sábado, 22 de maio de 2021

51: A Sobrevivência e A Eutanásia


Sobrevivência e Eutanásia
(À Luz da Sabedoria Aquariana)




               A IGNORÂNCIA SOBRE A SAÚDE, A MORTE E O ALÉM É SEMPRE
                     TRISTE "BURACO" DA VIDA QUE CONDUZ MILHÕES À PERDIÇÃO













 


        Esta Mensagem foi enviada para o Presidente da República, para o gabinete do 1.º Ministro, para o Parlamento (presidente) e para os partidos políticos, porque a eutanásia é um crime grave contra as Leis da Vida e um atentado contra a Ética da Consciência.


                      III ) PARTE
 
      1.ª PARTE: O ERRO GRAVE DO PARLAMENTO
     
      Estimados Senhores e Senhoras (texto sem caráter pessoal):
Os nossos mais cordiais, fraternos e respeitosos cumprimentos!...


SOBRE A APROVAÇÃO DA EUTANÁSIA:

ESTE ASSUNTO É TÃO GRAVE, DIANTE DO CÓDIGO ÉTICO DA CONSCIÊNCIA E À LUZ
DA SABEDORIA, QUE NEM DEVIA TER SIDO SUBMETIDO A DISCUSSÃO NO 
PARLAMENTO, DEBATE QUE SE TORNOU INFFÉRTIL, INFELIZ E CONTRAPRODUCENTE!

«Ninguém deve arvorar-se em juiz da causa da destruição da vida, que nas profundezas desconhece, pois arrisca-se a cometer um crime de lesa-Vida contra a Humanidade, por ignorância sobre as Leis básicas da Existência, de que ainda tanto padece, sem a pura Sabedoria da Verdade».

SENHORES GOVERNANTES E POLÍTICOS EM GERAL:
Insistimos nesta Verdade fundamental:
«A Verdade conclama e “grita” como um libelo injuntivo de impugnação contra o crime grave da aprovação da eutanásia, contrária à humana Existência, pois viola as Leis da Vida, do Amor e da Piedade, num atentado ominoso contra o Dever civil, a Moral social e a Ética da Consciência».
      No email anterior prometemos “gritar” com todas as forças da nossa Razão, superiormente lúcida, contra o crime grave da eutanásia, caso fosse aprovada no Parlamento pelos deputados não-informados, num desafio insolente que foi às Leis divinas da Natureza, que nos trouxeram ao Mundo. Eis aqui o “grito final” nas provas da sobrevivência do Homem ao transe inelutável da morte.
A DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR PODE RESUMIR-SE NISTO:
  CRIME DE HEDIONDEZ!...
        IGNORÂNCIA E INSENSATEZ!...
              EGOÍSMO PREPOTENTE!...
                   CRIMINALIDADE INGENTE!...
                         IMPIEDADE CRIMINOSA!...
                               INSENSIBILIDADE OMINOSA!...
     A Eutanásia é uma pena de morte consentida pelos ominosos!
     O Aborto é uma pena de morte provocada pelos impiedosos!
     E ambos são uma pena de morte legalizada por criminosos!...

ESQUECENDO RESPEITO CÍVICO, MORAL SOCIAL E SÃ DECÊNCIA, A APROVAÇÃO DA EUTANÁSIA PELO PARLAMENTO APENAS CONFIRMOU A CRASSA IGNORÂNCIA  SOBRE AS LEIS DA VIDA, DA MORTE, DA IMORTALIDADE, DO SAGRADO E DA CONSCIÊNCIA!
Há quem afirme que a eutanásia é apenas uma questão legal e política, de configuração e implementação da Lei, e que nada tem a ver com religião nem Consciência. Aí é que se enganam rotundamente todos os que assim pensam, porque a vida (corpo, matéria) é uma emanação da Consciência (Espírito) e esta é a Vida organogénica e a Matriz morfogenética do corpo material. Todas as deliberações do Parlamento sobre a vida dos cidadãos são profundamente vinculativas à vida das populações e jamais podem ser dissociadas das vivências particulares de cada ser humano, como a condução de um veículo na estrada está vinculada e sujeita às leis implementadas pelo Código de Estrada, que regulam e equilibram a ordenada circulação dos veículos. Por isso, não se pode considerar que haja uma separação total e real do que é legislado e a vida dos cidadãos, que precisa e merece ser respeitada com leis condignas e humanitárias.
O que falta, em verdade, às políticas insensíveis e a muitos políticos indiferentes é a vertical dignidade do Respeito pela vida humana!...  Nem o sofisma bastardo (ou apenas paralogismo que seja, na falsa lógica) da “piedade" irracional, diante de um doente em sofrimento, justifica cabalmente a opção de matar ou ser morto, mesmo em fase de vida dita «terminal» (e quem é que sabe se ele está mesmo no fim da vida?). Mas vejamos: nas Áfricas, por exemplo, como em muitas outras partes do Mundo há pessoas em sofrimento atroz, de todos os tipos, nos hospitais e fora deles. Por “piedade” criminosa vamos optar por matá-los todos, para acabar com o seu sofrimento, à moda da frieza genocida de Hitler e do nazismo?... Esperamos que os Srs. políticos tenham mais consciência e coração do que a impiedade de Hitler.
Muitos suicidam-se por não aguentarem mais as suas dores físicas ou morais. Vamos ajudá-los a suicidarem-se, ou vamos ajudá-los a viver, mesmo que a vida lhes seja pesada?... Há muitas crianças em alguns países (Quénia, Somália, Etiópia, etc.) que são “pele e osso”, a passarem fome horrível. E outras sofrendo flagelos de pestes e epidemias, como o coronavírus e outras. Concordarão os Senhores deputados “pró-eutanásia” que se mate todas elas, num criminoso neo-nazismo “purgador” dos que sofrem ou são “inúteis” à sociedade?... Seria isso lógico aos cânones éticos da vossa Consciência?... Então estais bloqueados e não tendes acesso a Ela, e andais à deriva pelos caminhos da falsa moral!
Não, Senhores parlamentares, a vossa lógica é estrábica e obscurantista ou, então, vê em miopia ou em hipermetropia, porque falais e olhais com visão dupla: falais na “consciência” e na «liberdade pessoal», com que prescreveis a criminalidade do «matar!...», e que a Consciência condena, contraditoriamente. Mas a vossa falsa visão parece ser a da cegueira de lamentável materialismo obnubilante. Eis neste email o “antídoto”, se o orgulho não vos cegar, se a arrogância não vos perseguir, se a obstinação não vos paralisar e se o Amor à Verdade vos atrair para a Luz meridiana, em vez de serdes infelizes conduzidos pelas Trevas doentias que vos rondam!!
IMAGINE-SE ESTA CENA:
Um certo automobilista com poucos escrúpulos decide pôr-se à estrada, com um porsche na mão, que comprou recentemente, com grande gosto. E, entusiasmado pelo “poder dos motores” automóveis, antes de entrar numa via de trânsito, exclama para um amigo: «Olha, amigo João, tu nem sabes o que é a sensação fantástica da velocidade na estrada!». E eu, que já sei um pouco, agora comprei este carro novo e vou atingir 200 km/h ou mesmo mais, sem me preocupar com mais nada nem ninguém. E fica a saber: sou uma pessoa que se preza muito pela sua liberdade e, por isso, embora tenha a minha carta de condução caducada, vou continuar e nem pretendo respeitar ninguém na estrada. Vou passar por sinais vermelhos, não vou parar em stops, não vou respeitar a mão dos outros utentes, porque sou senhor de mim mesmo e quero apenas fazer o que me apetece. Esse é o meu direito pessoal específico e ninguém mo pode tirar nem limitar, porque o carro é meu, sou eu que o conduzo e sei bem o que faço!».
Então, metendo-se esse condutor, irresponsavelmente, na estrada, de modo desenfreado e anárquico, sem pretender respeitar qualquer Lei nem os outros utentes, faz apenas o que lhe apetece e tem um acidente grave na estrada: espatifa o carro, leva outros condutores ao hospital e morre de seguida. Perguntaremos a todos os parlamentares que aprovaram a eutanásia, se concordam com o «pretenso direito» de circular na estrada anarquicamente como bem o entendia esse condutor incauto e irresponsável que, valendo-se de pretensos direitos (como na eutanásia), esqueceu os Deveres a respeitar e acabou por falecer, pondo em perigo a segurança de outros utentes. Perguntamos se não era mais racional, lógico e mesmo humanitário «respeitar os Deveres» na observância e obediência das leis do Código de Estrada, dos sinais de viação e da mão do próximo.
Mas os Senhores políticos, que possuem, em geral, ainda fraca e superficial deontologia e, tantas vezes, um tão medíocre discernimento, nomeadamente quando se trata das sagradas Leis da vida humana, onde os Deveres de Respeito (muito superiores a quaisquer direitos) são frequentemente esquecidos, acham que podem subscrever à vontade o crime do «matar!», “ad arbitrium” e “ad libitum” (passe o pleonasmo, que é enfático!), e parecem concordar com os pretensos direitos desse condutor obnubilado pela irresponsabilidade anarquista duma condução perigosa.

         A Trilogia Superior dos Deveres Maiores:
         1.º ) Adorar a Deus acima de todas as coisas.
         2.º ) Respeitar profundamente a Natureza.
         3.º ) Amar universalmente a Humanidade.
* Face a esta Trilogia sagrada, a prática criminosa da eutanásia não é Amor à Vida da Humanidade, mas, contrariamente, destruí-la com o suicídio e o homicídio em duplo assassinato conjunto.

             OS DEZ MANDAMENTOS
              da Lei Ética do Cosmos
                       (Decálogo Cósmico)

1.º ) Adorar, soberanamente, a Deus em todo o Universo visível
Bem como em todos os Mundos invisíveis da Natureza Cósmica.

2.º ) Invocar o santíssimo nome de Deus na Luz do Coração
E entregar-Lhe, em Adoração mística, toda a nossa vida humana.

3.º ) Santificar todos os dias da vida, no Amor e no Saber,
Na Luz sacra da Fraternidade Universal da Irmandade Espiritual.

4.º ) Honrar a família terrestre e adorar a Família celestial,
E respeitar com Reverência santa as Hierarquias do Espírito.

5.º ) Não matar nenhuma forma de vida humana, nem animal
Que não prejudique vitalmente outras formas de vida superiores.

6.º ) Guardar sempre castidade no Amor universal dos Corações
E velar pela pureza divina do sexo santificado na Luz do Sagrado.

7.º ) Não viver apegado aos objetos nem a prazeres viciosos,
E respeitar a liberdade de posse, de vida e de expressão alheias.

8.º ) Não mentir ou enganar nem julgar ou criticar o próximo,
Velando pela integridade da mente, no Bem da Sabedoria eterna.

9.º ) Guardar pureza espiritual no pensamento e sentimento,
No equilíbrio das Emoções e na sublimação de todos os Desejos.

10.º ) Aspirar, misticamente, estas Virtudes da SSma. Trindade:
A ) O Poder da Vontade do Verbo Divino e da Sua Lei espiritual.
B ) O Amor da Bondade do Cristo Imaculado, do Coração universal.
C ) A Sabedoria da Verdade do Logos cósmico da Luz sapiencial
Prof. M.M.M.Astrophyl (J.F.S.)
 

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
* Vejamos estes Artigos 24.º e 25.º, da Constituição da República Portuguesa, onde se refere acerca do Direito à vida (que também é um DEVER inalienável a respeitar) e o Direito à integridade pessoal, que a eutanásia (e o aborto) coarcta e retira:
TÍTULO II, CAPÍTULO I
Direitos, liberdades e garantias pessoais
Artigo 24.º, Direito à vida:
1 .º ) A vida humana é inviolável.
2  .º ) Em caso algum haverá pena de morte.
Tão logo haja morte provocada, está-se diante de um crime muito grave de crueldade, violência e agressão contra a própria vida, a ser respeitada.
Artigo 25.º, Direito à integridade pessoal
1.º ) A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2.º ) Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Neste Artigo 25.º, o «Direito à integridade pessoal» passa completamente pela não-destruição da vida humana como na eutanásia, porque tirar a vida a alguém por esse processo é «mau-trato e pena cruel», e é degradante e desumanidade dos insensíveis, conforme o refere este Artigo, e isso sem falar nas dores inomináveis do eutanasiado (especialmente do revoltado), além da morte.

* Note-se:
Se o povo português, devido ao seu desconhecimento coletivo acerca das leis fundamentais da vida, da morte e da imortalidade, cometeu o crime do «referendo maldito» do aborto que aprovou a sua legalização em Portugal, com a conivência indébita das leis jurídicas e com a cumplicidade bastarda das políticas insensíveis, os governantes já deviam, há muito tempo, ter alterado essa lei inominavelmente criminosa que, aliás, viola claramente os Princípios e Ideais homologados na Constituição da República Portuguesa. Se alguma lei humana está errada atentando contra os direitos fundamentais da vida, da Natureza e da Consciência que se altere devidamente para melhorá-la!...
A Constituição é bem clara nessas Alíneas, e não se pode ignorar os fundamentos constitucionais que consagram o Direito santíssimo à vida e o Dever inalienável de a defender, quando a Vida (Deus) nos solicita.
Basta a partir daí, para que todos aqueles que são “pró-eutanásia” percam completamente a pouca razão paralógica ou mesmo sofística —, que possam aparentemente ter, para continuarem com esta criminalidade.
Devíamos começar todos pela magna questão da sobrevivência do Homem ao transe aparentemente inevitável e incontornável da morte. Porém, antes de continuarmos permitam-me uma consideração racional, ao afirmarmos isto: há já largos meses, talvez mais de um ano, vimos na Televisão um programa espetacular denominado «Os Extraordinários», que nos sensibilizou muito, onde apareceram génios de Portugal com capacidades incríveis de vários tipos: matemáticas, musicais, de atenção, memorização e concentração, etc. Ficámos maravilhados por ver que aquilo que ensinamos desde há muitos anos está hoje bem patente e bem visível para todos os que não querem ficar cegos diante da Verdade: que o ser humano é um Ser divino, com capacidades mágicas, transcendentais e hiperfísicas que, na maioria, estão latentes, ainda por despertar no futuro.
Foi por isso que citámos, no email anterior, a expressão do grande Sábio (Mestre) alemão Max Heindel, que, no magnífico livro «O Conceito Rosacruz do Cosmos», afirma: «Antes de desenvolver a investigação, há que desenvolver o investigador!». Senhores eruditos, pensais que sabeis o que é esse imprescindível desenvolvimento do investigador, porque estivestes na Faculdade a desenvolver-vos no vosso Curso superior... Mas não sabeis o que é o verdadeiro desenvolvimento interior do HOMEM CÓSMICO. O programa «Os Extraordinários» foi só uma pequena amostra dos “Deuses” gloriosos que nós todos podemos ser além da morte (e mesmo em vida terrestre), quando as potencialidades do Espírito despertam em plenitude, abrindo as faculdades paranormais da alma, de “par em par”.
Não vos admireis de nós (eu) vos podermos afirmar que, no mínimo, trabalhamos (trabalho) com “7 Cursos Superiores” ao mesmo tempo, que, em conjunto, costumamos (costumo) denominar de Curso Supremo (que não é o Último): 1.º ) de Política; 2.º ) de Religião; 3.º )  de Filosofia; 4.º ) de Arte; 5.º ) de Ciência; 6.º ) de Misticismo; 7.º ) de Magia (branca, Teurgia), Sacerdócio e Organização. Ora um Homem assim tão multifacetado de Sabedoria polivalente não pode ser facilmente compreendido pela “turba multa” quase iletrada da rua nem pela erudita e (frequentemente) preconceituosa “elite intelectual”, como o próprio Cristo, João Batista (e João evangelista), Krishna, Buda, Zoroastro, Confúcio, Maomé, Sócrates (grego), Hermes Trismegistus (egípcio) e tantos outros Mensageiros reais da Verdade e de Deus não o foram.
Por isso, e devido à crassa ignorância humana e aos interesses rasteiros, adicionados à Forças do Mal, foram perseguidos: crucificados, degolados, caluniados, vilipendiados, etc. E foi o próprio Cristo que ensinou o Mistério do Homem aos Apóstolos e falou para todos nós nestes termos: «Vós sois Deuses!»; «O Espírito de Deus habita em vós!»; «Sede perfeitos como perfeito é o Pai que está nos Céus!»; «Se tiverdes Fé, haveis de fazer coisas como estas que eu faço e ainda maiores!»... S. Paulo, parafraseando o Mestre da Galileia, também asseverou nas suas prédicas: «Não sabeis que sois Templos vivos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?!...».
     E essas palavras foram proferidas também para vós todos, Senhores políticos (e outros), esquecidos que estais da vossa Origem divina, porque todos os seres humanos beberam da água do rio Letes (o “rio” simbólico da vida humana terrena e do esquecimento... das vidas anteriores), como se refere na Eneida do escritor romano Virgílio (70-19 a. C.): «Depois da morte, as almas entram nos campos Elísios (Céu) ou no Tártaro (Inferno), e ali encontram o prémio ou o castigo das suas ações praticadas durante a vida Mais tarde, depois de terem bebido das águas do Letes, que lhes tiram toda a recordação do passado, voltam à Terra!» (lembrem-se todos da eutanásia!). O retorno à Terra é a incontestável volta pela Lei da Reencarnação.

