sábado, 22 de maio de 2021

03: Vida Além-Provas Científicas

Vida Além da Morte
(As Provas Científicas)


A Verdade e a Vida estão escondidas da vista e compreensão dos homens vulgares, a não ser naqueles que, na Sabedoria espiritual, estão, na vida, bem alerta, de modo semelhante a um icebergue no seio do oceano, tendo apenas uma pequena parte descoberta.

 
Tomo II - Parte Científica

  PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA:

* Existirão, efectivamente, provas científicas insofismáveis, convictas e inconcussas acerca da sobrevivência do Homem à morte corporal? Para aqueles que têm mais dificuldade em acreditar, devido à sua “formação de escola” (ou talvez devido à sua deformação de “escolástica” académica), compilámos as seguintes pequenas sínteses que, no seu âmbito tão vasto, reúnem milhares ou milhões de provas a favor da sobrevivência:
1.º ) E. M. I. − Experiências de Morte Iminente, denominadas também EQM (Experiências de Quase Morte) ou NDE (“Near Death Experiences”), feitas por muitos médicos no mundo inteiro, como o pioneiro americano Raymond A. Moody, com milhões de pessoas que entraram em estado de coma profundo. Na América, só a Fundação Gallup já catalogou cerca de 15 milhões de americanos (cerca de 5 por cento dos adultos) que passaram por essas experiências em estado de coma profundo, tendo dado provas insofismáveis da vida além da morte.
2.º ) Recordações ecmnésicas − ou de memória extra-cerebral, segundo a nomenclatura da Parapsicologia −, de pessoas em estado de transe hipnótico, hipnotizadas para fins terapêuticos (Ex: investigações de Brian L. Weiss, psiquiatra americano, em Miami Beach, Florida, ou Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra e escritora americana), para finalidades lúdicas (Ex: demonstrações feitas em palcos de circos ou na TV) ou para estudo científico (Ex: experiências efectuadas pelos franceses coronel Albert de Rochas, Hector Durville e L. Lefranc).
3.º ) Provas irrefutáveis de crianças pequenas que se lembram naturalmente de vidas anteriores, e delas falam com a máxima naturalidade, como se desta vida actual se tratasse. São muito conhecidos os casos investigados por Ian Stevenson, na Universidade americana de Virgínia, que estudou centenas de crianças, ou Hamendras Banerjee, Director das pesquisas do Instituto Indiano de Parapsicologia, da Universidade de Rajastan, em Jaipur, além das americanas Helen Wambach, Edith Fiore ou Stanislav Grof (psiquiatra russo).
4.º ) Foram tantos os depoimentos sérios feitos por todos os maiores sábios do Ocultismo esotérico do mundo inteiro, dentro de muitas Doutrinas da Sabedoria sagrada, quer no Oriente multimilenário ou no Hemisfério ocidental, dentro de Ordens de Cavalaria iniciáticas ou de Confrarias secretistas: Teosofia, Rosa-Cruz, Maçonaria, Gnose, Cabala, Alquimia... O Espiritismo kardecista, tão divulgado no Brasil, também tem depoimentos inúmeros da sobrevivência, numa vasta pletora.
5.º ) Sempre existiram, desde eras imemoriais, narrações históricas inúmeras sobre relatos de manifestações diversas acerca da sobrevivência do Homem ou dos contactos mediúnicos com o Além, no folclore dos mais diversos povos das eras antiga e medieval, descritos em muitos textos sagrados, nas Bíblias diversas do Mundo, e mesmo em alguns mais ou menos profanos tal como em textos de narrativas, histórico-descritivas, que foram escritos na Antiguidade ou mais recentemente: na Odisseia, de Homero; na Eneida, de Virgílio; nos Lusíadas, de Camões, nas obras de Goethe, Shakespeare, etc.
6.º ) Inúmeras foram as descrições de pessoas da Idade Média, tal como as relatadas no mundo contemporâneo, com as quais ocorreram contactos com o Além ou de alguma maneira possuidoras de faculdades paranormais que lhes possibilitavam entrar em contacto com seres de Outros Mundos (aparições, visões, vozes, fenómenos mediúnicos, etc.), de tal modo que a Inquisição não lhes deu tréguas nas perseguições ferozes da “caça às bruxas”, que levaram tantos inocentes, médiuns ou paranormais às fogueiras dos autos-de-fé.
7.º ) No mundo mais moderno refira-se as experiências científicas feitas, academicamente, com a máquina kirlian, inventada na União Soviética pelo casal Semyón Davidovitch e Valentina Khrisantovna Kirlian, da Universidade de Kirov, no Cazaquistão, comprovando que o Homem tem alma sobrevivente à morte, a partir da visualização da aura. No Brasil e nos E.U.A. já há hospitais oficiais que, desde há vários anos, fazem diagnósticos de doenças com a máquina kirlian (kirliangrafia).
8.º ) Os Centros espíritas do mundo, nomeadamente no Brasil, onde são uma pletora de Instituições, organizados mesmo em Federações, têm provas diversas não só directamente com médiuns como através de fotografias a infra-vermelho e a ultravioleta, que são obtidas mais ou menos regularmente em sessões mediúnicas de fenómenos ectoplásmicos de efeitos físicos, onde Seres do Além aparecem materializados em formas mais ou menos definidas, como as obtidas com o médium de efeitos físicos (ectoplásmico) Peixotinho (no Brasil).
9.º ) As investigações modernas e contemporâneas que muitos cientistas têm feito com pessoas paranormais (ou médiuns), desde o século XIX têm provado à saciedade a sobrevivência e imortalidade do Ser humano, fenómenos que levaram à fundação da “Society for Psychical Research”, de Londres, ou colectados, por exemplo, pelo astrónomo Camille Flammarion em «O Desconhecido e os Problemas Psíquicos», e mesmo desde e antes do tempo de Mikhail Gorbachev, na URSS, onde os Russos há muito tempo que fazem estudos e investigações parapsicológicas muito sérios e profundos.
* Como é fácil de compreender, cada um destes âmbitos possui um incalculável acervo de provas a favor da sobrevivência de tal maneira vasto que uma vida inteira não chegaria para o esgotar. Mas para todos aqueles que não têm a pretensão de esgotar o assunto, aqui ficam muitas delas, neste volume, que comprovam, à saciedade, a realidade imortal do Homem.

