A Vida Além da Morte
(A Desencarnação da
Alma)
(5.º Capítulo de: «A Vida Além Da Morte» — Tomo I)
ASHTAR SHERAN APRESENTANDO-SE NUMA COLÓNIA DO PLANO ASTRAL
* Além desta vida..., muito além da ilusão da morte, está a Vida
gloriosa, eterna, imortal, e muito esplendorosamente para quem vive na sublime
Glória da Fé viva, do Saber e do Amor espiritual.
ASHTAR SHERAN APRESENTANDO-SE NUMA COLÓNIA DO PLANO ASTRAL

Parte Descritiva:
* No crepúsculo mortal de cada vida terrestre,
mesmo no meio de intensa dor, há sempre uma aurora luminosa de vida eterna, tecida em filigranas de Amor.
* Morrer para a Terra não custa tanto quanto se
pensa, na dor; mas morrer para
tudo quanto é terrestre é, para a alma, muito mais recompensador.
* Cruza bem, primeiro, com amor, desapego e sabedoria, o rio desta vida, que é miséria, antes que a morte te retire dela a
ponte deste lado da margem da matéria!
“As flores, por mais belas que sejam, um dia
emurchecem e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles
que o souberam guardar em frascos adequados. O corpo humano, por mais belo e
cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito,
que dele se liberta, continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam
apreciar e preservar, no frasco do coração!» − afirmou, com grande beleza, Antonio Paiva Rodrigues, oficial superior da
polícia militar (Brasil).
Assim é o
perfume da alma pura, amorosa e sábia, que não se contaminou com o
"lodo" do "pântano" terrestre, do materialismo, da viciosidade
e da corrupção, pois a "flor" do corpo, há-de envelhecer e perecer em
qualquer dia — não o esqueçamos!... Mas a grande glória dos Sábios e dos
Amorosos é terem a certeza da imortalidade e prepararem-se para ela, todos os
dias, no melhor e mais oloroso e digno que a vida pura, nobre, regrada,
conscienciosa, disciplinada, sábia e iluminada contém.
Muita gente há
com pavor intenso do "dia da partida", face ao fenómeno inevitável da
morte, porque... não sabe o que ela é. Mas não tenhamos medo, porque a
libertação da carne não é assim uma coisa tão complicada e difícil ou dolorosa,
como se pensa. Aliás, é mesmo o dia mais
feliz da nossa vida. Basta reunir as seguintes condições, o que não é
grande dificuldade, mesmo para a maioria. A queda nas Trevas dos mundos
inferiores do Além ou a ascensão a Planos superiores dependem basicamente destes
7 factores vivenciais preparatórios da alma de cada ser humano, do que faça na
Terra, de bem ou de mal, enquanto estiver encarnado.
Mas como evitarmos a queda nesses mundos de
horror, evitando ficarmos a sofrer em estado perdido de erraticidade,
após a morte, para que esta seja o dia mais feliz da nossa vida, como o é, de
facto, para as almas superiores, espiritualizadas? Evitemos, então, pelo menos
o pior: os ódios acerbos; os crimes condenáveis; os vícios profundos; os apegos
escravizantes; a descrença ateísta e revoltada; não ter medo da morte; e não
cometer suicídio. Isto tudo para que a nossa passagem para o Além seja um dia
bem glorioso e coroado de Luz maravilhosa, de Felicidade bendita, de Amor
cósmico, de Paz profunda e de Glória beatífica... Mas vejamos os caminhos
básicos para a salvação:
«Os 7 Caminhos Evolutivos para a Salvação» da alma:
1.º ) Não levar para o Além ódios acerbos nem
revoltas na alma: Não possuir animosidades exageradas contra ninguém, mas
viver sempre em Amor para com todos, em simpatia, caridade e perdão para com
toda a gente, e mesmo perante os nossos inimigos que são apenas ignorantes da
vida!
2.º ) Não praticar crimes graves e pesados na
Consciência: E muito menos actos muito condenáveis de lesa-Humanidade (raptos
de crianças, exploração de mulheres, opressão dos simples, terrorismos anárquicos,
etc.), que pesem moralmente na Consciência ética do nosso Ser Espiritual!
3.º ) Não contrair hábitos viciosos,
profundamente enraizados: Que densificam, obnubilam e aprisionam os seres
ao mundo, a matérias impuras e tóxicas e a energias densas, escuras e doentias
na alma, oriundas dos grosseiros desejos do materialismo degradante, levando à
queda nas Trevas!
4.º ) Não possuir apegos que nos escravizem às
coisas da Terra: Não deixar a mente prisioneira dos haveres que se possui
em vida terrestre, nem a deixar demasiado ligada aos objectos temporários da
vida material, pois nenhum deles levaremos além da morte, excepto os “tesouros”
do Espírito!
5.º ) Não viver na frieza da descrença ateísta,
materialista ou niilista: Nem viver demasiado distraído dos eternos valores
do Espírito e esquecido, por ignorância, da Essência Espiritual e Divina que
nos é intrínseca, nem aprisionar a mente a preconceitos agnósticos e ainda menos
a descrenças revoltadas!
6.º ) Não possuir quaisquer medos pela
aproximação da morte: Mas confiar totalmente nas Leis da vida, que são
sempre sábias e benévolas e sabem muito mais do que nós sobre as nossas
necessidades evolutivas, mesmo no meio da aflição da dor, que nos impele à
nossa perfeição espiritual!
7.º ) Nunca cometer o acto, altamente criminoso,
do suicídio: Pois tal é um crime muito grave contra as Leis justas da Vida
e as determinações sábias do Eu Superior, da Centelha Espiritual, que nos quer
no “palco” da vida terrena, até ao fim, pela morte natural, para aprendermos (a
ser melhores)!
Depois de nos
prepararmos minimamente (ou maximamente, seria melhor) para a certeza da morte, numa
vivência superior: moralmente sadia, eticamente elevada e misticamente consciente,
especialmente em que os nossos Ideais elevados e Virtudes nobres preponderaram
muito acima dos nossos defeitos, podemos, então, na travessia do “vale da
morte”, dizer com grande Alegria, Esperança e Glória, como o Rei bíblico David, no seu Salmo 23:
SALMOS XXIII
1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
2 Faz deitar-me em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas
tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor
do Seu nome.
4 Ainda que eu ande pelo
vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos;
unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os
dias da minha vida, e habitarei na Casa do Senhor por longo tempo, longos dias.
"Ouçamos" Brian Weiss, o extraordinário psiquiatra de Miami
(EUA), que está a revolucionar a América com as provas de reencarnação e da
sobrevivência. No livro «A Divina Sabedoria dos Mestres», págs. 187-188, ele
pontifica clara e inequivocamente:
«Não morremos quando o nosso corpo físico morre. Uma parte de nós
continua: o Espírito, a alma, a Consciência. Isso é como atravessarmos uma porta para
outra sala, mais ampla, mais brilhante, para uma sala maravilhosa. É por esta
razão que não devemos ter medo. Estamos sempre rodeados de Amor. Os nossos
entes queridos nunca nos abandonam. Todos nós somos magníficas almas imortais.
Estamos nos nossos corpos uns tempos, mas não
somos os nossos corpos!...».
Após a morte,
portanto, o ser humano continua a viver como ser existencial, apesar de
desprovido de matéria densa. No momento em que a alma está a desencarnar,
quando o corpo se torna gradualmente um cadáver, as sensações do desencarnante
são múltiplas e muito variadas de alma para alma, sensações tanto mais
dolorosas quanto mais o ser humano viveu longe da espiritualidade e apegado ao
vício, perdido no crime, impregnado de ódio e apegado, pelo materialismo, às
coisas da Terra.
As almas dos justos, dos crentes, dos
honestos, dos amorosos, dos pacíficos, dos simples, dos regrados, dos
desapegados e dos evangelizados..., em suma, as almas dos que se
espiritualizaram na busca das coisas superiores e divinas da vida, tão logo o
corpo esteja a morrer desprendem-se dele com leveza jubilosa, tanto mais rápida
e indolorosamente quanto maior for a sua evolução espiritual, pois esta é que
nos confere verdadeira superioridade nas Esferas do misterioso Além, edificado
nos Mundos do Invisível.
Mas vejamos o
que é que acontece realmente nos momentos próximos do limiar da morte ou
imediatamente após a alma se ter libertado dos despojos do corpo carnal, no
momento em que este está a falecer, ou seja, quais são os fenómenos gerais que
ocorrem no momento exacto da hora da morte. Muitos são os fenómenos que as
almas experimentam nas suas sensações múltiplas ao chegarem ao Outro Mundo, na
hora da partida final, mas analisaremos com
brevidade um pouco só os principais.
Refira-se que no Mundo Astral existem muitos
grupos de trabalho, círculos de estudo e cursos muito diversos nas mais
variadas áreas do saber humano. Alguns desses grupos dedicam-se a intensas
actividades junto da crosta terrestre, no auxílio aos encarnados (ex: como
“anjos-da-guarda”: protectores, mentores ou preceptores que nos guiam do Além);
outros tornam-se auxiliares na encarnação das almas (geneticistas astrais);
outros têm funções de auxílio diverso aos desencarnados (“Samaritanos do
Umbral”); e, ainda outros, tal como nas maternidades terrestres, com médicos e
enfermeiras obstetras, prestam auxílio às almas desencarnantes, ajudando-as a
libertarem-se mais facilmente dos últimos liames biomagnéticos que as prendem
ao corpo em cadaverização.
Dentre estes últimos, que procedem a acções
mais suaves de desencarnação e ministram ensinamentos sobre metodologias de
desencarne mais fácil e indolor, como se de «parto sem dor» se se tratasse −
pois o nascimento no Além é muito semelhante ao nascimento físico ("mutatis
mutandis") −, alguns desses técnicos ou seus auxiliares, contactam com
o encarnado, pelo menos medianamente evoluído, quando os dias da sua vida
física estão a chegar ao fim, e tentam prepará-lo para a iminente
desencarnação, facto que, em geral, é encarado com grande satisfação
pelo desencarnante, pela ideia de se sentir liberto, em breve, dos laços que o
prendem ao fardo pesado da matéria, que é o corpo físico.
Tão logo
estejam a chegar os últimos momentos da vida física em que a alma tem que ser
chamada aos mundos do Além, à presença temporária do seu Eu Superior, da sua
Centelha espiritual, do seu Raio de Luz do Grande Sol Central (Divino), após o
tempo de vida que lhe foi reservado, por predestinação, no destino que tinha
que cumprir sobre a Terra, a vida biológica começa a querer falhar na
fenomenologia do seu dinamismo psicossomático e na interacção somatopsíquica
respectiva.
O coração
começa, então, a querer “descansar” do seu trabalho contínuo; os pulmões
começam a respirar com mais dificuldade e mais lentamente até que finalmente as
funções vitais básicas param definitivamente com o “último suspiro”, às vezes
no meio dos chamados «tremores psíquicos», quando há um desligar gradual das
conexões nervosas e glandulares do corpo físico e dos chacras do corpo etérico
que, como esposa e marido, em processo de divórcio, se separam, mas com a alegria
e o sonho de amor de quem ama mais outro alguém.
Observemos melhor, nos bastidores, o que é que
acontece, de um modo geral, ou seja, olhando do lado Lá, dos Mundos ocultos.
Que sentiremos nós relativamente à morte? Quando se está a partir será que é
difícil morrer? Será que essa fase é fácil e agradável ou difícil e desconfortável?
Em verdade, as sensações das almas desencarnantes são, de facto, muito
agradáveis, normalmente, pelo menos nas almas minimamente evoluídas, bondosas e
amorosas, ou seja, que não levaram: crimes graves na consciência, revoltas e ódios acerbos,
ateísmos revoltados, medos aterrorizadores, apegos excessivos, vícios profundos e demasiado
escravizantes ou que não tenham cometido algum acto suicida.
Há que referir que cada alma — falando no
contexto de almas vulgares —, tão logo o corpo dê o último suspiro, fica
normalmente a pairar por cima do cadáver umas horas após a morte, durante o
velório do corpo, despertando geralmente pouco tempo antes do corpo ser levado
para o cemitério. Muitas vezes, a alma que se desligou e que alcançou a sua
consciência de vigília no Além, acompanha o próprio enterro do corpo
respectivo, indo atrás dos familiares chorosos pela
saudade, nos seus sentimentos.
Nesse período
em que a alma paira por cima do corpo morto, ela entra numa fase que tem sido
chamada «segundo sono da alma» (pois o primeiro acontece nos nove meses de vida
intra-uterina que precedem o nascimento), ficando a alma, assim, a rever,
retrospectivamente, num fenómeno natural, todo o filme da sua vida passada
dessa última encarnação, gravado nos refolhos da sua memória interna, subconsciente,
e revendo todos os detalhes em pormenor, de modo fantástico: tudo aquilo que
fez, disse, sentiu ou pensou enquanto encarnada, e cada acção mental, verbal ou
física provoca uma impressão específica na alma.
A esse fenómeno de visão retrospectiva do
panorama da vida do desencarnante, que pode durar desde algumas horas até mesmo
vários dias, em casos especiais, chama-se a «visão panorâmica retrospectiva» ou
«revisão (do filme) da vida», em que o Espírito ou Eu Superior vai rever tudo
aquilo que fez de bem ou de mal para, a partir dessa memorização mais perfeita
e dessa análise mais profunda, poder, muito mais tarde, aproveitar melhor todas essas
experiências terrestres para uma nova encarnação, futuramente, quando o ser
humano descer dos Mundos celestiais novamente ao mundo da
matéria, para novas experiências evolutivas.