O egrégio psiquiatra Brian Weiss, de Miami (de que adiante falaremos), no seu livro: «A Divina Sabedoria dos Mestres», aconselha:
«Tornem-se mais espirituais!... Você é imortal. Veio cá para aprender, para crescer na sabedoria, para se aproximar da divindade. Os ensinamentos que aqui aprender irão acompanhá-lo quando morrer. Não há mais nada que possa levar consigo!... Para podermos regressar a casa, temos de nos lembrar do caminho!»...
   «É muito simples: o Reino dos Céus está dentro de si! ...Descubra-se a si próprio! Em breve encontrará o seu verdadeiro Lar... Arranje tempo para recordar-se da sua divindade, da sua natureza espiritual! Lembre-se dos motivos porque está aqui!... Somos todos seres divinos. Sabíamos que assim era, há milhares de anos, mas esquecemo-nos!».
Do pouco que vos temos escrito sobre nós (mim), apenas queremos enfatizar que um verdadeiro Sábio, como Deus me tornou, não labora nem aprende apenas com um mero e linear “processus” metodológico analítico-intelectual e horizontal como a maioria dos eruditos do intelectualismo académico, mas trabalha com um Poder racional de Síntese metafísica da Verdade, com uma Sensibilidade intuitiva (ao Amor) e uma Fé viva, mística e espiritual completamente desconcertantes e incompreensíveis para os intelectuais do mundo analítico dos licenciados pelas Faculdades, quando ficam demasiado limitados apenas ao empirismo do Ensino académico, muito cilindrador.
     Cristo também desconcertou mesmo os eruditos da época (Rabis ou “Rabboni”, Doutores da Lei) e, aos 12 anos, já falava “doutoralmente” para eles, como a sua biografia o refere. Sem estar a pretender dizer que somos (sou) um Cristo como Ele, aos 17 anos quem me ouvia com cursos superiores já ficava “calado” e desconcertado (se não fosse obtuso e orgulhoso), quando me ouvia falar e ensinar Ciência, Filosofia e Sabedoria. E não estou a exagerar!... Calculo que na vossa mente paire, provavelmente, a interrogação: «Mas o que é que este fulano quer de nós?...». Responderei o que já vos disse antes: Servir a Vontade de Deus, a Hierarquia Sagrada (dos Mestres), o Paradigma da Nova Civilização e o Advento da Nova Humanidade da Idade de Ouro, porque esta Idade do Ferro (Kali-Yuga) está a cair cada vez mais. E dela não ficará pedra sobre pedra (em ordem).
E se ainda vos contacto, meus Senhores, é porque ainda acredito em vós, nos vossos valores humanos, no vosso coração, nos vossos conhecimentos académicas e na vossa experiência de vida, e mesmo também nos Cursos superiores das diversas especialidades que tendes, ainda tão necessárias para o progresso, desenvolvimento e condução da Humanidade. Mas sem a Sabedoria espiritual, vede como o mundo está numa lástima!... Se um pai se interessa por um filho e o aconselha para o bem ou o repreende no erro, é porque ainda o ama. Se não o ama nem sequer lhe liga nenhuma, ande o filho como ou onde andar. Não quero pôr-vos fora nem da política nem de nada!... Quero integrar-vos no meu Coração amoroso, na minha Mente aquariana e nos meus Ideais futuristas, porque também sois Filhos de Deus e meus diletos irmãos!... Preciso muito de vós e vós precisais muito de mim!... E nisto estamos (estou) a falar para todos e não apenas para os políticos deste País!...
E perdoai-me se alguns de vós se ofenderem pelas minhas referências a «ignorâncias instruídas». Não indigitei ninguém em especial, mas apenas ou basicamente as atribuí a quem aceita o crime do «matar!», por desconhecer as Realidades profundas da Vida universal (exobiologia), da Vida cósmica (Cosmobiologia... do Além) e da VIDA ESPIRITUAL (DEUS Teosofia: Sabedoria divina, Teognosia: Conhecimento de Deus e Teofania: Revelação divina). Mas os meus conceitos sobre «ignorância» são assim, como vou classificar, e não há razão para melindres, porque eu próprio sou um ignorante... com (alguma) Sabedoria. Sócrates, da Grécia, dizia: «Quanto mais sei, mais sei que nada sei!...». E nós afirmamos: «Quanto mais sei, mais sei que ainda muito pouco sei... da Vida, do Cosmos e do Universo, ainda que os meus escritos sejam Poesia em verso!...». E tudo isto para vos dizer nesta Classificação que:
1.º ) Há uma ignorância iletrada dos nada ou pouco instruídos.
2.º ) Há uma ignorância instruída dos intelectuais eruditos.
3.º ) Há uma ignorância sábia dos Sapientes dos Mistérios.
Conclusão: Tudo na Terra é vida, tudo é aprendizado e tudo é muita ignorância... e há ainda no mundo muito pouca Sabedoria de grande e universal relevância.
Para terminar estes esclarecimentos, uma pergunta pertinente pode surgir entre vós: «Mas onde é que o João foi buscar toda essa Sabedoria que diz possuir?»...Responderei com a máxima sinceridade, sem querer iludir nem enganar nem detrair ninguém: 1.º ) À escola primária; 2.º ) Depois, ao Liceu; 3.º ) Em seguida, à Faculdade; 4.º ) Continuei na Universidade Cósmica; 5.º ) Avancei no Autodidatismo (com a Razão, a Intuição e a Consciência); 6.º ) Aprendi nos Registos Acásicos; 7.º ); E, finalmente, tornei-me Aprendiz do próprio Deus, na Escola arcana da minha Consciência espiritual (Eu Superior, Eu Real, Eu Maior, Mente Abstrata, Superego, Espírito Santo, Emmanuel, Razão pura, Corpo Racional, Corpo Causal, “Mãe Divina”, “Virgem Maria”, Centelha Divina, “Manas Arupa”, ”Neschamah”, etc.).
É por isso que às vezes afirmamos, na nossa visão sapiencial do Mundo, da Natureza e do Universo: «Tornei-me um Homem Sábio porque fiz de Deus o meu Mestre, da Natureza o meu Livro e de Cristo o meu Professor, porque a minha maior Trilogia é a Fé viva, a Sabedoria e o Amor!». Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça!... Quem tiver olhos para ver, que veja!... Quem tiver coração para Amar, que Ame!... Mas termino estes comentários afirmando, inconcussa e irrefragavelmente e “de visu”, que existem, em toda a Natureza, Memórias Cósmicas, e em toda a parte, que são também as do próprio Deus, as quais gravam tudo o que acontece e aconteceu à Terra e a todas as pessoas, em todas as épocas da evolução planetária, qual Internet Cósmica e transcendental, também ligada e centralizada nas Consciências Espirituais dos Seres divinos (Mestres, Anjos e Arcanjos) e do próprio Deus. São Registos nos quais se pode haurir toda a informação que desejarmos possuir, de acordo com as nossas capacidades de arquivar e aguentar, pois toda a memória tem um limite específico.
Mas é preciso ter muito mérito, para a tal se poder aceder, e uma vida pura, harmonizada, equilibrada: suficientemente purificada, superiormente amorosa e sabiamente espiritualizada, caso contrário seremos bloqueados pelas grandes imperfeições, se as tivermos, e pelas perversas Forças do Mal, que são autênticos “vírus de computador” a tentarem impedir os incautos de subirem à Consciência espiritual. Tristemente, a maioria não se apercebe nem é elucidada de que as drogas, os medicamentos, os telemóveis (smartphones), o carnivorismo, as bebidas alcoólicas, o tabaco, o café, os anticoncepcionais, o dinheiro (mal usado), o sexo abusivo, as armas, etc. são meios com que as Forças das Trevas tentam minar a Humanidade: corrompê-la, distraí-la e destruí-la e, assim, bloqueá-la para a Luz da sua própria Consciência, obnubilá-la para a Espiritualidade e obscurecê-la para a impedir do contacto com Deus, tornando-a cada vez mais insensível, mais alienada, mais paranóica, mais violenta e mesmo “zumbizada”.
Muita Atenção, por Favor:
Os Senhores intelectuais andam quase todos a bolinar à deriva acerca da eutanásia e, aliás, sobre tudo o que, concisamente, se refira à Vida profunda da Humanidade, porque lhes falta o Conhecimento das profundezas oceânicas da Vida cósmica, que se vive (para todos nós) além da morte. Por isso estão tão indecisos ou mesmo completamente equivocados (se aceitam a prática da eutanásia) quanto a essa problemática vital (e mortal). Se a eutanásia é crime ou não é crime só o sabem verdadeiramente aqueles que conhecem os Mistérios da Vida no Além-túmulo; aqueles que possuem Sabedoria divina e Racionalidade superior; aqueles que não têm quaisquer dúvidas analíticas na sua mente; aqueles que estudaram muitos anos esses Mistérios e os investigaram cientificamente; aqueles que têm informação correta, racional e lógica, aqueles que sabem o que é sua própria Consciência; e, finalmente, aqueles que sabem descodificar e traduzir, vertical e corretamente, a Vontade de Deus, o Criador da vida humana.
Muitos céticos poderão nem acreditar em Deus. Mas isso não lhes dá também nenhuma certeza do que é a sua própria Consciência. Ora, que aprendam a raciocinar bem, assim: Se não se consideram animais, então são seres humanos racionais: correto! Se não são seres irracionais, porque são humanos, então têm uma Razão: correto! Se têm uma Razão, então não sabem o que ela é: correto! Se não sabem o que é a sua Razão (a não ser muito superficialmente, como um icebergue ao ser olhado por cima ou as profundezas oceânicas a serem olhadas apenas à superfície da água), não sabem o que é a sua Consciência (que são, Razão e Consciência, quase a mesma Realidade espiritual)! Estes são postulados e ilações da Verdade.
Mas se os defensores da despenalização da eutanásia não sabem o que é a sua Consciência, então não conhecem as suas Leis, as Normas do Código Ético do Espírito humano e divino. E se não conhecem as Leis éticas da Consciência, como podem afirmar que o “matar!» da eutanásia não é um crime perante a Consciência Superior?... O ego intelectual (mente, intelecto) da Humanidade e também dos senhores instruídos, em geral, ainda está muito bloqueado e ensombrado, toldado e obnubilado, “cilindrado” e “encarcerado” por: preconceitos e opiniões, dúvidas e incertezas, contradições e extrapolações, crenças e dogmas, hipóteses e teorias, medos e superstições, ceticismos e agnosticismos, academismos e tecnicismos, historicismos e misoneísmos, paralogismos e sofismas, tautologias e aporias, etc., que constam ainda demasiado do “cardápio” do prosaico pensamento humano: tão linear e analítico, horizontal e superficialista, e tão pragmático e empírico, materialista e economicista.
Ao menos lembrai-vos ou ficai a saber dos inomináveis martírios que o grande erudito e escritor português, Camilo Castelo Branco, passou após a morte, no Além-túmulo, por se ter suicidado, após a cegueira que o prostrou em sofrimento. Diz ele, com o estro talentoso da sua “pena-mestra”, que podereis ler muito mais e melhor mais adiante:
«E ó tétrica magia que ultrapassava todo o poder que tivéssemos de refletir e compreender! ó castigo irremovível, punindo o renegado que ousou insultar a Natureza destruindo prematuramente o que só ela era competente para decidir e realizar: Vivos, nós, em espírito, diante do corpo putrefato, sentíamos a corrupção atingir-nos!... Doíam em nossa configuração astral as picadas monstruosas dos vermes! Enfurecia-nos até à demência a martirizante repercussão que levava nosso perispírito, ainda animalizado e provido de abundantes forças vitais, a refletir o que se passava com seu antigo envoltório limoso, tal o eco de um rumor a reproduzir-se de quebrada em quebrada da montanha, ao longo de todo o vale!»...
* PARA LER MAIS À FRENTE: MEMÓRIAS DE UM SUICIDA!...
Por causa do obscurecimento da Consciência espiritual (que é um obscurantismo da mente, também), obstaculada pelo véu da ignorância, mesmo que seja “doutamente” instruída no esclavagismo das opiniões, tantas vezes fátuas e fúteis, a eutanásia acabou por ser aprovada no Parlamento, contrariamente aos fundamentos da Lei Divina. Isso vai acarretar mais carma-débito coletivo e individual para Portugal (basicamente se a aprovação for até ao fim) e teremos todos que pagá-lo com sofrimento, que advirá especialmente a todos os que foram intervenientes pelo «Sim!», na aprovação da eutanásia (tal como no aborto) e na pena de morte em muitos paízes. E ainda dizem que em Portugal não há pena de morte?... E que é isso (eutanásia, aborto, suicídio, guerras, terrorismos, drogas psicotrópicas, alimentos malsãos (com aditivos químicos e agrotóxicos), medicamentos (a maioria), vírus da bioengenharia, etc., senão a pena de morte gradual ou rápida para a Humanidade, que, criminosamente, alastra sobre a Terra em franca decadência?!...
2.ª PARTE: A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM À MORTE
Nenhum advogado pode defender causa que ignora; nenhum juiz deve julgar causas que desconhece inteiramente. Nenhum político deve decidir sobre matérias que não estude na sua mente; e nenhuns deputados têm legitimidade para deliberarem sobre assuntos de que não estão informados devidamente.
Ora, estando provada, correta e insofismavelmente, a sobrevivência e a imortalidade do ser humano, de modo perfeitamente científico, então isso demonstrará que a vida humana continua além da morte e, assim, a eutanásia tem implicações espirituais, conotações conscienciais e vínculos cármicos profundos, e não pode ser vista nem considerada de modo leve e leviano, como se faz por aí. Mas há ou não há provas categóricas, convincentes e perfeitamente científicas de que a vida continua a existir além da morte biológica?... Diremos, com toda a força da nossa convicção e da incansável investigação que fizemos durante cerca de 50 anos: Absolutamente que há!... A partir da certeza científica da continuidade da vida, nas premissas da sobrevivência demonstrada, da morte anulada e da imortalidade revelada, jamais se deveria legislar contundindo contra a vida humana, e dever-se-ia ter muito mais cuidado com as nossas ações e, muito em especial, quando são atentados contra as Leis da Vida!... É assim que o prescrevem e determinam as Leis Éticas da Consciência!...
Posta esta certeza da continuidade espiritual da vida humana, tem que ser considerado o pressuposto racional, lógico e apodítico: Há ou não há uma Lei Divina (e cármica) que pode punir ou penalizar dolorosamente as nossas ações graves contra a vida da Humanidade?... Nós (Eu) temos a certeza científica e sapiencial que há sobrevivência, e os que nada estudaram sobre isso faziam mais boa figura se se calassem sobre tal temática e aprendessem a escutar humildemente quem passou a vida inteira a estudar tais assuntos como nós (eu), para ter certezas totais e definitivas, sem quaisquer dúvidas! Num tribunal, quem não sabe nada sobre um crime cometido, não tem voz ativa para falar, senão apenas “palrará” com tautologias e contradições, sem dizer nada de verdadeiramente convincente e racional!...
Ora, havendo uma Lei Superior coativa de Justiça espiritual (Lei do Carma) que dá «A cada um segundo as suas obras!» (Cristo), então os que nada sabem sobre isso que não se arrisquem demasiado a serem gravemente penalizados pelo Alto por alguma ação, decisão ou deliberação irresponsável e mesmo criminosa. Os tristes resultados da aprovação da despenalização da eutanásia no Parlamento são bem a prova viva de que os deputados vivem ainda tão desinformados sobre a santidade e a inviolabilidade (prescrita até na Constituição, Artigo N.º 24 e outros), das Leis da Vida, que são Leis da Natureza e, em simultâneo, as Leis de Deus... que planeou e criou a vida humana, dos animais e dos vegetais, e que não podem ser agredidos, violentados, desprezados ou destruídos.
Um dado vital e importantíssimo que faltou ser considerado pelo Parlamento foi a carência total de consulta sobre a proibição ou admissibilidade da eutanásia, à Luz das conceções da Verdade imortalista das Doutrinas espiritualistas que sabem verdadeiramente sobre isso, muito mais do que as religiões ainda tão ingénuas, por conhecerem aquelas os Mistérios da Vida além da morte. Os Senhores deputados que se arvoraram em lei apressada, esquecidos até de consultar o povo e as religiões, assumiram uma completa e bastarda falta de respeito cívico pelos cidadãos e cidadãs deste País. Mas, se não sabiam ficam a saber que deviam ter consultado os critérios muitíssimo válidos (e muito mais do que os deles, de longe!) destas seguintes Doutrinas espiritualistas:
A Teosofia (fundada pela russa Helena Petrovna Blavatsky), a Filosofia Rosacruz (de Max Heindel e outros), a sábia Gnose (portuguesa e brasileira, entre outras), a verdadeira Franco-Maçonaria (não a falsa dos Illuminati), o nobre Espiritismo kardecista (onde aprendemos tantas verdades tão sérias), a nobilíssima Yoga (de origem oriental), em tantos ramos filosóficos (mesmo cá em Portugal), a criteriosa Eubiose (radicada pelo menos em Sintra), a respeitável FBU ou Fraternidade Branca Universal (ligada ao Mestre Mikhaël Omraam Aivanhov, búlgaro), a Nova Acrópole, O Centro Lusitano, a Filosofia do Novo Pensamento e outras que aqui existem em Portugal.
Se essas Doutrinas neo-espiritualistas, que possuem uma vertical Filosofia espiritual, esotérica e imortalista, não soubessem decidir corretamente (e acreditamos que todas são contra a eutanásia), quem saberia decidir, com justa Verdade, pela defesa da vida humana e pelo «Não matar!»?... No entanto, este seria sempre rejeitado por alguém esclarecido como nós (eu, e não sou único neste País, pois conheço outros), os estudiosos universais sem fronteiras nem partidos religiosos nem políticos, e nem mesmo demasiado “colados” ou limitados aos conceitos Doutrinários sábios e muito pouco divergentes, aliás, dessas Doutrinas que, na base e na essência, pelo menos, são profundamente unânimes Ex: sobre a Reencarnação, que é, absolutamente, conceção comum entre todas elas.

  Vejamos algumas das muitíssimas provas incontestáveis da sobrevivência!

AS CIÊNCIAS DO PARANORMAL
             PROVAS CIENTÍFICAS DA SOBREVIVÊNCIA
               Investigação Académica
                     dos Fenómenos Psíquicos

A Parapsicologia, em toda a sua omniabrangência da fenomenologia psíquica e mesmo da vida além da morte, fundamentada no biomagnetismo e nas energias psíquicas dos homens e animais, já está a ser estudada academicamente, de modo eminentemente científico, desde algumas décadas, nas seguintes universidades do mundo:
Universidade de Duke - com Joseph Banks Rhine (falecido) e sua esposa, EUA.
Universidades de Leninegrado e de Moscovo - Rússia.
Universidade de Utrecht - Holanda.
Universidade de Friburg - no Brisgau, Alemanha.
Universidade de São José de Pittsburg - Pensilvânia, EUA.
Universidade do Litoral - Buenos Aires, Argentina.
Instituto de Estudos Superiores de Montevideu - Uruguai.
Clínica da Faculdade de Medicina de Innsbruck - onde o Dr. H. Urban, Prof. de Psiquiatria, estuda cientificamente a Parapsicologia.
Cientistas como J. B. Rhine, Hans Bender, W. H. C. Tenhaeft, Canavesio, etc., dirigem essas cátedras, e fizeram depoimentos sobre a vida além da morte.
Hoje, o Campo Biomagnético (CBM), Modelo Organizador Biológico (MOB) ou Campo Estruturador da Forma (CEF), considerado como o espetro eletromagnético da alma, que aciona, ativa e orienta o código genético bem como a embriogénese e a organogénese, já é fotografável com a máquina Kirlian, usada, na atualidade, no Brasil e nos Estados Unidos, em hospitais oficiais, para diagnosticar doenças somáticas manifestas nas correntes bioenergéticas da parte irradiante da alma humana, modernamente chamada «corpo bioplásmico», da nomenclatura russa, e denominada genericamente «aura humana», pelos investigadores e espiritualistas.
Não esqueçamos que o médico americano Raymond A. Moody se tornou especialista em colecionar centenas de casos de EMI (Experiências de Morte Iminente) ou NDE (Near Death Experiences) de pessoas em estado de coma, que foram ao Além. O seu livro «A Vida Depois da Vida» é admirável e revolucionário. A RTP-2 já há muitos anos passava documentários magníficos sobre esse fenómeno, quase incríveis mas verdadeiros. Só a Fundação “Gallup”, americana, já tinha catalogado, há anos, cerca de 15 milhões de americanos que passaram por essa experiência, em estado de coma profundo, geralmente acidentados.
Joseph Banks Rhine, “Pai” da nova fenomenologia psíquica e introdutor da Parapsicologia na Universidade americana de Duke (E.U.A.), falecido há poucos anos, afirmou: «... Psi é aptidão normal do Homem, de natureza não-física... A instituição do Espírito como distinto do cérebro, sob certos aspetos fundamentais, vem em apoio da ideia psicocinética do Homem... Em consequência, o mundo pessoal do indivíduo não tem inteiramente por centro as funções orgânicas do cérebro material... Existe algo extrafísico ou espiritual na personalidade humana? A resposta experimental da Ciência é afirmativa!». - Extrato do seu livro “The Reach of the Mind” (Traduzido para «O Alcance do Espírito»).
Werner von Braun, antigo Diretor Geral da NASA, E.U.A., de origem alemã, cientista dos Foguetões Saturno-V, Diretor do Centro Espacial de Houston, E.U.A., aquando do voo das naves Apollo à Lua, na década de 70, disse:
 «Muitas pessoas parecem pensar que a Ciência tornou... “essas ideias religiosas”, como a imortalidade, desatualizadas e fora de moda. Creio, no entanto, que a Ciência traz verdadeiras surpresas para os cépticos. A Ciência diz-nos... que nada na Natureza pode desaparecer sem deixar vestígios... A Natureza não conhece extinção; conhece apenas transformação...
Se Deus aplica esse princípio fundamental às partes mais diminutas e insignificantes do Seu Universo, não parece lógico presumir que Ele o aplica, também, à obra-prima da Sua Criação: a alma humana? Eu assim penso...
Tudo o que a Ciência me ensinou e continua a ensinar fortifica a minha fé na continuidade da nossa existência espiritual depois da morte... Deus deixou de ser provinciano, para se tornar realmente universal!».
António Lobo Vilela, engenheiro geógrafo português, escreveu:
 «Existe em nós o facho divino duma aspiração sem limites, e a morte não pode resistir à nossa aspiração de eternidade... A vida adormece nos braços magros da morte, para acordar, depois, à luz de uma outra vida... Seremos nós tão grandes que criemos ideais elevados e tão pequenos que os vermes nos devorem para iludirem a vigilância da morte que também os espreita?... Terá o nosso pensamento forças para conceber a imortalidade e não terá a Natureza (infinitamente mais sábia) capacidade para realizá-la?...». Extrato da obra «A Morte é Vida».
«É uma vergonha científica que exista ainda desconhecimento tão profundo sobre a questão mais importante para a Humanidade: a imortalidade!». Afirmava sabiamente o barão e professor de Munique Karl du Prel, um dos clássicos da investigação científica do paranormal, a par do físico William Crookes, do médico Charles Richet, do engenheiro Gabriel Delanne, do astrónomo Camille Flammarion, do físico Ochorowicz, do filósofo Immanuel Kant, do evolucionista Alfred Russell Wallace... e de uma multidão de eminentes corifeus da Ciência académica que comprovaram, à saciedade, experimentalmente, que o Homem não morre com a dissolução das células carnais, e que a morte é uma ilusão.
E continua a ser vergonhoso que, em plena era nuclear, era da física quântica e da teoria da relatividade, da cibernética e da robótica, dos computadores, da Internet e das viagens ao limiar do espaço sideral, com um pé na pequenez da Terra e com outro pé “quase” a pisar a grandiosidade das estrelas deste Universo tão fantástico quanto misterioso..., continua a ser vergonhoso, dizíamos, que os homens, em geral, continuem a desconhecer a sua origem espiritual, a sua finalidade eterna e a sua sobrevivência e imortalidade consciencial, no meio do “aluvião” de tantos preconceitos e tabus que superabundam por aí, mesmo em Portugal.
Um dos muitos astronautas que tiveram experiências “insólitas” no espaço, mal divulgadas pela América, Edgar Mitchell, deixou a astronáutica e dedicou-se à investigação parapsicológica, tendo fundado nos Estados Unidos o “Instituto de Ciências Noéticas” e afirmando, mais ou menos nestes termos: «Hoje, há algo mais importante para a Humanidade do que a investigação espacial: é a descoberta da alma humana!».