Prof. Astrophyl

Depoimentos da Ciência:

* Werner von Braun, antigo Director Geral da NASA, aquando dos voos Apolo à Lua, criador dos célebres foguetões Saturno V, tendo sido director-geral de centenas de cientistas no Centro Espacial de Houston, afirmou:
«Muitas pessoas parecem pensar que a Ciência tornou... “essas ideias religiosas”, como a imortalidade, desactualizadas e fora de moda. Creio, no entanto, que a Ciência traz verdadeiras surpresas para os cépticos. A Ciência diz-nos... que nada na Natureza pode desaparecer sem deixar vestígios... A Natureza não conhece extinção; conhece apenas transformação...
Se Deus aplica esse princípio fundamental às partes mais diminutas e insignificantes do Seu Universo, não parece lógico presumir que Ele o aplica, também, à obra-prima da Sua Criação: a alma humana? Eu assim penso... Tudo o que a Ciência me ensinou e continua a ensinar fortifica a minha fé na continuidade da nossa existência espiritual depois da morte... Deus deixou de ser provinciano, para se tornar realmente universal!».
* António Lobo Vilela, engenheiro geógrafo português, escreveu:
«Existe em nós o facho divino duma aspiração sem limites, e a morte não pode resistir à nossa aspiração de eternidade... A vida adormece nos braços magros da morte, para acordar, depois, à luz de uma outra vida... Seremos nós tão grandes que criemos ideais elevados e tão pequenos que os vermes nos devorem para iludirem a vigilância da morte que também os espreita?... Terá o nosso pensamento forças para conceber a imortalidade e não terá a Natureza (infinitamente mais sábia) capacidade para a realizar?...» Extracto da obra «A Morte é Vida».
* «É uma vergonha científica que exista ainda desconhecimento tão profundo sobre a questão mais importante para a Humanidade: a imortalidade!» − afirmava sabiamente o barão e professor de Munique Karl du Prel, um dos clássicos da investigação científica do paranormal, a par do físico William Crookes, do médico Charles Richet, do engenheiro Gabriel Delanne, do astrónomo Camille Flammarion... e de uma multidão de corifeus da Ciência académica que comprovaram, à saciedade, experimentalmente, que o Homem não morre com a dissolução das células carnais.
E continua a ser vergonhoso que, em plena era nuclear, era da física quântica e da teoria da relatividade, dos computadores e das viagens ao limiar do espaço sideral, com um pé na pequenez da Terra e com outro pé “quase” a pisar a grandiosidade das estrelas deste Universo tão fantástico quanto misterioso..., continua a ser vergonhoso, dizíamos, que os homens, em geral, continuem a desconhecer a sua origem espiritual, a sua finalidade eterna e a sua sobrevivência e imortalidade consciencial.
Prof. Astrophyl




          1. A Sobrevivência do Homem


(1.º Capítulo de: «A Vida Além da Morte» Tomo II)


* Antigamente, a crença na existência da alma podia ser ingenuidade; hoje, é ignorância não possuir a certeza científica da imortalidade do Espírito!
* A vida é um conceito totalmente universal porque tudo na Natureza é vida em movimento, e a morte é apenas o fenómeno do transformismo natural.
* O sol da vida pode pôr-se, ocultando-se quando morre o Homem, mas jamais esse pôr-do-sol é o fim da existência do “astro-rei” do Espírito humano.