Na verdade, é
o Eu Superior que determina, em geral (e muito mais nos Seres muito evoluídos,
como os Mestres da Sabedoria), o dia do nascimento e o momento da morte, tal
como os anos de vida terrestre que a personalidade há-de ter no mundo físico.
«O casamento e a mortalha no Céu se talha», diz a sabedoria popular. Às vezes,
quando a personalidade segue caminhos ínvios, no mundo da matéria, que não
agradam nem convêm à evolução espiritual, em especial quando possam
comprometer os caminhos futuros da evolução de ambos, o Eu Maior pode retirá-la
do “palco” do mundo através da morte repentina, por meio de um acidente,
cerceando, assim, os desvios indesejados do Plano de vida.
É o mesmo, já citado, Brian Weiss, que no livro
«Muitas Vidas, Muitos Mestres», nos diz:
«Quando chegamos ao plano espiritual, também aí
continuamos a crescer. Passamos por diversas fases de desenvolvimento. Quando
chegamos... temos que passar por uma fase de renovação, uma fase de aprendizagem
e uma fase de decisão. Decidimos quando queremos regressar, onde e por que
motivos. Há quem decida não regressar. Optam por passar a outra fase de
desenvolvimento. E permanecem numa forma espiritual... alguns mais do que
outros antes de regressarem. É tudo uma questão de crescimento e
aprendizagem... crescimento contínuo. O nosso corpo não passa de um veículo que
nos é útil enquanto aqui estamos. Só a nossa alma e o nosso espírito vivem para
sempre».
Em «A Divina Sabedoria dos Mestres» afirma (pág.
154):
«A morte não é aquilo em que a maior parte de nós
acredita que seja. A morte é o desprendimento do corpo físico, quando a nossa
alma imortal progride para o Outro Lado. Neste sentido, a morte não existe, mas
apenas a Vida e o Amor. A Luz é mais uma manifestação desse Amor universal,
intemporal, inteiramente abrangente!...
Investigadores do fenómeno da EQM, como o Dr. Raymond
Moody e a Dra. Elisabeth Kübler-Ross, muitas vezes descrevem uma sessão de
"recapitulação da vida". Um ou vários Seres, plenos de Sabedoria e
Amor, assistem-nos a recapitular os acontecimentos da nossa vida!».
Repare-se que a visão retrospectiva que
mencionámos, dos factos detalhados da vida terrestre, no momento da morte, é
semelhante às sensações que se experimenta ao estar-se no limiar da morte, quer por afogamento, caso caia de uma altura elevada ou
seja quase esmagado num acidente qualquer, como em acidentes de viação e
outros. Nestes casos, o corpo etérico pode abandonar o corpo físico denso, e o
ser humano vislumbra, em sequências retrospectivas, a sua vida terrestre, em
"flashes" ou “relâmpagos” de imagens, às vezes muito rápidas
mas bem nítidas.
As
experiências do limiar da morte ou de morte próxima são denominadas EMI ou
Experiências de Morte Iminente, à portuguesa; EQM ou Experiências de Quase
Morte, à brasileira; e, ainda, de NDE, "Near Death Experiences", à
inglesa, pela moderna Parapsicologia e pela Medicina. Tais experiências têm
ocorrido cada vez mais, no mundo, especialmente em hospitais, com pessoas que
passaram por estados de coma profundos, devido a algum acidente grave, tendo a
função cárdio-pulmonar parado completamente, no processo designado por morte clínica.
Nestes casos
também ocorrem fenómenos de saída da alma para fora do corpo, semelhantes, alguns deles, aos da morte real, biológica, como a «visão
panorâmica retrospectiva» ou um outro chamado «Julgamento da Consciência», que
explicaremos a seguir. Em estado onírico (de sonhos), há pessoas
que se deslocam completamente conscientes para fora do corpo e que se recordam
de muitos factos esquecidos, tendo “flashes” incrivelmente nítidos, de eventos
que vão desfilando diante da sua consciência. Quando a alma está fora do corpo,
consciente enquanto o corpo dorme e voltando com plenas recordações, diz-se que está em «viagem astral consciente». Chama-se «bilocação»,
«desdobramento» ou «exteriorização» a este fenómeno paranormal.
Os que estiveram hospitalizados, em estado de coma
profundo, em morte clínica, tiveram a nítida sensação de se encontrarem noutro Plano de existência,
separados do próprio corpo físico, sentindo-se bem vivos, leves e felizes e com
uma incrível sensação de realismo nesses Planos do Além, que lhes conferiu o
seu novo estado existencial de imponderabilidade e de libertação dos liames do
pesado
fardo carnal, que permanecia inconsciente a alguma distância, ouvindo e vendo tudo
à volta, com uma acuidade extraordinária e espantosamente apurada. Em vão os
(poucos) materialistas, cépticos e agnósticos não convencidos tentam encontrar
uma explicação racional e lógica para tais experiências insólitas.
O psiquiatra americano Brian Weiss, no livro «A
Divina Sabedoria dos Mestres», na página 85, do Capítulo 4 (Criar Relações de
Amor) escreveu as sensações do falecimento de uma sua paciente, na personalidade
de uma senhora idosa, em vida anterior, onde ela narrava, em estado de hipnose.
Diz Brian: «Morreu e sentiu-se flutuar acima do corpo, e descreveu uma maravilhosa
Luz dourada com uma forma circular. No interior do círculo podia ver os espíritos
dos entes queridos que tinham morrido antes dela, incluindo o marido e os
pais... Sentiu, finalmente, uma paz incrível. A Luz emanava música, mas ela não achava palavras adequadas para descrever aquela sensação!».
A idosa
descreve:
«A Luz e a
música são tão maravilhosas... Não há palavras... Não há palavras que
expliquem... É como voltar para casa. Estão a saudar-me. Estou a voltar a
casa!...
Eles não
compreendem que eu não morri, apesar de ter abandonado o meu corpo. Ainda estou
consciente. Morte é palavra errada. Eu não morri, mas eles não sabem isso!...
Todos os acontecimentos vividos pelas experiências dos desencarnantes nesta última encarnação
acompanham a alma em forma de impressões vívidas (“Samskâras”, como se diz
no Oriente), impressas na tessitura ultra-sensível da memória da sua psique e,
muitas vezes, ela sente-se triste, contrita e arrependida com as suas acções de
natureza menos positiva, especialmente contra o próximo, que devia ter amado e
não amou, e por não ter utilizado muito mais todos os momentos da vida terrestre
para se melhorar nas suas virtudes e evoluir espiritualmente.
Nesse fenómeno
de visão retrospectiva (da frente para trás), todos passam a ver a panorâmica
completa das suas vidas, em cenários caleidoscópicos, mas muito perfeitos e
realistas, desde o momento em que se está a falecer até ao momento do despertar
no Mundo Astral. É que o Eu Superior maneja essas memórias nas fímbrias
subconscientes dos veículos ou corpos da personalidade, arquivando melhor as
experiências na luz acásica ou etérica do átomo-semente físico, o «livro da
vida» que estava alojado no duplo etérico ao nível do ventrículo esquerdo do
coração.
Veja-se que a
própria Bíblia faz referências diversas ao Livro da Vida:
APOCALIPSE 20
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro,
que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas
nos livros, segundo as suas obras.
13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além
entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.
Mas que é
exactamente o «átomo-semente»? Cabe referir que em cada veículo ou corpo da
alma (personalidade) que se desintegra, no fim do tempo da sua vida respectiva, resta
sempre uma partícula da substância relativa ao mundo a que esse veículo pertence,
quer seja etérica, astral ou mental. É esse «átomo-semente», «átomo
permanente», «átomo remanescente» ou ainda «átomo primordial», como lhe chamam, que
persiste ou subsiste sempre de encarnação para encarnação, quando o Eu Superior
baixar ou projectar a sua consciência até ao véu denso do mundo físico, segundo
os ciclos da roda da reencarnação, para
viver outra vez enclausurada no
“cárcere” de uma nova vida terrestre.
O átomo-semente a que nos referimos, que é utilizado basicamente no momento da
morte, como arquivo mnemónico de todas as nossas vidas terrestres, é o
átomo-semente etérico, residual ou remanescente advindo da desintegração
parcial do corpo etérico ou corpo vital, a sede da vitalidade física. E é nele
que, originalmente, se vão gravando, através do éter reflector, as imagens das
experiências que obtivemos enquanto encarnados na Terra densa, num autêntico,
completo e indelével historial da vida terrestre, até aos mais ínfimos
detalhes, mesmo todos os factos que tínhamos esquecido no estado físico normal de vigília.
Essas experiências também são gravadas no
átomo-semente astral, e mesmo com mais perfeição do que no etérico. Quanto ao
átomo-semente do corpo mental concreto, ou veículo intelectual do
pensamento, denominado o «ego», esse é a verdadeira ponte de ligação com a
Individualidade espiritual de cada Ser, e é nele que se gravam, ainda com mais
perfeição e nitidez, todas as imagens das nossas muitas vidas terrestres,
para que as múltiplas experiências advindas delas sejam incorporadas mais
eficientemente no Eu superior, com o qual se liga imediatamente. E dissemos
«num certo sentido», porque as experiências do “filme” completo da nossa vida
terrestre e de todas as vidas anteriores ficam totalmente impressas no 1.º
Subplano dos Níveis superiores do Princípio Mental Abstrato, o Eu Superior,
o Superego, a Razão pura ou o Espírito Santo.
Para aqueles
que conhecem eficientemente a fenomenologia do computador e dos discos rígidos
(HD) e as pistas magnéticas em espiral sequencial contínua, os
“clusters”, onde a informação é arquivada no disco rígido, ou se se quiser
considerar as pistas espiraladas do DVD onde se arquivam as imagens de um
filme, pode-se fazer ideia aproximada, embora ainda muito imprecisa, das
pistas magnéticas que existem no interior desse vórtice de energia que é um
átomo-semente, onde, indelevelmente, se gravam em microgravura todas as experiências
das nossas vidas terrestres, desde mesmo a época em que saímos do reino animal
nos primórdios da nossa evolução primeva como seres humanos.
Embora todos
os átomos do corpo físico se possam renovar continuamente, o átomo-semente ou
átomo permanente subsiste continuamente, através de todas as múltiplas vidas
terrestres que uma Individualidade espiritual, Eu causal, Espírito Santo ou Eu
racional (Eu Superior) possa ter em corpos densos usados por cada Ser particular.
Esse átomo é conservado, depois do desencarne, para ser de novo activado, mais
tarde, na vinda do Eu a uma nova encarnação, sendo dinamizadas, nessa
activação, as suas espirilas magnéticas, que arquivam todas as experiências das
muitas vidas físicas, no despertar da aurora de uma nova vida terrestre.
O átomo-semente é o modelo-arquétipo psicológico que será usado, futuramente, pela Individualidade
espiritual, para construir novo corpo físico denso, a partir dos materiais
fornecidos pelos pais. Enquanto estamos na vida terrestre, o
átomo-semente está alojado no corpo etérico, ao nível do ventrículo esquerdo do
coração, na parte superior. Quando se dá a morte, essa partícula desloca-se
para o cérebro, através do nervo pneumogástrico, antes de se retirar do corpo
denso, por entre o espaço de junção dos ossos parietais e o occipital, quando
os dois éteres superiores do veículo etérico se dissociam dos dois éteres
inferiores.
Esses arquivos mnemónicos do corpo etérico (exactamente: do 1.º estado
etérico ou éter reflector), onde toda a
nossa vida é registada, a cada segundo, gravam continuamente não só as nossas
acções como os nossos desejos, emoções, sentimentos e pensamentos, por um
processo de microgravura. E é o ectoplasma ou matéria etérica que envolve o
sangue, fundamentalmente, e que nele circula continuamente, que age como uma
verdadeira película fotográfica virgem onde ficam registadas, indelevelmente,
todas as impressões pessoais dos acontecimentos vividos por um ser humano
durante a sua vida terrestre.
É importante
percebermos que todos os acontecimentos circundantes das experiências
específicas de um ser humano, todas as percepções que nos advêm do mundo
exterior pelos 5 sentidos e todas as experiências psicológicas interiores
(desejos, emoções, sentimentos e pensamentos) ficam indelevelmente gravados nos refolhos subconscientes da alma,
nas memórias internas, basicamente através do cordão prateado ou "fio da
vida" (ver pág. 200 ??) e do veículo sanguíneo, da circulação do sangue,
que leva imagens detalhadas de todas as experiências da nossa vida ao
átomo-semente, alojado no corpo etérico ou vital, ao nível do ventrículo esquerdo
do coração,
como se disse antes.
Veja-se a curiosa correlação entre as palavras
«recordar», com o sentido de memorizar, e «gravar», em várias línguas:
«recordar» vem do latim "re"+"cords/is", coração − ou seja: tira-se (ou
põe-se) de novo no coração aquilo que lá
foi gravado anteriormente. Também em várias línguas de origem europeia esse
sentido dual de gravar e rememorizar se encontram, por exemplo, em: "record"
(to), inglês, = gravar; “raccorder”, francês; "ricordare",
italiano; "recordar", espanhol, etc... A semântica destas
etimologias, com o radical latino “cords” (que está em «cordial»), não
serão sobejamente elucidativas para corroborarem as nossas assertivas sobre o
átomo-semente?
