persistiam em afligir!... E as penas físico-materiais: — a fome, o frio, a sede, exigências
fisiológicas em geral, torturantes, irritantes, desesperadoras! a fadiga, a
insônia depressora, a fraqueza, o delíquio! Necessidades imperiosas,
desconforto de toda espécie, insolúveis, a desafiarem possibilidades de
suavização — oh! a visão
insidiosa e inelutável do cadáver apodrecendo, seus fétidos asquerosos, a
repercussão, na mente excitada, dos vermes a consumirem o lodo carnal, fazendo
que o desgraçado mártir se supusesse igualmente atacado de podridão!
Coisa singular! Essa escória trazia, pendente de
si, fragmentos de cordão luminoso, fosforescente, o qual, despedaçado, como
arrebentado violentamente, desprendia-se em estilhas qual um cabo compacto de
fios elétricos arrebentados, a desprenderem
fluidos que deveriam permanecer organizados para determinado fim. Ora, esse
pormenor, aparentemente insignificante, tinha, ao contrário, importância
capital, pois era justamente nele que se estabelecia a desorganização do estado
de suicida. Hoje sabemos que esse cordão fluídico-magnético, que liga a alma
ao envoltório carnal e lhe comunica a vida, somente deverá estar em condições
apropriadas para deste separar-se por ocasião da morte natural, o que então se
fará naturalmente, sem choques, sem violência. Com o suicídio, porém, uma vez partido e
não desligado, rudemente arrancado, despedaçado quando ainda em toda a sua
pujança fluídica e magnética, produzirá grande parte
dos desequilíbrios, senão todos que vimos anotando, uma vez que, na constituição vital para a
existência que deveria ser, muitas vezes, longa, a reserva de forças magnéticas não se haviam
extinguido ainda, o que leva o suicida a sentir-se um "morto-vivo" na mais
expressiva significação do termo. Mas, na ocasião em que pela
primeira vez o notáramos, desconhecíamos o fato natural, afigurando-se-nos um
motivo a mais para confusões e terrores.
Tão deplorável estado de coisas, para a
compreensão do qual o homem não possui vocabulário nem imagens adequadas, prolonga-se até
que as reservas de forças vitais e magnéticas se esgotem, o
que varia segundo o grau de vitalidade de cada um. O próprio caráter
individual influi na prolongação do melindroso estado, quando o padecente
for mais ou menos afeito às atrações dos sentidos materiais, grosseiros e
inferiores. É pois um complexo que se estabelece, que só o tempo, com extensa cauda de sofrimentos, conseguirá
corrigir.
Um dia, profundo alquebramento sucedeu em meu
ser a prolongada excitação. Fraqueza insólita
conservou-me aquietado, como desfalecido. Eu e muitos outros cômpares de minha falange estávamos extenuados,
incapazes de resistirmos por mais tempo a tão desesperadora situação.
Urgência de
repouso fazia-nos desmaiar freqüentemente, obrigando-nos ao recolhimento em
nossas desconfortáveis cavernas.
Não se tinham passado, porém, sequer vinte e
quatro horas desde que o novo estado nos surpreendera, quando mais uma vez
fomos alarmados pelo significativo rumor
daquele mesmo "comboio" que já em outras ocasiões havia aparecido
em nosso Vale.
Eu compartilhava o mesmo antro residencial de
quatro outros indivíduos, como eu portugueses, e, no decorrer do longo martírio
em comum, tornáramo-nos inseparáveis, à força de sofrermos juntos no mesmo tugúrio
de dor. Dentre todos, porém, um sobremaneira me irritava,
predispondo-me à discussão, com o usar, apesar da situação precária, o monóculo
inseparável, o fraque bem talhado e respectiva bengala de castão de ouro,
conjunto que, para o meu conceito
neurastênico e impertinente, o tornava pedante e antipático, num local onde se vivia torturado com odores fétidos e podridão
e em que nossa indumentária dir-se-ia empastada de estranhas substâncias
gordurosas, reflexos mentais da podridão elaborada em torno do envoltório
carnal. Eu, porém, esquecia-me de que continuava
a usar o "pince-nez" com seu fio de torçal, a sobrecasaca dos dias
cerimoniosos, os bigodes fartos penteados... Confesso que, então,
apesar da longa convivência, lhes não conhecia os nomes. No Vale Sinistro a desgraça é ardente demais para que se preocupe o
calceta com a identidade alheia...
O conhecido rumor aproximava-se cada vez mais...
Saímos de um salto para a
rua... Vielas e praças encheram-se de réprobos como das passadas vezes, ao
mesmo tempo que os mesmos angustiosos brados de socorro ecoavam pelas quebradas
sombrias, no intuito de despertarem a atenção dos que vinham para a
costumeira vistoria...