Desde eras remotíssimas que aqueles que buscam a realidade das coisas e a verdade dos seres se têm debruçado sobre o mistério ontológico do próprio Homem, tendo reafirmado, todos eles, convictamente muitos por experiência prática do que vivenciavam −, a sobrevivência e a imortalidade do ser humano ao transe ilusório da chamada «morte», factos sobejamente conhecidos em todas as épocas da Humanidade e no seio de todos os povos da Terra.
Foi preciso chegarmos a estes dois últimos séculos, todavia, para provarmos cientificamente que, afinal, a morte é tão-somente um portal de entrada para outras dimensões, para outros universos paralelos, para outros mundos ocultos. Isto porque, já há mais de cem anos, os investigadores do paranormal tornaram o conhecimento da alma humana e da imortalidade do Homem uma realidade experimental, investigada cientificamente por alguns dos mais eminentes cientistas, desde o século XIX.
A alma, portanto, sendo a vida essencial ou a energia da vida que estrutura, organiza, corporiza e nutre a forma biológica do corpo, vitalizando-o com as suas correntes de forças vitais ou biomagnéticas, é − latamente, porque a realidade ontológica é muito mais complexa − um corpo de energia organizado segundo linhas de força específicas, orientadas em correntes psicoelectromagnéticas próprias.
A alma é, digamos, de modo simplista, o gerador bioenergético que alimenta a bateria biológica, que é corpo somático, denso, que nos relaciona com o mundo exterior. E dizemos de modo simplista porquanto a alma é formada por energias múltiplas de diversos Princípios, corpos ou veículos, constituídos por órgãos muito complexos, ainda mais do que o organismo somático o é, por muito que se duvide. Esses Princípios são, efectivamente, «veículos» da Consciência, que é o Espírito, porque a manifestam, em maior ou menor grau, nos Planos inferiores, por projecção da sua Luz em pontos de refocalização diversos, que a reflectem.
É de facto pela alma que a energia vital, prana ou biomagnetismo se exterioriza (por meio de redemoinhos de energia vital denominados chacras) para organizar, vitalizar e dar saúde aos órgãos do nosso corpo físico sendo a base de todo o seu metabolismo, nomeadamente controlado através do sistema nervoso, dos plexos e das glândulas endócrinas. Ela é também a ponte consciencial da percepção entre o Espírito humano e os cinco sentidos físicos e também a condutora das impressões exógenas, advindas destes para o interior da Consciência-Espírito.
A alma, como a conceitua a Verdade, não é a insubstancial, abstracta, amorfa e perecível “psique”, dos psicólogos materialistas, mas sim a substancial, concreta, corpórea e sobrevivente “psykhé”, dos verdadeiros sábios gregos da Antiguidade e dos psicósofos espiritualistas contemporâneos, que a estudam e a investigam, quer através da ciência do paranormal quer por meio da Sabedoria esotérica. Desde Lavoisier, pelo menos, que em 1789 enunciou a Lei da Conservação da Matéria, que a Ciência sabe que “nada se perde, nada se cria; tudo se transforma”. Então, como poderia perder-se, aniquilar-se, niilizar-se a Alma − ou Espírito, se o preferirmos −, que é o princípio dinâmico-vital e, digamos, consciente, do Homem?
Como se poderia perder, assim, a memória, o sentimento, o pensamento e a Consciência, ou seja, a nossa integridade psicológica, a nossa identidade específica e a Entidade que nós somos e pela qual existimos? Aliás, todos os verdadeiros Sábios da Antiguidade já há séculos e milénios que ensinam que o Homem é essencialmente imortal. E desde Robert Mayer, que em 1842 enunciou a Lei da Conservação da Energia, que se sabe também que, numa citação pessoal aproximada, «O somatório total da energia no Universo permanece sempre constante. Há apenas sucessivas transformações de energia, mas não puras perdas...»; por conseguinte, há em toda a Natureza, isso sim, uma transformação ou conversão contínua de energias umas nas outras, mas não destruição total, essencial, de nenhuma delas.
Então, segundo a ordem cósmica da implementação dessa lei geral, que diríamos do Espírito humano, que é Força cósmica perene, Vida universal e Consciência imperecível? Poderia ser destruído, de facto, pelo fenómeno da morte? Acreditar nisso seria irrisão de ignorantes! A Vida é, em Verdade, uma Lei universal; a morte é tão-somente um fenómeno particular e apenas oposta ao nascimento, ou seja, ambos apenas fases sequenciais da vida imperecível, que jamais fenece, como o dia e a noite se alternam, sem que o Sol por isso morra, mas ocultando-se apenas por detrás do horizonte visível, tal como o faz a consciência humana.
A Parapsicologia científica ou Ciência do paranormal, a ciência da investigação dos fenómenos psíquicos, já possui foro académico, desde há muitos anos, tendo sido estudada e apoiada por algumas das mais egrégias eminências científicas do mundo ocidental. O termo «paranormalidade» é outra maneira, mais preferida na nomenclatura científica, de se falar de mediunidade, tal como a Doutrina Espírita o ensina. E o médium é uma pessoa paranormal ou sensitiva, ou seja, que possui um grau de faculdade que o torna sensitivo às energias psíquicas e às Forças inteligentes dos Mundos Invisíveis do Além-túmulo.
Há vários tipos distintos de mediunidade ou de faculdade mediúnica, que têm correspondência directa com os chacras da alma humana, que são redemoinhos de forças vitais, em parte provindas do Sol e outra parte vindo do Plano Astral, energias da vida, biomagnetismo ou "prana", como dizem os orientais, que penetram no corpo humano através dos plexos nervosos, do sistema nervoso. São elas que, ao se derramarem finalmente no organismo físico, controlam as glândulas de todo o sistema endócrino, que são as grandes responsáveis pelo equilíbrio ou desequilíbrio bioquímico, saudável ou doentio, do nosso organismo somático.