MAIS DEPOIMENTOS CIENTÍFICOS

Dos grandes pioneiros da investigação do paranormal, denominado originalmente de Metapsíquica, Fenomenologia Psíquica, Mediunismo, Espiritismo e, mais tarde, de Parapsicologia, Paranormalogia, Psicotrónica, Psicobiofísica, Parafísica, Psicobiologia, etc., por parte de muitos cientistas.
* Há, entre os Senhores políticos, ou alguém que nos lê, que se considere tão “doutamente esperto” que, tendo conhecimentos de causa, tendo feito investigações sérias e seja portador de estudos eruditos, possa contestar os depoimentos irrefragáveis destes eminentíssimos cientistas e sábios do Ensino académico (que também existem, claro!) e as experiências que fizeram?...

Nem precisais responder pela contestação ou pela negativa, sob pena de se vos poder aplicar epítetos que não vos seriam lá muito simpáticos. Pelo menos a aplicabilidade deste provérbio é adequada à obtusidade dos negadores da Vida no Além: «Não suba o sapateiro além das botas!».

EIS, A SEGUIR, APENAS ALGUNS DA COLEÇÃO DOS MUITÍSSIMOS DEPOIMENTOS E INVESTIGADORES DOS FENÓMENOS PSÍQUICOS, CUJOS NOMES  COLECIONÁMOS PACIENTEMENTE EM QUASE 50 ANOS:


* ALBERT EINSTEIN, físico e matemático alemão:
«Do mundo dos factos não há nenhum caminho que conduza ao mundo dos valores; estes vêm de outra região... A opinião comum de que sou ateu repousa em grave erro... Não há oposição entre a Ciência e a Religião; apenas há cientistas atrasados, professando ideias que datam de 1880. A Religião sem Ciência é cega; a Ciência sem Religião é coxa... A mais bela e profunda emoção que se possa experimentar é a sensação mística. É esta a base da verdadeira Ciência!...
Ainda não encontrei um modo de expressão melhor do que o religioso para a confiança na natureza racional da Realidade... Onde falta este sentimento, a Ciência degenera em empirismo desprovido de espírito... Não posso conceber um verdadeiro sábio sem esta fé profunda...
A verdadeira religião é a Vida real, vivida com todas as verdades da alma, com toda a nossa bondade e integridade!
O trabalho esforçado e a contemplação da Natureza de Deus são os anjos que, conciliadores, fortificadores e, contudo, impiedosamente severos, me guiarão através do tumulto da vida!
Podem ter a certeza de que nada se consegue unicamente através da pregação da razão!
Tenho de procurar nas estrelas aquilo que me é negado na Terra!
Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso!
Os domínios do mistério prometem as mais belas experiências!
Feliz aquele que atravessou a vida ajudando o seu semelhante, que não conheceu o medo e se manteve alheio à agressividade e ao ressentimento! É dessa madeira que são esculpidas as figuras ideais, que consolam a Humanidade nas situações de sofrimento que ela própria criou!
Só quando se suprimir a guerra, se conseguirá também realizar a educação da juventude no espírito de conciliação, de alegre afirmação da vida e de amor para com todos os seres vivos. Nem é de desejar que, precisamente os moços mais valorosos, sejam entregues à destruição, levada a cabo pela engrenagem, atrás da qual se erguem três potências formidáveis: a estupidez, o medo e a avidez!».

     * WILLIAM CROOKES, físico, químico, astrónomo e inventor inglês extraordinário (foi o 2.º Presidente da Society for Psychical Research), pioneira na investigação dos fenómenos psíquicos do paranormal:
Diz este egrégio cientista de todos os cientistas, este é o que mais admiramos, pelo muito e pelo rigor com que investigou: «...Tendo-me assegurado da realidade dos fenómenos psíquicos, seria uma cobardia moral recusar-lhes o meu testemunho. Após seis anos de experiências rigorosamente científicas, eu não digo que esses fenómenos são possíveis; o que digo e afirmo é que são verdadeiros!... Adquiri a prova exata da realidade dos fenómenos mediúnicos (espiritistas)!».
 “Recherches sur les Phénomènes du Spiritisme” (livro traduzido do inglês para o francês e para o português, no Brasil, com o título de: Fatos Espíritas).
* ALFRED RUSSELL WALLACE, antropologista, discípulo de Darwin (evolucionistas):
«Eu era um materialista tão convencido que não admitia absolutamente a existência espiritual nem qualquer agente do Universo além da força e da matéria. Os factos, entretanto, são coisas pertinazes... e, afinal, venceram-me. Eles forçaram-me a aceitá-los como factos muito antes de eu admitir a sua explicação espiritual. Não havia, nesse tempo, lugar no meu cérebro para tal conceção; mas, pouco a pouco, lentamente, se lhe fez lugar. O espiritismo está tão bem demonstrado como a lei da gravitação!».
* ANDREI DMITRIYEVICH SAKHAROV (Prémio Nobel da Paz, em 1975), físico nuclear russo:
«Não concebo o Universo e a vida humana sem um começo inteligente, sem uma Fonte de “calidez” espiritual que transcenda a matéria e as suas leis!».
* ANTONY FLEW (1923-2010), Filósofo inglês.
«Agora eu acredito que o Universo foi fundado por uma Inteligência Infinita, e que as suas intrincadas Leis evidenciam o que os cientistas chamaram a Mente de Deus. Eu acredito que a vida e a reprodução se originaram de uma Fonte Divina!».
* ARTHUR EDDINGTON (1882-1944), eminente físico inglês:
No seu primado do espírito diz ele: «O Universo é puro Espírito!».
* CAMILLE FLAMMARION, astrónomo francês:
«Os fantasmas dos mortos existem, aparecem, manifestam-se. São vistos de frente, de perfil, obliquamente, refletidos em espelhos, em completa concordância com as leis da perspetiva... Alguns têm uma certa materialidade, como os “duplos” dos vivos que estudámos, pois são fotografados. Possuo, a esse respeito, provas irrecusáveis... O corpo é somente um vestuário orgânico do Espírito; ele passa, muda-se, desagrega-se; o Espírito permanece... Uma Força inteligente rege tudo. A alma é indestrutível!...».
 - A Morte e o Seu Mistério.
O Universo não é mais do que um imenso Ser organizado, de que os mundos são as partes constituintes e do qual Deus é a Vida... O espiritualismo mostra-nos uma Potência diretora inteligente e moral!....
Deus todo-poderoso, quão insensatos éramos em crer que não há nada para além da Terra, e que só a nossa pobre morada gozava o privilégio de refletir a Tua grandeza e o Teu poder!»
- A Pluralidade dos Mundos Habitados.
A alma existe como personalidade real, independentemente do corpo; a alma é dotada de faculdades ainda desconhecidas da Ciência; ela pode agir e perceber à distância, sem os sentidos como intermediários!
Os Espíritos podem agir uns sobre os outros sem o intermédio dos sentidos. A força psíquica existe; a sua natureza permanece desconhecida... Aquele que declara que os fenómenos espíritas são contrários à Ciência, não sabe do que está a falar!...
...não é lógico afirmar o aniquilamento da inteligência pela morte do organismo!
- O Desconhecido e os Problemas Psíquicos.
* CESARE LOMBROSO, criminologista e antropólogo italiano da faculdade Médica de Turim:
«Ninguém foi mais hostil ao espiritismo do que eu, pela educação científica e por inclinação. Mas a paixão da verdade e do facto averiguado venceu a minha fé científica. Poucos sábios têm havido no mundo tão incrédulos como eu nas doutrinas chamadas espíritas. Cheguei mesmo a insultar os espíritas. Mas, agora, estou confundido e lamento ter combatido com tanta insistência os factos chamados espíritas; e digo «os factos», porque agora continuo oposto à teoria. Os factos existem e eu me glorifico de ser escravo deles!».
- Anais de Ciências Psíquicas.
* CHARLES RICHET, Prof. de Fisiologia da Univ. Médica de Paris:
«Quando o grande William Crookes relata ter visto no seu laboratório Katie King, fantasma capaz de se mover, de respirar, ao lado do seu médium, Florence Cook, o sabichão pode erguer os ombros e dizer: é impossível; o bom senso faz-me afirmar que Crookes foi vítima de uma ilusão; Crookes é um imbecil. Mas esse pobre sabichão não descobriu a matéria radiante, nem o tálio nem as ampolas que transmitem a luz elétrica!...
«Nada nos diz que a morte termina tudo, e há alguma razão para crer que nós nos movemos num sonho, e que ao despertar teremos magníficas surpresas. Confundido com o nosso mundo habitual, existe um mundo misterioso que nos rodeia - fantasmas, casas assombradas, telepatias, premonições, monições, transportes -, de maneira que nos movimentamos em obscuridade profunda. Existirá esse novo mundo? Tentarei provar que ele existe. Como negar os factos chamados espíritas e a hipótese explicativa mais simples do que qualquer outra?».
- A Grande Esperança.
«Logicamente, somos levados a basear-nos na hipótese dos maiores filósofos atuais, de Bergson, por exemplo, e dos sábios: Charles Nicolle, Alexis Carrel, Lecomte de Nouy... Chegamos a uma conceção da Criação feita por um Ser superior a tudo o que possamos imaginar. Cinquenta anos de estudos biológicos conduziram-me a esta conceção que eu não hesito em chamar “religiosa”!».
- “Deux Mondes”.
«Não existe contradição alguma entre os factos e as teorias do Espiritismo e os factos positivos estabelecidos pela Ciência... Os sábios, em vez de aparentarem ignorar o Espiritismo, devem estudá-lo. Físicos, químicos, fisiologistas, filósofos devem dar-se ao trabalho de se porem ao corrente dos factos espíritas!».
- É Necessário Estudar o Espiritismo.
* CROMWELL VARLEY, físico e engenheiro inglês:
«... Os Espíritos dos nossos parentes visitam-nos... Eu os tenho visto distintamente, em várias circunstâncias!... Eu não conheço um só homem de bom senso que, tendo estudado com cuidado os fenómenos espíritas, não se tenha rendido à evidência!».
- “Rapport Sur le Spiritualisme”.
* ERNESTO BOZZANO, filósofo e Prof. genovês da Univ. de Turim:
«Conseguimos demolir irremediavelmente o materialismo científico, provando que os seus defensores têm sido iludidos pelas aparências, graças às quais conceberam, erroneamente, que o pensamento é função do cérebro, quando o exame aprofundado dos fenómenos espíritas... demonstrou... que é o pensamento que condiciona o cérebro!
Conseguimos a confirmação ulterior da teoria espírita, por meio de novas provas complementares, favoráveis à existência e à sobrevivência da alma, e capazes de conferir a esta teoria uma solidez científica inabalável!».
- Pensamento e Vontade.
* FRIEDRISCH ZÖELLNER, astrónomo em Leipzig:
«As nossas investigações científicas..., fornecendo à Humanidade admirada uma nova classe de fenómenos psíquicos..., proclamam bem alto, e de um modo não mais duvidoso, a existência de um outro mundo... de seres inteligentes!... Fora do nosso mundo percetível de três dimensões, há seres organizados com todos os atributos de corporeidade, podendo mostrar-se e sumir-se no espaço de três dimensões!...».
- Física Transcendental.
* IMMANUEL KANT, filósofo alemão:
«Bem depressa - o tempo é próximo - se chegará a demonstrar que a alma humana pode viver, desde esta existência terrestre, em comunicação estreita e indissolúvel com as entidades imateriais do mundo dos Espíritos...
Todo o homem é um ser de dois mundos: do mundo incorpóreo e do mundo material!... Só o nosso corpo é perecível; a nossa essência não o é... A vida do Homem é dual; consiste em duas vidas: uma, animal; e outra, espiritual. Nesta, a alma vive separadamente do corpo; e em tal existência deve prosseguir vivendo, após separar-se do corpo!».
* JAMES H. HYSLOP, Reitor da Univ. de Birmingham:
«Considero cientificamente provada a existência dos Espíritos desencarnados e não faço, a tal respeito, nenhuma concessão aos céticos. Como se eles pudessem ter o direito de discutir tais questões. Quem não aceita a existência dos Espíritos desencarnados e a prova da sua existência, ou é um ignorante ou um cobarde moral!.
A julgar pelo que eu próprio vi, não sei como poderia furtar-me à conclusão de que a existência de uma vida futura está absolutamente demonstrada!».
* J. GLAZEWSKI, cientista polaco:
«Chegámos, atualmente, por meio da pura análise científica, à prova da existência de um mundo invisível e imaterial. Esta verificação é fruto de 27 anos de pesquisas sobre a onda gravitacional!»
- A Hora de Ser.
* LÉPICIER, cardeal francês:
«Os fenómenos (psíquicos), demonstrando, como demonstram, a existência de um mundo espiritual, vêm, por outro lado, confirmar a verdade filosófica e teológica respeitante à imortalidade da alma!».
«Não existe aquilo a que chamamos de “matéria”; toda a matéria surge e existe apenas em virtude de uma força que leva as partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse diminuto sistema solar que é o átomo. Temos de aceitar a existência de uma Mente Consciente e Inteligente por trás dessa força. Essa Mente é a matriz de toda a “matéria”!».
* OCHOROWICZ (JULIEN), Prof. de Psicologia de Lemberg:
«Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenómenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li as suas obras com um sorriso estúpido..., ao simples enunciado destas coisas eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros!».
* OLIVER LODGE, físico e matemático, Reitor da Univ. de Birmingham:
«Falando... com pleno sentimento da minha responsabilidade, dou testemunho de que, como resultado das investigações que fiz no terreno do psiquismo, adquiri, por fim, a convicção, em que me mantenho após 20 anos de estudo, não só de que a continuação da existência pessoal é um facto, como também de que uma comunicação pode... chegar-nos através do espaço... Estou tão convencido da existência continuada no outro lado da morte quanto da existência aqui!» - Depoimento em “The Hilbert Journal”.
«A comunicação com o Além é possível... Eu já conversei com os meus falecidos amigos pela mesma forma como poderia conversar com uma pessoa qualquer... Sendo estes falecidos amigos homens de Ciência, deram-me a prova da sua identidade; a prova de que foram realmente eles e não alguma personificação ou alguma coisa emanada de mim mesmo!
Fui levado, pessoalmente, à certeza da vida futura, por meio de provas que repousam em base puramente científica. Asseguro-vos, com toda a minha força de convicção, que nós persistimos depois da morte, que os nossos falecidos continuam a interessar-se por nós e conhecem os nossos pensamentos melhor que nós mesmos- do livro Recordações.
* PITÁGORAS, Sábio místico e Filósofo grego:
«Quando abandonares o teu corpo material, elevar-te-ás no éter e, deixando de seres mortal, revestirás tu mesmo a forma de um deus imortal!».
* ROBERT OWEN, eminente sociólogo norte-americano:
«O Espírito do Homem, em vez de morrer com o corpo, como eu o acreditava, passa, ao separar-se dele, a uma outra existência mais luminosa, mais pura e mais feliz!».
* WILLIAM BARRETT, Professor de Física da Universidade de Dublin, e fundador da S.P.R. (“Society for Psychical Research”, inglesa):
«...Estou absolutamente convencido de que a Ciência Psíquica provou, experimentalmente, a existência de uma entidade transcendente e imaterial, duma alma, no Homem. Estabeleceu, igualmente, a existência de um Mundo espiritual e invisível de seres vivos e inteligentes, que podem comunicar connosco. Estou absolutamente convencido do facto de poderem comunicar-se, e, de facto, connosco se comunicam, os que, um dia, viveram neste mundo!».
- Anais das Ciências Psíquicas.
* WILLIAM JAMES, psicólogo americano, reitor da Univ. de Harvard:
«Os Galileu e os Lavoisier da Psicologia virão como metafísicos; exige-o a natureza do problema psicológico!... O meu espírito foi, então, obrigado a aceitar uma conclusão, e a minha convicção da verdade dela nunca mais se abalou desde esse momento. É que a nossa consciência normal de vigília, a consciência racional..., é apenas um tipo especial de consciência, ao passo que, à sua roda,... estão formas potenciais de consciência inteiramente diferentes!».
- As Variedades da Experiência Religiosa.
E contra os materialistas e o materialismo cilindrador, Vitor Hugo, o notável romancista francês, retorquia nestes termos admiráveis de estóica coragem:
«Dizeis que a alma é apenas a expressão das forças corporais. Então porque é que a minha alma é mais luminosa quando essas forças corporais vão em breve abandonar-me? Quanto mais me aproximo do fim, mais escuto em torno de mim as imortais sinfonias dos Mundos que me chamam. Não! A sepultura não é um beco sem saída; é uma avenida. Ela fecha-se no crepúsculo; ela se reabre na aurora... Pois quê?!... Negais intransigentemente o Mundo Invisível?!... Mas essa Criação invisível, quem vos diz que um dia não a vereis?... Um dia, despertareis num outro leito, vivereis dessa grande Vida a que chamam “morte”!...».

* NOTA:

Em baixo damos um link para quem quiser ler mais Depoimentos dos grandes investigadores, especialmente do século XIX: 
04: Os Depoimentos Científicos


Vejamos quem é Brian Weiss, o extraordinário psiquiatra americano:

       Bibliografia / Biografia:
BRIAN L. WEISS

Livros de Brian L. Weiss, M.D.
Meditações
O Passado Cura
Só o Amor é Real
Os Espelhos do Tempo
Muitas Vidas, Muitos Mestres
A Divina Sabedoria dos Mestres

Pioneiro e paladino da comprovação da reencarnação, através da psicoterapia pela hipnose e pela regressão a vidas passadas dos passivos (e doentes), o Dr. Brian L. Weiss, psiquiatra americano, tem-se tornado uma sumidade de renome cada vez mais alargado na América e na Europa, pelo menos, com a Terapia de regressão a Vidas Passadas (TVP).
Pela sua integridade e celebridade, converteu-se numa das maiores referências mundiais da investigação da realidade paranormal acerca da reencarnação, tendo comprovado este fenómeno à saciedade, e tendo perdido, completamente, todas as dúvidas do seu inicial cepticismo acerca desta realidade da vida imortal.
Pela sua inconteste e inegável notoriedade, citamos alguns dados biográficos de Brian Weiss, face ao seu já muito vasto "curriculum" pelos anais da Medicina, nomeadamente da Medicina Psiquiátrica:
* O Dr. Brian Weiss licenciou-se Phi Beta Kappa (Sociedade honorífica, fundada em 1776, e título de distinção académica), em 1966, “Magna Cum Laude” pela Universidade de Columbia (Nova Iorque) e recebeu o seu diploma de Medicina (M.D., Medicinal Doctor) na Escola de Medicina da Universidade de Yale, em 1970, onde mais tarde obteve a posição de Diretor dos serviços de Psiquiatria.
* Fez o seu internato no Belevue Medical Center da Universidade de Nova Iorque. Foi Professor na Universidade de Pittsburgh. Foi residente-chefe do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami Beach, na Florida, e Professor Associado de Medicina no Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Miami, onde assumiu o cargo de Diretor do Departamento de Psicofarmacologia.
* Depois de 4 anos nesta Universidade, foi promovido a Professor Associado de Psiquiatria na Escola Médica, tendo sido nomeado Diretor de Psiquiatria num grande hospital de Miami, ligado à mesma Universidade.
* O Dr. Brian Weiss também foi orientador profissional na Associação “Drug and Alcohol Abuse” (Dependência de Drogas e Álcool), fundada pelo National Institute of Drug Abuse (NIDA), onde efetivou estudos aprofundados sobre psicotrópicos diversos. E também foi psiquiatra residente num hospital em Connecticut.
* Brian Weiss tem uma clínica privada em Miami. Para além das consultas normais de Psiquiatria, realiza também seminários e "workshops" a nível muito internacional, fazendo muitos seminários e programas de formação profissional, tendo estado mesmo até na China, Coreia e Japão em diversos estudos e conferências.