Esse fenómeno
de gravação é semelhante ao dos raios laser dos nossos leitores de DVD, que
levam e reproduzem no monitor de um computador, as imagens que estão gravadas
num disco de DVD. Essas imagens, gravadas
em espirilas microscópicas no interior do átomo-semente, como se disse, são
levadas através das correntes etéricas que circulam na aura humana, fundamentalmente
a partir do ar que inspiramos pelos pulmões. Daí a extrema importância de
termos uma respiração pura, correcta, bem “arejada” e não poluída por nenhum
tóxico da atmosfera circundante, já não falando no
horroroso tabaco.
As baixas substâncias
astralinas são energias densas, intoxicadas, enfermizantes e sujas que se
acumularam na alma, por causa dos vícios terrenos (tabaco, álcool, drogas,
etc.). Mas, nesses hospícios do Além, são limpas continuamente pelos médicos e
enfermeiras astrais, durante muito tempo. Isso depois de muito sofrimento passado
nas trevas do Baixo Astral, quase até à loucura dessas almas (ou tornando
muitas delas mesmo loucas em desvario), donde são retiradas, posteriormente,
por algum mérito que possuam, para serem tratadas nessas colónias astrais. Ai
dos viciados na Terra!... Nem sabem as surpresas dolorosas que os aguardam além
da morte, nos mundos de mil agonias dementoras!
Permitam-nos uma censura construtiva de um verdadeiro
Sábio: A quem querem imitar os jovens e as meninas de hoje, com o horrível
tabaco, drogas, roupas pretas, cabelos rapados, palavreado indecoroso, "Internets"
pornográficas e jogos de violência? Demónios das trevas, cheios de raiva e de
maldade, cobertos de roupas negras e vermelhas, sujos e esfarrapados, cheios de
energias lodosas e malcheirosas (como o tabaco), com vestes
rasgadas, chapeadas, manchadas e imundas, como são os hábitos dos que sofrem ou
perpetram os seus crimes nas Trevas dolorosas do Além? Ignorantes e ignaros são
aqueles que acham que estes seres são apenas desfigurações do imaginário
fantasista da mente humana, sem qualquer consistência real!
Devido a esse
poder de fixação de imagens, por parte do ar respirado e do fluido sanguíneo,
de alguma maneira semelhante às espirilas dos Dvds, que arquivam os filmes dos
nossos actuais gravadores e leitores do “cinema em casa”, ao morrer (ou,
melhor, desencarnar) um ser humano, o sangue desse falecido é um verdadeiro
arquivo de experiências de vida daquele que parte, contendo toda a história de
toda a sua vida que passou. Mesmo depois de morto o corpo, o sangue não deve
ser tratado com leviandade, como às vezes o faz a Medicina, na
superficialidade do seu conhecimento analítico-horizontal sobre a vida
humana.
Por tais
factos, qualquer manipulação imprópria ou abusiva do corpo do falecido,
qualquer cremação prematura ou qualquer “tratamento” quimioterápico exagerado
ou inadequado, antes que o cordão prateado se parta, definitivamente, provoca
indesejáveis interferências nas percepções interiores do desencarnante, e a transmissão
das imagens das suas experiências de vida ficará com interferências ou anulando, mesmo, parte das recordações vitais que a alma devia transferir ao
Espírito, à Individualidade espiritual, que é a única Realidade ontológica e
consciencial que permanece sempre ao longo de todas as reencarnações.
Nessa
percepção íntima da própria Consciência espiritual do desencarnante que está a
“partir”, todo o bem que se fez dá grande gozo e alegria interior, ou seja, as
palavras simpáticas dirigidas aos outros, os gestos agradáveis para com o
próximo, os sentimentos puros e altruísticos, as ternuras dos romantismos, as
práticas da caridade, as acções de fraternidade e de justiça, os esforços de
concórdia e união e os pensamentos harmoniosos e, ainda mais, sábios, bem como
tudo aquilo que constituiu as virtudes da dádiva dos corações e do fazer bem ao
nosso semelhante, no verdadeiro Amor ao próximo, de modo desinteressado e altruístico.
Porém, tudo aquilo que essa alma fez de errado, de
violento, de tirânico, de agressivo, de criminoso ou de viciado contra o seu corpo
ou contra os seus irmãos fá-la sofrer bastante, na sua psicologia íntima, com
uma sensação de remorso muito mais profunda do que o da Terra e passa a sentir
sobre si mesma similar sofrimento ou dano semelhante ao das suas atitudes
negativas: antipáticas, maledicentes, caluniosas, impiedosas, violentas ou
cruéis..., por pensamentos, palavras ou acções sobre os outros. Daí a importância
extrema da mensagem de J. Cristo, verdadeira pedra basilar do seu
Ensinamento, que recomendava: «Não façais
aos outros aquilo que não gostaríeis que vos fizessem a vós!».
Esse fenómeno
psicológico do remorso acontece porque, aí, o Eu Superior está em contacto mais
directo com a alma do que normalmente estava em vida terrestre. Aliás, no
limiar da morte há uma certa desfasagem vibratória da Consciência em que o Eu
Superior temporariamente comunica com o ego, com o princípio intelectual
humano, com a consciência inferior da mente humana, no nível em que lhe é
possível comunicar, segundo a evolução alcançada por ambos. Essa moralizante
"Voz da Consciência" é a censura da Consciência ética, que provém do
Plano Intuicional, do corpo intuicional ou búdico, o Cristo interno do Homem.
É nessa comunicação interior que o Eu Superior
(Consciência) procede ao julgamento final da alma desencarnante. Este fenómeno
do momento da morte tem sido chamado «Juízo Final», não falando no outro Juízo
Final que pertence à colectividade do próprio mundo Terra, nesta fase de
transição cíclica para a nova civilização da Idade de Ouro, da Era do Aquário,
em que muitos serão julgados e levados para outras civilizações primitivas
extra-planetárias. Mas isso é outro assunto pertinente à evolução do Homem
sobre o qual falaremos mais adiante.
Esse julgamento
da Consciência é uma censura interior provocada pelo Eu Superior (Razão ou
Mente Abstracta), o nosso Deus Interno, sob a acção censuradora mas amorosa das
noções da Consciência ética que perfluem do Plano intuicional, do Cristo
interno (corpo intuicional ou búdico), através do Eu Maior, Corpo Racional ou
Mente Abstracta. Mas essa censura está impregnada de muito Amor e compreensão
para com os erros do ego mental, vulgarmente ainda muito infantil, diante da verdadeira
maturidade espiritual. Tal fenómeno íntimo da alma ocorre para que o ego veja
bem os seus erros e acertos, para que nas próximas encarnações aprenda a
acertar mais correctamente, especialmente no plano moral, e a assimilar melhor
as experiências, aprendendo a deixar-se conduzir e coordenar mais perfeitamente
pelo Eu Superior.
Felizes dos
que partem de alma serena e de Consciência tranquila!... Bem-aventurados os que
fizeram ou estão a fazer da sua vida um hino de Fé, Amor, Caridade, Esperança e Sabedoria!... Felizes os que partem deste mundo "sans
peur et sans reproche", como diriam os nossos irmãos franceses, ou
seja: «sem medo e sem censura», «sem temor e com a consciência tranquila»...
pelo bem praticado, em especial visando o auxílio ao próximo, pois aquilo que
fizermos de bem ao nosso semelhante constituir-se-á nos nossos maiores e mais
valiosos tesouros «que a traça não rói nem a ferrugem consome!», no dizer de
Cristo, na certeza exacta de que, além da morte, nada levaremos da ditas
"riquezas" perecíveis da Terra, dos ouropéis da ilusões materialistas.
Quando o Eu
Superior, retirado, consciencialmente, dos Planos inferiores, recolhe os veículos da personalidade e a Consciência se encontra
a si mesma no Mundo celestial do Plano Mental abstracto, após períodos da alma
mais ou menos prolongados nos Mundos Astral e Mental concreto (“Kâma Loka”
e “Devakhan”, dos orientais), o Ser Real do Espírito, quando ache
oportuno reencarnar outra vez, muitos anos mais tarde, usa os átomos-semente
(etérico, astral e mental) como modelos dinâmico-vibratórios das suas experiências de
vida para criar novos veículos da alma para a descida ao mundo físico. Esta
descida é provocada pela activação das espirilas desses átomos permanentes, que
se põem a vibrar, numa acção indutiva, quando o Eu Superior irradia sobre elas
a sua dinâmica vontade dirigida para o ciclo da reencarnação.
Outro fenómeno
muito interessante acontece com todos aqueles que partem para o Além bem como
nos que passaram por experiências de morte iminente (EMI), em estados de coma
profundo: é a sensação de entrarem num Túnel de Luz, mais ou menos brilhante,
nesse contacto místico que o ego tem com a sua Consciência interior que,
afinal, é a Centelha divina que existe dentro de cada um. Todos passam por essa
sensação de entrada no Túnel, crentes ou ateus, espiritualistas ou materialistas,
e a alma sente-se leve a pairar subindo através desse túnel em direcção à Luz
fulgurante de uma espécie de Sol interior. É o que tem sido mencionado na
expressão: «Ver a Luz ao fundo do túnel».
Esse Sol interior é a Luz da nossa Consciência
espiritual, da nossa Chama divina, e o túnel é um fenómeno electromagnético de
energias “rodopiantes”, em espiral (esta é um símbolo poderoso da evolução da
Consciência), pertencentes ao Plano Astral e ao Plano Mental, quando a
consciência egóica (da mente intelectual) se desloca do cérebro físico e se
refocaliza no corpo astral. Essa sensação de entrada no túnel tem a ver
bastante com o movimento espiralado em redemoinho do chacra cardíaco, onde está
normalmente refocalizada a Chama Trina da Consciência espiritual, ao
reflectir-se nos mundos mais baixos.
Confirmando as
nossas afirmações, Narra um paciente, com o qual ocorreu uma EMI, dentre os que
foram observados pelo Dr. Raymond Moody:
«...Vi um
túnel. O túnel era como uma espiral...
Movia-se mesmo que eu estivesse parado... Estava em completa paz, em completa
tranquilidade. E era uma diferença total entre o estado daquele corpo, o que
estava lhe acontecendo, e esse lugar pleno de paz. Enquanto ia em direcção à
Luz, me percebi envolvido e preenchido por este Amor, este Amor indescritível,
só comparável ao que se sente quando, sem ver seus pais por muito tempo, longe
da família, quando reencontra sua mãe e seu pai, esse sentimento de uma
criança: isso que você sente então!».
Lembremo-nos
que os Chacras das auras humanas (etérica, astral e mental) são vórtices de
energia que rodopiam continuamente, em motos vorticosos ou movimentos espiralados,
presidindo ao fluxo ectrópico (ou revitalizante) da entrada contínua de energia vital que
é "bombeada" do Mundo astral para o corpo físico, via corpo astral e etérico.
Ora, ao nível do chacra cardíaco (exactamente do ventrículo esquerdo) está o
átomo-semente etérico, que se constitui aí num centro energético fulcral não apenas
da vida biológica como também de arquivamento das nossas memórias pessoais.
É nesse centro
fundamental da vida que a Consciência do Eu Superior, Espírito Santo ou
Centelha divina tem no ser humano o seu ponto focal básico e é aí que as forças
vitais se exteriorizam. Essas forças redemoinhantes da energia da vida
projectam-se, à semelhança dos outros chacras, à frente, de modo vibratório,
espiralado e multidimensional, dando-nos a sensação de uma espécie de tubo
astral ou túnel de Luz, quando estamos na fase derradeira da morte definitiva,
biológica, em que o regresso à vida terrestre se torna impossível (no mesmo corpo).
Mesmo em processos de falecimento parcial ou de
morte iminente, mas regressiva, ocorridos com os que passaram por estados de
coma profundos e que ainda puderam regressar à vida terrena (como nos casos dos
fenómenos de EMI (Experiências de Morte Iminente), EQM (no Brasil) ou NDE
(ingleses), a consciência do ego, ao penetrar nos recessos íntimos do sacrário
do coração, através da saída pelo chacra cardíaco, em direcção à percepção do
seu Eu Maior, da sua Divindade espiritual, tem a sensação de entrada no túnel
referido e da Presença de Deus, porque Centelha de Deus ou Raio de Sol do
Grande Sol Central se trata, de facto.
Mais elucidativa do que muitas palavras de muitos
negadores "doutos" da ignorância, são as palavras daqueles que
passaram pela experiência da morte, mesmo que tenham retornado, pelas EMI,
antes da partida final. Como dissemos antes, quem quiser provas científicas da
existência de Deus, nesta série de fenómenos das EMI tê-las-á em abundância nas
sensações daqueles que passaram por essas experiências fantásticas.
Vejamos o que afirmava uma senhora que passou pela
experiência da morte, num caso comentado pelo psiquiatra de Miami, Brian Weiss,
que transcrevemos da sua obra «A Divina Sabedoria dos Mestres», das páginas
146, 147 e 148, do Capítulo 9:
DESCOBRIR
A LUZ
«Por agora, sinto apenas a Paz. É um momento de conforto... A alma... as almas
encontram aqui a Paz. É aqui que deixamos todas
as dores físicas. A alma fica serena e em Paz. É um
sentimento maravilhoso... maravilhoso, como se o sol estivesse sempre a brilhar
para nós. A Luz é tão brilhante! Tudo vem da Luz! A energia vem desta Luz.
A nossa alma dirige-se imediatamente para lá. É quase como uma força magnética que nos atrai. É
maravilhoso. É uma fonte de energia. Sabe como curar!».
«Uma das conclusões
mais consistentes na investigação da EQM é a perceção que a pessoa tem de uma Luz maravilhosa e reconfortante.
Esta Luz não é um fenómeno neuroquímico que ocorre num cérebro danificado, mas
sim relance deslumbrante do mundo do Além. Nestas experiências de quase morte é frequente a presença nessa Luz de um ente
querido já falecido ou de um Ser espiritual, oferecendo conselhos,
conhecimento e Amor profundo.