A mediunidade foi o mecanismo fenoménico que levou à Fé mais viva e racional, muitos cientistas que investigaram ou investigam o paranormal, pois, assim, conseguiram obter as provas convictas e experimentais da continuidade da nossa existência depois da morte, da sobrevivência do Homem. Refira-se que a mediunidade e os contactos com o Além já provêm desde tempos antiquíssimos, como nos chegaram nos relatos da antiga Grécia, da Roma imperial e de muitos outros povos. Durante o fastígio do império romano relataram-se muitos factos extraordinários de manifestações do Além-túmulo. Senão vejamos:
No Templo de Delfos (nos «Mistérios de Elêusis») os Espíritos inspiravam as pítias em transe e ditavam oráculos.
Nero, nos últimos dias do seu reinado, viu-se fora do corpo, junto de Agripina, sua mãe, e da esposa Octávia assassinadas.
Plínio comunicava-se com o Espírito de Homero, o poeta cego, obtendo informações sobre os seus familiares distantes.
Através da médium Erato, da Tessália, Sexto Pompeu soube do desfecho da luta política entre o seu pai e César.
Tácito refere que Basilides apareceu a Vespasiano num templo de Alexandria, achando-se enfermo a muitos quilómetros.
Nas praias da Jónia, Pitágoras, pelos lábios de Teocléia em transe conversa com os génios invisíveis.
Plutarco relata o encontro de Brutus, em pleno campo, de noite, com os seus inimigos já desencarnados.
Em Roma, Pausânias, condenado a morrer de fome no Templo de Minerva, aparecia em espírito aos encarnados que lá entravam.
Conta-se que um espírito preveniu César, na véspera de sua morte, para não ir ao Senado.
Plutarco narra o sonho premonitório de Calpúrnia, mulher de César, sobre a conjuração de Brutus e Cassius, que o assassinaram.
Valério Máximo conta que Artério Rufo teve um sonho profético; bem como o rei Creso, anunciando-lhes a morte do filho Athys.
Periandro, um dos 7 sábios da Grécia, mandou consultar a alma da sua mulher, que ele fizera degolar.
Cantu conta na sua «História», Vol. V, que os papas Benedito IX, Gregório VI e Gregório VII se dedicavam a práticas espiritistas, falando com os mortos.
Pausânias evoca a alma de uma jovem que mandara matar; a alma daquele, mais tarde, é evocada pelos Magistrados.
Apolónio de Thyana assiste, em visão transcendental, à morte de Domiciano sob o ferro dos conjurados.
Em Endor, a “sombra” de Samuel responde às evocações de Saul, pela pitonisa (médium) dessa cidade.
Conta-se que Quintiliano, num discurso notável, defendia as práticas, hoje denominadas espiritistas.
Para muitos filósofos da Antiguidade os oráculos eram feitos pela intervenção dos espíritos. (Fontenelle − “Histoires des Oracles”).
O santuário de Júpiter em Dodona, no Epiro, e o de Apolo Pítico, em Delfos, na Fócida, foram sem mais célebres da Grécia, nos quais as suas pitonisas (médiuns) profetizavam.
Heródoto conta, em «História» I - 47/48, que Cresus mandou emissários aos principais Oráculos do seu tempo, ficando maravilhado com a resposta que lhe é dada de Delfos.
Tito consultava o oráculo de Pafos, na ilha de Chipre, conforme relatou Suetónio (Suetónio: “Tito” - 5).
Numa Pompílio ia ao bosque de Arícia consultar a ninfa Egéria (Plutarco - “Numa Pompilius”).
Sócrates, Tasso, Cardan, Apolónio de Thyana, Fílon, Plotino e outros luminares Sábios da Antiguidade tinham os seus espíritos familiares com os quais se comunicavam directamente.
Conta-se que Minos e Licurgo consultavam o oráculo de Delfos em situações mais difíceis.
Também o imperador Tibério consultou o oráculo de Géryon, perto de Pádua, conforme narrações antigas (Suetónio − “Tibério”, 14).
Vespasiano consultou o oráculo do monte Carmelo, na Judeia, e quando passou a Alexandria entrou no templo de Serápis para consultar o oráculo (Suetónio − “Vespasiano” 5, 7).
Epiménides, Lucano, Tácito, Apuleio e Filóstrato evocavam os mortos.
Filóstrato em “Vida de Apolónio” diz que Apolónio de Thyana passou 7 dias na caverna de Trofónio, durante os quais o oráculo lhe ditou um livro inteiro.
Trajano consultava regularmente o oráculo da cidade de Heliópolis, na Síria (como o conta Macróbio, in “Saturn”, Liv. I.
Conta-se que Juliano recorria frequentemente ao oráculo de Delfos, quando tinha certos assuntos importantes a resolver.
Augusto, iniciado nos mistérios de Elêusis, via regularmente fantasmas, principalmente na Primavera. (conforme Suetónio - “Augusto”, 91).
Ver: Plutarco − “De Dolmone Socratis XX; Máximo de Tiro − “Philosophicae Dissertatio (ne) XIV, XV Apuleio − (“De Deo Socratis” t. V.)
Porfírio, que escreveu a vida de Plotino, diz que o “génio” tutelar deste era de uma hierarquia espiritual muito elevada.
Sobre o imperador Juliano, diz o Abade Ducreux (Les Siècles Chrétiens - I, 414)
«A sua tendência natural atraía-o para a Filosofia que andava ligada com a religião dos “génios” de que os homens mais distintos pelo saber faziam o seu principal estudo».
Jules Simon em “História da Escola de Alexandria” diz que o neoplatónico Jâmblico, um dos mais notáveis conselheiros de Juliano, era afamado na ciência dos “génios” e dos “deuses”, bem como na arte de os evocar, segundo a opinião unânime dos alexandrinos.
Em épocas um pouco mais recentes, ouve inúmeros fenómenos medievais dos quais podemos citar:
A Dama de Isoen é um fantasma que aparece pressagiando sempre acontecimentos graves.
No condado do Norfolk cita-se os casos insólitos das aparições muito célebres da Dama Morena e da Dama loura do palácio de Windsor.