* BRIAN WEISS, psiquiatra americano de Miami:
“Ouçamos” Brian Weiss, o extraordinário psiquiatra de Miami (EUA), que está a revolucionar a América com provas inúmeras da reencarnação e da sobrevivência, em muitas provas práticas que já coletou na esfera dos tratamentos psiquiátricos que administrou aos seus passivos. No livro «A Divina Sabedoria dos Mestres», págs. 187-188, ele pontifica claramente:
«Não morremos quando o nosso corpo físico morre. Uma parte de nós continua: o Espírito, a alma, a Consciência. É como atravessarmos uma porta para outra sala, mais ampla, mais brilhante, para uma sala maravilhosa. É por esta razão que não devemos ter medo. Estamos sempre rodeados de Amor. Os nossos entes queridos nunca nos abandonam. Todos nós somos magníficas almas imortais. Estamos nos nossos corpos uns tempos, mas não somos os nossos corpos!»...
«A Ciência e a espiritualidade, durante muito tempo consideradas antitéticas, estão a começar a dar as mãos. Os físicos e os psiquiatrias estão a começar a ser os místicos da era moderna. Estamos a confirmar aquilo que os místicos antes de nós sabiam, de modo intuitivo. Somos todos seres divinos. Sabíamos que assim era, há milhares de anos, mas esquecemo-nos. Para podermos regressar a casa, temos de nos lembrar do caminho!...
Como os místicos cristãos ensinavam, você não é um ser humano a viver uma experiência espiritual; você é um Ser espiritual a viver uma experiência humana!... Somos Seres espirituais dentro destas formas humanas. A parte espiritual em nós nunca morre. Nunca perdemos realmente aqueles que amamos!...
Para mim, Deus está em toda a parte, nos meus escritos, não só identificado com o nome de Deus, mas também de muitas outras maneiras. Cada vez que encontrar a palavra Amor, estou a falar de Deus. Todos nós temos Deus dentro de nós!».
Agora domino dois mundos; o mundo fenomenológico dos cinco sentidos, representado pelos nossos corpos e necessidades físi­cas; e um mundo maior dos planos não-físicos, representado pelas nossas almas e espíritos. Sei que os mundos se encontram inter­ligados, que tudo é energia. E, no entanto, por vezes parecem imensamente distanciados. O meu trabalho é o de estabelecer a ligação entre esses mundos, para poder documentar cuidadosa e cientificamente a sua unidade!»...
É o mesmo ilustre e admirável psiquiatra que, no livro «Muitas Vidas, Muitos Mestres», nos diz “ex cathedra”:
«Quando chegamos ao pla­no espiritual, também aí continuamos a crescer. Passamos por di­versas fases de desenvolvimento. Quando chegamos... temos que passar por uma fase de renova­ção, uma fase de aprendizagem e uma fase de decisão. Decidimos quando queremos regressar, onde e por que motivos. Há quem decida não regressar. Optam por passar a outra fase de desenvol­vimento. E permanecem numa forma espiritual... alguns mais do que outros antes de regressarem. É tudo uma questão de cresci­mento e aprendizagem... crescimento contínuo. O nosso corpo não passa de um veículo que nos é útil enquanto aqui estamos. Só a nossa alma e o nosso espírito vivem para sempre».
Em «A Divina Sabedoria dos Mestres» afirma ele (pág. 154):
«A morte não é aquilo em que a maior parte de nós acredita que seja. A morte é o desprendimento do corpo físico, quando a nossa alma imortal progride para o Outro Lado. Neste sentido, a morte não existe, mas apenas a Vida e o Amor. A Luz é mais uma manifestação desse Amor universal, intemporal, inteiramente abrangente!...
Investigadores do fenómeno da EQM*, como o Dr. Raymond Moody e a Dra. Elisabeth Kübler-Ross descrevem, frequentemente, uma sessão de “recapitulação da vida”. Um ou vários Seres, plenos de Sabedoria e Amor, assistem-nos a recapitular os acontecimentos da nossa vida!».
* EQM (Experiências de Quase Morte) ou EMI (Experiências de Morte Iminente) ou NDE ("Near Death Experiences"), daqueles que, em estado de coma, faleceram clinicamente e depois retornaram de novo à vida terrena.
Na obra «Só o Amor é Real», Brian Weiss escreveu, sabiamente:
«Todos somos deuses. Deus está dentro de nós... Precisamos de expressar a nossa divindade e o nosso Amor através de boas ações, de ajuda aos outros... A verdadeira Viagem é interior.
... A vida é muito mais do que aquilo que vemos. Demasiadas vezes não acreditamos se não virmos.
O nosso Caminho é interior. Esse é o caminho mais difícil, a viagem mais dolorosa... O Reino de Deus está dentro de nós!».
«Tornem-se mais espirituais! Dediquem mais tempo à oração, a dar, a ajudar os outros, a amar: ofereçam-se para o trabalho de voluntariado e expressem generosidade e Amor!...
Brian Weiss, no livro «A Divina Sabedoria dos Mestres», na página 85, do Capítulo 4 (Criar Relações de Amor) escreveu as sensações do falecimento de uma sua paciente, na personalidade de uma senhora idosa, em vida anterior, onde ela narrava, em estado de hipnose. Diz Brian: «Morreu e sentiu-se flutuar acima do corpo, e descreveu uma maravilhosa Luz dourada com uma forma circular. No interior do círculo podia ver os espíritos dos entes queridos que tinham morrido antes dela, incluindo o marido e os pais... Sentiu, finalmente, uma paz incrível. A Luz emanava música, mas ela não conseguia achar palavras adequadas para descrever aquela sensação!».
A idosa descreve assim o auge da sua experiência apoteótica:
«A Luz e a música são tão maravilhosas... Não há palavras... Não há palavras que expliquem... É como voltar para casa. Estão a saudar-me. Estou a voltar a casa!...
Eles não compreendem que eu não morri, apesar de ter abandonado o meu corpo. Ainda estou consciente. Morte é palavra errada. Eu não morri, mas eles não sabem isso!»...
A propósito de EMIs ou Experiências de Morte Iminente, uma das extraordinárias pioneiras dessa investigação foi Kübler-Ross, médica em psiquiatria, eleita em 2007 para o National Women's Hall of Fame, dos Estados Unidos. Essa investigadora estudou centenas de casos de pacientes em fase final de vida e com tudo o que aprendeu sobre a morte, criou uma nova ciência a que denominou «Tanatologia», baseada no seu “Kübler-Ross model”, em que descreve as cenas gerais do falecimento e a preparação do desencarnante para a morte e a vida no Além.
Essa extraordinária psiquiatra, Elisabeth Kübler-Ross, que foi uma pioneira incansável no tratamento de doentes em fase terminal, e na preparação correta para a morte, acabou por partir para o Além, na sua casa, em Scottsdale, no Arizona, com 78 anos de idade. Pouco antes de falecer, no Arizona, depois de complicações extremas da sua saúde, já comprometida e debilitada por derrames cerebrais que a fizeram perceber que lhe restava pouco tempo de vida, afirmou essa “inimitável” psiquiatra, de alma apoteótica certamente, e com a certeza inconcussa e inabalável da imortalidade: “Vou dançar em todas as galáxias” ® Sem comentários!...
São também dela estas palavras de Luz, de Verdade e de Sabedoria:
«Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair de nosso corpo, que aprisiona a nossa alma como um casulo aprisiona a futura borboleta.
E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações − estamos livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus!»...
Obras de Elisabeth Kübler-Ross
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a Morte e o Morrer. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1969.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Morte – Estágio Final da Evolução? 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1975.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Perguntas e Respostas sobre a Morte e o Morrer. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A Morte: um Amanhecer. São Paulo: Pensamento, 1991.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A Roda da Vida: memórias do viver e do morrer. Rio de Janeiro: GMT, 1998.
      A Doutrina da Reencarnação

    Finalmente, a favor da sobrevivência e da imortalidade vem a investigação da Doutrina da reencarnação, que não é nenhuma teoria balofa mas sim um Teorema de toda a Sabedoria. Temos milhares de provas sobre reencarnação perfeitamente provada e documentada.
A Lei da Reencarnação não é nenhuma hipótese filosófica nem linear e superficialista teoria dogmática de qualquer Doutrina espiritualista; é um Axioma insofismável e antiquíssimo de toda a verdadeira Sabedoria do Ocidente e do Oriente. Há, nos dias de hoje, inúmeros psicólogos e psiquiatras do ensino oficial a confirmá-la e a divulgá-la cada vez mais abertamente, como estes psiquiatras ou psicólogos: Bryan Weiss, psiquiatra em Miami, EUA; Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra e escritora americana; Edith Fiore, psicóloga também americana; Helen Wambach, psicóloga em New Jersey; Ian Stephenson, professor de Psiquiatria da Escola Médica da Universidade de Virgínia (E.U.A.); Hamendras Banerjee, Diretor do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, Índia; Stanislav Grof, renomado psiquiatra russo, etc...
Antes de remeter os leitores ao fim deste texto, onde o link, «47: As Provas da Reencarnação» pode ser usado, vejamos, só a título de curiosidade, o que disserem os dois expoentes máximos da Cultura espiritual antiga: Jesus Cristo no Ocidente e Krishna no Hemisfério Oriental:
Cristo e a Lei da Reencarnação
Ensinou Cristo, tal como se refere no Evangelho de João, cap. III, vers. de 3 a 8, no seu diálogo com Nicodemos, Rabi (ou “Rabboni”) dos Judeus, no início do Capítulo III, do Evangelho de S. João:
JOÃO III
1 Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.
...  / ...
    12 Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?...

     Krishna e a Doutrina da Reencarnação
O Bhagavad-Gitâ, livro clássico do Oriente (Índia), Bíblia dos hindus e dos devotos do Hinduísmo, tem o seu “Jesus Cristo” no Mestre denominado Krishna que, ao falar para o Discípulo Arjuna, diz, explícita e textualmente:
«Numerosas são as minhas e tuas vidas passadas, ó Arjuna; Eu conheço-as todas, mas tu não as conheces!... Alcançar esta meta de vida através da realização de “Brahman” (Deus) e de “Paramâtmâ” (Espírito Supremo) toma muitos e muitos nascimentos!».
Citando outras passagens deste livro magnífico e extraordinário, nele pode ler-se:
«Sabe, ó príncipe de Pându, que nunca houve tempo em que não existíssemos eu ou tu, ou qualquer destes príncipes da terra; igualmente, nunca virá tempo em que algum de nós deixe de existir.
Assim como a alma, vestindo este corpo material, passa pelos estados de infância, mocidade, virilidade e velhice, assim, no tempo devido, ela passa a um outro corpo, e em outras encarnações, viverá outra vez.
Estes corpos caducos, que servem como envoltórios para as almas que os ocupam, são coisas finitas, coisas do momento, e não são o verdadeiro homem real. Eles perecem, como todas as coisas finitas...
Conhece esta verdade, ó príncipe! O Homem real, isto é, o Espírito do homem, não nasce nem morre. Inato, imortal, perpétuo e eterno, sempre existiu e sempre existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém, aquele que ocupou o corpo, permanece depois da morte deste.
Como a gente tira do corpo as roupas usadas e as substitui por novas e melhores, assim também o habitante do corpo (que é o Espírito), tendo abandonado a velha morada mortal, entra noutra, nova e recém-preparada para ele.
O Homem real, o Espírito, não pode ser ferido por armas, nem queimado pelo fogo; a água não o molha, o vento não o seca nem move.
Ele é impermeável, incombustível, indissolúvel, imortal, permanente, imutável, inalterável, eterno, e penetra tudo.
Quanto à Alma, o Homem real, Espírito ou Ser Eterno, alguns o tomam por coisa maravilhosa; outros ouvem falar e falam dele como de uma maravilha, com incredulidade e sem compreensão. Mas a mente mortal não compreende esse mistério, nem o conhece em sua natureza verdadeira e essencial, apesar de tudo o que foi dito, ensinado e pensado a seu respeito.
O Espírito, esse Homem real que habita o corpo, é invulnerável e indestrutível: é a Vida mesma. Não há, pois, motivo para te abandonares à aflição e tristeza!».


PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA HUMANA

1.º ) E. M. I. Experiências de Morte Iminente, denominadas também EQM (Experiências de Quase Morte) ou NDE (“Near Death Experiences”), feitas por muitos médicos no mundo inteiro nomeadamente pelo pioneiro americano Raymond. A. Moody , com milhões de pessoas que entraram em estado de coma profundo. Na América, só a Fundação Gallup já catalogou cerca de 15 milhões de americanos que passaram por essas experiências em estado de coma.
2.º ) Recordações ecmnésicas ou de memória extra-cerebral, segundo a nomenclatura da Parapsicologia −, de pessoas em estado de transe hipnótico, hipnotizadas que foram para fins terapêuticos (Ex: investigações de Brian L. Weiss, psiquiatra americano, em Miami Beach, Florida), para finalidades lúdicas (Ex: demonstrações feitas em palcos de circos ou na TV) ou para estudo científico (Ex: experiências efetuadas pelo coronel Albert de Rochas, francês).
3.º ) Provas irrefutáveis de crianças que se lembram naturalmente de vidas anteriores, e delas falam com a máxima naturalidade, como se desta vida atual se tratasse. São muito conhecidos os casos investigados por Ian Stevenson, na Universidade americana de Virgínia ou Hamendras Banerjee, Diretor das pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, além das americanas Helen Wambach, Edith Fiori ou Stanislav Grof (psiquiatra russo).
4.º ) Foram inúmeros os depoimentos sérios feitos por todos os maiores sábios do Ocultismo esotérico do mundo inteiro, dentro de muitas Doutrinas da Sabedoria sagrada, quer no Oriente multimilenário ou no Hemisfério ocidental, dentro de Ordens de Cavalaria iniciáticas ou de Confrarias secretistas: Teosofia, Rosa-Cruz, Maçonaria, Gnose, Cabala, Alquimia... O próprio Espiritismo kardecista, tão divulgado no Brasil, também tem depoimentos inúmeros.
5.º ) Desde eras imemoriais que existem imensas narrações históricas de manifestações da sobrevivência do Homem ou de contactos mediúnicos com o Além, no folclore dos mais diversos povos das eras antiga e medieval, descritos em muitos textos sagrados, nas Bíblias diversas e em muitos outros livros do Mundo, tal como em narrativas histórico-descritivas, escritos na Antiguidade (ex: a Odisseia, de Homero; a Eneida, de Virgílio; os Lusíadas, de Camões).
6.º ) Muitas foram as descrições da Idade Média, tal como no mundo contemporâneo, com as quais ocorreram contactos com o Além, possuindo algumas faculdades paranormais que lhes possibilitavam entrar em contacto com Seres de Outros Mundos (aparições, visões, vozes, fenómenos mediúnicos, etc.), de tal modo que a Inquisição não lhes deu tréguas, nas perseguições ferozes da “caça às bruxas” que levaram tantos às fogueiras dos autos-de-fé.
7.º ) No mundo mais moderno refira-se as experiências científicas feitas, academicamente, com a máquina Kirlian, inventada na União Soviética pelo casal Semyón Davidovitch Kirlian e Valentina Khrisantovna Kirlian, da Univ. de Kirov, no Cazaquistão, comprovando que o Homem tem uma alma sobrevivente à morte, a partir da visualização da aura. No Brasil e nos E.U.A. já há hospitais oficiais que fazem diagnósticos de doenças com a máquina Kirlian (kirliangrafia).
8.º ) Os Centros espíritas do mundo, nomeadamente no Brasil, onde são uma pletora de Instituições, organizados mesmo em Federações, têm provas diversas não só diretamente com médiuns como através de fotografias a infravermelho e a ultravioleta, que são obtidas mais ou menos regularmente em sessões mediúnicas de fenómenos ectoplásmicos de efeitos físicos, onde Seres do Além aparecem materializados em formas mais ou menos definidas.
9.º ) As investigações modernas e contemporâneas, feitas por muitos cientistas com pessoas paranormais (ou médiuns), desde o século XIX, têm provado à saciedade a sobrevivência e imortalidade do Homem, levando à fundação da “Society for Psychical Research”, de Londres, ou casos coletados, por exemplo, pelo astrónomo Camille Flammarion em «O Desconhecido e os Problemas Psíquicos», ou durante e desde muito antes de Mikhail Gorbachev, na então URSS.
Prof. M.M.M.Astrophyl


     A Sobrevivência da Alma e os Martírios dos Suicidas:

Talvez nem todos os Deputados que aprovaram a eutanásia, que também encerra o suicídio, saibam que Camilo Castelo Branco, culto, erudito e talentoso escritor português, se suicidou antes do término natural da sua vida, que não conseguiu aguentar mais, depois de ter ficado reduzido à tristeza da cegueira atroz. Quem quiser saber dos supremos horrores a que o acto suicida pode conduzir, não deixe de ler o que ele narrou acerca dos sofrimentos pavorosos por que passou nas Trevas do Além, por se ter suicidado. Depois da morte, esse escritor comunicou, muito mais tarde, com a sensitiva, médium ou paranormal Yvonne A. Pereira, no Brasil, tendo feito a impressionante narrativa completa das agruras, torturas e aflições inomináveis passadas nos submundos trevosos do Além, consequências decorrentes do seu acto suicida, por não ter aceitado o tempo natural de vida, programado pela Vontade Divina.
Os Senhores deputados “pró-eutanásia” falam muito em liberdades de opção ou liberdade de cada um de decidir sobre a sua própria vida. Mas, entregando a sua liberdade ao médico, perdem essa liberdade pessoal, porque o médico pode fazer o que entender e inclusive pode (e deve) decidir não lhe abreviar a vida. Mas nem o suicídio a Lei divina permite em completa liberdade, sem grande e acerbo sofrimento, em inomináveis dores no Além e em futuros e dolorosos resgates cármicos sobre a Terra.
Leia-se a seguir a extraordinária narração póstuma desse escritor. Nunca lemos nada que se lhe compare em genialidade descritiva sobre um drama tão trágico, tão real e tão compungente, como essa descrição dolorosa, que calou fundo na nossa alma sensível, pelo estado de desespero e agonias mil dos infelizes que destroem a vida biológica, esquecendo-se de que o suicídio é um crime muito grande, que tem que ser pago com sofrimentos muito acerbos para muitos séculos ou milénios de angústias, por coação da Justiça divina e por reflexo ou repercussão da ação criminosa.


MEMÓRIAS DE UM SUICIDA
ÍNDICE
Introdução
Prefácio da Segunda Edição

PRIMEIRA PARTE
Os Réprobos
I - O Vale dos Suicidas
II - Os Réprobos
III - No Hospital "Maria de Nazaré"
IV - Jerônimo de Araújo Silveira e Família
V - O Reconhecimento
VI - A Comunhão com o Alto
VII - Nossos Amigos - Os Discípulos de Allan Kardec

SEGUNDA PARTE
Os Departamentos
I - A Torre de Vigia
II - Os Arquivos da Alma
III - O Manicômio
IV - Outra vez Jerônimo e Família
V - Prelúdios de Reencarnação
VI - "A Cada um Segundo suas Obras"
VII - Os Primeiros Ensaios
VIII – Novos Rumos

TERCEIRA PARTE
A Cidade Universitária
I - A Mansão da Esperança
II - "Vinde a Mim"
III - "Homem, Conhece-te a Ti Mesmo"
IV - O "Homem Velho"
V - A Causa de Minha Cegueira no Século XIX
VI - O Elemento Feminino
VII - Últimos Traços
Memórias de um Suicida, FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, DEPARTAMENTO EDITORIAL
Rua Souza Valente, 17-CEP-20941 e Avenida Passos, 30-CEP-20051 Rio, RJ-Brasil
10ª edição Do 5 1º ao 60º milheiro, Capa de Cecconi B.N. 10.427
281-AA; 002.01-0; 6/1982, Copyright 1955 by
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, (Casa-Máter do Espiritismo)
AV. PASSOS, 30, 20051 - Rio, RJ - Brasil
Composição, fotolitos e impressão of set das Oficinas do Departamento Gráfico da FEB
Rua Souza Valente, 17 20941 - Rio, RJ – Brasil, C.G.C, nº 33.644.857/0002-84, LE, n .O 81.600.503
Impresso no Brasil, PRESITA EN BRAZILO

INTRODUÇÃO DE AQUARIUS
Além da morte, no Além-túmulo, talvez não haja sofrimentos maiores, mais profundos, mais dementores, mais agónicos e mais percucientes, do que os martírios pungentíssimos do suicídio, seja este consumado de que género for, sentindo os suicidas dores torturantes, inomináveis, dementoras, durante anos e anos que parecem séculos infindáveis, na sua consciência “au ralenti”, pois no Além o Tempo, sendo um fenómeno consciencial e estranhamente relativo, obedecendo a outros padrões de perceção interior, é muito diferentes dos cânones terrenos. Lá o tempo é muito diverso do tempo terrestre, perpassando nitidamente muito mais rápido ou muito mais lento segundo os estados de consciência respetivos das almas.
Os que se suicidaram sobre a Terra padecem insopitáveis dores: terríveis, tremendas, pavorosas e indescritíveis, com o crime do seu acto impensado. Muitas vezes os suicidas foram levados a cometer esse terrível acto criminoso por desencarnados (espíritos) que fizeram a mesma coisa e que não se contentam em viver com esse remorso e as suas dores atrozes, tentando outros, através dos fios magnéticos da indução do pensamento, a provocarem crime semelhante contra o seu corpo físico. A prece é sempre uma poderosa “arma” de defesa contra essas más influências. Livremo-nos das tentações mentais deles pela oração e pela vida espiritualizada!...
 “Ouçamos” o relato espantoso de Camilo Castelo Branco que, com a grafia inconfundível do grande talento literário que foi, descreve a sua queda dolorosa no Astral Inferior (Baixo Astral), no Vale dos Suicidas, em consequência do acto do suicídio que consumou, por ter ficado cego, na Terra. Finalmente, depois de ter sido retirado das regiões infernais e levado para um hospital de uma Colónia astral, faz esta confissão dolorida mas já com a esperança luminosa da franca recuperação do drama terrificante por que passou nas trevas imundas dos charcos e cavernas do Baixo Astral. Cada um que se prepare para não cair nesses dramas inomináveis!...
Passamos a dar a palavra prática a esse extraordinário escritor, com um excerto do livro por ele ditado, e escrito postumamente: «Memórias de um Suicida», narrado com dissemos antes à medium brasileira Yvonne A. Pereira, onde ele relata todo o seu drama de réprobo (condenado) pelo seu acto suicida. O livro foi editado pela FEB (Federação Espírita Brasileira), Associação espírita de grande respeito, e publicado no Brasil.
Eis o intróito do seu drama, passado nas Trevas do Astral Inferior e, ao mesmo tempo, promessa alvissareira de Imortalidade gloriosa para os Filhos da Luz, que mereçam ascender muito acima desses Abismos de supina dor. Mas acrescentaremos uma esperança de Luz às palavras desse extraordinário escritor lusitano: «Quem foi o ignorante que te “pintou”, ó morte, vestida com tão lamurientos crepes lutuosos e negrejantes, se tu no Bem nos convidas a subir em Luz à Glória dos Mundos maravilhosos, gloriosos e cintilantes?».