Até que, dentro da atmosfera densa e
penumbrosa, surgiram os carros brancos, rompendo as trevas com poderosos
holofotes.
Estacionou o trem
caravaneiro na praça lamacenta. Desceu um pelotão de lanceiros. Em seguida, damas e cavalheiros, que pareciam enfermeiros, e mais o
chefe da expedição, o qual, como anteriormente
esclarecemos, se particularizava por
usar turbante e túnica hindus.
Silenciosos e discretos iniciaram
o reconhecimento daqueles que seriam socorridos. A mesma voz austera que se
diria, como das vezes anteriores, vibrar no ar, fez, pacientemente, a chamada
dos que deveriam ser recolhidos, os quais, ouvindo os próprios nomes, se
apresentavam por si mesmos.
Outros, porém, por não se apresentarem a tempo,
impunham aos socorristas a necessidade de procurá-los. Mas a estranha voz
indicava o lugar exato em que estariam os míseros, dizendo simplesmente:
Abrigo número tal... Rua número tal...
Ou, conforme a circunstância: - Dementado... Inconsciente... Não se
encontra no abrigo... Vagando em tal rua... Não atenderá pelo nome...
Reconhecível por esta ou aquela particularidade...
Dir-se-ia que alguém, de muito longe,
assestava poderosos telescópios até nossas desgraçadas moradas, para assim
informar detalhadamente do momento decorrente a expedição laboriosa...
Os obreiros da Fraternidade consultavam um mapa,
iam rapidamente ao local indicado e traziam os mencionados, alguns carregados
em seus braços generosos, outros em padiolas...
De
súbito ressoou na atmosfera dramática daquele inferno
onde tanto padeci, repercutindo estrondosamente pelos mais profundos recôncavos
do meu ser, o meu nome, chamado para a libertação! Em
seguida, ouviram-se os dos quatro companheiros que comigo se achavam presentes
na praça. Foi então que lhes conheci os nomes e eles o meu.
Disse a voz longínqua, como
servindo-se de desconhecido e poderoso alto-falante:
— Abrigo
número 36 da rua número 48
—
Atenção!... Abrigo número 36
— Ingressar
no comboio de socorro
—
Atenção!...
—
Camilo Cândido Botelho
—
Belarmino de Queiroz e Souza
—
Jerônimo de Araújo Silveira
—
João d'Azevedo —
Mário Sobral
— Ingressarem no comboio... (4-B).
— Ingressarem no comboio... (4-B).
(4-B) Perdoar-me-á o leitor o não
transcrever na integra os nomes destas personagens, tal como foram revelados
pelo autor destas páginas. (Nota da médium).
Foi entre lágrimas de emoção indefinível que
galguei os pequenos degraus da plataforma que um enfermeiro indicava, atencioso
e paciente, enquanto os policiais fechavam cerco
em torno de mim e de meus quatro companheiros, evitando que os desgraçados que
ainda ficavam subissem conosco ou nos arrastassem no seu turbilhão, criando a
confusão e retardando por isso mesmo o regresso da expedição.
Entrei. Eram carros amplos, cômodos,
confortáveis, cujas poltronas individuais como que estofadas com arminho branco
apresentavam o espaldar voltado para os respiradores, que dir-se-iam os óculos
das modernas aeronaves terrenas. Ao centro quatro poltronas em feitio
idêntico, onde se acomodaram enfermeiros, tudo indicando que ali permaneciam a
fim de guardar-nos. Nas portas de entrada lia-se a legenda entrevista antes,
na flâmula empunhada pelo comandante do pelotão de guardas: Legião dos Servos de Maria.
Dentro em pouco a tarefa
dos abnegados legionários estava cumprida. Ouviu-se no interior o tilintar
abafado de uma campainha, seguido de movimento rápido de suspensão de pontes
de acesso e embarque dos obreiros. Pelo menos foi essa a série de imagens
mentais que concebi...
O estranho comboio oscilou sem que nenhuma
sensação de galeio e o mais leve balanço impressionassem nossa sensibilidade.
Não contivemos as lágrimas, porém, em ouvindo o ensurdecedor coro de blasfêmias, a grita
desesperada e selvagem dos desgraçados que ficavam, por não suficientemente desmaterializados ainda
para atingirem camadas invisíveis menos compactas.
Eram senhoras que nos acompanhavam, por nós
velando durante a viagem. Falaram-nos com doçura, convidando-nos ao repouso,
afirmando-nos solidariedade. Acomodaram-nos cuidadosamente nas almofadas das
poltronas, quais desveladas, bondosas irmãs de Caridade...