Conta-se também que um fantasma de branco (Dama branca) apareceu na véspera do suplício de Maria Antonieta.
O fantasma de Berta de Rosenberg obsidia, desde o século XV, as famílias Rosenberg e Hoenzollern.
O castelo real de Woodstock, em Inglaterra tornou-se famoso em ruídos estranhos depois da ocorrência da execução do rei Carlos I.
Narra-se que em Tremblay, na Bretanha, existia um velho castelo desabitado no qual se ouviam ruídos extraordinários.
Diz-se que na cela onde esteve presa Ana Bolena (Boleyn), um soldado morreu de susto ao ver fugir uma aparição da torre de Londres.
St. Afonso de Liguóri foi canonizado por assistir, em desdobramento, à morte de Clemente XIV em Roma, estando adormecido em Arienzo.
Na sua obra «Comentários», Montlue refere que assistiu em sonho, na véspera, à morte de Henrique II, trespassado pela lança de Montgommery.
Abraham Lincoln sonhou que se achava em tranquilidade semelhante à da morte, incomodado por soluços que ouvia, observando-se morto num catafalco, na véspera do seu assassinato.
Quem ler o livro «O Desconhecido e os Problemas Psíquicos», do astrónomo Camille Flammarion, perceberá claramente que a história já registou uma quantidade inumerável de aparições do Além ou contactos por outros meios mediúnicos, sem falar nas investigações que fizeram tantos homens de Ciência. O próprio povo português, como tantos povos do mundo, tem no seu folclore tradicional inúmeros relatos verídicos de aparições de desencarnados a familiares. Já ouvimos tantos deles!...
Relembramos aqui a história autêntica, perfeitamente comprovada por muita gente, da “Dama Branca”, caso ocorrido no palácio real de Berlim. Conforme o narrado pelo Daily Sketch, de Londres (28/8/68), em Agosto de 1968, na aldeia de Clifynd (no País de Gales), deu-se uma aparição de figura humana envolvida num sudário branco (daí a expressão “a dama branca”).
 Toda a população da aldeia saiu de noite para ver o fenómeno transcendental de materialização dessa senhora, podendo toda a gente observá-lo claramente por um curto período. Essa aparição tem-se materializado perante muitos familiares, desde há várias gerações, surgindo sempre pouco antes de ocorrer a morte de algum membro da família dos Hoenzollern.
Em Paris é muito falado o caso da aparição denominada por “Homme Rouge” (Homem Vermelho) das Tulherias; conta-se que foi visto muitas vezes e por muita gente: foi visto por Catarina de Médicis; apareceu também no leito de Luís XVI; surgia a Napoleão antes de um acontecimento notável, nas campanhas militares do Egipto à Rússia; tendo aparecido igualmente no falecimento de Du Berry e de Luís XVIII; apareceu antes da morte de Henrique IV; anunciou a Luís XIV os alvoroços militares da Fronda (guerra civil francesa), etc.
Muitos e muitos factos, muitos milhares mesmo, oriundos do mundo inteiro e de todas as épocas conhecidas da Humanidade, poderíamos apresentar que comprovariam à saciedade que a morte não existe, a não ser, ilusoriamente, para os pobres mortais terrestres, "mortos" na ignorância acerca da vida imortal. Mas vejamos mais alguns casos históricos, bem documentados e narrados sem intenções ardilosas de ninguém, que vão comprovando, insofismavelmente, a sobrevivência do ser humano ao transe da morte. Vejamos este, bastante curioso, aliás:
Prócio, que era uma proeminente figura episcopal da cidade de Constantinopla, afirma que, numa certa noite, espreitou, através de uma porta meio fechada S. João Crisóstomo, na sua cela habitual, o qual escrevia, com muita rapidez, quase automaticamente, muitas laudas, tendo ao seu lado um espírito de aspecto grave e venerável, como se fora um professor ditando uma composição literária a um aluno. Mais tarde, Prócio, conversando com S. Crisóstomo acerca do assunto, foi notificado por este de que o Apóstolo S. Paulo o visitava todas as noites para ditar-lhe os Comentários à Epístola de S. Paulo.
Conta-se que Lord Hugh Dowding, que foi Marechal do Ar, tendo comandado os bravos aviadores da Real Força Aérea Britânica, que travaram a heróica batalha da Inglaterra contra a “Luftwaffe” alemã, ao ver os seus homens, de idade tão jovem, morrerem no ardor do combate, ficou muito impressionado com o triste espectáculo. Lord Dowding procurou, posteriormente o Espiritismo, fazendo, então, vasta divulgação deste, na Inglaterra, apoiado pela sua esposa, que se tornou, então, conferencista espírita, e que conseguiu levar ao Albert Hall milhares de pessoas bem sequiosas de ouvi-la falar da morte e do Além.
Mas o caso não parou aí porque o próprio Lord Dowding começou a receber mensagens de soldados falecidos, que as enviavam do Além-túmulo, de modo perfeitamente comprovado e identificado, basicamente por meio da médium Mrs. Hill, filha do muito conhecido Gascaigne, veterano de Khartoum. E Lord Dowding passa a afirmar e a divulgar, corajosa e abertamente, em público, tais comunicações com o Além, feitas por diversos aviadores, tendo sido estas largamente noticiadas, e com bastante respeito, pela imprensa de Inglaterra.
Foi assim que, além de aviadores, também marinheiros e soldados, em geral, começaram a descrever, dos Mundos Invisíveis, com grandes e inegáveis detalhes, as experiências do que sentiram após terem falecido. Um artilheiro, morto em plena batalha diz, por exemplo: «O ruído da batalha perturbou-me, mas pouco depois fiquei fresco como uma alface. Não mais senti qualquer incómodo. Era-me impossível acreditar que eu era artilheiro, pois via o corpo todo esburacado e não acreditava. Tentei, em vão, arrastar o meu próprio corpo para longe da peça...».