NARRATIVA DE CAMILO CASTELO BRANCO
Com o pseudónimo de
CAMILO CÂNDIDO BOTELHO
Narra ele, com a sua escrita de erudito talentoso (os sublinhados, a letra a cores e/ou os negritos das suas palavras evidentemente que são nossos):

«O Além-túmulo acha-se longe de ser a abstração que na Terra se supõe, ou as regiões paradisíacas fáceis de conquistar com algumas poucas fórmulas inexpressivas. Ele é, antes, simplesmente a Vida Real, e o que encontramos ao penetrar suas regiões é Vida! Vida intensa a se desdobrar em modalidades infinitas de expressão, sabiamente dividida em continentes e falanges como a Terra o é em nações e raças; dispondo de organizações sociais e educativas modelares, a servirem de padrão para o progresso da Humanidade. É no Invisível, mais do que em mundos planetários, que as criaturas humanas colhem inspiração para os progressos que lentamente aplicam no orbe».
«Ao despertar, depois de sono profundo e reparador, afigurou-se-me ter dormido longas horas, e de algum modo senti que o raciocínio se me aclarava, oferecendo maior possibilidade de entendimento e compreensão das circunstâncias. Reconhecia-me de posse de mim mesmo, como desoprimido daquele estado mórbido de pesadelo, que tantas exasperações acarretava. Mas, ai de mim! Semelhante reconforto mental antes aprofundava do que balsamizava angústias, pois me compelia a examinar com maior dose de senso e serenidade a profundeza da falta que contra mim mesmo cometera!
Ardente sentimento de desgosto, remorso, temor, desapontamento, coibia-me apreciar devidamente a melhoria da situação. E incômoda sensação de vergonha chicoteava-me o pudor, gritando ao meu orgulho que ali me achava indevidamente, sem quaisquer direitos a me assistirem para tanto, unicamente tolerado pela magnanimidade de indivíduos altamente caridosos, iluminados pelo vero amor de Deus! Dúvidas amaríssimas continuavam remoinhando-me na mente. Não era possível que eu tivesse morrido. O suicídio absolutamente não me matara! Eu continuava vivo e bem vivo!»...

LÉON DENIS
Belo Horizonte, 4 de abril de 1957.
PRIMEIRA PARTE OS RÉPROBOS
CAPÍTULO I O Vale dos Suicidas

Precisamente no mês de janeiro do ano da graça de 1891, fora eu surpreendido com meu aprisionamento em região do Mundo Invisível cujo desolador panorama era composto por vales profundos, a que as sombras presidiam: gargantas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os martirizavam.
Nessa paragem aflitiva a vista torturada do grilheta não distinguiria sequer o doce vulto de um arvoredo que testemunhasse suas horas de desesperação; tampouco paisagens confortativas, que pudessem distraí-lo da contemplação cansativa dessas gargantas onde não penetrava outra forma de vida que não a traduzida pelo supremo horror!
O solo, coberto de matérias enegrecidas e fétidas, lembrando a fuligem, era imundo, pastoso, escorregadio, repugnante! O ar pesadíssimo, asfixiante, gelado, enoitado por bulcões ameaçadores como se eternas tempestades rugissem em torno; e, ao respirarem-no, os Espíritos ali ergastulados sufocavam-se como se matérias pulverizadas, nocivas mais do que a cinza e a cal, lhes invadissem as vias respiratórias, martirizando-os com suplício inconcebível ao cérebro humano habituado às gloriosas claridades do Sol dádiva celeste que diariamente abençoa a Terra e às correntes vivificadoras dos ventos sadios que tonificam a organização física dos seus habitantes.
Não havia então ali, como não haverá jamais, nem paz, nem consolo, nem esperança: tudo em seu âmbito marcado pela desgraça era miséria, assombro, desespero e horror. Dir-se-ia a caverna tétrica do Incompreensível, indescritível a rigor até mesmo por um Espírito que sofresse a penalidade de habitá-la.
... / ...
Aqui, era a dor que nada consola, a desgraça que nenhum favor ameniza, a tragédia que idéia alguma tranqüilizadora vem orvalhar de esperança! Não há céu, não há luz, não há sol, não há perfume, não há tréguas!
O que há é o choro convulso e inconsolável dos condenados que nunca se harmonizam! O assombroso "ranger de dentes" da advertência prudente e sábia do sábio Mestre de Nazaré! A blasfêmia acintosa do réprobo a se acusar a cada novo rebate da mente flagelada pelas recordações penosas! A loucura inalterável de consciências contundidas pelo vergastar infame dos remorsos. O que há é a raiva envenenada daquele que já não pode chorar, porque ficou exausto sob o excesso das lágrimas! O que há é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte! É a revolta, a praga, o insulto, o ulular de corações que o percutir monstruoso da expiação transformou em feras! O que há é a consciência conflagrada, a alma ofendida pela imprudência das ações cometidas, a mente revolucionada, as faculdades espirituais envolvidas nas trevas oriundas de si mesma! O que há é o "ranger de dentes nas trevas exteriores" de um presídio criado pelo crime, votado ao martírio e consagrado à emenda! É o inferno, na mais hedionda e dramática exposição, porque, além do mais, existem cenas repulsivas de animalidade, práticas abjetas dos mais sórdidos instintos, as quais eu me pejaria de revelar aos meus irmãos, os homens!
Quem ali temporariamente estaciona, como eu estacionei, são grandes vultos do crime! É a escória do mundo espiritual falanges de suicidas que periodicamente para seus canais afluem levadas pelo turbilhão das desgraças em que se enredaram, a se despojarem das forças vitais que se encontram, geralmente intactas, revestindo-lhes os envoltórios físico-espirituais, por seqüências sacrílegas do suicídio, e provindas, preferentemente, de Portugal, da Espanha, do Brasil e colônias portuguesas da África, infelizes carentes do auxílio confortativo da prece; aqueles, levianos e inconseqüentes, que, fartos da vida que não quiseram compreender, se aventuraram ao Desconhecido, em procura do Olvido, pelos despenhadeiros da Morte!
O Além-túmulo acha-se longe de ser a abstração que na Terra se supõe, ou as regiões paradisíacas fáceis de conquistar com algumas poucas fórmulas inexpressivas. Ele é, antes, simplesmente a Vida Real, e o que encontramos ao penetrar suas regiões é Vida! Vida intensa a se desdobrar em modalidades infinitas de expressão, sabiamente dividida em continentes e falanges como a Terra o é em nações e raças; dispondo de organizações sociais e educativas modelares, a servirem de padrão para o progresso da Humanidade. É no Invisível, mais do que em mundos planetários, que as criaturas humanas colhem inspiração para os progressos que lentamente aplicam no orbe.
... Dirão que a fantasia mórbida de um inconsciente exausto de assimilar Dante terá produzido por conta própria a exposição aqui ventilada... esquecendo-se de que, ao contrário, o vate florentino é que conheceria o que o presente século sente dificuldades em aceitar...
Não os convidarei a crer. Não é assunto que se imponha à crença, simplesmente, mas ao raciocínio, ao exame, à investigação. Se sabem raciocinar e podem investigar, que o façam, e chegarão a conclusões lógicas que os colocarão na pista de verdades assaz interessantes para toda a espécie humana! O a que os convido, o que ardentemente desejo e para que tenho todo o interesse em pugnar, é que se eximam de conhecer essa realidade através dos canais trevosos a que me expus, dando-me ao suicídio por desobrigar-me da advertência de que a morte nada mais é do que a verdadeira forma de existir!...
De outro modo, que pretenderia o leitor existisse nas camadas invisíveis que contornam os mundos ou planetas, senão a matriz de tudo quanto neles se reflete?!... Em nenhuma parte se encontraria a abstração, ou o nada, pois que semelhantes vocábulos são inexpressivos no Universo criado e regido por uma Inteligência Onipotente! Negar o que se desconhece, por se não encontrar à altura de compreender o que se nega, é insânia incompatível com os dias atuais. O século convida o homem à investigação e ao livre exame, porque a Ciência nas suas múltiplas manifestações vem provando a inexatidão do impossível dentro do seu cada vez mais dilatado raio de ação. E as provas da realidade dos continentes superterrenos encontram-se nos arcanos das ciências psíquicas transcendentais, às quais o homem há ligado muito relativa importância até hoje.
O que conhece o homem, aliás, do próprio planeta onde tem renascido desde milênios, para criteriosamente rejeitar o que o futuro há de popularizar sob os auspícios do Psiquismo?... O seu país, a sua capital, a sua aldeia, a sua palhoça ou, quando mais avantajado de ambições, algumas nações vizinhas cujos costumes se nivelam aos que lhe são usuais?...
Por toda a parte, em torno dele, existem mundos reais, exarando vida abundante e intensa: e se ele o ignora será porque se compraz na cegueira, perdendo tempo com futilidades e paixões que lhe sabem ao caráter. Não perquiriu jamais as profundidades oceânicas – não poderá mesmo fazê-lo, por enquanto. Não obstante, debaixo das águas verdes e marulhentas existe não mais um mundo perfeitamente organizado, mas um universo que assombraria pela grandiosidade e ideal perfeição!
No próprio ar que respira, no solo onde pisa encontraria o homem outros núcleos organizados de vida, obedecendo ao impulso inteligente e sábio de leis magnânimas fundamentadas no Pensamento Divino, que os aciona para o progresso, na conquista do mais perfeito! Bastaria que se munisse de aparelhamentos precisos, para averiguar a veracidade dessas coletividades desconhecidas que, por serem invisíveis umas, e outras apenas suspeitadas, nem por isso deixam de ser concretas, harmoniosas, verdadeiras!
Assim sendo, habilite-se, também, desenvolvendo os dons psíquicos que herdou da sua divina origem... Impulsione pensamento, vontade, ação, coração, através das vias alcanforadas da Espiritualidade superior... e atingirá as esferas astrais que circundam a Terra!
Era eu, pois, presidiário dessa cova ominosa do horror!
Não habitava, porém, ali sozinho. Acompanhava-me uma coletividade, falange extensa de delinqüentes, como eu.
Então ainda me sentia cego. Pelo menos, sugestionava-me de que o era, e, como tal, me conservava, não obstante minha cegueira só se definir, em verdade, pela inferioridade moral do Espírito distanciado da Luz. A mim cego não passaria, contudo, despercebido o que se apresentasse mal, feio, sinistro, imoral, obsceno, pois conservavam meus olhos visão bastante para toda essa escória contemplar agravando-se destarte a minha desdita.
Dotado de grande sensibilidade, para maior mal tinha-a agora como superexcitada, o que me levava a experimentar também os sofrimentos dos outros mártires meus compares, fenômeno esse ocasionado pelas correntes mentais que se despejavam sobre toda a falange e oriundas dela própria, que assim realizava impressionante afinidade de classe, o que é o mesmo que asseverar que sofríamos também as sugestões dos sofrimentos uns dos outros, além das insídias a que nos submetiam os nossos próprios sofrimentos. (1)
(1) Após a morte, antes que o Espírito se oriente, gravitando para o verdadeiro "lar espiritual" que lhe cabe, será sempre necessário o estágio numa "antecâmara", numa região cuja densidade e aflitivas configurações locais corresponderão aos estados vibratórios e mentais do recém-desencarnado. Aí se deterá até que seja naturalmente "desanimalizado", isto é, que se desfaça dos fluidos e forças vitais de que são impregnados todos os corpos materiais. Por aí se verá que a estada será temporária nesse umbral do Além, conquanto geralmente penosa.
Tais sejam o caráter, as ações praticadas, o gênero de vida, o gênero de morte que teve a entidade desencarnada tais serão o tempo e a penúria no local descrito. Existem aqueles que aí apenas se demoram algumas horas. Outros levarão meses, anos consecutivos, voltando à reencarnação sem atingirem a Espiritualidade. Em se tratando de suicidas o caso assume proporções especiais, por dolorosas e complexas. Estes aí se demorarão, geralmente, o tempo que ainda lhes restava para conclusão do compromisso da existência que prematuramente cortaram.
Trazendo carregamentos avantajados de forças vitais animalizadas, além das bagagens das paixões criminosas e uma desorganização mental, nervosa e vibratória completas, é fácil entrever qual será a situação desses infelizes para quem um só bálsamo existe: a prece das almas caritativas!
Se, por muito longo, esse estágio exorbite das medidas normais ao caso — a reencarnação imediata será a terapêutica indicada, embora acerba e dolorosa, o que será preferível a muitos anos em tão desgraçada situação, assim se completando, então, o tempo que faltava ao término da existência cortada.
«Às vezes, conflitos brutais se verificavam pelos becos lamacentos onde se enfileiravam as cavernas que nos serviam de domicílio. Invariavelmente irritados, por motivos insignificantes nos atirávamos uns contra os outros em lutas corporais violentas, nas quais, tal como sucede nas baixas camadas sociais terrenas, levaria sempre a melhor aquele que maior destreza e truculência apresentasse. Freqüentemente fui ali insultado, ridiculizado nos meus sentimentos mais caros e delicados com chistes e sarcasmos que me revoltavam até o âmago; apedrejado e espancado até que, excitado por fobia idêntica, eu me atirava a represálias selvagens, ombreando com os agressores e com eles refocilando na lama da mesma ceva espiritual!
A fome, a sede, o frio enregelador, a fadiga, a insônia; exigências físicas martirizantes, fáceis de o leitor entrever; a natureza como que aguçada em todos os seus desejos e apetites, qual se ainda trouxéssemos o envoltório carnal; a promiscuidade, muito vexatória, de Espíritos que foram homens e dos que animaram corpos femininos; tempestades constantes, inundações mesmo, a lama, o fétido, as sombras perenes, a desesperança de nos vermos livres de tantos martírios sobrepostos, o supremo desconforto físico e moral eis o panorama por assim dizer "material" que emoldurava os nossos ainda mais pungentes padecimentos morais!
Nem mesmo sonhar com o Belo, dar-se a devaneios balsamizantes ou a recordações beneficentes era concedido àquele que porventura possuísse capacidade para o fazer. Naquele ambiente superlotado de males o pensamento jazia encarcerado nas fráguas que o contornavam, só podendo emitir vibrações que se afinassem ao tono da própria perfídia local... E, envolvidas em tão enlouquecedores fogos, não havia ninguém que pudesse atingir um instante de serenidade e reflexão para se lembrar de Deus e bradar por Sua paternal misericórdia!
Não se podia orar porque a oração é um bem, é um bálsamo, é uma trégua, é uma esperança! E aos desgraçados que para lá se atiravam nas torrentes do suicídio impossível seria atingir tão altas mercês!
Não sabíamos quando era dia ou quando voltava a noite, porque sombras perenes rodeavam as horas que vivíamos. Perdêramos a noção do tempo. Apenas esmagadora sensação de distância e longevidade do que representasse o passado ficara para açoitar nossas interrogações, afigurando-se-nos que estávamos há séculos jungidos a tão ríspido calvário! Dali não esperávamos sair, conquanto fosse tal desejo uma das causticantes obsessões que nos alucinavam... pois o Desânimo gerador da desesperança que nos armara o gesto de suicidas afirmava-nos que tal estado de coisas seria eterno!
A contagem do tempo, para aqueles que mergulhavam nesse abismo, estacionara no momento exato em que fizera para sempre tombar a própria armadura de carne! Daí para cá só existiam assombro, confusão, enganosas induções, suposições insidiosas!
Igualmente ignorávamos em que local nos encontrávamos, que significação teria nossa espantosa situação. Tentávamos, aflitos, furtarmo-nos a ela, sem percebermos que era cabedal de nossa própria mente conflagrada, de nossas vibrações entrechocadas por mil malefícios indescritíveis! Procurávamos então fugir do local maldito para voltarmos aos nossos lares; e o fazíamos desabaladamente, em insanas correrias de loucos furiosos! A asveros malditos, sem consolo, sem paz, sem descanso em parte alguma... ao passo que correntes irresistíveis, como ímãs poderosos, atraíam-nos de volta ao tugúrio sombrio, arrastando-nos de envolta a um atro turbilhão de nuvens sufocadoras e estonteantes!
De outras vezes, tateando nas sombras, lá íamos, por entre gargantas, vielas e becos, sem lograrmos indício de saída... Cavernas, sempre cavernas todas numeradas ; ou longos espaços pantanosos quais lagos lodosos circulados de muralhas abruptas, que nos afiguravam levantadas em pedra e ferro, como se fôramos sepultados vivos nas profundas tenebrosidades de algum vulcão! Era um labirinto onde nos perdíamos sem podermos jamais alcançar o fim! Por vezes acontecia não sabermos retornar ao ponto de partida, isto é, às cavernas que nos serviam de domicílio, o que forçava a permanência ao relento até que deparássemos algum covil desabitado para outra vez nos abrigarmos. Nossa mais vulgar impressão era de que nos encontrávamos encarcerados no subsolo, em presídio cavado no seio da Terra, quem sabia se nas entranhas de uma cordilheira, da qual fizesse parte também algum vulcão extinto, como pareciam atestar aqueles imensuráveis poços de lama com paredes escalavradas lembrando minerais pesados?!...
Aterrados, entrávamos então a bramir em coro, furiosamente, quais maltas de chacais danados, para que nos retirassem dali, restituindo-nos à liberdade! As mais violentas manifestações de terror seguiam-se então; e tudo quanto o leitor imaginar possa, dentro da confusão de cenas patéticas inventadas pela fobia do Horror, ficará muito aquém da expressão real por nós vivida nessas horas criadas pelos nossos próprios pensamentos distanciados da Luz e do Amor de Deus!
Como se fantásticos espelhos perseguissem obsessoramente nossas faculdades, lá se reproduzia a visão macabra: o corpo a se decompor sob o ataque dos vibriões esfaimados; a faina detestável da podridão a seguir o curso natural da destruição orgânica, levando em roldão nossas carnes, nossas vísceras, nosso sangue pervertido pelo fétido, nosso corpo enfim, que se sumia para sempre no banquete asqueroso de milhões de vermes vorazes, nosso corpo, que era carcomido lentamente, sob nossas vistas estupefatas!... que morria, era bem verdade, enquanto nós, seus donos, nosso Ego sensível, pensante, inteligente, que dele se utilizara apenas como de um vestuário transitório, continuava vivo, sensível, pensante, inteligente, desapontado e pávido, desafiando a possibilidade de também morrer!
E ó tétrica magia que ultrapassava todo o poder que tivéssemos de refletir e compreender! ó castigo irremovível, punindo o renegado que ousou insultar a Natureza destruindo prematuramente o que só ela era competente para decidir e realizar: Vivos, nós, em espírito, diante do corpo putrefato, sentíamos a corrupção atingir-nos!... Doíam em nossa configuração astral as picadas monstruosas dos vermes! Enfurecia-nos até à demência a martirizante repercussão que levava nosso perispírito, ainda animalizado e provido de abundantes forças vitais, a refletir o que se passava com seu antigo envoltório limoso, tal o eco de um rumor a reproduzir-se de quebrada em quebrada da montanha, ao longo de todo o vale...
Nossa covardia, então, a mesma que nos brutalizara induzindo-nos ao suicídio, forçava-nos a retroceder.
Retrocedíamos.
Mas o suicídio é uma teia envolvente em que a vítima o suicida só se debate para cada vez mais confundir-se, tolher-se, embaraçar-se. Sobrepunha-se a confusão. Agora, a persistência da auto-sugestão maléfica recordava as lendas supersticiosas, ouvidas na infância e calcadas por longo tempo nas camadas da sub-consciência; corporificava-se em visões extravagantes, a que emprestava realidade integral. Julgávamo-nos nada menos do que à frente do tribunal dos infernos!... Sim! Vivíamos na plenitude da região das sombras!... E Espíritos de ínfima classe do Invisível obsessores que pululam por todas as camadas inferiores, tanto da Terra como do Além; os mesmos que haviam alimentado em nossas mentes as sugestões para o suicídio, divertindo-se com nossas angústias, prevaleciam-se da situação anormal para a qual resvaláramos, a fim de convencer-nos de que eram juízes que nos deveriam julgar e castigar, apresentando-se às nossas faculdades conturbadas pelo sofrimento como seres fantásticos, fantasmas impressionantes e trágicos. Inventavam cenas satânicas, com que nos supliciavam. Submetiam-nos a vexames indescritíveis! Obrigavam-nos a torpezas e deboches, violentando-nos a compactuar de suas infames obscenidades! Donzelas que se haviam suicidado, desculpando-se com motivos de amor, esquecidas de que o vero amor é paciente, virtuoso e obediente a Deus; olvidando, no egoísmo passional de que deram provas, o amor sacrossanto de uma mãe que ficara inconsolável; desrespeitando as cãs veneráveis de um pai os quais jamais esqueceriam o golpe em seus corações vibrados pela filha ingrata que preferiu a morte a continuar no tabernáculo do lar paterno, eram agora insultadas no seu coração e no seu pudor por essas entidades animalizadas e vis, que as faziam crer serem obrigadas a se escravizarem por serem eles os donos do império de trevas que escolheram em detrimento do lar que abandonaram! Em verdade, porém, tais entidades não passavam de Espíritos que também foram homens, mas que viveram no crime: sensuais, alcoólatras, devassos, intrigantes, hipócritas, perjuros, traidores, sedutores, assassinos perversos, caluniadores, sátiros enfim, essa falange maléfica que infelicita a sociedade terrena, que muitas vezes tem funerais pomposos e exéquias solenes, mas que na existência espiritual se resume na corja repugnante que mencionamos... até que reencarnações expiatórias, miseráveis e rastejantes, venham impulsioná-la a novas tentativas de progresso.
A tão deploráveis seqüências sucediam-se outras não menos dramáticas e rescaldantes: atos incorretos por nós praticados durante a encarnação, nossos erros, nossas quedas pecaminosas, nossos crimes mesmo, corporificavam-se à frente de nossas consciências como outras visões acusadoras, intransigentes na condenação perene a que nos submetiam. As vítimas do nosso egoísmo reapareciam agora, em reminiscências vergonhosas e contumazes, indo e vindo ao nosso lado em atropelos pertinazes, infundindo em nossa já tão combalida organização espiritual o mais angustioso desequilíbrio nervoso forjado pelo remorso!
Sobrepondo-se, no entanto, a tão lamentável acervo de iniqüidades, acima de tanta vergonha e tão rudes humilhações existia, vigilante e compassiva, a paternal misericórdia do Deus Altíssimo, do Pai justo e bom que "não quer a morte do pecador, mas que ele viva e se arrependa".
Nas peripécias que o suicida entra a curtir depois do desbarato que prematuramente o levou ao túmulo, o Vale Sinistro (Vale dos Suicidas) apenas representa um estágio temporário, sendo ele para lá encaminhado por movimento de impulsão natural, com o qual se afina, até que se desfaçam as pesadas cadeias que o atrelam ao corpo físico-terreno, destruído antes da ocasião prevista pela lei natural. Será preciso que se desagreguem dele as poderosas camadas de fluidos vitais que lhe revestiam a organização física, adaptadas por afinidades especiais da Grande Mãe Natureza à organização astral, ou seja, ao perispírito, as quais nele se aglomeram em reservas suficientes para o compromisso da existência completa»...
Periodicamente, singular caravana visitava esse antro de sombras.
«Era como a inspeção de alguma associação caridosa, assistência protetora de instituição humanitária, cujos abnegados fins não se poderiam pôr em dúvida.
Vinha à procura daqueles dentre nós cujos fluidos vitais, arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do Invisível intermediário, ou de transição.
Supúnhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de homens. Mas na realidade eram Espíritos que estendiam a fraternidade ao extremo de se materializarem o suficiente para se tornarem plenamente percebidos à nossa precária visão e nos infundirem confiança no socorro que nos davam.
Trajados de branco, apresentavam-se caminhando pelas ruas lamacentas do Vale, de um a um, em coluna rigorosamente disciplinada, enquanto, olhando-os atentamente, distinguiríamos, à altura do peito de todos, pequena cruz azul-celeste, o que parecia ser um emblema, um distintivo.
Senhoras faziam parte dessa caravana. Precedia, porém, a coluna, pequeno pelotão de lanceiros, qual batedor de caminhos, ao passo que vários outros milicianos da mesma arma rodeavam os visitadores, como tecendo um cordão de isolamento, o que esclarecia serem estes muito bem guardados contra quaisquer hostilidades que pudessem surgir do exterior. Com a destra o oficial comandante erguia alvinitente flâmula, na qual se lia, em caracteres também azul-celeste, esta extraordinária legenda, que tinha o dom de infundir insopitável e singular temor:
LEGIÃO DOS SERVOS DE MARIA.
Os lanceiros, ostentando escudo e lança, tinham tez bronzeada e trajavam-se com sobriedade, lembrando guerreiros egípcios da antiguidade. E, chefiando a expedição, destacava-se varão respeitável, o qual trazia avental branco e insígnias de médico a par da cruz já referida. Cobria-lhe a cabeça, porém, em vez do gorro característico, um turbante hindu, cujas dobras eram atadas à frente pela tradicional esmeralda, símbolo dos esculápios.
Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheios de piedade, junto das sarjetas, levantando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-nos em macas conduzidas por varões que se diriam serviçais ou aprendizes.
Voz grave e dominante, de alguém invisível que falasse pairando no ar, guiava-os no caridoso afã, esclarecendo detalhes ou desfazendo confusões momentaneamente suscitadas. A mesma voz fazia a chamada dos prisioneiros a serem socorridos, proferindo seus nomes próprios, o que fazia que se apresentassem, sem a necessidade de serem procurados, aqueles que se encontrassem em melhores condições, facilitando destarte o serviço dos caravaneiros. Hoje posso dizer que todas essas vozes amigas e protetoras eram transmitidas através de ondas delicadas e sensíveis do éter, com o sublime concurso de aparelhamentos magnéticos mantidos para fins humanitários em determinados pontos do invisível, isto é, justamente na localidade que nos receberia ao sairmos do Vale. Mas, então, ignorávamos o pormenor e muito confusos nos sentíamos.
As macas, transportadas cuidadosamente, eram guardadas pelo cordão de isolamento já referido e abrigadas no interior de grandes veículos à feição de comboios, que acompanhavam a expedição. Esses comboios, no entanto, apresentavam singularidade interessante, digna de relato. Em vez de apresentarem os vagões comuns às estradas de ferro, como os que conhecíamos, lembravam, antes, meio de transporte primitivo, pois se compunham de pequenas diligências atadas uma às outras e rodeadas de persianas muito espessas, o que impediria ao passageiro verificar os locais por onde deveria transitar. Brancos, leves, como burilados em matérias específicas habilmente laqueadas, eram puxados por formosas parelhas de cavalos também brancos, nobres animais cuja extraordinária beleza e elegância incomum despertariam nossa atenção se estivéssemos em condições de algo notar para além das desgraças que nos mantinham absorvidos dentro de nosso âmbito pessoal. Dir-se-iam, porém, exemplares da mais alta raça normanda, vigorosos e inteligentes, as belas crinas ondulantes e graciosas enfeitando-lhes os altivos pescoços quais mantos de seda, níveos e finalmente franjados. Nos carros distinguia-se também o mesmo emblema azul-celeste e a legenda respeitável.
Geralmente, os infelizes assim socorridos encontravam-se desfalecidos, exânimes, como atingidos de singular estado comatoso. Outros, no entanto, alucinados ou doloridos, infundiriam compaixão pelo estado de supremo desalento em que se conservavam.
Depois de rigorosa busca, a estranha coluna marchava em retirada até o local em que se postava o comboio, igualmente defendido por lanceiros hindus. Silenciosamente cortava pelos becos e vielas, afastava-se, afastava-se... desaparecendo de nossas vistas enquanto mergulhávamos outra vez na pesada solidão que nos cercava... Em vão clamavam por socorro os que se sentiam preteridos, incapacitados de compreenderem que, se assim sucedia, era porque nem todos se encontravam em condições vibratórias para emigrarem para regiões menos hostis. Em vão suplicavam justiça e compaixão ou se amotinavam, revoltados, exigindo que os deixassem também seguir com os demais. Não respondiam os caravaneiros com um gesto sequer; e se algum mais desgraçado ou audacioso tentasse assaltar as viaturas a fim de atingi-las e nelas ingressar, dez, vinte lanças faziam-no recuar, interceptando-lhe a passagem.
Então, um coro hediondo de uivos e choro sinistros, de pragas e gargalhadas satânicas, o ranger de dentes comum ao réprobo que estertora nas trevas das males por si próprio forjados, repercutiam longa e dolorosamente pelas ruas lamacentas, parecendo que loucura coletiva atacara os míseros detentos, elevando suas raivas ao incompreensível no linguajar humano!
E assim ficavam... quanto tempo?... Oh! Deus piedoso! Quanto tempo?...
Até que suas inimagináveis condições de suicidas, de mortos-vivos, lhes permitissem também a transferência para localidade menos trágica...