... / ...
Apesar de alguns detalhes da EQM poderem variar de
cultura para cultura, a perceção desta
Luz maravilhosa parece ser um fenómeno universal. No Japão, a descrição
mais comum corresponde à travessia de um rio ou de um curso de água para se
atingir a Luz. Seja como for, o percurso de um túnel, a travessia de um rio, ou
qualquer outro percurso, a Luz é uma conclusão constante, tal como a sensação
que a acompanha. Na Luz existe paz e reconforto.
... / ...
“Os pássaros chilreavam e nós podíamos
apreciar o meio que nos rodeava... Cheguei a um poço... Senti o meu corpo
descontrair e rendi-me a essa sensação. Ao mesmo tempo, dei por mim a
debruçar-me sobre o poço, para tentar ver o fundo, e caí lá dentro. O poço deixou de ser um poço e passou a ser
um túnel. Tinha uma pequena lanterna na minha mão direita.
Comecei a andar no túnel: estava completamente às escuras e a única luz era a da
minha lanterna. Passado um pouco, notei que o túnel curvava ligeiramente para a
esquerda e, então, conforme me aproximava, começaram a surgir pequenos raios de
luz. A cada passo que dava, a intensidade dos raios aumentava. Senti uma
vontade fervorosa de descobrir o que era aquilo.
Quando dobro a esquina, exclamo: “Ó meu Deus!”. Pensei que
ia desmaiar. “Ali está! A Luz mais preciosa, mais brilhante, a Luz mais intensa
que eu alguma vez vi! Redonda, gigante, incandescente, como o Sol, uma Luz
branca, pura. Parece sólida, mas ao mesmo tempo translúcida! Como é que é possível?” (Escrevi estas últimas linhas no
presente porque a minha alma sabe que
esta Luz preciosa existe e sempre existiu, para todos nós!).
Senti medo durante
uns instantes, mas sentia-me
irresistivelmente atraída pela Luz. Com a minha lanterna na mão, tentei penetrar
na Luz gigante à minha frente, agitando os seus raios deslumbrantes. Tenho de
penetrar no seu interior para saber o que está por trás! Queria fazer parte
dela! Consegui identificar uma
polaridade masculina no ambiente da Luz...
Ia entrar na Luz
quando, de repente, ouvi uma voz forte na minha mente que me dizia: não, não se
pode trespassar a Luz! Ainda me recordo da energia daquela voz. Era uma voz
masculina, jovem, mas não havia ninguém à vista...
Havia uma barreira invisível que me mantinha fora da Luz. Logo a seguir a
ter ouvido a voz, senti um empurrão forte no meu peito que me projetou para
trás, a voar em círculos através do túnel... o túnel transformou-se de novo
no poço e a minha queda era ascendente!
Quando
saí a voar do poço, vi o céu e o campo de flores e, naquele mesmo instante,
senti um impacto no meu corpo, acutilante, como se a minha alma tivesse feito
uma aterragem de emergência. Tinha regressado
porque não era permitido trespassar a Luz!...”.
A experiência tocou-a tanto que ficou
demasiado ansiosa para contar aquela experiência, fosse a quem fosse. Durante
anos, manteve toda aquela experiência com a Luz como o seu segredo mais íntimo.
Doze anos mais tarde leu
um artigo num jornal que descrevia a experiência de quase morte de uma menina
de quatro anos. Ao ler o artigo, sentiu-se “inundada de alegria”. Compreendeu então que
a menina tinha podido atravessar a Luz porque, por uns instantes, tinha morrido.
“Fartei-me de chorar. Já não estava só. A Luz não era uma
fantasia...
Nunca mais voltei a sentir o Amor, a Paz e a Divindade da
minha Luz. No nosso mundo
físico não existe nada que lhe seja comparável. Sinto saudades disso!”.
... / ...
A carta prossegue:
“Tenho a
oportunidade de estar na companhia de doentes terminais. Eles vêem os seus entes queridos ou membros da sua família a
recebê-los na sua dimensão, ou a virem buscá-los. Muitos destes meus pacientes descreveram-me as suas
visões e experiências antes de partirem. Ficam
felizes quando vêem a sua mãe ou o pai, ou um ser maravilhoso que sorri para
eles... Sei que vão apreciar a sua Luz.
Preciso - as pessoas precisam! - de saber mais sobre como gerir a situação e ajudar as
pessoas no processo da morte, por causa desta Luz. É da Luz que viemos e é para a Luz que voltamos. Pelo amor e
felicidade que senti na Luz e de que também me apercebi nos meus pacientes, sei que o Amor não acaba com a morte!...”.
Ela tem toda a razão. Realmente, a Luz e o Amor nunca acabam. Estão
íntima e eternamente interligados!» — Diz-nos
Brian Weiss.
A Internet está cheia de casos de narrativas — que
se podem consultar no Youtube —, de muitos que passaram por essas experiências de
morte iminente, com critérios de orientação que escapam completamente aos
médicos. Dentre algumas palavras que lá colhemos, num vídeo do trabalho do pesquisador
Dr. Raymond A. Moody, transcrevemos estas que, aliás, demonstram, por si mesmos, cientificamente, ao mundo céptico não só a imortalidade como
a existência de Deus:
— «Percebi que estava fora do meu corpo, quando, de repente, estava
olhando aquela Luz!...».
— «Da Luz saiu o Ser mais impressionante que eu já vira. Era o
altruísmo total, compreensão, bondade, um Amor que tudo envolvia, um Amor
maravilhoso!».
Mas, continuemos a
nossa descrição do momento exacto da desencarnação. Enquanto a alma está a
pairar por cima do cadáver, durante o normal velamento do defunto, está sempre
ligada biomagneticamente ao corpo através dum “cordão” ou fio de energia vital
electromagnético, de cor branco-azulada e prateada, para nutrir ainda o corpo
físico de vitalidade, fio esse que tem sido denominado, esotericamente, mesmo
desde a Antiguidade, de «cordão prateado», «corda de prata», «cordão fluídico»,
«fio bio/magnético» ou «fio da vida», pelos espiritualistas.
O cordão prateado é semelhante ao cordão umbilical dos bebés nascituros ou recém-nascidos, porque o nascimento astral é muito parecido com o nascimento físico (segundo, aliás, a Lei de Hermes Trismegistus, que afirmava: «O que está em cima é semelhante ao que está em baixo!». Entre os diversos veículos da personalidade (ou alma) existem ligações biomagnéticas básicas, não só pelos chacras respectivos, que se intercomunicam nos diversos vórtices dinâmicos de energia vital ("prana") como pelas ligações centrais do «cordão prateado» que liga também dois veículos ou corpos entre si, através dos vários Planos dimensionais.
O cordão prateado é semelhante ao cordão umbilical dos bebés nascituros ou recém-nascidos, porque o nascimento astral é muito parecido com o nascimento físico (segundo, aliás, a Lei de Hermes Trismegistus, que afirmava: «O que está em cima é semelhante ao que está em baixo!». Entre os diversos veículos da personalidade (ou alma) existem ligações biomagnéticas básicas, não só pelos chacras respectivos, que se intercomunicam nos diversos vórtices dinâmicos de energia vital ("prana") como pelas ligações centrais do «cordão prateado» que liga também dois veículos ou corpos entre si, através dos vários Planos dimensionais.
É basicamente pelo cordão prateado, como se fosse um "fio telefónico"
que as informações das experiências da vida terrestre do desencarnante são
transmitidas ao Espírito. Após a retirada dos corpos superiores, que deixam o
corpo denso, biológico, a alma permanece ainda ligada ao corpo, por meio desse
fio vital, antes de se quebrar o último elo magnético de ligação com o corpo
físico, fase em que se dá, então, a verdadeira morte biológica, diferente da
morte clínica, pois nesta pode haver paragem cardiovascular completa, com a
linha do cardiograma direita, sem haver morte biológica, e podendo o
"morto" retornar à vida física.
O cordão de prata tem uma certa semelhança com dois
seis (algarismos), entrelaçados ou interligados, concentricamente, no ponto central
das espirais receptivas, ou seja, pelas extremidades curvilíneas do interior.
Diz-se, nos anais idóneos da Sabedoria esotérica e pelas comunicações
fornecidas do Além, que onde estas espirais se tocam, nesse ponto preciso, é
que se dará a ruptura do cordão prateado, no momento da chamada morte
biológica, em que a alma já não pode retornar mais ao corpo denso e assim se
torna completamente um ser desencarnado.
Uma extremidade deste cordão prateado está ligada ao coração, ao
ventrículo esquerdo, por meio do átomo-semente. Quando este se retira do seu
local próprio dá-se a paralisação definitiva do músculo cardíaco. Esse é que é
realmente o momento da citada morte biológica. Depois, no momento exacto da
morte, esse átomo desloca-se para o cérebro onde se dá uma espécie de explosão
ou relâmpago de luz iridescente, embora de tom sensivelmente mais dourado e
avioletado, ao activar momentaneamente a irradiação deste chacra, quando a
Consciência se refocaliza no cérebro.
Isso porque é no chacra coronário (situado no alto da cabeça, no
cocuruto, junto do redemoinho de cabelo), em correspondência com a glândula
epífise ou pineal, à qual se liga normalmente, que as forças espirituais do Eu
Superior se interfundem com as forças intelectuais do ego humano. É neste
chacra que existe, verdadeiramente, a ligação consciencial entre a alma e o
Espírito, pois, embora o coração seja o ponto focal da Chama Trina (reflexo da
Santíssima Trindade), é, todavia, o chacra coronário a sede onde a Consciência
do pensamento abstracto (do Eu Superior) se reflecte, indirectamente, ao ser
"descodificada" em inteligência.
Aliás, nem a
própria Bíblia ignora este fenómeno da morte, tão ignorado de tantos — mas é
preciso lê-la com olhos de ver e não apenas com interpretações literalistas —,
citando-se nela esse «cordão de prata», nos seguintes termos, no livro do
Eclesiastes, Cap. 12, vers. 6:
ECLESIASTES 12
5...Porque o homem se vai à sua casa eterna,
e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6 antes que se quebre (rompa) o cordão de prata, ou se parta o
copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda
junto à cisterna,
7 e o pó volte para a
terra como o era, e o espírito volte
a Deus que o deu.
Ou, conforme outra tradução: «...O homem parte para a sua casa de eternidade! E as carpideiras
circulam já pela rua; antes que o fio
prateado se quebre, que a lanterna de ouro se parta, que a jarra se quebre
na fonte, que a roldana se quebre no poço».
Note-se as
expressões populares: «”Fulano” tem a vida por um fio» ou «todos
temos a vida por um fio» ou «quebrou-se o fio da vida». É por este
fio que ainda passa alguma energia vital para o corpo morto, nesses momentos,
senão este entrava em decomposição muito mais rapidamente. Através dos chacras,
então já fracos nas suas ligações com o cadáver, alguns resíduos vitais ainda
afluem continuamente para o corpo até ao momento do desligar final e definitivo,
que ocorre quando os técnicos astrais intervêm e os cortam de vez. É nesta fase
que se dá verdadeiramente a morte biológica e a alma não mais pode actuar nem
regressar ao corpo denso.
Esse desligar final dos chacras é
produzido pelos «técnicos da desencarnação», que são equipas de médicos astrais
especializados no auxílio aos desencarnantes, verdadeiramente
"obstetras" do Além, cuja tarefa básica é o auxílio aos
desencarnantes, para que se desliguem mais rapidamente do cadáver respectivo,
auxiliando-os a desencarnarem e retirando-os mesmo, indolormente, do corpo
físico, segundo o mérito próprio do desencarnante, pois os corruptos,
criminosos, muito viciados, suicidas e todos os que levaram a moral muito suja,
ficam entregues à sua triste sorte e às suas dores diversas e perfeitamente
ajustadas ao grau de corrupção e à natureza das perversidades que cometeram na
vida terrestre, iníqua e pervertida.
No Oriente, a Sabedoria antiga, multimilenária, há séculos que fala
nos “Agra-sandhâni” (do sânscrito), que velam pelo denominado «Registo de Yama»
— certamente, o conteúdo mnemónico arquivado no «Livro da vida" do
átomo-semente —, que são Auxiliares invisíveis, bastante elevados,
espiritualmente, chamados “Lipikas”, na Doutrina Secreta, de H. P.
Blavatsky(Ver Doutrina Secreta, I, p. 105, ed. inglesa), e denominados, no
Hemisfério Ocidental, por: «Assessores», «Auxiliares», «Registadores», «Anjos
Arquivistas», «Anjos do Carma», «Agentes do Carma» ou conhecidos no Esoterismo, em geral, por «Senhores do Carma».
Carma (do sânscrito "karman", com o sentido de «acção»): Lei de justiça universal, de causa e efeito ou da causalidade, que orienta as nossas obras boas ou más, para o equilíbrio de tudo aquilo que desequilibrámos no passado, nas acções e reacções da nossa maneira certa ou errada de viver. O Carma é Lei automática que rege o Universo, o Cosmos e todos os seres da Criação. E tem a dupla polaridade de carma-crédito e de carma-débito.
Carma (do sânscrito "karman", com o sentido de «acção»): Lei de justiça universal, de causa e efeito ou da causalidade, que orienta as nossas obras boas ou más, para o equilíbrio de tudo aquilo que desequilibrámos no passado, nas acções e reacções da nossa maneira certa ou errada de viver. O Carma é Lei automática que rege o Universo, o Cosmos e todos os seres da Criação. E tem a dupla polaridade de carma-crédito e de carma-débito.