Igualmente, um aviador também inglês conta a sua experiência pessoal, logo após a morte, em que tinha sido abatido nos céus da França, em pleno combate da força aérea, afirmando estas palavras, à semelhança dos que passaram pelas experiências EMI ou EQM (Experiências de Morte Iminente ou de Quase Morte): «Só dei por fé quando me vi de pé ao lado do avião destruído e dentro dos escombros o corpo de alguém. Quando fui libertar aquele cadáver dos escombros retorcidos, verifiquei, com horror, que era eu próprio. Eu havia saído fora do meu corpo!...».
Certo dia, Laura Edmonds, filha do senador e juiz americano John Edmonds, figura proeminente da Suprema Corte de Nova York, servia chá aos convidados. Entre os circunstantes encontrava-se um grego, chamado Evangelides, que tinha ido pela primeira vez àquela casa. Sem se esperar, a jovem Laura começa a falar normalmente, através do fenómeno da xenoglossia [2], em grego moderno, conversando fluentemente com o Sr. Evangelides, sem que mais ninguém compreendesse essa língua.
Refira-se que Laura Edmonds desconhecia completamente a língua grega. O convidado ao qual se dirigira diz, em seguida, bastante aflito, para os que estavam presentes, lívido e transpirando: «Ela diz-me que o meu filho morreu. Quem está comunicando isto, através da jovem, é o meu falecido amigo Botzaris. Com licença, preciso retirar-me. Praza aos Céus que tudo isto seja mentira!». Mas, todavia, tal mensagem mediúnica não foi mentira, pois o seu filho havia falecido, de facto. Poderiam os cientistas do «cepticismo» explicar este fenómeno, do qual nenhum dos presentes tinha conhecimento até ao momento em que a médium o revela?
Não podemos deixar de referir o caso mediúnico do português Fernando de Lacerda e da obra «Do País da Luz», que desconcertou muitos cépticos sobre a vida além da morte: Fernando de Lacerda foi um extraordinário médium psicógrafo mecânico, de carácter íntegro e rectilíneo, segundo se constava, e chefe da polícia em Lisboa. Escreveu a obra mediúnica «Do País da Luz», em 4 volumes sucessivos, na qual participaram, do Além-túmulo, alguns dos maiores escritores portugueses como: Alexandre Herculano, Eça de Queirós, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, João de Deus, Silva Pinto, António Feliciano de Castilho, Júlio Dinis, Oliveira Martins e outros clássicos portugueses, bem como Emílio Littré, Victor Hugo, César Cantu e muitos outros renomados escritores de países estrangeiros.
Foi no início do século 20, precisamente em 1908, que o livro «Do País da Luz» foi escrito, o qual se esgotou rapidamente, em poucos meses, em Portugal. É de notar que, quando Fernando de Lacerda começava a escrever, e mesmo com caligrafias muito diversas, conforme o estilo dos autores-escritores desencarnados que por ele comunicavam, fazia-o de repente, entrando num estado de excitação quase febril, e ficando com o braço direito meio "apanhado", numa espécie de rigidez semelhante à catalepsia, movendo-se a mão, em processo de psicografia automática, a escrever, com rapidez desconcertante.
Fernando de Lacerda recebia essas mensagens escritas automaticamente sem ter consciência do que escrevia, podendo conversar com qualquer pessoa, sobre assuntos alheios à escrita, enquanto redigia. É importante de se notar que Fernando de Lacerda, ao escrever, fazia-o com a mesma letra da entidade comunicante, quando em vida carnal, facto bem analisado por alguns peritos literários. Sousa de Couto, um desses peritos, declara: «A letra é em certas individualidades, o autógrafo perfeito do seu punho vivo, ainda mesmo que o médium nunca o tivesse visto ou conhecido!».
Este caso português, em termos de fenomenologia mediúnica foi muito parecido com o de Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), o maior médium do Brasil, falecido há poucos anos, que escreveu vasta obra literária espírita através da actuação dos Espíritos missionários desencarnados, seus mentores astrais, nomeadamente Emmanuel e André Luiz, médico falecido no Brasil, que comunicaram mensagens maravilhosas pela mediunidade de Chico Xavier, coleccionadas em muitos volumes de cultura que ultrapassava de longe, reconhecidamente, a do médium.
Quanto a provas convincentes da existência do Além, estamos a lembrar-nos do caso Arigó, talvez o maior desafio à ciência médica do século XX, que fazia intervenções cirúrgicas, algumas muito complicadas (tumores oculares, ao útero, aos ovários...), em segundos ou poucos minutos, sem anestesia nem assepsia (nada doía e nada infectava), pois dentro desse médium de incorporação actuava o Dr. Fritz, médico alemão desencarnado na 2.ª guerra mundial. Essas cirurgias eram feitas com “canivetes enferrujados” ou facas sem qualquer preparação médica, e após efectuadas, muitas vezes ficava logo a seguir a cicatriz manifestada ou nem cicatriz restava no corpo operado.
Arigó era analfabeto e o Dr. Fritz, nele incorporado, chegou a falar alemão correcto com pessoas da Alemanha. Equipas médicas americanas chegaram a presenciar essas cirurgias “impossíveis”, uma delas chefiada pelo médico Henry Puharich, que também foi operado a um tumor sebáceo num pulso, tendo restado apenas a cicatriz, após cerca de um minuto de intervenção cirúrgica “rústica”, realizada com uma faca qualquer, como era tónica de Arigó, cognominado o «cirurgião da faca enferrujada.
Arigó, cuja personalidade mudava completamente, em transe mediúnico, cedendo lugar à do médico alemão falecido, realizou centenas de diagnósticos e operações, normalmente em segundos, gratuitamente, sem qualquer tipo de anestesia nem assepsia, pelo menos “do Lado de Cá”, pois conta-se que, no Além, havia uma equipa fantástica de médicos desencarnados e outros auxiliares, que tinham a seu cargo as principais técnicas e metodologias terapêuticas e anestésicas. Foi considerado, pelos cientistas da NASA, que o investigaram, como «a Oitava Maravilha do Mundo».