CAPITULO II
Os réprobos
Em geral aqueles que se arrojam ao suicídio, para sempre esperam livrar-se de dissabores julgados insuportáveis, de sofrimentos e problemas considerados insolúveis pela tibiez da vontade deseducada, que se acovarda em presença, muitas vezes, da vergonha do descrédito ou da desonra, dos remorsos deprimentes postos a enxovalharem a consciência, conseqüências de ações praticadas à revelia das leis do Bem e da Justiça.
Também eu assim pensei, muito apesar da auréola de idealista que minha vaidade acreditava glorificando-me a fronte.
Enganei-me, porém; e lutas infinitamente mais vivas e mais ríspidas esperavam-me dentro do túmulo a fim de me chicotearem a alma de descrente e revel, com merecida justiça.
As primeiras horas que se seguiram ao gesto brutal de que usei, para comigo mesmo, passaram-se sem que verdadeiramente eu pudesse dar acordo de mim. Meu Espírito, rudemente violentado, como que desmaiara, sofrendo ignóbil colapso. Os sentidos, as faculdades que traduzem o "eu" racional, paralisaram-se como se indescritível cataclismo houvesse desbaratado o mundo, prevalecendo, porém, acima dos destroços, a sensação forte do aniquilamento que sobre meu ser acabara de cair. Fora como se aquele estampido maldito, que até hoje ecoa sinistramente em minhas vibrações mentais , sempre que, descerrando os véus da memória, como neste instante, revivo o passado execrável tivesse dispersado uma a uma as moléculas que em meu ser constituíssem a Vida!
A linguagem humana ainda não precisou inventar vocábulos bastante justos e compreensíveis para definir as impressões absolutamente inconcebíveis, que passam a contaminar o "eu" de um suicida logo às primeiras horas que se seguem ao desastre, as quais sobem e se avolumam, envolvem-se em complexos e se radicam e cristalizam num crescendo que traduz estado vibratório e mental que o homem não pode compreender, porque está fora da sua possibilidade de criatura que, mercê de Deus, se conservou aquém dessa anormalidade. Para entendê-la e medir com precisão a intensidade dessa dramática surpresa, só outro Espírito cujas faculdades se houvessem queimado nas efervescências da mesma dor!
Nessas primeiras horas, que por si mesmas constituiriam a configuração do abismo em que se precipitou, se não representassem apenas o prelúdio da diabólica sinfonia que será constrangido a interpretar pelas disposições lógicas das leis naturais que violou, o suicida, semi-inconsciente, adormentado, desacordado sem que, para maior suplício, se lhe obscureça de todo a percepção dos sentidos, sente-se dolorosamente contundido, nulo, dispersado em seus milhões de filamentos psíquicos violentamente atingidos pelo malvado acontecimento. Paradoxos turbilhonam em volta dele, afligindo-lhe a tenuidade das percepções com martirizantes girândolas de sensações confusas. Perde-se no vácuo... Ignora-se...Não obstante aterra-se, acovarda-se, sente a profundidade apavorante do erro contra o qual colidiu, deprime-se na aniquiladora certeza de que ultrapassou os limites das ações que lhe eram permitidas praticar, desnorteia-se entrevendo que avançou demasiadamente, para além da demarcação traçada pela Razão! É o traumatismo psíquico, o choque nefasto que o dilacerou com suas tenazes inevitáveis, e o qual, para ser minorado, dele exigirá um roteiro de urzes e lágrimas, decênios de rijos testemunhos até que se reconduza às vias naturais do progresso, interrompidas pelo ato arbitrário e contraproducente.
Pouco a pouco, senti ressuscitando das sombras confusas em que mergulhei meu pobre Espírito, após a queda do corpo físico, o atributo máximo que a Paternidade Divina impôs sobre aqueles que, no decorrer dos milênios, deverão refletir Sua imagem e semelhança; a Consciência! a Memória! o divino dom de pensar!
Senti-me enregelar de frio. Tiritava! Impressão incômoda, de que vestes de gelo se me apegavam ao corpo, provocou-me inavaliável mal-estar. Faltava-me, ao demais, o ar para o livre mecanismo dos pulmões, o que me levou a crer que, uma vez que eu me desejara furtar à vida, era a morte que se aproximava com seu cortejo de sintomas dilacerantes.
Odores fétidos e nauseabundos, todavia, revoltavam-me brutalmente o olfato. Dor aguda, violenta, enlouquecedora, arremeteu-se instantaneamente sobre meu corpo por inteiro, localizando-se particularmente no cérebro e iniciando-se no aparelho auditivo. Presa de convulsões indescritíveis de dor física, levei a destra ao ouvido direito: o sangue corria do orifício causado pelo projétil da arma de fogo de que me servira para o suicídio e manchou-me as mãos, as vestes, o corpo... Eu nada enxergava, porém. Convém recordar que meu suicídio derivou-se da revolta por me encontrar cego, expiação que considerei superior às minhas forças. Injusta punição da natureza aos meus olhos necessitados de ver, para que me fosse dado obter, pelo trabalho, a subsistência honrada e ativa.
Sentia-me, pois, ainda cego; e, para cúmulo do meu estado de desorientação, encontrava-me ferido. Tão somente ferido e não morto! Porque a vida continuava em mim como antes do suicídio!
Passei a reunir idéias, mau grado meu. Revi minha vida em retrospecto, até à infância, e sem mesmo omitir o drama do último ato, programação extra sob minha inteira responsabilidade. Sentindo-me vivo, averigüei, conseqüentemente, que o ferimento que em mim mesmo fizera, tentando matar-me, fora insuficiente, aumentando assim os já tão grandes sofrimentos que desde longo tempo me vinham perseguindo a existência. Supus-me preso a um leito de hospital ou em minha própria casa. Mas a impossibilidade de reconhecer o local, pois nada via; os incômodos que me afligiam, a solidão que me rodeava, entraram a me angustiar profundamente, enquanto lúgubres pressentimentos me avisavam de que acontecimentos irremediáveis se haviam confirmado. Bradei por meus familiares, por amigos que eu conhecia afeiçoados bastante para me acompanharem em momentos críticos. O mais surpreendente silêncio continuou enervando-me. Indaguei mal-humorado por enfermeiros, por médicos que possivelmente me atenderiam, dado que me não encontrasse em minha residência e sim retido em algum hospital; por serviçais, criados, fosse quem fosse, que me obsequiar pudessem, abrindo as janelas do aposento onde me supunha recolhido, a fim de que correntes de ar purificado me reconfortassem os pulmões; que me favorecessem coberturas quentes, acendessem a lareira para amenizar a gelidez que me entorpecia os membros, providenciando bálsamo às dores que me supliciavam o organismo, e alimento, e água, porque eu tinha fome e tinha sede!
Com espanto, em vez das respostas amistosas por que tanto suspirava, e que minha audição distinguiu, passadas algumas horas, foi um vozerio ensurdecedor, que, indeciso e longínquo a princípio, como a destacar-se de um pesadelo, definiu-se gradativamente até positivar-se em pormenores concludentes. Era um coro sinistro, de muitas vozes confundidas em atropelos, desnorteadas, como aconteceria numa assembléia de loucos.
No entanto, estas vozes não falavam entre si, não conversavam. Blasfemavam, queixavam-se de múltiplas desventuras, lamentavam-se, reclamavam, uivavam, gritavam enfurecidas, gemiam, estertoravam, choravam desoladoramente, derramando pranto hediondo, pelo tono de desesperação com que se particularizava; suplicavam, raivosas, socorro e compaixão!
Aterrado senti que estranhos empuxões, como arrepios irresistíveis, transmitiam-me influenciações abomináveis, provindas desse todo que se revelava através da audição, estabelecendo corrente similar entre meu ser superexcitado e aqueles cujo vozerio eu distinguia. Esse coro, isócrono, rigorosamente observado e medido em seus intervalos, infundiu-me tão grande terror que, reunindo todas as forças de que poderia o meu Espírito dispor em tão molesta situação, movimentei-me no intuito de afastar-me de onde me encontrava para local em que não mais o ouvisse.
Tateando nas trevas tentei caminhar. Mas dir-se-ia que raízes vigorosas plantavam-me naquele lugar úmido e gelado em que me deparava. Não podia despegar-me! Sim! Eram cadeias pesadas que me escravizavam, raízes cheias de seiva, que me atinham grilhetado naquele extraordinário leito por mim desconhecido, impossibilitando-me o desejado afastamento. Aliás, como fugir se estava ferido, desfazendo-me em hemorragias internas, manchadas as vestes de sangue, e cego, positivamente cego?! Como apresentar-me a público em tão repugnante estado?...
A covardia a mesma hidra que me atraíra para o abismo em que agora me convulsionava alongou ainda mais seus tentáculos insaciáveis e colheu-me irremediavelmente! Esqueci-me de que era homem, ainda uma segunda vez! e que cumpria lutar para tentar vitória, fosse a que preço fosse de sofrimento! Reduzi-me por isso à miséria do vencido! E, considerando insolúvel a situação, entreguei-me às lágrimas e chorei angustiosamente, ignorando o que tentar para meu socorro. Mas, enquanto me desfazia em prantos, o coro de loucos, sempre o mesmo, trágico, funéreo, regular como o pêndulo de um relógio, acompanhava-me com singular similitude, atraindo-me como se emanado de irresistíveis afinidades... Insisti no desejo de me furtar à terrível audição.
Após esforços desesperados, levantei-me. Meu corpo enregelado, os músculos retesados por entorpecimento geral, dificultavam-me sobremodo o intento. Todavia, levantei-me. Ao fazê-lo, porém, cheiro penetrante de sangue e vísceras putrefatos reacendeu em torno, repugnando-me até às náuseas. Partia do local exato em que eu estivera dormindo. Não compreendia como poderia cheirar tão desagradavelmente o leito onde me achava. Para mim seria o mesmo que me acolhia todas as noites! E, no entanto, que de odores fétidos me surpreendiam agora! Atribui o fato ao ferimento que fizera na intenção de matar-me, a fim de explicar-me de algum modo a estranha aflição, ao sangue que corria, manchando-me as vestes. Realmente! Eu me encontrava empastado de peçonha, como um lodo asqueroso que dessorasse de meu próprio corpo, empapando incomodativamente a indumentária que usava, pois, com surpresa, surpreendi-me trajando cerimoniosamente, não obstante retido num leito de dor. Mas, ao mesmo tempo que assim me apresentava satisfações, confundia-me na interrogação de como poderia assim ser, visto não ser cabível que um simples ferimento, mesmo a quantidade de sangue espargido, pudesse tresandar a tanta podridão, sem que meus amigos e enfermeiros deixassem de providenciar a devida higienização.
Inquieto, tateei na escuridão com o intuito de encontrar a porta de saída que me era habitual, já que todos me abandonavam em hora tão critica. Tropecei, porém, em dado momento, num montão de destroços e, instintivamente, curvei-me para o chão, a examinar o que assim me interceptava os passos. Então, repentinamente, a loucura irremediável apoderou-se de minhas faculdades e entrei a gritar e uivar qual demônio enfurecido, respondendo na mesma dramática tonalidade à macabra sinfonia cujo coro de vozes não cessava de perseguir minha audição, em intermitências de angustiante expectativa.
O montão de escombros era nada menos do que a terra de uma cova recentemente fechada!
Não sei como, estando cego, pude entrever, em meio as sombras que me rodeavam, o que existia em torno!
Eu me encontrava num cemitério! Os túmulos, com suas tristes cruzes em mármore branco ou madeira negra, ladeando imagens sugestivas de anjos pensativos, alinhavam-se na imobilidade majestosa do drama em que figuravam.
A confusão cresceu: Por que me encontraria ali? Como viera, pois nenhuma lembrança me acorria?... E o que viera fazer sozinho, ferido, dolorido, extenuado?... Era verdade que "tentara" o suicídio, mas...
Sussurro macabro, qual sugestão irremovível da Consciência esclarecendo a memória aturdida pelo ineditismo presenciado, percutiu estrondosamente pelos recôncavos alarmados do meu ser:
"Não quiseste o suicídio?... Pois aí o tens..."Mas, como assim?... Como poderia ser... se eu não morrera?!... Acaso não me sentia ali vivo?... Por que então sozinho, imerso na solidão tétrica da morada dos mortos?!...
Os fatos irremediáveis, porém, impõem-se aos homens como aos Espíritos com majestosa naturalidade. Não concluíra ainda minhas ingênuas e dramáticas interrogações, e vejo-me, a mim próprio! como à frente de um espelho, morto, estirado num ataúde, em franco estado de decomposição, morto dentro de uma sepultura, justamente aquela sobre a qual acabava de tropeçar!
Fugi espavorido, desejoso de ocultar-me de mim mesmo, obsidiado pelo mais tenebroso horror, enquanto gargalhadas estrondosas, de indivíduos que eu não lograva enxergar, explodiam atrás de mim e o coro nefasto perseguia meus ouvidos torturados, para onde quer que me refugiasse. Como louco que realmente me tornara, eu corria, corria, enquanto aos meus olhos cegos se desenhava a hediondez satânica do meu próprio cadáver apodrecendo no túmulo, empastado de lama gordurosa, coberto de asquerosas lesmas que, vorazes, lutavam por saciar em suas pústulas a fome inextinguível que traziam, transformando-o no mais repugnante e infernal monturo que me fora dado conhecer!
Quis furtar-me à presença de mim mesmo, procurando incidir no ato que me desgraçara, isto é reproduzi a cena patética do meu suicídio mentalmente, como se por uma segunda vez buscasse morrer a fim de desaparecer na região do que, na minha ignorância dos fatos de além-morte, eu supunha o eterno esquecimento! Mas nada havia capaz de aplacar a malvada visão! Ela era, antes, verdadeira! Imagem perfeita da realidade que sobre o meu físico espiritual se refletia, e por isso me acompanhava para onde quer que eu fosse, perseguia minhas retinas sem luz, invadia minhas faculdades anímicas imersas em choques e se impunha à minha cegueira de Espírito caído em pecado, supliciando-me sem remissão!
Na fuga precipitada que empreendi, ia entrando em todas as portas que encontrava abertas, a fim de ocultar-me em alguma parte. Mas de qualquer domicílio a que me abrigasse, na insensatez da loucura que me enredava, era enxotado a pedradas sem poder distinguir quem, com tanto desrespeito, assim me tratava. Vagava pelas ruas tateando aqui, tropeçando além, na mesma cidade onde meu nome era endeusado como o de um gênio sempre aflito e perseguido. A respeito dos acontecimentos que com minha pessoa se relacionavam, ouvi comentários destilados em críticas mordazes e irreverentes, ou repassados de pesar sincero pelo meu trespasse, que lamentavam.
Tornei a minha casa. Surpreendente desordem estabelecera-se em meus aposentos, atingindo objetos de meu uso pessoal, meus livros, manuscritos e apontamentos, os quais já não eram por mim encontrados no local costumeiro, o que muito me enfureceu. Dir-se-ia que se dispersara tudo! Encontrei-me estranho em minha própria casa! Procurei amigos, parentes a quem me afeiçoara. A indiferença que lhes surpreendi em torno da minha desgraça chocou-me dolorosamente, agravando meu estado de excitação. Dirigi-me então a consultórios médicos. Tentei fixar-me em hospitais, pois que sofria, sentia febre e loucura, supremo mal-estar torturava meu ser, reduzindo-me a desolador estado de humilhação e amargura. Mas, a toda parte que me dirigia, sentia-me insocorrido, negavam-me atenções, despreocupados e indiferentes todos ante minha situação. Em vão objurgatórias azedas saíam de meus lábios acompanhadas da apresentação, por mim próprio feita, do meu estado e das qualidades pessoais que meu incorrigível orgulho reputava irresistíveis: pareciam alheios às minhas insistentes algaravias, ninguém me concedendo sequer o favor de um olhar!
Aflito, insofrido, alucinado, absorvido meu ser pelas ondas de agoirantes amarguras, em parte alguma encontrava possibilidade de estabilizar-me a fim de lograr conforto e alívio! Faltava-me alguma coisa irremediável, sentia-me incompleto! Eu perdera algo que me deixava assim, entonteado, e essa "coisa" que eu perdera, parte de mim mesmo, atraía-me para o local em que se encontrava, com as irresistíveis forças de um ímã, chamava-me imperiosa, irremediavelmente! E era tal a atração que sobre mim exercia, tal o vácuo que em mim produzira esse irreparável acontecimento, tão profunda a afinidade, verdadeiramente vital, que a essa "coisa" me unia que, não sendo possível, de forma alguma, fixar-me em nenhum local para que me voltasse, tornei ao sítio tenebroso de onde viera: o cemitério!
Essa "coisa", cuja falta assim me enlouquecia, era o meu próprio corpo o meu cadáver! – apodrecendo na escuridão de um túmulo! (3)
(3) Certa vez, há cerca de vinte anos, um dos meus dedicados educadores espirituais Charles levou-me a um cemitério público do Rio de Janeiro, a fim de visitarmos um suicida que rondava os próprios despojos em putrefação. Escusado será esclarecer que tal visita foi realizada em corpo astral. O perispírito do referido suicida, hediondo qual demônio, infundiu-me pavor e repugnância. Apresentava-se completamente desfigurado e irreconhecível, coberto de cicatrizes, tantas cicatrizes quantos haviam sido os pedaços a que ficara reduzido seu envoltório carnal, pois o desgraçado jogara-se sob as rodas de um trem de ferro, ficando despedaçado. Não há descrição possível para o estado de sofrimento desse Espírito! Estava enlouquecido, atordoado, por vezes furioso, sem se poder acalmar para raciocinar, insensível a toda e qualquer vibração que não fosse a sua imensa desgraça! Tentamos falar-lhe: não nos ouvia! E Charles, tristemente, com acento indefinível de ternura, falou: "Aqui, só a prece terá virtude capaz de se impor! Será o único bálsamo que poderemos destilar em seu favor, santo bastante para, após certo período de tempo, poder aliviá-lo... E essas cicatrizes? perguntei, impressionada. "Só desaparecerão tornou Charles depois da expiação do erro, da reparação em existências amargas, que requererão lágrimas ininterruptas, o que não levará menos de um século, talvez muito mais... Que Deus se amerceie dele, porque, até lá..."Durante muitos anos orei por esse infeliz irmão em minhas preces diárias”. (Nota da médium).
Debrucei-me, soluçante e inconsolável, sobre a sepultura que me guardava os míseros despojos corporais, e estorci-me em apavorantes convulsões de dor e de raiva, rebolcando-me em crises de furor diabólico, compreendendo que me suicidara, que estava sepultado, mas que, não obstante, continuava vivo e sofrendo mais, muito mais do que sofria antes, superlativamente, monstruosamente mais do que antes do gesto covarde e impensado!
Cerca de dois meses vaguei desnorteado e tonto, em atribulado estado de incompreensão. Ligado ao fardo carnal que apodrecia, viviam em mim todas as imperiosas necessidades do físico humano, amargura que, aliada aos demais incômodos, me levava a constantes desesperações. Revoltas, blasfêmias, crises de furor acometiam-me como se o próprio inferno soprasse sobre mim suas nefastas inspirações, assim coroando as vibrações maléficas que me circulavam de trevas. Via fantasmas perambulando pelas ruas do campo santo, não obstante minha cegueira, chorosos e aflitos, e, por vezes, terrores inconcebíveis sacudiam-me o sistema vibratório a tal ponto que me reduziam a singular estado de desmaio, como se, sem forças para continuar vibrando, minhas potências anímicas desfalecessem!
Desesperado em face do extraordinário problema, entregava-me cada vez mais ao desejo de desaparecer, de fugir de mim mesmo a fim de não mais interrogar-me sem lograr lucidez para responder, incapaz de raciocinar que, em verdade, o corpo físico-material, modelado do limo putrescível da Terra, fora realmente aniquilado pelo suicídio; e que o que agora eu sentia confundir-se com ele, porque solidamente a ele unido por leis naturais de afinidade que o suicídio absolutamente não destrói, era o físico-espiritual, indestrutível e imortal, organização viva, semimaterial, fadada a elevados destinos, a porvir glorioso no seio do progresso infindável, relicário onde se arquivam, qual o cofre que encerrasse valores, nossos sentimentos e atos, nossas realizações e pensamentos, envoltório que é da centelha sublime que rege o homem, isto é, a Alma eterna e imortal como Aquele que de Si Mesmo a criou!
Certa vez em que ia e vinha, tateando pelas ruas, irreconhecível a amigos e admiradores, pobre cego humilhado no além-túmulo graças à desonra de um suicídio; mendigo na sociedade espiritual, faminto na miséria de Luz em que me debatia; angustiado fantasma vagabundo, sem lar, sem abrigo no mundo imenso, no mundo infinito dos Espíritos; exposto a perigos deploráveis, que também os há entre desencarnados; perseguido por entidades perversas, bandoleiros da erraticidade, que gostam de surpreender, com ciladas odiosas, criaturas nas condições amargurosas em que me via, para escravizá-las e com elas engrossar as fileiras obsessoras que desbaratam as sociedades terrenas e arruínam os homens levando-os às tentações mais torpes, através de influenciações letais ao dobrar de uma esquina deparei com certa multidão, cerca de duzentas individualidades de ambos os sexos. Era noite. Pelo menos eu assim o supunha, pois, como sempre, as trevas envolviam-me, e eu, tudo o que venho narrando, percebia mais ou menos bem dentro da escuridão, como se enxergasse mais pela percepção dos sentidos do que mesmo pela visão. Aliás, eu me considerava cego, mas não me explicando até então como, destituído do inestimável sentido, possuía, não obstante, capacidade para tantas torpezas enxergar, ao passo que não a possuía sequer para reconhecer a luz do Sol e o azul do firmamento! Essa multidão, entretanto, era a mesma que vinha concertando o coro sinistro que me aterrava, tendo-a eu reconhecido porque, no momento em que nos encontramos, entrou a uivar desesperadamente, atirando aos céus blasfêmias diante das quais as minhas seriam meros gracejos!
Tentei recuar, fugir, ocultar-me dela, apavorado por me tornar dela conhecido. Porém, porque marchasse em sentido contrário ao que eu seguia, depressa me envolveu, misturando-me ao seu todo para absorver-me completamente em suas ondas! Fui levado de roldão, empurrado, arrastado mau grado meu; e tal era a aglomeração que me perdi totalmente em suas dobras. Apenas me inteirava de um fato, porque isso mesmo ouvia rosnarem ao redor, e era que estávamos todos guardados por soldados, os quais nos conduziam. A multidão acabava de ser aprisionada! A cada momento juntava-se, a ela outro e outro vagabundo, como acontecera comigo, e que do mesmo modo não mais poderiam sair. Dir-se-ia que esquadrão completo de milicianos montados conduzia-nos à prisão. Ouviam-se as patadas dos cavalos sobre o lajedo das ruas e lanças afiadas luziam na escuridão, impondo temor.