Afastava-se o veículo... A pouco e pouco a
cerração de cinzas se ia dissipando aos nossos olhos torturados, durante tantos
anos, pela mais cruciante das
cegueiras: — a da consciência
culpada!
Apressava-se a marcha... O nevoeiro de sombras ficava para trás como pesadelo maldito que
se extinguisse ao despertar de um sono penoso... Agora as estradas eram amplas
e retas, a se perderem de vista... A
atmosfera fazia-se branca como neve... Ventos fertilizantes sopravam, alegrando
o ar...
Deus Misericordioso!... Havíamos deixado o Vale Sinistro!...
Lá
ficara ele, perdido nas trevas do abominável!... Lá ficara, incrustado nos
abismos invisíveis criados pelo pecado dos homens, a fustigar a alma daquele
que se esqueceu do seu Deus e Criador!
Comovido e pávido, pude, então, elevar o pensamento à Fonte
Imortal do Bem Eterno, para humildemente agradecer a grande mercê que recebia!
EPÍLOGO (de
Prof. Astrophyl /Astrófilo, J.F.S.):
Para se
alcançar uma Verdade maior é necessária muita e variada investigação em todos
os diversos âmbitos do conhecimento e da sensibilidade humana, quer nos anais
da Ciência académica, oficial, e da Filosofia do hemisfério ocidental quer do
Oriente multimilenário, nomeadamente da Índia, a pátria da Sabedoria antiga,
quer ainda no estudo comparativo das religiões do mundo, que são todas e apenas
folhas da mesma árvore da Verdade eterna, e todas dignas do nosso respeito.
No nosso caso, preferimos permanecer
no “tronco comum” dessa árvore, buscando, acima de tudo, a Verdade na Luz do Coração, a Sabedoria na Auto-Revelação do
Espírito, a certeza no Altar da Consciência..., onde o
Mistério da Vida se revela, o propósito da Existência se define e o significado
do Amor se encontra!...
“Repescámos” só alguns excertos do livro Memórias de um Suicida e trouxemos aqui apenas uma pequeníssima parte do que temos em casa sobre a pletora de informações acerca dos fenómenos psíquicos, que investigámos em cerca de 50 anos. Cada um de vós que queira ler essa obra completa pode ir à Internet e procurá-la no Google. Certo é que nunca lemos alguma descrição tão incrível e comparável em sofrimento, sobre o drama trágico dos suicidas além da morte, com um realismo tão atroz, como a descrição desse escritor, que entrou bem fundo na nossa alma compassiva por todos esses sofredores em indescritível penar, esquecidos que foram na Terra de que o suicídio (mesmo o da eutanásia, que também encerra homicídio) é um crime de muita gravidade, a pagar com “juros” elevados, pelo choque de retorno da indefetível Justiça cármica sobre essa ação criminosa, em sofrimentos angustiantes para muitos séculos ou milénios de penares. Quem ler estas páginas não se esqueça de orar por eles, o mais possível! Ver Tópico 35.
Por
isso tudo, devemos ter muito cuidado com o que fazemos realmente neste lado de cá da vida, e escutar o que diz a multimilenária Sabedoria do
Oriente, para a qual a morte também nunca existiu, efetivamente, pois dos
profundos ensinamentos ocultos (esotéricos) do Budismo, Hinduísmo, Lamaísmo,
Zoroastrismo, Confucionismo e do Taoísmo, por exemplo, sempre
se enfatizou profundamente a imortalidade do Homem.
De lá se disse, desde há muitos séculos, em jeito de apoteose à Imortalidade
consciente, pelo menos dos verdadeiros Sábios: «Quando nasceste, todos sorriam e só tu
choravas. Procura viver de forma que, quando morreres, todos chorem e só tu sorrias!» (este é um provérbio chinês, se não estamos em erro).
Acrescentaremos à Filosofia imortalista chinesa
esta paráfrase da Sabedoria:
* «Parafraseando um provérbio chinês: o homem vulgar
fala de pessoas e histórias pessoais; o homem instruído fala de negócios e coisas
triviais; um homem nobre fala de ideias e intenções. Um homem Sábio prefere
falar de Verdades do Espírito, Virtudes da alma e Ideais dos Corações».
- Antigamente, a crença na existência
da alma podia ser ingenuidade; hoje, é ignorância não possuir a certeza da
imortalidade do Espírito!
- O mundo
é um cenário de ilusórias imagens caleidoscópicas que, qual miragem evanescente
no deserto, se afiguram à nossa ignorância como reais!
- “Excelsior”: a morte apenas encerra o
corredor estreito e sombrio da vida terrena, para nos abrir o imenso portal,
largo e luminoso, da Vida cósmica!
* E, para meditarem, deixamos aqui esta
pequena classificação da Evolução geral da Consciência, que possui
profundezas oceânicas.