Mesmo em Portugal, apesar das proibições do salazarismo e dos incómodos sobre os preconceitos da Igreja, sempre tivemos bons investigadores da fenomenologia espírita com eminentes personagens como o engenheiro geógrafo (licenciado em Ciências matemáticas) António Lobo Vilela e o médico António J. Freire de Andrade, dentre muitos outros.
António J. Freire, no livro «Da Evolução do Espiritismo», afirma-nos: «O Espiritismo ultrapassou a curva sinistra e macabra da morte onde supunha mergulhar grande parte da Humanidade, sem ar, sem luz, sem esperança... Perante o Espiritismo, a morte perdeu todo o seu significado apavorante de terror e de mistério... A morte traduz apenas um natural renascimento astral, indispensável à nossa evolução e à finalidade humana... O Espiritismo não oferece apenas uma esperança; faculta à Humanidade uma certeza experimental: A existência e a sobrevivência da alma humana!...».
Quanto a António Lobo Vilela, são palavras dele, extraídas do Livro «A Morte é Vida»:
− «Nas grutas do teu mistério, ó Morte, há uma vida intensa e luminosa que acende, na minha noite, a palidez anémica do luar − é o luar da esperança que brilha na noite funda da saudade!».
− «Existe em nós o facho divino duma aspiração sem limites, e a morte não pode resistir à nossa aspiração de eternidade!».
− «Bendita seja a crença que luariza de esperança a noite da saudade!».
− «Como o Sol, que ao fim de cada dia mergulha no abismo da noite para renascer cantando um cântico de alvorada, assim também a vida adormece nos braços magros da morte, para acordar, depois, a luz de uma outra vida!».
− «Seremos nós tão grandes que criamos ideais elevados e tão pequenos que os vermes nos devoram para iludirem a vigilância da morte que também os espreita?».
− «Terá o nosso pensamento forças para conceber a imortalidade e não terá a Natureza capacidade para a realizar?».
Hoje, quem negar estas realidades profundas acerca da sobrevivência e da imortalidade apenas dará provas da sua crassa ignorância sobre as últimas descobertas científicas modernas e contemporâneas, mesmo as feitas desde o século XIX pelos clássicos do paranormal, como o grande e extraordinário William Crookes, que investigaram com precisão e rigor científicos os fenómenos que foram perfeitamente comprovados, dentro da fenomenologia psíquica e mediúnica e da investigação académica sobre a problemática da existência humana e da imortalidade. Há uns anos, podia justificar-se o agnosticismo ateu; mas hoje, com o tremendo avanço das Ciências do Paranormal e das EMI, é irrisória ignaridade.
As próprias Ciências da sobrevivência e da imortalidade já estão no mundo contemporâneo, num “processus” didáctico cada vez mais oficial, com foro académico, em muitas Universidades do Mundo, como se referirá à frente, e só não estão mais disseminadas no Ensino oficial por causa dos preconceitos misoneístas de muitos oportunistas e de “doutos espertos” que ainda se aproveitam demasiado da ignorância alheia para reinarem melhor com as suas explorações colectivas sobre as “massas” ignorantes e ingénuas sobre a Verdade: a Vida, a morte e a imortalidade.
A verdadeira ciência da Parapsicologia não é de, modo nenhum, esse conceito popular que se tem de muitos ditos parapsicólogos de “meia tigela” e de “bolsa cheia de moedas”, que aparecem nas revistas de lineares ocultismos, ao lado de médiuns, videntes e astrólogos, quase todos oportunistas do “lucro” fácil do negócio ardiloso. A Parapsicologia é, muito ao contrário, uma ciência profunda sobre a alma humana, possuindo, hoje, foro académico legal, em verdadeiras cátedras universitárias e com eminentes cientistas a estudá-la, a investigá-la e a divulgá-la.
A apoiá-la estão, dentre tantos e tantos cientistas estrangeiros, que citaremos a seguir, por exemplo, os Professores e físicos brasileiros Henrique Rodrigues e Hernâni Guimarães de Andrade, duas sumidades maximamente idóneas que têm feito, a partir do Brasil, depoimentos científicos eminentemente válidos sobre os estudos e investigações que têm levado a cabo na sua vida de profunda dedicação ao nobre ideal da Verdade sem preconceitos, em nome da mais genuína Ciência.
Para crermos completamente na sobrevivência do Homem, a nós bastar-nos-ia estudar as investigações de Sir William Crookes (“Sir”, título “nobiliárquico” de Inglaterra, que este egrégio e respeitável cientista possuía), o “pai” da Física, da Química, da Matemática, da Astronomia... do séc. XIX, tendo descoberto o princípio da lâmpada fluorescente, o denominado «tubo de raios catódicos» ou «tubos de Crookes», o tálio, elemento da tabela periódica, o espectroscópio, o espectrógrafo de massa, vacinas diversas, etc. O rigor científico com que ele estudou os fenómenos psíquicos foi, de facto, admirável e as conclusões completamente positivas.
Mas William Crookes não foi apenas um investigador isolado do século XIX que fez experiências particulares, de foro privativo e pessoal. Foi também, como incansável pesquisador dos fenómenos mediúnicos, o arauto e o “leader”, digamos assim, de toda uma plêiade de cientistas que ele reuniu, durante muitos anos, e que, nesse tempo, comprovaram à saciedade a existência dos fenómenos psíquicos, através das suas investigações extraordinárias, do rigor das suas observações e das suas conclusões completamente práticas, positivas e concludentes sobre a realidade dessa fenomenologia paranormal.