Protestei contra a violência de que me reconhecia alvo. Em altas vozes bradei que não era criminoso e dei-me a conhecer, enumerando meus títulos e qualidades. Mas os cavaleiros, se me ouviam, não se dignavam responder. Silenciosos, mudos, eretos, marchavam em suas montadas fechando-nos em círculo intransponível! A frente o comandante, abrindo caminho dentro das trevas, empunhava um bastão no alto do qual flutuava pequena flâmula, onde adivinhávamos uma inscrição. Porém eram tão acentuadas as sombras que não poderíamos lê-la, ainda que o desespero que nos vergastava permitisse pausa para manifestarmos tal desejo.
A caminhada foi longa. Frio cortante enregelava-nos. Misturei minhas lágrimas e meus brados de dor e desespero ao coro horripilante e participei da atroz sinfonia de blasfêmias e lamentações. Pressentíamos que bem seguros estávamos, que jamais poderíamos escapar! Tocados vagarosamente, sem que um único monossílabo lográssemos arrancar aos nossos condutores, começamos, finalmente, a caminhar penosamente por um vale profundo, onde nos vimos obrigados a enfileirar-nos de dois a dois, enquanto faziam idêntica manobra os nossos vigilantes.
Cavernas surgiram de um lado e outro das ruas que se diriam antes estreitas gargantas entre montanhas abruptas e sombrias, e todas numeradas. Tratava-se, certamente, de uma estranha "povoação", uma "cidade" em que as habitações seriam cavernas, dada a miséria de seus habitantes, os quais não possuiriam cabedais suficientes para torná-las agradáveis e facilmente habitáveis. O que era certo, porém, é que tudo ali estava por fazer e que seria bem aquela a habitação exata da Desgraça! Não se distinguiria terreno, senão pedras, lamaçais ou pântanos, sombras, aguaceiros... Sob os ardores da febre excitante da minha desgraça, cheguei a pensar que, se tal região não fosse um pequeno recôncavo da Lua, existiriam por lá, certamente, locais muito semelhantes...
Internavam-nos cada vez mais naquele abismo... Seguíamos, seguíamos... E, finalmente, no centro de grande praça encharcada qual um pântano, os cavaleiros fizeram alto. Com eles estacou a multidão.
Em meio do silêncio que repentinamente se estabeleceu, viu-se que a soldadesca voltava sobre os próprios passos a fim de retirar-se.
Com efeito! Um a um vimos que se afastavam todos nas curvas tortuosas das vielas lamacentas, abandonando-nos ali.
Confusos e atemorizados seguimos ao seu encalço, ansiosos por nos afastarmos também. Mas foi em vão! As ruelas, as cavernas e os pântanos se sucediam, baralhando-se num labirinto em que nos perdíamos, pois, para onde nos dirigíssemos, depararíamos sempre o mesmo cenário e a mesma topografia. Inconcebível terror apossou-se da estranha malta. Por minha vez, não poderia sequer pensar ou refletir, procurando solução para o momento. Sentia-me como que envolvido nos tentáculos de horrível pesadelo, e, quanto maiores esforços tentava para racionalmente explicar-me o que se passava, menos compreendia os acontecimentos e mais apoucado me confessava no assombro esmagador!
Meus companheiros eram hediondos, como hediondos também se mostravam os demais desgraçados que nesse vale maldito encontráramos, os quais nos receberam entre lágrimas e estertores idênticos aos nossos. Feios, deixando ver fisionomias alarmadas pelo horror; esquálidos, desfigurados pela intensidade dos sofrimentos; desalinhados, inconcebivelmente trágicos, seriam irreconhecíveis por aqueles mesmos que os amassem, aos quais repugnariam! Pus-me a bradar desesperadamente, acometido de odiosa fobia do Pavor. O homem normal, sem que haja caído nas garras da demência, não será capaz de avaliar o que entrei a padecer desde que me capacitei de que o que via não era um sonho, um pesadelo motivado pela deplorável loucura da embriaguez! Não! Eu não era um alcoólatra para assim me surpreender nas garras de tão perverso delírio! Não era tampouco o sonho, o pesadelo, a criar em minha mente, prostituída pela devassidão dos costumes, o que aos meus olhos alarmados por infernal surpresa se apresentava como a mais pungente realidade que os infernos pudessem inventar a realidade maldita, assombrosa, feroz! criada por uma falange de réprobos do suicídio aprisionada no meio ambiente cabível ao seu crítico e melindroso estado, como cautela e caridade para como gênero humano, que não suportaria, sem grandes confusões e desgraças, a intromissão de tais infelizes em sua vida cotidiana!
(4) Efetivamente, no além-túmulo, as vibrações mentais longamente viciadas do alcoólatra, do sensual, do cocainômano, etc., etc., poderão criar e manter visões e ambientes nefastos, pervertidos. Se, além do mais, trazem os desequilíbrios de um suicídio, a situação poderá atingir proporções Inconcebíveis.
Sim! Imaginai uma assembléia numerosa de criaturas disformes homens e mulheres caracterizada pela alucinação de cada uma, correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de sofrimentos cruciantes! Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de penumbra, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de além-túmulo abatidos pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina que lhes concedera a vida corporal terrena como precioso ensejo de progresso, inavaliável instrumento para a remissão de faltas gravosas do pretérito!
Pois era assim a multidão de criaturas que meus olhos assombrados deparavam nas trevas que lhes eram favoráveis ao terrível gênero de percepção, esquecido, na insânia do orgulho que a mim era próprio, que também eu pertencia a tão repugnante todo, que era igualmente um feio alucinado, um pastoso ferreteado!
Eu via por aqui, por ali, estes traduzindo, de quando em quando, em cacoetes nervosos, as ânsias do enforcamento, esforçando-se, com gestos instintivos, altamente emocionantes, por livrarem o pescoço, intumescido e violado, dos farrapos de cordas ou de panos que se refletiam nas repercussões perispirituais, em vista das desarmoniosas vibrações mentais que permaneciam torturando-os! Aqueles, indo e vindo como loucos, em correrias espantosas, bradando por socorro em gritos estentóricos, julgando-se, de momento a momento, envolvidos em chamas, apavorando-se com o fogo que lhes devorava o corpo físico e que, desde então, ardia sem tréguas nas sensibilidades semi-materiais do perispírito! Estes últimos, porém, eu notava serem, geralmente, mulheres.
Eis que apareciam outros ainda: o peito ou o ouvido, ou a garganta banhados em sangue, oh! Sangue inalterável, permanente, que nada conseguia verdadeiramente fazer desaparecer das sutilezas do físico-espiritual senão a reencarnação expiatória e reparadora! Tais infelizes, além das múltiplas modalidades de penúrias por que se viam atacados, deixavam-se estar preocupados sempre, a tentarem estancar aquele sangue jorrante, ora com as mãos, ora com as vestes ou outra qualquer coisa que supunham ao alcance, sem no entanto jamais o conseguirem, pois tratava-se de um deplorável estado mental, que os incomodava e impressionava até ao desespero! A presença destes desgraçados impressionava até à loucura, dada a inconcebível dramaticidade dos gestos isócronos, inalteráveis, a que, mau grado próprio, se viam forçados! E ainda estoutros sufocando-se na bárbara asfixia do afogamento, bracejando em ânsias furiosas à procura de algo que os pudesse socorrer, tal como sucedera à hora extrema e que suas mentes registraram, ingerindo água em gorgolejos ininterruptos, exaustivos, prolongando indefinidamente cenas de agonia selvagem, as quais olhos humanos seriam incapazes de presenciar sem se tingirem de demência!
Porém havia mais ainda!... E o leitor perdoe à minha memória estas minudências talvez desinteressantes para o seu bom-gosto literário, mas úteis, certamente, como advertência ao seu possível caráter impetuoso, chamado a viver as inconveniências de um século em que o "morbus" terrível do suicídio se tornou mal endêmico. Não pretendemos, aliás, apresentar obra literária para deleitar gosto e temperamento artísticos. Cumprimos um dever sagrado, tão-somente, procurando falar aos que sofrem, dizendo a verdade sobre o abismo que, com malvadas seduções, há perdido muita alma descrente em meio dos desgostos comuns à vida de cada um!
Entretanto, bem próximo ao local em que me encurralara procurando refugiar-me da récua sinistra, destacava-se, por fealdade impressionante, meia dúzia de desgraçados que haviam procurado o "olvido eterno", atirando-se sob as rodas de um trem de ferro. Trazendo os perispíritos desfigurados, dir-se-iam a armadura de monstruosa aberração, as vestes em farrapos esvoaçantes, cobertos de cicatrizes sanguinolentas, retalhadas, confusas, num emaranhado de golpes e sobre golpes, tal se fotografada fora, naquela placa sensível e sutil, isto é, o perispírito, a deplorável condição a que o suicídio lhes reduzira o envoltório carnal esse templo, ó meu Deus, que o Divino Mestre recomenda como veículo precioso e eficiente para nos auxiliar na caminhada em busca das gloriosas conquistas espirituais! Enlouquecidos por sofrimentos superlativos, possuídos da suprema aflição que atingir possa a alma originada da Centelha divina, representando aos olhos pávidos do observador o que o Invisível inferior mantém de mais trágico, mais emocionante e horrível, esses desgraçados uivavam em lamentações tão dramáticas e impressionantes que imediatamente contagiavam com suas influenciações dolorosas quem quer que se encontrasse indefenso em seu caminho, o qual entraria a co-participar da loucura inconsolável de que se acompanhavam... pois o terrível gênero de suicídio, dos mais deploráveis que temos a registrar em nossas páginas, abalara-lhes tão violenta e profundamente a organização nervosa e sensibilidades gerais do corpo astral, congêneres daquela que traumatizara a todas, entorpecendo, graças à brutalidade usada, até mesmo os valores da inteligência, que, por isso mesmo, jazia incapaz de orientar-se, dispersa e confusa em meio do caos que se formara ao redor de si!
A mente edifica e produz. O pensamento já bastante vezes declararam é criador, e, portanto, fabrica, corporifica, retém imagens por si mesmo engendradas, realiza, segura o que passou e, com poderosas garras, conserva-o presente até quando desejar!
Cada um de nós, no Vale Sinistro, vibrando violentamente e retendo com as forças mentais o momento atroz em que nos suicidamos, criávamos os cenários e respectivas cenas que vivêramos em nossos derradeiros momentos de homens terrestres. Tais cenas, refletidas ao redor de cada um, levavam a confusão à localidade, espalhavam tragédia e inferno por toda a parte, seviciando de aflições superlativas os desgraçados prisioneiros. Assim era que se deparavam, aqui e ali, forcas erguidas, baloiçando o corpo do próprio suicida, que evocava a hora em que se precipitara na morte voluntária. Veículos variados, assim como comboios fumegantes e rápidos, colhiam e trituravam, sob suas rodas, míseros tresloucados que buscaram matar o próprio corpo por esse meio execrável, os quais, agora, com a mente "impregnada" do momento sinistro, retratavam sem cessar o episódio, pondo à visão dos companheiros afins suas hediondas recordações. (4-A)
(4-A) Em várias sessões práticas a que tivemos ocasião de assistir em organizações espíritas do Estado de Minas Gerais, os videntes eram concordes em afirmar que não percebiam apenas o Espírito atribulado do suicida a comunicar-se, mas também a cena do próprio suicídio, desvendando-se às suas faculdades mediúnicas o momento supremo da trágica ocorrência. — (Nota da médium).
Rios caudalosos e mesmo trechos alongados de oceano surgiam repentinamente no meio daquelas vielas sombrias: era meia dúzia de réprobos que passava enlouquecida, deixando à mostra cenas de afogamento, por arrastarem na mente conflagrada a trágica lembrança de quando se atiraram às suas águas!... Homens e mulheres transitavam desesperados: uns ensangüentados, outros estorcendo-se no suplício das dores pelo envenenamento, e, o que era pior, deixando à mostra o reflexo das entranhas carnais corroídas pelo tóxico ingerido, enquanto outros mais, incendiados, a gritarem por socorro em correrias insensatas, traziam pânico ainda maior entre os companheiros de desgraça, os quais receavam queimar-se ao seu contacto, todos possuídos de loucura coletiva! E coroando a profundeza e intensidade desses inimagináveis martírios as penas morais: os remorsos, as saudades dos seres amados, dos quais se não tinham notícias, os mesmos dissabores que haviam dado causa ao desespero e que persistiam em afligir!... E as penas físico-materiais: a fome, o frio, a sede, exigências fisiológicas em geral, torturantes, irritantes, desesperadoras! a fadiga, a insônia depressora, a fraqueza, o delíquio! Necessidades imperiosas, desconforto de toda espécie, insolúveis, a desafiarem possibilidades de suavização oh! a visão insidiosa e inelutável do cadáver apodrecendo, seus fétidos asquerosos, a repercussão, na mente excitada, dos vermes a consumirem o lodo carnal, fazendo que o desgraçado mártir se supusesse igualmente atacado de podridão!
Coisa singular! Essa escória trazia, pendente de si, fragmentos de cordão luminoso, fosforescente, o qual, despedaçado, como arrebentado violentamente, desprendia-se em estilhas qual um cabo compacto de fios elétricos arrebentados, a desprenderem fluidos que deveriam permanecer organizados para determinado fim. Ora, esse pormenor, aparentemente insignificante, tinha, ao contrário, importância capital, pois era justamente nele que se estabelecia a desorganização do estado de suicida. Hoje sabemos que esse cordão fluídico-magnético, que liga a alma ao envoltório carnal e lhe comunica a vida, somente deverá estar em condições apropriadas para deste separar-se por ocasião da morte natural, o que então se fará naturalmente, sem choques, sem violência. Com o suicídio, porém, uma vez partido e não desligado, rudemente arrancado, despedaçado quando ainda em toda a sua pujança fluídica e magnética, produzirá grande parte dos desequilíbrios, senão todos que vimos anotando, uma vez que, na constituição vital para a existência que deveria ser, muitas vezes, longa, a reserva de forças magnéticas não se haviam extinguido ainda, o que leva o suicida a sentir-se um "morto-vivo" na mais expressiva significação do termo. Mas, na ocasião em que pela primeira vez o notáramos, desconhecíamos o fato natural, afigurando-se-nos um motivo a mais para confusões e terrores.
Tão deplorável estado de coisas, para a compreensão do qual o homem não possui vocabulário nem imagens adequadas, prolonga-se até que as reservas de forças vitais e magnéticas se esgotem, o que varia segundo o grau de vitalidade de cada um. O próprio caráter individual influi na prolongação do melindroso estado, quando o padecente for mais ou menos afeito às atrações dos sentidos materiais, grosseiros e inferiores. É pois um complexo que se estabelece, que só o tempo, com extensa cauda de sofrimentos, conseguirá corrigir.
Um dia, profundo alquebramento sucedeu em meu ser a prolongada excitação. Fraqueza insólita conservou-me aquietado, como desfalecido. Eu e muitos outros cômpares de minha falange estávamos extenuados, incapazes de resistirmos por mais tempo a tão desesperadora situação. Urgência de repouso fazia-nos desmaiar freqüentemente, obrigando-nos ao recolhimento em nossas desconfortáveis cavernas.
Não se tinham passado, porém, sequer vinte e quatro horas desde que o novo estado nos surpreendera, quando mais uma vez fomos alarmados pelo significativo rumor daquele mesmo "comboio" que já em outras ocasiões havia aparecido em nosso Vale.
Eu compartilhava o mesmo antro residencial de quatro outros indivíduos, como eu portugueses, e, no decorrer do longo martírio em comum, tornáramo-nos inseparáveis, à força de sofrermos juntos no mesmo tugúrio de dor. Dentre todos, porém, um sobremaneira me irritava, predispondo-me à discussão, com o usar, apesar da situação precária, o monóculo inseparável, o fraque bem talhado e respectiva bengala de castão de ouro, conjunto que, para o meu conceito neurastênico e impertinente, o tornava pedante e antipático, num local onde se vivia torturado com odores fétidos e podridão e em que nossa indumentária dir-se-ia empastada de estranhas substâncias gordurosas, reflexos mentais da podridão elaborada em torno do envoltório carnal. Eu, porém, esquecia-me de que continuava a usar o "pince-nez" com seu fio de torçal, a sobrecasaca dos dias cerimoniosos, os bigodes fartos penteados... Confesso que, então, apesar da longa convivência, lhes não conhecia os nomes. No Vale Sinistro a desgraça é ardente demais para que se preocupe o calceta com a identidade alheia...
O conhecido rumor aproximava-se cada vez mais...
Saímos de um salto para a rua... Vielas e praças encheram-se de réprobos como das passadas vezes, ao mesmo tempo que os mesmos angustiosos brados de socorro ecoavam pelas quebradas sombrias, no intuito de despertarem a atenção dos que vinham para a costumeira vistoria...
Até que, dentro da atmosfera densa e penumbrosa, surgiram os carros brancos, rompendo as trevas com poderosos holofotes.
Estacionou o trem caravaneiro na praça lamacenta. Desceu um pelotão de lanceiros. Em seguida, damas e cavalheiros, que pareciam enfermeiros, e mais o chefe da expedição, o qual, como anteriormente esclarecemos, se particularizava por usar turbante e túnica hindus.
Silenciosos e discretos iniciaram o reconhecimento daqueles que seriam socorridos. A mesma voz austera que se diria, como das vezes anteriores, vibrar no ar, fez, pacientemente, a chamada dos que deveriam ser recolhidos, os quais, ouvindo os próprios nomes, se apresentavam por si mesmos.
Outros, porém, por não se apresentarem a tempo, impunham aos socorristas a necessidade de procurá-los. Mas a estranha voz indicava o lugar exato em que estariam os míseros, dizendo simplesmente:
Abrigo número tal... Rua número tal...
Ou, conforme a circunstância: -         Dementado... Inconsciente... Não se encontra no abrigo... Vagando em tal rua... Não atenderá pelo nome... Reconhecível por esta ou aquela particularidade...
Dir-se-ia que alguém, de muito longe, assestava poderosos telescópios até nossas desgraçadas moradas, para assim informar detalhadamente do momento decorrente a expedição laboriosa...
Os obreiros da Fraternidade consultavam um mapa, iam rapidamente ao local indicado e traziam os mencionados, alguns carregados em seus braços generosos, outros em padiolas...
De súbito ressoou na atmosfera dramática daquele inferno onde tanto padeci, repercutindo estrondosamente pelos mais profundos recôncavos do meu ser, o meu nome, chamado para a libertação! Em seguida, ouviram-se os dos quatro companheiros que comigo se achavam presentes na praça. Foi então que lhes conheci os nomes e eles o meu.
Disse a voz longínqua, como servindo-se de desconhecido e poderoso alto-falante:
Abrigo número 36 da rua número 48
Atenção!... Abrigo número 36
Ingressar no comboio de socorro
Atenção!...
Camilo Cândido Botelho
Belarmino de Queiroz e Souza
Jerônimo de Araújo Silveira
João d'Azevedo Mário Sobral
       — Ingressarem no comboio... (4-B).
(4-B) Perdoar-me-á o leitor o não transcrever na integra os nomes destas personagens, tal como foram revelados pelo autor destas páginas. (Nota da médium).
Foi entre lágrimas de emoção indefinível que galguei os pequenos degraus da plataforma que um enfermeiro indicava, atencioso e paciente, enquanto os policiais fechavam cerco em torno de mim e de meus quatro companheiros, evitando que os desgraçados que ainda ficavam subissem conosco ou nos arrastassem no seu turbilhão, criando a confusão e retardando por isso mesmo o regresso da expedição.
Entrei. Eram carros amplos, cômodos, confortáveis, cujas poltronas individuais como que estofadas com arminho branco apresentavam o espaldar voltado para os respiradores, que dir-se-iam os óculos das modernas aeronaves terrenas. Ao centro quatro poltronas em feitio idêntico, onde se acomodaram enfermeiros, tudo indicando que ali permaneciam a fim de guardar-nos. Nas portas de entrada lia-se a legenda entrevista antes, na flâmula empunhada pelo comandante do pelotão de guardas: Legião dos Servos de Maria.
Dentro em pouco a tarefa dos abnegados legionários estava cumprida. Ouviu-se no interior o tilintar abafado de uma campainha, seguido de movimento rápido de suspensão de pontes de acesso e embarque dos obreiros. Pelo menos foi essa a série de imagens mentais que concebi...
O estranho comboio oscilou sem que nenhuma sensação de galeio e o mais leve balanço impressionassem nossa sensibilidade. Não contivemos as lágrimas, porém, em ouvindo o ensurdecedor coro de blasfêmias, a grita desesperada e selvagem dos desgraçados que ficavam, por não suficientemente desmaterializados ainda para atingirem camadas invisíveis menos compactas.
Eram senhoras que nos acompanhavam, por nós velando durante a viagem. Falaram-nos com doçura, convidando-nos ao repouso, afirmando-nos solidariedade. Acomodaram-nos cuidadosamente nas almofadas das poltronas, quais desveladas, bondosas irmãs de Caridade...
Afastava-se o veículo... A pouco e pouco a cerração de cinzas se ia dissipando aos nossos olhos torturados, durante tantos anos, pela mais cruciante das cegueiras: a da consciência culpada!
Apressava-se a marcha... O nevoeiro de sombras ficava para trás como pesadelo maldito que se extinguisse ao despertar de um sono penoso... Agora as estradas eram amplas e retas, a se perderem de vista... A atmosfera fazia-se branca como neve... Ventos fertilizantes sopravam, alegrando o ar...
Deus Misericordioso!... Havíamos deixado o Vale Sinistro!...
Lá ficara ele, perdido nas trevas do abominável!... Lá ficara, incrustado nos abismos invisíveis criados pelo pecado dos homens, a fustigar a alma daquele que se esqueceu do seu Deus e Criador!
Comovido e pávido, pude, então, elevar o pensamento à Fonte Imortal do Bem Eterno, para humildemente agradecer a grande mercê que recebia!