Até mesmo os
egípcios, tendo dividido o "Reino de Osíris" (Planos Divinos, ou
Mundos Espirituais, latamente), em diversas partes, relativas à vida dos
desencarnados, afirmavam que, numa destas subdivisões, encontra-se a «Sala do
Juízo». Não pensemos que, além da morte, não há, também, verdadeiros Juízes do
Conselho Cármico superior e Juízes de assistência mais directa e imediata aos
recém-desencarnados que também os julgam e elaboram relatórios das acções, boas
ou más, mais egoísticas ou mais altruísticas que perpetraram na vida terrestre.
Conforme refere A Doutrina Secreta, de
H. P. Blavatsky:
Agra-sandhâni (Sânsc.) − (O registo de Yama).
Os “Assessores” ou Registadores, que lêem, no acto do juízo de uma alma
desencarnada, o registo de sua vida no coração da própria alma. São quase
iguais aos Lipikas da Doutrina Secreta. (Ver Doutrina Secreta, I, p. 105, ed.
inglesa).
Esses Seres não
são Juízes implacáveis, nem se apresentam «vestidos de crepes negros», como nos
Tribunais do mundo, mas são apenas Irmãos Sábios e amorosos que têm a seu cargo
a contabilidade cármica, em crédito-débito, das acções de cada ser humano. Esses elevados Seres, «Assessores» ou «Registadores» cármicos, autênticos
«Juízes Astrais», consultam, no acto do juízo de uma alma vulgar desencarnada
(o povo bem fala no «Juízo Final»), o carma da vida de cada desencarnante, a
partir do registo de sua vida, situado no coração da própria alma (no
átomo-semente), lendo-o no momento do julgamento, na partida daquele para o
Além, para agirem com justiça em conformidade com o bem ou o mal praticado por
ela, enquanto esteve na Terra.
Curioso é que até mesmo os
egípcios, no antigo Egipto dos faraós e da construção das pirâmides, já sabiam
destas realidades dos Auxiliares invisíveis, que ajudam os desencarnantes a se
libertarem do corpo de matéria, pela altura da morte. Diz-nos H. P. Blavatsky, a extraordinária investigadora russa do
real Esoterismo, face ao qual as concepções teológicas das religiões são apenas
infantilidades, na sua monumental obra «Glossário Teosófico»:
«Anúbis - O deus com cabeça de cão,
idêntico, em certo aspecto, a Hórus. É o deus que trata dos desencarnados ou dos ressuscitados na vida post-mortem.
Anepou (ou Anebo) é sua denominação egípcia. É uma divindade psicopômpica (isto
é, que guia ou conduz as almas no outro
mundo), o “Senhor da Terra do Silêncio do Ocidente, a Terra dos Mortos,
o preparador do caminho do outro
mundo”, a quem os defuntos eram confiados para serem conduzidos, por
ele, a Osíris, o Juiz. Em resumo, é o “embalsamador” e o “guardião dos mortos”. E uma das mais antigas divindades do
Egipto, visto que Mariette Bey encontrou a imagem do mesmo em tumbas da
Terceira Dinastia!».
O próprio João Evangelista, no Apocalipse, Cap. 20: vs. 12-13, narra o seguinte, confirmando a realidade desses julgamentos (ditos espirituais, feitos, no entanto, no Plano ou Mundo Astral) das almas recém-desencarnadas, ao partirem para o Além:
O próprio João Evangelista, no Apocalipse, Cap. 20: vs. 12-13, narra o seguinte, confirmando a realidade desses julgamentos (ditos espirituais, feitos, no entanto, no Plano ou Mundo Astral) das almas recém-desencarnadas, ao partirem para o Além:
APOCALIPSE
20
2 «E vi os mortos, grandes e
pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro
livro, que é o da vida; e os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras.
13 O mar
entregou os mortos que nele havia; e a morte e o Além entregaram os mortos que
neles havia; e foram julgados, cada um
segundo as suas obras».
Antes da partida definitiva da alma, deve-se evitar cremar o corpo nos dois ou três
dias, após a morte, e mesmo evitar qualquer manipulação dolorosa nesse período
(autópsias sem anestesia, etc.), enquanto o
corpo etérico não se separar definitivamente, pois nestes casos tudo o que
ocorrer com o corpo denso poderá ser exatamente sentido pela alma desencarnante, ainda
tenuemente ligada, mas em processo de hipersensibilidade sensorial,
relativamente ao corpo físico denso. Além disso, a perda do átomo-semente, em
casos de cremação prematura, que é afectado gravemente pelo fogo, é um mal
quase irreparável que deve ser evitado, para que as experiências da alma não sejam
prejudicadas.
Estão propensos a estes acidentes,
evitáveis com maior esclarecimento espiritual por parte das autoridades
sanitárias, os suicidas, os que estão em estados de morte iminente, os
acidentados em choques bruscos, os drogados por psicotrópicos (toxicodependentes),
os viciados em alcoolismo, etc., pois nestes casos as ligações entre a alma e o
corpo são ainda demasiado fortes e as sensações somatopsíquicas são muito
intensas, devido à morte ou quase-morte prematura, às energias vitais ainda
muito dinâmicas e ao grau de materialismo, especialmente de apegos
escravizantes (vícios, etc.) do desencarnante à matéria.
Esses técnicos
usam diversos processos de auxílio na desencarnação daqueles que deixam a
carne, mas, em especial, costumam fazer passes magnéticos (gestos curativos com
as suas mãos energéticas) sobre a alma que está a partir e sobre o corpo
moribundo, usando, também, caixinhas eléctricas especiais, que são verdadeiros
condensadores ou baterias astrais de energia, às quais estão ligadas umas espécies
de tesouras electrificadas que servem para cortar esse cordão prateado, no
momento que acharem mais oportuno, e também para desligarem as energias dos
chacras, cortando os fios biomagnéticos destes, para o decesso final mais fácil
e rápido do desencarnante.
Ora, é
precisamente nesse momento que a alma do desencarnante, em óbito do corpo, desfere o seu
“voo” definitivo para fora da matéria. As forças etéricas ou ectoplásmicas
fluem e refluem para fora do corpo e finalmente, no momento decisivo, se
dividem os dois éteres superiores do corpo etérico (éter sensorial e éter
reflector: da memória), que vão com a alma que se corporifica então, no Além,
traço a traço, membro a membro, como uma verdadeira e perfeita réplica do corpo físico, numa extraordinária e feérica “explosão de luz” etérico-astral maravilhosa, ficando, a partir daí, a alma
definitivamente livre do corpo.
Essa luz,
proveniente das forças biomagnéticas em retirada do corpo físico, torna-se
especialmente notória no alto da cabeça, onde se localiza o chacra coronário
(ao nível da glândula epífise ou pineal), por onde a alma sai normalmente, ao
desencarnar, através desse centro de forças chamado “Brahmarandhra”
(centro de "Brahmâ", Deus), pelos orientais, onde termina o canal
etérico-espinal chamado “Sushumna”, um dos meridianos ou canais
("nadis") principais onde a energia vital circula, entre o “Idá”
e o “Pingala”. Os sistemas nervosos denominados central e periférico
(«simpático» e «parassimpático»), da Fisiologia oficial, são a
manifestação física correspondente desses canais de energia vital.
Tão logo
aconteça o processo de separação final da alma do corpo, os dois éteres
inferiores do corpo etérico (o químico e o vital, que presidem, respectivamente,
às funções gerais do metabolismo: assimilação e desassimilação e de
reprodução) ficam com o cadáver e acabam por se dissolver nos cemitérios,
gerando, às vezes, os "fantasmas" dos sepulcros. Os dois éteres
superiores, como se referiu, permanecem com a alma, dando a esta maior sensação
de corporeidade e realismo no Além, mecanismo que a Natureza criou para não haver
choques demasiado bruscos da alma na partida, com a mudança de percepção nos veículos (ou
corpos) de manifestação, que poderia ser bastante contraproducente para o
desencarnante.
Às vezes estas
emanações etéricas em dissociação podem, em tempos mais quentes de Verão,
activar-se numa bioluminescência de fogos-fátuos ardentes que eventualmente
podem ser vistas nos cemitérios, especialmente por pessoas mais sensitivas, e muito
mais pelos clarividentes, como uma espécie de fantasmas errantes e incoerentes,
que frequentemente são apenas resíduos do corpo etérico em processo de
desagregação e que são confundidos com o próprio desencarnado, cuja consciência
e princípios astrais e mentais normalmente já não estão lá. Mas há casos em
que, efectivamente, há lá também muitos seres perdidos em erraticidade, alguns
ainda ligados ao cadáver em decomposição.
As religiões têm
criado tantas concepções erradas sobre a «ressurreição» dos seres humanos, após
a morte, quando Francisco de Assis foi tão explícito ao afirmar, na sua “Oração
da Paz”: «Senhor, fazei-me instrumento da Vossa paz; onde houver ódio que eu
leve o Amor... Pois é dando que se recebe..., é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se ressuscita para a Vida
Eterna!». E S. Paulo ensinava, tão explicitamente, ao contrário das
afirmações do materialismo religioso de muitas religiões e da “história”
ingénua da «ressurreição da carne» em que tantos crentes ainda acreditam, em
qualquer contexto interpretativo fora da doutrina natural da concepção e da
reencarnação:
I TESSALONICENSES 5
44 Semeia-se corpo animal,
ressuscita-se em corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo
espiritual.
45 Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se
alma vivente; o último Adão, espírito
vivificante.
46 Mas não é primeiro o
espiritual, senão o animal; depois
o espiritual.
47 O primeiro homem, sendo da Terra, é terreno; o segundo homem é do Céu.
48 Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais.
49 E, assim como
trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial.
50 Mas digo isto, irmãos, que carne
e sangue não podem herdar o Reino de Deus; nem a corrupção herda
a incorrupção.
51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última
trombeta; porque a trombeta soará, e os
mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Que queremos
de mais elucidativo, se não estivermos a falar de "ressurreição
reencarnatória", do que a palavra de Francisco de Assis: «...é morrendo que se ressuscita para a Vida
Eterna!», ou a de S. Paulo, quando afirma: «Semeia-se corpo animal, ressuscita-se em corpo espiritual!»? Todavia,
embora o Credo católico diga: «...Creio na ressurreição da carne e no mundo que
há-de vir!...», vejamos porquê. Quando os textos bíblicos da Vulgata Latina
foram traduzidos (a partir da versão grega, a Septuaginta) para o inglês e,
depois, para o português, foi cometido um erro de tradução que alterou radicalmente
a questão exegética ou interpretativa do conceito da «ressurreição».
Ou seja: nos
textos originais da Vulgata referia-se, textualmente, em determinadas
passagens: "Credo ressurrectio de
carne..." que, em bom português, se traduzia por: «Creio na
ressurreição da carne...». Mas o sentido que se deu a esta tradução ficou desvirtuado,
como se, no texto original latino estivesse; «Credo ressurrectio carnis!», o que não era verdade. Para
quem sabe latim, esta língua, como o alemão, por exemplo, tinha flexões finais
dos substantivos e adjectivos conforme a posição que ocupavam na frase
(sujeito, vocativo, complemento directo, complemento indirecto, etc.). Eram os
«casos latinos». A diferença daquela tradução equívoca estava em «de carne»,
como estava no original, ou «carnis», que não constava do texto.
Isto levou a
que se traduzisse, em português, da mesma maneira, por meio da preposição «de»,
já que a nossa língua não tem casos latinos: «Creio na Ressurreição da carne!...». Mas o sentido era,
exactamente: «Creio na ressurreição (da alma provinda) da carne ("de carne", em latim)», e não «Creio
na ressurreição da (própria) carne ("carnis"). Ou seja: não é a carne que ressuscita mas nós é que
ressuscitamos para além dela, quando
o corpo morre. Eis a diferença!... Mas a Bíblia tem tantas confusões destas,
nas suas más traduções, cortes omissivos propositados (truncamentos), erros de
cópia diversos, acréscimos de lendas antigas que, no cômputo geral, redundaram numa "miscelânea" de
textos pouco fiável, para quem interpreta tudo à letra, numa verdadeira "idolatria
bíblica", como se constata no biblismo de algumas religiões.
Mas, para concluirmos e compreender-se melhor esta questão da má tradução da frase
bíblica da ressurreição, temos em nosso auxílio a língua inglesa, que nos
aclara o equívoco da tradução que foi feita, erradamente. Vejamos: se
tivéssemos que traduzir do latim para o inglês, como traduziríamos exactamente?
"I believe the resurrection from
flesh" e não: "I believe the resurrection of flesh". É que a preposição inglesa "from"
indica «origem (vindo de...)», correspondente à latina "de",
e a preposição "of" determinaria que seria a própria carne a ressuscitar
("carnis", em latim). Também se diz, p. ex: «I came from Lisbon", e não: "I came of Lisbon". São expressões idiomáticas das línguas, que
têm que ser bem compreendidas pelos tradutores, mas que nem sempre o foram.
Aliás, já
Sócrates, Filósofo grego, mestre de Platão e discípulo de Pitágoras sabia
bastante sobre a morte e muito mais do que a maioria dos religiosos de hoje,
porquanto afirmava “in voce magistri” : «A alma, quando despida do
corpo, conserva evidentes os traços de seu carácter, de suas afeições e as
marcas que lhe deixaram todos os actos da sua vida!». Confirmando a
presença dos chamados «anjos da guarda» junto de nós, seres desencarnados, geralmente
amigos ou familiares falecidos que nos ajudam, inspiram e protegem, do Alem, é
o mesmo Sócrates que conta, através da escrita de Platão, que tinha um "daimónion"
tutelar que o acompanhava regularmente e lhe dava bons conselhos, como se
narra a seguir,
nas confissões de Sócrates.