Para nós bastava-nos um homem como William Crookes para nos dar a certeza da nossa imortalidade que, tal como Jesus Cristo, "mutatis mutandis", tinham a certeza prática daquilo que afirmavam, embora adquirida por métodos muito diversos. O que esse egrégio cientista inglês provou, praticamente, e demonstrou, à saciedade, seria mais do que suficiente para derrubar e decepar qualquer materialismo, e o próprio Karl Marx só teria que "encavacar" calado ou engolir em seco toda a sua miseranda dialéctica materialista, quando afirmou: «Deus ou a ciência; não há lugar para os dois!». Responder-lhe-íamos e, em simultâneo, a Lenine, que afirmou «A religião é o ópio do povo!»: ...e o materialismo é a droga dos ignorantes!...
Consideremos a seguinte metáfora:
Num Tribunal comparecem 10 pessoas, relativamente a um processo de crime de homicídio. 9 das testemunhas presentes nada viram nem ouviram, de modo directo, do crime consumado, limitando-se a terem conhecimento de factos circunstanciais. Na hora da audiência, o Juiz pergunta a todos os presentes: − «Quem viu ou ouviu algo evidente e factual acerca da perpetração do crime ocorrido?». Ninguém responde, excepto uma testemunha que assevera: − «Sr. Juiz, eu vi e ouvi factos reais sobre a ocorrência do crime, no momento da sua consumação!». Que faz o Juiz? Interroga apenas esta testemunha ocular, ouvindo-a com atenção, ignorando, provavelmente, as outras testemunhas todas: mesmo que, em vez de 10, fossem cem, mil ou um milhão. É assim que devem ser ouvidos prioritariamente aqueles que têm experiência e conhecimentos da imortalidade e não os cépticos, os preconceituosos ou os ignaros sobre este assunto tão importante para toda a Humanidade: a sobrevivência humana.
Senão vejamos algumas das conclusões a que esse extraordinário e respeitável cientista, William Crookes, chegou, sem vacilar, minimamente, após anos e anos de experiências rigorosamente científicas, na presença de uma plêiade de cientistas da Europa e feitas com várias pessoas paranormais (médiuns como Florence Cook, inglesa; Madame d'Espérance, francesa; e Daniel Douglas Home, escocês; etc.), tendo este cientista afirmado, em Inglaterra, diante de toda a comunidade científica da "Society for Psychical Research" (Sociedade de Pesquisas Psíquicas), Instituição de paranormalogia da qual William Crookes foi o 2.º Presidente:
 «Tendo-me assegurado da realidade dos fenómenos espíritas (psíquicos), seria uma cobardia moral recusar-lhes o meu testemunho. Após seis anos de experiências rigorosamente científicas, eu não digo que esses fenómenos são possíveis; o que digo e afirmo é que são verdadeiros... Adquiri a prova exacta da realidade dos fenómenos espiritistas (mediúnicos)!»“Recherches sur les Phénomènes du Spiritisme” (livro traduzido no Brasil para “Fatos Espíritas”).
Podemos citar muitas dezenas e mesmo centenas de professores universitários, das mais variadas disciplinas, que presenciaram, “de visu”, fenómenos fantásticos enquadrados perfeitamente dentro da fenomenologia mediúnica, que se processavam com médiuns de efeitos físicos ou ectoplásmicos ou também de incorporação, obtendo efeitos transcendentais impossíveis de serem imitados por truques ou processos vulgares (o próprio Robert Houdini, o “rei da evasão”, assim o afirmou também), demonstrando a sobrevivência dessas entidades que se comunicavam desses mundos invisíveis que nos rodeiam continuamente, interpenetrando este mundo físico em que habitamos.
Posto isto, a sobrevivência do Homem está mais do que demonstrada, em termos nitidamente científicos, com foro académico, realidade que não faz nenhuma concessão aos cépticos, que nada podem afirmar daquilo que desconhecem. E, decisivamente, quem investigou de modo acurado e científico como esses investigadores o fizeram, não pode mais duvidar da existência desses seres do Além que nos rodeiam, do Lado de Lá da vida, e que velam por nós carinhosamente e nos tentam ministrar os seus ensinamentos e dar-nos a sua protecção fraterna bem como o seu apoio psicológico através dos fios dos nossos pensamentos e sentimentos.
Muitos desses protectores invisíveis foram nossos amigos ou familiares, actualmente falecidos, ou mesmo familiares e amigos de outras encarnações passadas, e que agora nos vêm ajudar e aconselhar, inspiradamente, pelos fios telepáticos do pensamento, nas horas difíceis e nas tarefas complicadas ou momentos problemáticos da pesada vida material na Terra, após terem tirado um curso especializado de auxílio junto à crosta terrestre, em estudos feitos nas colónias (cidades) de sonho do Médio Astral (à frente especificaremos melhor).
[1] Chacra: Note-se que este termo, importado do Oriente para o Espiritualismo, já consta nos dicionários deste Hemisfério Ocidental. São já muitas as enciclopédias que referem o termo claramente. Se estas realidades não existissem, seriam tão credenciadas pelos compiladores enciclopédicos?
[2] Xenoglossia, glossolalia ou glotolalia é o fenómeno mediúnico em que o médium ou paranormal pode falar línguas estrangeiras, mesmo que as não tenha aprendido em lado nenhum. Normalmente é um fenómeno de incorporação mediúnica, em que uma Entidade desencarnada comunica pelo corpo do paranormal; mas, em casos raros, pode mesmo ser o sensitivo que se consiga lembrar da linguagem de uma vida anterior, onde a tenha aprendido, no passado.
[3] "Mutatis mutandis", expressão latina que significa: «mudando o que deve ser mudado», ou seja: alterando certos termos ou premissas, pois a realidade dum facto apresentado no contexto é semelhante, mas não é rigorosamente igual.
P a z   P r o f u n d a ! . . .


C L I C A R :

P. A. I. Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um  Sábio  de  Portugal)*

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