Os 3 Graus Evolutivos
(Da Evolução da Consciência)
Níveis Conscienciais gerais (com especificidades muito diversas):
1.º
) Primitivo ou Elementar —
das iliteracias: “Homo ignorans”.
A este Nível consciencial pertencem todas as turbas ondulantes
ou multidões da heterogénea e indiferenciada “turba multa” das
ruas: iletrados, ignorantes, primitivos e criminosos — aprisionados ao instinto (corpo astral, corpo psíquico ou
psicossoma).
Processos
metodológicos: a diversão, o desportivismo e o consumismo.
2.º ) Intelectual ou Noético —
das elites: “Homo sciens”.
Neste
Nível consciencial estão as elites apegadas, administrativas e profissionalizadas da “elitae inteligens” dos
licenciados: instruídos, eruditos, intelectuais ou conhecedores — polarizados na mente (concreta) ou corpo intelectual,
intelecto ou ego, sede da inteligência.
Processos
metodológicos: conhecimento, opinião, investigação laboratorial.
3.º ) Sapiencial ou Iniciático —
das Aristocracias: “Homo Sapiens”.
Nível
consciencial dos Iniciados nos Mistérios sagrados, Sábios da Metafísica, Sages
ou Sapientes do Esoterismo — centralizados na Razão (Mente Abstrata, Eu Superior, Superego, Espírito Santo, Centelha Divina,
Corpo Racional ou Corpo Causal)
e no Espírito ou Consciência, em geral.
Processos
metodológicos: o Raciocínio, a Lógica
e a Intuição espiritual.
Nota:
Estes níveis de classificação humana não assinalam nem demarcam
clivagens de classes sociais nem criam dicotomias ou delimitam quaisquer
barreiras separatistas de segregacionismos humanos ou raciais, mas apenas
definem, determinam e sistematizam graus de Consciência e de Evolução dentro
das Hierarquias espirituais. E as «Aristocracias» a que nos referimos são
apenas as dos «Melhores» em Fé viva, mística e transcendental; Amor divino,
universal e incondicional; e Sabedoria cósmica, sagrada e espiritual, e fundamentalmente
a dos Areópagos dos Mestres da Sabedoria, que reinam em Shamballa (GFB:
Grande Fraternidade Branca).
A
Verdade superior não é assunto trivial para o prosaísmo nem se deve impor com
opinião dogmática ou crença ingénua, como a tem a maioria; mas deve ser um influxo
sábio do Raciocínio exato, um exame da Lógica elevada,
científica e filosófica, e uma porfiada investigação da Sabedoria.
Prof. M.M.M.Astrophyl /Astrófilo (J.F.S.), um emérito Sábio lusitano.
P a Paz
P r o f u n d a ! . . .
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
* MUITA ATENÇÃO:
* Não se
esqueçam de que a verdadeira mensagem contra
a Eutanásia está no link que está em baixo, a seguir!...
PARA MAIOR ELUCIDAÇÃO SOBRE ESTA POLÉMICA QUESTÃO DA EUTANÁSIA (E
MUITO MAIS) TÃO PERTINENTE E RELEVANTE SOBRE A VIDA E O RESPEITO QUE LHE DEVEMOS, QUEIRAM LER:
AQUARIUS
IDADE DE OURO
— Clicar
39: O Homem que
Matou a Morte + + + +
+
Eis a 2.ª Parte sobre eutanásia, enviada para os
Políticos:
Para lerem o livro «Memórias de um Suicida» completo,
queiram pedi-lo à FEB (Federação Espírita Brasileira) ou, então, fazer download,
digitando no Google o seguinte nome e procurando por este título:
Memórias de um Suicida.pdf
QUEIRAM VER TAMBÉM, NO YOUTUBE...
ESTA MENSAGEM A ANTÓNIO COSTA:
António Costa votaria a favor da eutanásia
Consideramos
também muito importante que ouçam esta médica, com assento no Parlamento, de
mente tão lúcida e nas suas mensagens tão lógicas e racionais contra o aborto.
CONTRA A EUTANÁSIA:
Os problemas da eutanásia explicados ao pormenor — Médica +++++
Eutanásia: «um
ato que corresponde a matar» —
Entrevista a Isabel Galriça Neto
https://www.youtube.com/watch?v=mxTyFFf8RjY&t=183s
Com os nossos mais fraternos cumprimentos...
Paz Profunda, Luz e Amor em todos os
corações!
E respeito divino para todos os que
sofrem!...
*Aquarius-Idade de Ouro, 1 de Março de 2020
Prof. M.M.M.Astrophyl /Astrófilo (J.F.S.), um emérito Sábio lusitano.
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio de Portugal)
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