«Desde a minha
infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja
voz me desaconselha, algumas vezes, de empreender qualquer coisa!» — Theageta” (de Platão). Note-se bem que a palavra que Sócrates
usava alusivamente a esse «génio tutelar», «guardião astral» ou «mentor
espiritual» era “daimónion” (da raiz “daimon” ou “daimón”), que significava «espírito» ou «génio» (bom ou mau), na acepção etimológica original.
Posteriormente o vocábulo foi traduzido para «Demónio», com o sentido
pejorativo de apenas «ser maléfico»: corruptelas das línguas e
"desvios" exegéticos da Igreja, na sua apressada (ou lentígrada?) e dogmática hermenêutica superficialista!...
Perfilhando a
afirmação de Sócrates, tal como os neoplatónicos da Escola de Alexandria o
consideravam também, o termo grego “daimónion” não tinha o sentido de
«ser diabólico» ou «espírito maligno», como referimos na nota de rodapé. Muito
ao contrário, associavam a expressão mais a seres elevados, luminosos, de nível
consciencial superior. O filósofo judeu Fílon, de Alexandria (±30 a.C - ±45 d.C.), dizia: «Aos
seres que os filósofos de outros povos distinguem pelo nome de
"demónios", ou seja, “daemones”, Moisés chamava “anjos”». Fílon
nascera em Alexandria e conhecia bem as concepções de Pitágoras, Platão e
outros Sábios-Filósofos gregos.
O historiador Plutarco também afirmara
sobre o "daimón" que acompanhava Sócrates”:
«O “Nous” de
Sócrates era puro e não estava misturado com o corpo mais do que a necessidade
exigisse. Toda a alma possui alguma parcela de “Nous”, de Razão; um
homem não pode ser um homem sem ela... Cada alma não se mistura de uma única
maneira; algumas mergulham no corpo e, assim, durante essa vida, os seus corpos
são corrompidos pelo desejo e pela paixão; outras estão parcialmente
misturadas, mas a parte mais pura (“Nous”) permanece sempre fora do
corpo... A parte que mergulhou no corpo é chamada de alma; mas a parte incorruptível
é chamada “Nous”, e o vulgo pensa que ela está neles, como também
imagina que o ser cuja imagem se reflecte num espelho está realmente naquele
espelho. No entanto, os mais inteligentes, que sabem que ele está fora,
chamam-no "Daemon” - “um deus, um Espírito”».
Os gregos tinham, em geral, na sua
riquíssima mitologia, muitos génios tutelares ou deuses protectores dos lares,
a que chamavam: "Manes", "Daimónion" e
"Daimonia", hoje denominados,
na terminologia do Espiritismo: «guias», «mentores», «protectores» e
«guardiães»; ou, na terminologia popular, «espíritos protectores»,
«anjos-guardiães» ou «anjos-da-guarda», seres falecidos ou desencarnados,
geralmente entidades familiares ou almas dos falecidos, que, do lado de Lá, do
Além, visitam, assistem, ajudam e protegem os seres humanos encarnados,
que amaram na Terra, e as famílias, especialmente em horas difíceis. E tudo
isto, embora envolto em muitos véus de mistério, para os leigos no assunto, é
autêntica verdade, que a Sabedoria confirma. "Lares", "Penates"
e "Manes", eram também palavras usadas pelos romanos da
Antiguidade, entre a Mitologia romana.
Continuando o
raciocínio de S. Paulo: «...ressuscita-se em corpo espiritual», o
nascimento na Vida Astral, por parte da alma desencarnante, é em tudo
semelhante ao nascimento do corpo, quando aquela entra no mundo material
através da concepção. Tal como o bebé nasce ligado à mãe pelo cordão umbilical,
também a alma, ao partir para o Além, fica ligada por esse fio de energia, o
cordão prateado, à semelhança do próprio corpo. É a aplicação da própria lei de
Hermes Trismegistus, do Egipto, que dizia: “Assim como em cima, assim é em
baixo”. Tal como o bebé dorme muito, nos primeiros momentos da vida física,
também as almas vulgares adormecem por cima do cadáver até ao seu despertar.
Uma das coisas que perturba muito esse sono
das almas, que deve ser respeitado muito santamente pelos circunstantes no
velório, através do silêncio solene. Nesses momentos, a alma está a rever a sua
própria vida que passou, para consolidar experiências para as encarnações
futuras, estando também em contacto mais directo com a Consciência do seu Eu
divino. Por isso, o ruído demasiado, as conversas impróprias dos seus
familiares ou amigos que rodeiam o cadáver, ou as lágrimas dos que choram o
falecido, muito emotivamente, produzem instabilidade e desassossego nessa alma
em processo de partida. O amor pode ser muito nobre, quando é dos corações, mas
há momentos em que é preciso reprimir emoções e deixar que Deus cumpra a Sua
divina vontade.
As almas que
estão a partir para o Além têm uma sensibilidade muito agudizada e estão no
mundo das energias. As nossas emoções, os nossos sentimentos e os nossos
pensamentos interferem de modo directo, e muitas delas não conseguem sossegar e
rever bem o panorama da sua vida devido à presença desse tipo de emoções,
sentimentos ou pensamentos dos familiares e dos amigos. Por isso, o silêncio
sagrado e a oração sincera são sempre as coisas mais recomendáveis em momentos
tão solenes. E irradiar amor, perdão, optimismo e fraternidade, não fazendo
comentários desagradáveis acerca desse irmão que parte, é um modo de caridade
de que não devemos abdicar.
As almas superiores, muito evoluídas
espiritualmente, desenvencilham-se facilmente do cadáver, logo após a morte,
cortando elas próprias as suas energias vitais residuais e libertando-se do
corpo físico com muita facilidade, sem precisarem de Auxiliares invisíveis,
para se desligarem definitivamente do cadáver, porque elas próprias quebram os
últimos laços de vitalidade que as ligavam ao corpo material, por meio de um
impulso de vontade forte e de pensamento de libertação.
Estas almas
evoluídas de facto não adormecem junto do cadáver, pois têm a consciência
espiritual muito mais desperta do que as almas vulgares, que chegam ao Além em
sonolência psíquica e muitas vezes confusas pela mudança forçada para um meio
desconhecido. Tão logo o corpo esteja a morrer, essas almas espiritualizadas
elevam-se com outras almas irmãs, amigas e amorosas que as vêm buscar para os
Mundos superiores, em geral para as colónias do Plano Astral, onde ficam a
viver, por uns tempos, até que a sua vida suba a Planos superiores.
I TESSALONICENSES 5 (S.
Paulo)
51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos
seremos transformados...
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta;
porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis,
e nós seremos transformados...
Compare-se bem os versículos transcritos acima com as nossas dissertações. Após umas
horas a pairarem adormecidas, cerca de um dia ou mais (conforme os países e os
costumes do tempo de exposição do corpo morto no féretro), essas almas acordam
ou são acordadas suavemente pelos técnicos da desencarnação, que as levam ou as
entregam a familiares falecidos ou a amigos de encarnações passadas, que se
reconhecem rapidamente com uma grande facilidade no Além.
Esse reconhecimento dos familiares e outros conhecidos é feito, no
Além, pelos seguintes factos: deixemos Brian L. Weiss "falar", no
livro "Só o Amor é Real", Pág. 101:
«Esta pergunta
é universal e eterna: como reconheceremos os que amámos? Se e quando nos
encontrarmos de novo, no Céu ou na Terra, mais uma vez em corpos físicos,
reconhecer-nos-ão?... No Céu ou na Terra sentem uma vibração ou uma energia, passando-se
o mesmo com os seus entes queridos. Vislumbram a personalidade mais profunda e
surge um conhecimento interior − um conhecimento que provém do coração. Surge
uma conexão...
«No Céu, onde
os corpos físicos não são necessários, o reconhecimento da alma pode ocorrer
através de um conhecimento interior, da percepção da energia especial do ente
querido, da sua luz ou vibração. Senti-lo-á no coração. Aí existe uma profunda
sabedoria intuitiva, e o reconhecimento é total e imediato. Eles podem mesmo
ajudar nesse reconhecimento assumindo a forma do corpo que possuíram na sua
última encarnação consigo. Você vê-los-á como os viu na Terra, frequentemente
mais jovens e saudáveis!».
É nesses
momentos do despertar da alma do seu segundo sono que as suas percepções
psíquicas se abrem e os desencarnantes passam a ver luz indescritível, de
coloridos maravilhosos, a sentir perfumes inebriantes, a ver belezas inefáveis,
a ouvir musicalidades suavíssimas, a ter uma indizível sensação de leveza e de
liberdade, e a sentir uma alegria apoteótica, por se verem livres do corpo
físico, pois começam a perceber que agora já não têm o peso plúmbeo do pesado
fardo carnal, que tanto os densificava e ligava ao mundo da matéria.
O espectáculo do meio ambiente que se lhes depara é
de uma beleza maravilhosa, estonteante: as cores são luminosas e policromas, de
uma irisação fantástica, surrealista, mas bem real para o Além. Mais do que
crenças e crendices (e ainda menos dúvidas e negações) sobre a Vida além da
morte, são, hoje, os relatos verídicos de muita gente que mais
convencem. Nas Narrações de pacientes que entraram em estado de coma e tiveram
experiências de morte iminente, nos casos colectados e investigados pelo Dr.
Raymond A. Moody, pode ler-se frases como as que a seguir apresentamos, que se
podem confirmar nos vídeos que mostramos no fim, que expressam claramente a
realidade da imortalidade do Homem.
Eis algumas narrações dos que passaram pelas EMIs:
«Sinto que estou subindo e vendo uma luz brilhante
no fim do túnel. Enquanto estava indo, vi uma área cinza. Não parei para entrar
ou ver o que estava acontecendo. Continuei e saí nesse belo vale, com flores...
e belas luzes brilhantes... Cores
brilhantes e nada parecido com o que há por aqui!».
«Abrir as
nossas percepções para a Luz do iluminado Além e contemplar a glória panorâmica
do Divino Arrebol é como comparar a saída de um quarto escuro para a claridade
meridiana do sol» — Dizemos nós. Efectivamente, as
percepções que se nos abrem, na transição para o glorioso Além, são tão
indescritíveis, tão apoteóticas, tão impressionantes que, diante de tais cenários
tão belos, não admira que as almas que partiram ou que foram e retornaram nas
experiências de morte iminente (EMIs) não queiram retornar ao mundo ou ao
corpo. Só a Lei Maior do Ciclo actual é que as pode impulsionar para os
círculos da matéria ou, então, a noção do Dever ou a sede insaciável dos gozos
terrenos.
Recordemos, também, as sensações que experimentou,
após a morte, o Irmão Jacob, pseudónimo de um espírita brasileiro, que tinha
prometido voltar do Lado de Lá da vida, através da mediunidade, para contar aos
amigos as sensações de falecido. E voltou, podendo ler-se os factos narrados na
obra literária “Voltei“, livro ditado pelo citado Espírito, e captados
pelo médium Francisco Cândido Xavier. Quem quiser, pode consultar ou fazer download,
na Internet, do livro: «Voltei_-_Irm_25E3O_Jacob.pdf», digitado por
Lúcia Aydir. Já no âmbito dos clássicos da Investigação Psíquica do Século XIX,
Ernesto Bozzano (cientista e filósofo italiano, professor da Univ. de Turim),
tinha escrito o livro: «A Crise da Morte», com narrações semelhantes do
Além, feitas por muitos falecidos.
Depois de breves cumprimentos e efusões de Amor, os
recém-desencarnados, após se terem desenvencilhado dos últimos “liames” que os
ligavam ao pesado fardo de carne, despertam melhor no Plano Astral; e com os
familiares e amigos sobem juntos para essas cidades astrais, para encetarem
novos trabalhos evolutivos ou para um eventual período de repouso merecido, a
partir da saída das lides terrestres. Isto tudo, evidentemente, para as almas
minimamente bondosas e equilibradas. E nesses reencontros felizes há beijos e
abraços acalorados daqueles que se amam e se reencontram no Amor, na
fraternidade e na alegria, que não faltam nesses Mundos maravilhosos do
Invisível.
Estas sensações elevadas têm-nas os que viveram,
pelo menos minimamente, nos princípios sagrados do Evangelho de Cristo, em
harmonia com as leis de Deus, da fé mística, da fraternidade, da caridade, da
pureza, da justiça e da Consciência. Os criminosos, viciados, perversos, ateus,
muito materialistas ou muito apegados ao bichinho de estimação do seu corpo,
esses não adormecem facilmente
no segundo sono da alma, e passam muitas vezes esse período em grande
instabilidade interior, em grande confusão e em remorsos causticantes, pelos
males que distribuíram aos outros ou pelos seus crimes perpetrados contra o seu
próximo.
Existem provas inúmeras de que a sede da sensibilidade está, basicamente,
no corpo astral e não no corpo somático, como o demonstram, por exemplo, o
fenómeno da anestesia e, muito mais, o fenómeno hipnótico da «ecstesia», que é
a exteriorização e a transferência da sensibilidade dum ser humano para
objectos, manipulados por ele, factos provados sobejamente pelo coronel francês
Albert de Rochas (d'Aiglun), engenheiro, hipnotizador e director da escola
Politécnica de Paris, ou L. Lefranc, Hector Durville (médico extraordinário que
fez experiências paranormais maravilhosas, chegando mesmo a fotografar a alma
da esposa, recém-falecida) bem
como outros e muitos investigadores que comprovaram a fenomenologia da hipnose
e do paranormal.
Em 1893, o coronel
Albert de Rochas d'Aiglun (que foi director da Escola Politécnica de Paris.)
conseguiu, por processos hipnobiomagnéticos, obter de alguns dos seus passivos
a exteriorização da sensibilidade (ecstesia), condensando-se esta em camadas
concêntricas equidistantes, em volta do corpo físico, qual aura, indo,
perifericamente, de alguns centímetros até cerca de 5
metros, ficando demonstrado que não é o
sistema nervoso o detentor da sensibilidade mas somente condutor. Tais
experiências vêm sobejamente relatadas no livro de A. de Rochas: «L'
Extériorisation de la
Sensibilité», a Exteriorização da Sensibilidade.
Todavia, foi Hector Durville, famoso magnetizador, quem conseguiu,
estudar a dissociação e exteriorização, em 1909, do corpo astral, experiências
que vêm bem relatadas no livro «Le Fantôme des Vivants», e que ele fez com
clarividentes naturais e clarividentes "artificiais", cujas
capacidades de ver o Além, as auras ou personalidades falecidas eram provocadas
por hipnose ou hipnomagnetismo (designação da hipnose provocada por meio de passes
magnéticos sobre o passivo ou "sujet").
O Dr. Hyppolite Baraduc, médico francês, especializado em Ginecologia e
Electroterapia, conseguiu fotografar, no fim do século XIX, o "corpo
astral" (ou, melhor, o etérico) desdobrado de um hipnotizado. L. Lefranc,
em 1911, realizou experiências semelhantes e
bastante mais profundas com pacientes desdobrados (em hipnosonambulismo) por
hipnomagnetismo, fazendo passes sobre o duplo exteriorizado do corpo físico. Em
1913, por este processo obteve 2 “fantasmas” distintos do mesmo passivo, pela
dissociação do corpo astral do duplo etérico e do corpo denso.
Outra descrição extraordinária dum fenómeno paranormal, comprovando
a sobrevivência, foi feita pelo Dr. Hyppolite Baraduc, o médico francês já
citado, um dos investigadores mais sérios sobre hipnose que, na França, fez
muitas experiências com o Coronel Albert de Rochas, como se disse, pioneiros
científicos do hipnotismo como ciência. Tentando desbravar o Além ou, pelo
menos, descodificar a problemática da morte, vejamos o que o Dr. Baraduc presenciou
quando a sua esposa faleceu.
Quando a sua esposa se
libertou do seu corpo de carne, o Dr. Baraduc induziu, extraordinariamente, em
si mesmo um transe auto-hipnótico, tornando-se clarividente, podendo, assim,
observar as fases sucessivas pelas quais passava a sua esposa após a morte,
chegando mesmo a tirar várias fotografias insólitas claramente demonstrativas
sobre o fenómeno que estava ocorrendo, onde ficou registada uma esfera de
energia vital num halo luminescente sobre a cabeça da moribunda em fase de
separação da alma do corpo, no momento exato do falecimento. O relato desta
experiência foi feito por Danielle Hemmert. E uma fotografia tirada também ao
filho, no momento do falecimento deste, mostrava uma forma plásmica nebulosa e
branqueada elevando-se cada vez mais, acima do cadáver.
Em estado sensitivo, sob o efeito da hipnose,
o Dr. Baraduc pode observar uma névoa luminosa exsudando-se da parte esquerda
bem como do peito e da cabeça do corpo da esposa que falecia. A pouco e pouco
viu formar-se uma nuvem plásmica que se corporificava, no meio de pontos
brilhantes que se iam reunindo e condensando a partir das nuvens vaporosas
indefinidas, que se iam alargando até se reunirem numa forma humana cada vez
mais definida e cada vez mais semelhante à da esposa, membro a membro, traço a
traço. Era a prova evidente da sobrevivência humana que ele procurava, há
muitos anos.
O Dr. Baraduc pôde observar que uma cabeça sósia da da esposa se ia desenhando,
paulatinamente, tal como o contorno do corpo, dos braços e membros inferiores
até ficar perfeitamente corporificada. A seguir também viu formar-se um fio de
energia brilhante que se ia iluminando cada vez mais, acabando por ligar o corpo
plásmico (etérico) nebuloso que flutuava por cima do cadáver deitado no leito.
Observou que as mãos da esposa, ainda manifestando alguma vida, esforçavam-se
por arranhar o lençol ao nível do peito,
tentando quebrar o cordão prateado, à semelhança do cordão umbilical que liga o
filho à mãe, à nascença, neste mundo.
Induzido pelo esforço da moribunda tentando quebrar esse último elo que a ligava à
carne, o Dr. Baraduc lembrou-se de aquecer um fio de ferro, até se tornar
incandescente. Com o fio ao rubro, aproximou-o do lugar onde o «cordão
prateado» se liga ao corpo físico. Tendo encostado o fio aquecido, ouviu um
ruído semelhante ao de uma faísca eléctrica,
num curto-circuito. Baraduc viu o cordão electromagnético enroscar-se e ser
reabsorvido rapidamente por uma luminescente nuvem de plasma (bioplasma ou
ectoplasma), que se ia condensando por cima do cadáver.
O corpo etérico (bioplásmico) pairou por cima do cadáver, por
algumas horas, e depois, finalmente, ascendeu, pouco a pouco, e passou através
da parede. Assim, o Dr. Baraduc tinha observado, pela primeira vez, um
autêntico fantasma, o da sua esposa recém-falecida. Quando isto acontece, e a
“nuvem vaporosa” de plasma se desloca definidamente para fora do corpo físico,
o corpo etérico (e o resto da alma e o Espírito) não pode entrosar-se e
reintegrar-se mais no corpo físico, devido à quebra dos laços magnéticos, e aí é que se dá a real morte biológica,
diferente da morte clínica.
Ora, sendo a alma a
sede da sensibilidade, os seres perversos, viciados, criminosos, descrentes,
materialistas, ao contrário das almas puras, ficando com a sua sensibilidade
muito agudizada pela saída do corpo material, sofrem não só as dores atrozes da
agonia final do corpo como o remorso causticante das suas perversidades, o medo
pavoroso da morte, as influências psíquicas negativas de encarnados e
desencarnados e o terror do meio ambiente astral negativo com os quais se
afinizaram na vida terrestre.
Se o nível das suas maldades e corrupções não for
muito grande, arriscam-se a ficar perdidas em estado de erraticidade, junto dos
familiares e amigos, nos lares ou lugares que habitualmente frequentaram em vida. Mas se o grau das
suas perversidades for acentuado, podem mesmo cair em mundos infernais mais
tenebrosos, horripilantes e diabólicos, abaixo da crosta terrestre. O próprio
ambiente denso, escuro e pesado do Astral Inferior exerce uma atracção magnética terrível sobre essas almas
“pesadas” como chumbo que lá caem, segundo a inferioridade e a maldade do seu
padrão vibratório, muitas vezes nem podendo erguer-se dos solos imundos
onde rastejam à semelhança dos répteis.
Muitas almas demasiado materializadas ficam presas, após a desencarnação, ao cadáver em putrefacção,
no cemitério, ligadas biomagneticamente àquele, sentindo, por tal facto, o frio
gélido do sepulcro e sentindo, também, de modo atrozmente doloroso, a decomposição
gradual do corpo cadaverizado, sob a acção biodesintegradora dos vermes, do
qual sentem todos os odores pestilenciais e nauseabundos, durante muitos meses
que lhes parecem séculos de tortura e de dores angustiantes.
Além disso, essas almas ainda ligadas ao corpo em
dissolução, desmemoriadas, confusas e semiconscientes, sofrem pesadelos atrozes
e alucinações pungentes das suas mentes prisioneiras em desequilíbrios, apegos
e remorsos de toda a ordem se, enquanto na Terra, descuraram completamente a
sua moral e viveram uma vida dissoluta em prazeres viciados, actos criminosos e perversos ou sentimentos malsãos
de toda a espécie, completamente esquecidas da imortalidade da alma e de uma
vida realmente digna em
moralidade. O seu grau de perturbação frequentemente é de tal
ordem que perdem completamente a noção do tempo, tanto mais que muitas vezes
vivem na escuridão.
Tal acontece, inevitavelmente, àqueles que levaram
vícios profundos na alma e aos suicidas, por exemplo, que ficam ligados ao
cadáver em decomposição, por meio de pujantes energias vitais, por forças
biomagnéticas bastante poderosas, durante muitos dias ou mesmo muitos meses − que lhes parecem
séculos, para a sua consciência “au ralenti”, frequentemente num estado
perturbado de confusão, de pouca consciência e muito desmemoriadas, perambulando por aí, na erraticidade, junto à crosta
terrestre.
No Além-túmulo talvez não haja sofrimentos maiores e mais agónicos, mais
percucientes, do que os martírios pungentíssimos do suicídio, seja este
consumado de que género for, sentindo os suicidas dores torturantes,
inomináveis, dementoras, durante anos e anos que parecem séculos infindos, porque
lá a sucessão temporal é um fenómeno completamente diverso do tempo terrestre,
perpassando nitidamente muito mais rápido ou muito mais lento segundo os
estados de consciência das almas.
Por isso tudo,
devemos ter muito cuidado com o que fazemos neste lado de cá da vida, e escutar
o que diz a multimilenária Sabedoria do Oriente, para a qual a morte nunca
existiu, efectivamente, pois dos profundos ensinamentos ocultos do Budismo e do
Hinduísmo, por exemplo, sempre se enfatizou profundamente a imortalidade do
Homem. De lá se disse, desde há séculos, em jeito de apoteose à imortalidade consciente: «Quando
nasceste, todos sorriam e só tu choravas. Procura viver de forma que, quando
morreres, todos chorem e só tu sorrias!».
Ensina-se, nos
meios ocultistas, que a vida que perpassa no Plano Astral é sensivelmente mais
rápida do que no mundo físico, cerca de três vezes, onde o perpassar do tempo
decorre de maneira muito diferente deste Plano Físico. Mas, obviamente, que a
percepção do tempo nesse Além depende fundamentalmente dos estados interiores
de consciência das almas que lá vivem. As almas felizes nos mundos superiores
têm uma percepção muito rápida do tempo e as almas perdidas em erraticidade nas
trevas dos mundos inferiores têm uma percepção de tempo que se arrasta
dolorosamente, nos seus estados sofredores.
Aquele que intentou fugir da vida terrena pela porta dolorosa do
suicídio, encontrar-se-á, no Além, mais vivo do que nunca, em estado de dor
agónica e excruciante, devido a esse acto que lhe cerceou prematuramente as energias
vitais que devia ter esgotado num processo normal de vida terrestre. Esse
infeliz, em grande sofrimento consciencial, também, vive num permanente
sentimento de “vazio” angustiante, como se se sentisse a cair dum penhasco,
devido à ausência do corpo denso que lhe falta na aura ovoidal vazia, numa
sensação de concha oca, pois que o eliminou pelo seu acto impensado, porque o
arquétipo organogénico do Mundo mental concreto permanece, na ausência do corpo
denso, como um molde vazio.
Diz-se que o suicida é obrigado a
possuir esse sentimento de “vazio” até ao tempo em que deveria ter falecido de
morte natural. Mas após serem retirados das Trevas (quando se tornam receptivos
e minimamente merecedores: pela oração, pelo arrependimento, pela sinceridade,
etc.) e serem tratados nos hospitais do Médio Astral, por médicos muito afáveis
e enfermeiras muito carinhosas, são esses que reencarnam prematuramente, por
Compaixão dos Seres de Luz, Senhores do Carma, que os põem na carne prematuramente,
antes do tempo de evolução normal no Além, para que a carne amorteça as
sensações dolorosas do acto suicida.
Ao reencarnarem,
gemendo e chorando quase sempre, desde o berço em deformidades, patologias e
deficiências diversas, de acordo com o acto suicida, como os esquizofrénicos,
os mongolóides, os ciclotímicos, os com Mal-de-Alzeimer, etc., patenteiam os
reflexos desses actos suicidas, mesmo em deformidades como nos mudos (suicidas
por enforcamento), nos deformados de ossos (suicidas por se terem atirado de
penhascos ou debaixo de comboios, etc.), de asmáticos ou com graves problemas
respiratórios (por se terem suicidado em poços de água ou atirado ao mar); os
de pele deformada como no "pênfigo foliáceo" (oriundos de suicidas
pelo fogo), etc., etc. «Cá se fazem e cá se pagam», diz a provecta
sabedoria do povo português.
Quando, em vidas
anteriores, o cérebro foi destruído por armas de fogo, no suicídio, ou quando
eram muito inteligentes para criarem armas de guerra para destruírem povos, ou
quando eram astuciosos para roubarem e explorarem os outros, ou, ainda quando,
de qualquer maneira usaram a inteligência para destruir, enganar, corromper, em
qualquer mau uso dela, terão que renascer retardados mentais, em lastimosas
dores internas, congénitas, da alma perturbada e dolente, gemendo e chorando
desde o berço, sem que se saiba, cá fora, o porquê de tais sofrimentos.
Finalmente,
após muitos tormentos junto ao cadáver em desintegração, as ligações biomagnéticas
que prendem a alma aos restos mortais do corpo vão-se enfraquecendo
gradativamente até se desfazerem por completo, indo, então, essas almas desencarnadas,
num estado de semi-consciência e ignorando terem desencarnado — tal é a realidade
da vida no Além! —, frequentar os lugares que habitualmente frequentaram nesta
vida, aqueles lugares que mais as atraíram ou prenderam ao mundo.
Então, ficam
no lar, junto dos familiares, sofredoras e semiconscientes, na maioria dos
casos parcial ou totalmente desmemoriadas e sempre confusas, vivendo em estado
de erraticidade, perdidas nas trevas do Baixo Astral, em esferas espirituais
dolorosas, junto à crosta da Terra, na região nevoenta chamada «Umbral», e
misturadas com os seres humanos encarnados, vendo-os e ouvindo-os com mais ou
menos perfeição e interferindo, tanta vez, negativamente, sobre a vida destes.
Nesses planos
espirituais inferiores, intra-físicos, de baixas frequências
etérico-energéticas, essas forças acham-se muito condensadas, possuindo muita
densidade (impureza) e um peso plúmbeo, porque vibram em baixas frequências
electromagnéticas que se tornam susceptíveis, assim, a uma poderosa influência
da gravidade, a ponto de muitas das almas decaídas que lá habitam nem sequer
terem forças para se porem de pé, rastejando como as serpentes, autenticamente. A esses pobres infelizes os Ocultistas chamam-lhes geralmente “pés-de-chumbo”. Ai de quem lá cai por falta de moral límpida e de vigilância espiritual!...
À lei que
regula e determina o peso maior ou menor de uma alma, lei inversamente
proporcional ao grau da sua pureza, chama-se esotericamente: “Lei do peso
específico vibratório do corpo astral”. O Espírito, a Centelha Divina do Ser Real, possui, no entanto,
capacidades anti-gravitacionais prodigiosas, conferidas às almas que se
«espiritualizaram» e que, enquanto na Terra, viveram intensamente para as
coisas da vida superior. Estas almas, no Além, possuem uma leveza incrível,
pairando no ar facilmente, em estado apoteótico de verdadeira imponderabilidade.
As almas
puras, evoluídas, espiritualizadas, são focos gloriosos de luz colorida,
perfumada e musical, vivendo em Mundos espirituais superiores, especificamente
segundo o seu grau de Amor e de Sabedoria, onde tudo é luz, cor, música e
perfume no meio ambiente que as rodeia, numa apoteose beatífica de percepções,
em faixas vibratórias específicas ao nível de cada alma, segundo a lei cósmica
da sintonia, das afinidades ou dos semelhantes. Essas faixas são tanto mais
dilatadas quanto mais evoluídas são as almas, espiritualmente, em especial no âmbito do Belo, do Bem e da Verdade ou Sabedoria.
O que
condiciona a ascensão de uma alma a esses mundos luminosos e bem-aventurados ou
a queda em planos sombrios e dolorosos é a citada lei da sintonia vibratória, de
uma importância extrema no Além-túmulo e de um carácter universal, regendo lá,
fenomenicamente, a associação de todas as coisas e de todos os seres, conforme
o teor vibratório ou proximidade das suas vibrações intrínsecas. Isso porque a
alma de cada ser humano, mesmo quando encarnado, é um corpo electromagnético
formado por múltiplas forças cósmicas, em muitos graus dinâmico-vibratórios,
emitidas e recebidas no meio ambiente espiritual, sendo este também imensamente influenciado,
morfogenética, luminosa e cromaticamente pelos seres que o habitam.
Sendo uma alma
pura, devido basicamente às suas virtudes florescentes, nomeadamente no âmbito
do Amor, iluminada pela espiritualidade, um emissor-receptor de ondas e de
forças electromagnéticas etéricas, astrais e mentais superiores, vibrando em
alta frequência, essas forças sintonizam-na, por um fenómeno automático dos
Mundos Ocultos, com os Planos espirituais elevados, que possuem, também,
vibrações altamente dinâmicas, que se exteriorizam na alma como Luz espiritual,
expressa em leveza, saúde, beleza, amor, alegria e juventude eterna.
Isso porque, autenticamente, na dinâmica anímica,
ou seja, nos contextos electromagnéticos das forças que se irradiam da alma
humana, poderemos afirmar, com o conhecimento e a Sabedoria de algumas leis que
a regem: «A alma, com as suas forças em Luz, é como a combustão de um carro ou
lareira em actividade: se destilar apenas o Bem, será um veículo a
"comburar" apenas Luz e uma "fogueira" de Verdade, com
muito "fogo" do Espírito e pouco "fumo" de baixa astralidade». Ou: «Tal como um
fio eléctrico dá luz e aquece, no fluxo da energia, assim também de Deus desce,
em confluência de Luz e de Verdade, o Amor e a Sabedoria».
Mas se essa alma se
conspurcou, perverteu e prostituiu pelo materialismo, em qualquer esfera de
degradação, gradualmente se sintonizou, por afinidade energética, com a sua
errada maneira de viver na vida terrestre, com os mundos espirituais de trevas
e de dor, onde as energias vibram também em baixas frequências
dinâmico-electromagnéticas. E, por afinidade das energias da alma
(psicoelectromagnética), esses infelizes caem nos abismos infernais de mil
sofrimentos, dificilmente imagináveis aqui na Terra. Se a maioria soubesse o
que a espera, depois da morte, só por medo toda a gente seria boa. Mas o ideal
é não ter medo. É Amar e confiar.
Nesses ambientes
inferiores, todos os sofrimentos que possamos conceber se apresentam nas almas
não espiritualizadas: fome, frio, sede, trevas, remorso, desejo pungente de
satisfação dos seus vícios; ambientes de energias impuras semelhantes a lodo,
pus, sangue, excremento, alcatrão; painéis alucinatórios de egrégoras criadas
pela ideoplastia dos seus pensamentos negativos e de outros afins; bichos
terrificantes de um polimorfismo tétrico, monstros pavorosos de fácies
dantescas, seres diabólicos torturadores, etc... Não nos assustemos, porque o
Amor divino em nós vence tudo! Mas cuidemos bem das nossas almas!...
Esses sofrimentos
astrais inúmeros, que são sempre temporários e nunca eternos − muito embora as
religiões, na sua multimilenária ignorância, falem em «Inferno eterno» ou
«castigo eterno» −, são causados pelas
toxinas psíquicas de que esses infelizes se tornaram portadores, com a má
vivência que levaram na Terra, invigilantes da sua moral e descuidados com as
suas almas corrompidas pelo materialismo. É por isso que tantas almas, ao serem
retiradas do Baixo Astral para os hospitais do Médio Astral, vão alienadas e,
muitas vezes, completamente loucas.
Tais sofrimentos são, em verdade, o resultado cármico das afinidades de
tais almas com os ambientes astrais negativos que elas mesmas criaram
(encarnadas ou desencarnadas) pelos seus baixos desejos das paixões viciosas,
pelas emoções agressivas e desequilibradas, pelos sentimentos egoístas e
maléficos e pelos maus e pervertidos pensamentos, que atraem energias venenosas
para essas almas poluídas, autênticas toxinas energético-psíquicas que as
impurizam, envenenando, assim, o seu campo etérico-astral e mental e assumindo
aspectos imundos, escuros, deformados e monstruosos, muitas vezes mesmo de
bichos horríveis, na degradação completa da forma já pouco humana.
Porém, se um ser
humano viveu, na Terra, intensamente a vida espiritual, os Ideais elevados do
Espírito, criou, com os seus sentimentos e pensamentos nobres,
formas-pensamento que se adicionaram numa egrégora superior, verdadeiro
“artificial» elevado e sublime, que se constitui autêntico
"anjo-da-guarda", produto de todas as suas boas acções e nobres
virtudes em que viveu. Assim, a sua ascensão para a entrada nas regiões
celestiais se torna muito mais fácil. As regiões celestiais são Mundos de Luz
sublime, onde as trevas, as sombras e as cores escuras não têm existência, pois
as energias de que são formados os tornam alabastrinos, luminosos e
transparentes, permitindo a fácil penetração dos raios solares.
Uma tónica
interessante e magnífica dessas almas superiores é o rejuvenescimento gradual a
que se acham submetidas, pois a Sabedoria é a Água Viva que vitaliza as almas
de Luz; o Amor é o Pão da Vida que alimenta e embeleza os corações. Por isso,
as almas que aprenderam a amar, tanto mais universalmente, mais se sentem
rejuvenescidas nas suas formas temporárias (etérica, astral e mental). Não era
em vão que Cristo afirmava: «Quem não for como as criancinhas não verá o Reino
dos Céus!». Aliás, "pelo menos" (e não só) desde a música "Forever
Young", dos Alphaville, que a aspiração à eterna juventude é um facto... dos corações.
Nas Regiões
Celestiais, as almas experimentam sensações apoteóticas de plenitude divina, de
consciência de eternidade, de suprema felicidade, de liberdade total, de
unidade essencial, ao sentirem-se partes intrínsecas, indissolúveis e
grandiosas do Corpo Universal do Ser Supremo, pois aí, a sensação de Unidade
Divina é um estado indefinível de beatífica grandiosidade. Tais sensações são
inefáveis, e embriagam de tanta Bem-aventurança as almas, que não lhes resistem
ao encanto divino, vivendo num estado apoteótico de verdadeira Magia na Vida
Cósmica.
Essas almas, especialmente as que trocaram uma vida
de materialismo estéril e escravizante pela vivência santificante e sábia nas
coisas elevadas da vida, na Espiritualidade, sintonizaram-se, assim, mais
rapidamente com os Mundos espirituais superiores (Astral Superior, denominado
“Paraíso” ("Kâmaloka"), pelas religiões, com os níveis
elevados do Mental Concreto ("Devakhan") ou Céu, ou mesmo do
Mental Superior ou Abstracto ("Arupa Dhâtu"), o Céu mais
elevado (dos Sábios e Mestres), Mundos plenos de Luz feérica, cintilante,
permanente e omnipresente, onde as almas passam a viver, após
a morte, mas somente depois de vários anos de vida astral (poucos ou muitos,
conforme a evolução da alma), em supina Felicidade, Glória e Amor, em comunhão
divina de corações, na Fraternidade universal do Cosmos.
Essa Luz
espiritual existe em grande profusão nesses Mundos sublimes, e muito mais nos Planos
superiores, com tão mais brilhante e resplandecente luminosidade quanto mais vibráteis e,
consequentemente, puras são essas almas, vivendo estas em Mundos gloriosos onde
a vida pode atingir as raias da Beleza inefável e transcendente, do Amor sublime
e universal e da Bem-aventurança indescritível, gozando elas da soberana Felicidade beatífica, da Liberdade apoteótica da permanente Consciência oceânica da integração na Glória da Divindade.
Como dizia o
Espírito Ramatís, na extraordinária obra «Fisiologia da Alma», psicografada por
Hercílio Maes: — «As regiões celestiais são paragens ornadas de luzes, flores e
cores, onde se casam os pensamentos generosos e os sentimentos amoráveis de
suas humanidades cristificadas!». De facto, nesses mundos superiores de glória,
a tónica da Luz transcendente em alvinitências de mil coloridos diáfanos, em
policromia de sonho, nem o mais genial poeta poderia descrever. No entanto,
toda a Poesia antiga falou pelo menos da música das Esferas, e os verdadeiros
génios da Poesia sublime bem tentaram descrever, intuitivamente, as maravilhas
transcendentes dos Mundos da Luz.
«Os mundos da
matéria são apenas silhuetas pouco iluminadas, pouco realistas e pouco consistentes e muito irreais, das realidades mais elevadas dos Mundos do Espírito:
“eternos”, luminosos e
imortais», dizemos nós num aforismo. Devido às altas frequências das energias
que definem e configuram esses Mundos Espirituais elevados, a luminosidade
ambiente e os coloridos sublimes das suas inefáveis paisagens ou oceanos de Luz
cambiante, em mágicos efeitos de cores, sons, formas (nos mundos em que são
possíveis) permitem que as almas se sintam numa apoteose de percepções de tal
ordem que as palavras para descrever tais glórias são, de facto, incoerentes e
inconsistentes.
Que vate poderia
traduzir, em literatura humanamente tão pobre, por mais rica que fosse de
palavras, a beleza ímpar das flores variegadas dos jardins celestiais, em mil
perfumes olorosos, nos florilégios frondosos de contos de fadas ou de sonhos de
Anjos? Que é a Poesia sublime dos maiores génios da Literatura senão a
tentativa estrénua e quase infrutífera de descrever os rincões paradisíacos e
transcendentes desses Mundos divinais, onde os nossos sonhos mais queridos e
gloriosos de genuína Beleza, de verdadeiro Amor e de real Felicidade são todos
possíveis, nos oceanos de Glória imarcescível que Deus tem reservados para
todos nós?!...
* «Aquele que pensa que o Homem morre, por se ocultar nos Mundos do
Invisível, tem atitude mental ingénua, semelhante em asneira, àqueles que,
antigamente, achavam que o sol morria sempre à noite, para ressuscitar na
aurora da manhã alvissareira».
Aleluia!... Amém!... AUM!...
P a z P r o f u n d a ! . . .
Do comentário introdutório ao vídeo VIDA APÓS A VIDA,
que circula no Youtube, extraímos
estas palavras iniciais:
"VIDA ALÉM DA VIDA" é um documentário baseado no livro
"Life After Life" do pesquisador Raymond Moody Jr. sobre EQM -
Experiência de Quase-Morte - em que pacientes terminais relatam a fantástica
vivência: foram declarados mortos (por ocorrência de acidentes, paradas
cardíacas, etc.), visitaram o plano espiritual e retornaram à vida carnal.
* ATENÇÃO:
Pesquisar no Google por Raymond Moody Youtube ou ver:
C L I C A R :
P a z P r o f u n d a ! . . .
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um
Sábio de Portugal)
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