EPÍLOGO (de Prof. Astrophyl /Astrófilo, J.F.S.):
Para se alcançar uma Verdade maior é necessária muita e variada investigação em todos os diversos âmbitos do conhecimento e da sensibilidade humana, quer nos anais da Ciência académica, oficial, e da Filosofia do hemisfério ocidental quer do Oriente multimilenário, nomeadamente da Índia, a pátria da Sabedoria antiga, quer ainda no estudo comparativo das religiões do mundo, que são todas e apenas folhas da mesma árvore da Verdade eterna, e todas dignas do nosso respeito.
No nosso caso, preferimos permanecer no “tronco comum” dessa árvore, buscando, acima de tudo, a Verdade na Luz do Coração, a Sabedoria na Auto-Revelação do Espírito, a certeza no Altar da Consciência..., onde o Mistério da Vida se revela, o propósito da Existência se define e o significado do Amor se encontra!...

 “Repescámos” só alguns excertos do livro Memórias de um Suicida e trouxemos aqui apenas uma pequeníssima parte do que temos em casa sobre a pletora de informações acerca dos fenómenos psíquicos, que investigámos em cerca de 50 anos. Cada um de vós que queira ler essa obra completa pode ir à Internet e procurá-la no Google. Certo é que nunca lemos alguma descrição tão incrível e comparável em sofrimento, sobre o drama trágico dos suicidas além da morte, com um realismo tão atroz, como a descrição desse escritor, que entrou bem fundo na nossa alma compassiva por todos esses sofredores em indescritível penar, esquecidos que foram na Terra de que o suicídio (mesmo o da eutanásia, que também encerra homicídio) é um crime de muita gravidade, a pagar com “juros” elevados, pelo choque de retorno da indefetível Justiça cármica sobre essa ação criminosa, em sofrimentos angustiantes para muitos séculos ou milénios de penares. Quem ler estas páginas não se esqueça de orar por eles, o mais possível!  Ver Tópico 35.
Por isso tudo, devemos ter muito cuidado com o que fazemos realmente neste lado de cá da vida, e escutar o que diz a multimilenária Sabedoria do Oriente, para a qual a morte também nunca existiu, efetivamente, pois dos profundos ensinamentos ocultos (esotéricos) do Budismo, Hinduísmo, Lamaísmo, Zoroastrismo, Confucionismo e do Taoísmo, por exemplo, sempre se enfatizou profundamente a imortalidade do Homem. De lá se disse, desde há muitos séculos, em jeito de apoteose à Imortalidade consciente, pelo menos dos verdadeiros Sábios: «Quando nasceste, todos sorriam e só tu choravas. Procura viver de forma que, quando morreres, todos chorem e só tu sorrias (este é um provérbio chinês, se não estamos em erro). Acrescentaremos à Filosofia imortalista chinesa esta paráfrase da Sabedoria:
* «Parafraseando um provérbio chinês: o homem vulgar fala de pessoas e histórias pessoais; o homem instruído fala de negócios e coisas triviais; um homem nobre fala de ideias e intenções. Um homem Sábio prefere falar de Verdades do Espírito, Virtudes da alma e Ideais dos Corações».
- Antigamente, a crença na existência da alma podia ser ingenuidade; hoje, é ignorância não possuir a certeza da imortalidade do Espírito!
-  O mundo é um cenário de ilusórias imagens caleidoscópicas que, qual miragem evanescente no deserto, se afiguram à nossa ignorância como reais!
- “Excelsior”: a morte apenas encerra o corredor estreito e sombrio da vida terrena, para nos abrir o imenso portal, largo e luminoso, da Vida cósmica!

* E, para meditarem, deixamos aqui esta pequena classificação da Evolução geral da Consciência, que possui profundezas oceânicas.

Os 3 Graus Evolutivos

(Da Evolução da Consciência)

Níveis Conscienciais gerais (com especificidades muito diversas):
1.º ) Primitivo ou Elementar das iliteracias: “Homo ignorans”.
A este Nível consciencial pertencem todas as turbas ondulantes ou multidões da heterogénea e indiferenciada “turba multa” das ruas: iletrados, ignorantes, primitivos e criminosos aprisionados ao instinto (corpo astral, corpo psíquico ou psicossoma).
Processos metodológicos: a diversão, o desportivismo e o consumismo.
2.º ) Intelectual ou Noético das elites: “Homo sciens”.
Neste Nível consciencial estão as elites apegadas, administrativas e profissionalizadas da “elitae inteligens” dos licenciados: instruídos, eruditos, intelectuais ou conhecedores polarizados na mente (concreta) ou corpo intelectual, intelecto ou ego, sede da inteligência.
Processos metodológicos: conhecimento, opinião, investigação laboratorial.
3.º ) Sapiencial ou Iniciático das Aristocracias: “Homo Sapiens”.
Nível consciencial dos Iniciados nos Mistérios sagrados, Sábios da Metafísica, Sages ou Sapientes do Esoterismo centralizados na Razão (Mente Abstrata, Eu Superior, Superego, Espírito Santo, Centelha Divina, Corpo Racional ou Corpo Causal) e no Espírito ou Consciência, em geral.
Processos metodológicos: o Raciocínio, a Lógica e a Intuição espiritual.
Nota:
Estes níveis de classificação humana não assinalam nem demarcam clivagens de classes sociais nem criam dicotomias ou delimitam quaisquer barreiras separatistas de segregacionismos humanos ou raciais, mas apenas definem, determinam e sistematizam graus de Consciência e de Evolução dentro das Hierarquias espirituais. E as «Aristocracias» a que nos referimos são apenas as dos «Melhores» em Fé viva, mística e transcendental; Amor divino, universal e incondicional; e Sabedoria cósmica, sagrada e espiritual, e fundamentalmente a dos Areópagos dos Mestres da Sabedoria, que reinam em Shamballa (GFB: Grande Fraternidade Branca).

A Verdade superior não é assunto trivial para o prosaísmo nem se deve impor com opinião dogmática ou crença ingénua, como a tem a maioria; mas deve ser um influxo sábio do Raciocínio exato, um exame da Lógica elevada, científica e filosófica, e uma porfiada investigação da Sabedoria.



* MUITA ATENÇÃO:
 * Não se esqueçam de que a verdadeira mensagem contra a Eutanásia está no link que está em baixo, a seguir!...

PARA MAIOR ELUCIDAÇÃO SOBRE ESTA POLÉMICA QUESTÃO DA EUTANÁSIA (E MUITO MAIS) TÃO PERTINENTE E RELEVANTE SOBRE A VIDA E O RESPEITO QUE LHE DEVEMOS, QUEIRAM LER:
AQUARIUS IDADE DE OURO
     — Clicar

Eis a 2.ª Parte sobre eutanásia, enviada para os Políticos:
Para lerem o livro «Memórias de um Suicida» completo, queiram pedi-lo à FEB (Federação Espírita Brasileira) ou, então, fazer download, digitando no Google o seguinte nome e procurando por este título:
Memórias de um Suicida.pdf

QUEIRAM VER TAMBÉM, NO YOUTUBE...
ESTA MENSAGEM A ANTÓNIO COSTA:
António Costa votaria a favor da eutanásia

Consideramos também muito importante que ouçam esta médica, com assento no Parlamento, de mente tão lúcida e nas suas mensagens tão lógicas e racionais contra o aborto.
CONTRA A EUTANÁSIA:

Os problemas da eutanásia explicados ao pormenor Médica +++++

Eutanásia: «um ato que corresponde a matar» Entrevista a Isabel Galriça Neto
https://www.youtube.com/watch?v=mxTyFFf8RjY&t=183s
          
Com os nossos mais fraternos cumprimentos...
Paz Profunda, Luz e Amor em todos os corações!
E respeito divino para todos os que sofrem!...
*Aquarius-Idade de Ouro, 1 de Março de 2020

Prof. M.M.M.Astrophyl /Astrófilo (J.F.S.), um emérito Sábio lusitano.

     P a Paz  P r o f u n d a ! . . .  
       P. A. I. Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um  Sábio  de  Portugal)

Sem comentários: