As 10 Limitações da Ciência
(Face à Verdade e à Sabedoria)
«A Física, hoje, aliada à Espiritualidade, pode ajudar a equacionar e
compreender, muito melhor, numa Verdade real, grande parte das problemáticas da
vida, da morte e da Metafísica transcendental».
«No mundo actual já não há lugar para o dualismo aristotélico nem para a
dúvida cartesiana nem para o maniqueísmo religioso, como acreditou a maioria; e
no intelectualismo académico preconceituoso tem de haver real lugar para o
estudo elevado da Verdade e da Sabedoria».
Os intelectuais instruídos não gostam de ser
chamados ignorantes, nos seus académicos, doutorais e orgulhosos
"pudores". Então, que se diga
que,
por desconhecerem
as
Leis
básicas
da
Vida,
que
é Deus,
da
morte, que não existe,
e da imortalidade, que nos assiste, são apenas uns “desconhecedores”.
«Se não houvesse outros processos superiores de
Aprendizado, dentro da religiosidade e, muito mais, nos anais da Sabedoria, para
além do que nos ensina a Ciência fria e linear, a Humanidade estaria ainda
muito mais estupidificada, no seu grosseiro e materialístico pensar».
* A Ciência, que até aqui tem impulsionado e obrigado os
povos a consolidarem o conhecimento intelectual analítico e a modificarem a Civilização é, sem dúvida,
de um valor inegável e elevado. Mas torna-se tirana e criminosa quando os maus
cientistas a usam erradamente para explorar a Humanidade e oprimir os povos ou
mesmo destruí-los em guerras fratricidas. Porém, enquanto nela imperarem a
cristalização dos preconceitos neofóbicos, a dialéctica do materialismo economicista
e as problemáticas didácticas de muitos no pouco ou difícil acesso ao ensino,
impostas às classes mais desfavorecidas, a Ciência não avançará verdadeiramente.
E, no seu empirismo materialista, com uma ainda precária
organização de um sistema de síntese pouco coerente de Ensino, ainda tão mal
definido (veja-se, por exemplo, o sincretismo da Psicologia, o fisicismo da
Biologia e o teorismo da Astronomia) pretende ela ser a detentora máxima e a
exclusiva proprietária da Verdade. Que irrisão para os que aprenderam
verdadeiramente a raciocinar!... A verdadeira Sabedoria transcendental do
Espírito lhe provará, insofismavelmente, que está equivocada e que a dialéctica
do processo indutivo, "a posteriori," da sua metodologia convencional tem muito
que evoluir e um infinito de realidades para aprender.
1.ª Limitação: A Instrumentação Laboratorial
Mecanizada:
A primeira limitação que a metodologia científica nos apresenta é a
dos apetrechos dos laboratórios, das máquinas e da instrumentação científica,
em geral, que, embora indubitavelmente válidas e importantes como auxiliares na
investigação, possuem, no entanto, as suas inerentes limitações físicas,
levando, muitas vezes, os cientistas a conclusões precipitadas ou exageradas,
pois frequentemente são as máquinas que acabam por condicionar e controlar o
próprio Homem.
2.ª Limitação: Dificuldades de
Interpretação do Observado:
Obviamente que não basta observar aquilo que as máquinas nos
apresentam ou descobrem, de novo. É necessário interpretar correctamente aquilo
que se vê, quer no mundo infinitamente pequeno do átomo ou da vida microbiana
quer no infinitamente grande do Universo. Este é um dos maiores problemas da
Ciência, que luta por uma interpretação racional da Vida, da Natureza e do
Universo, mas que ainda se sustenta de tremendas e precárias dubiedades.
3.ª Limitação: Centralização Intelectualista do Ensino Oficial:
A metodologia intelectualista do Ensino oficial está baseada num
“empinar” exógeno de informação, por instrução indutiva, por excesso de
memorização e pouco raciocínio, como é a tónica do seu método aposteriorístico,
laborando de modo pormenorista e partindo dos fenómenos particulares para a
descoberta das leis gerais que os regem, desprezando, embora, as Leis
universais, que muito melhor poderiam conduzir os homens às Verdades profundas
da Vida e da Natureza.
4.ª Limitação: Os Preconceitos
Misoneístas dos Cientistas:
Em todas as épocas da evolução das Ciências, os preconceitos de
muitos cientistas sempre tentaram obstacular o avanço da própria investigação
da Ciência que, felizmente, sempre resistiu, sem nunca se deter mais do que por
um momento de dúvida ou de neofobia. Conhecidos são sobejamente os preconceitos
anti-religiosos de muitos, que não se detendo pacientemente a estudar o sagrado,
acharam, erroneamente, que este se resumia à ignorância das religiões.
5.ª Limitação: Os Processos Demasiado Analíticos da Ciência:
O método analítico, indutivo ou “a posteriori”, pode ser bom na
investigação de pormenores e para a criação de especializações científicas e de
especialistas de diversas matérias. Mas não pode descodificar as realidades
fundamentais da Natureza nem equacionar as problemáticas gerais da Vida —
inclusive da própria morte —, e muito menos compreender os Princípios
universais que regem o Cosmos e o Universo ou investigar o Princípio Divino
Universal.
6.ª Limitação: Divórcio Científico
do Religioso e do Sagrado:
Enquanto a Ciência não se tornar uma Ciência da alma, do
Espírito, da imortalidade, do Sagrado e do Divino, verdadeira e profundamente,
não poderá avançar a passos de gigante e realizar a Síntese cósmico-sapiencial
de uma verdadeira Sabedoria sem fronteiras. A Ciência e o Sagrado devem casar
perfeitamente, como o homem e a mulher, perfazendo completamente o conceito de Einstein: «A
Religião sem ciência é cega; a Ciência sem religião é coxa!».
7.ª Limitação: Carência de uma
Síntese Filosófica Coerente:
Todavia, falta realmente às metodologias da Ciência uma verdadeira
Síntese filosófico-metafísica coerente e organizada, que possa não só
interpretar correctamente e concatenar e estruturar uma verdadeira e conjuntiva Sabedoria
universal sem fronteiras preconceituosas, como unificar, verdadeiramente, todos os conhecimentos esparsos da
Ciência, que cada vez mais se fragmentam, em especializações unidireccionais,
sem a plataforma de uma unidade básica que os unifique e configure uma Verdade Real.
8.ª Limitação: A Necessidade das
Bases das Leis Universais:
Sem as bases fundamentais do Conhecimento das Leis maiores e
universais ou Leis cósmicas que regem o Universo, a Natureza e a Vida, a
Ciência apenas titubeia num empirismo mais ou menos materialista de conhecimento
analítico, linear e horizontal. No mínimo, a Ciência devia conhecer, em profundidade,
as Leis da Evolução, da Reencarnação e do Carma, não apenas num contexto
material mas numa dimensão verdadeiramente espiritual.
9.ª Limitação: A Falta do Desenvolvimento
do Investigador:
Como dizia o grande Mestre Rosacruz Max Heindel: Certamente
são maravilhosos os meios da ciência moderna, mas a melhor forma de aprender a
conhecer os segredos da natureza não é inventar instrumentos, é o
desenvolvimento do próprio investigador!». A Ciência
devia tentar desenvolver não apenas os processos didácticos avançados do Ensino
como levar os instruendos a conhecerem o “modus vivendi” correcto e elevado
para amplificarem as capacidades da memória, o aumento da inteligência, a
superioridade do raciocínio e da lógica bem como o despertar da Intuição.
10.ª Limitação: O Jogo Ambicioso
dos Interesses Mercantis:
A Ciência não pode chegar à verdadeira Sabedoria enquanto fomentar
o jogo das ambições mercantilistas desmedidas: criar misérias que os povos têm
que pagar e sofrer, a alto custo, como a criação de drogas psicotrópicas, os
negócios de fármacos doentios, a venda de armas destruidoras, os negócios
médicos com o corpo humano, a falta de “calor humano” de muitos profissionais,
a prepotência de muitos políticos e as corrupções de muitos argentários.
P a z P r o f u n d a ! . . .
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio
de Portugal)*
A Opinião e a Verdade
Numa conversa
“informal” entre duas amigas, mas de conceções de vida completamente diferentes
e diametralmente opostas, dizia, um dia, “Doxa”, a Sra. Opinião, e “Aletheia”,
a Sra. Verdade, uma para a outra, num filosófico e amigável diálogo dialético
sobre Teoria do Conhecimento:
− Ó amiga Aletheia − evidencia Doxa, cheia de presunção académica e de
pretensiosismos doutorais, emproada na cátedra dos seus cursos e diplomas
oficiais −, sabes uma coisa? Pregas muito bem a tua Moral, falas
maravilhosamente de Ética, assumes-te com ares de uma espécie de Profeta e
propalas-te de Sábia, mas − desculpa-me! −, francamente, não acredito muito nessas tuas conceções, que me parecem
tão sonhadoras e megalomaníacas!
− Mas não acreditas em quê, amiga Doxa?
Especifica melhor em que é que tu não acreditas ou, então, falando de outra
modo, em que acreditas tu, afinal, nas tuas conceções pessoais?
− Começarei por te dizer que não acredito em
muitas coisas em que acreditas, em muitas teorias que defendes; e faço-o sem
ofensa, pois no mínimo sou liberal e concedo-te a liberdade de pensares à tua
maneira, e não à minha, tal como me é difícil, de facto, perfilhar as tuas conceções.
− Muito bem, amiga Doxa, mas em que é que
achas que as minhas conceções são conceitos utópicos, talvez sonhadores para
ti, eventualmente errados, sem base nem consistência, segundo a tua perspetiva
ótica, que talvez enferme de misoneísmo e de falta de universalismo?...
− Em muitas ditas verdades em que acreditas piamente e que ensinas a
outros, numa espécie de evangelismo doutrinário. Por exemplo: a existência
desse teu Deus, conceito tão distante, que se me afigura tão irreal...; a
existência de outros Mundos, pressupostamente etéreos, imponderáveis,
espirituais; a hipotética sobrevivência da alma humana após a morte; a
“factível" imortalidade do Espírito; a suposta existência de uma Justiça
divina ou a imaginada de um destino pessoal... e tantos outros conceitos que me
parecem francamente ingénuos.
− E muito mais, muitíssimo mais, minha cara
Doxa... Mas, em primeiro lugar, quero referir-te que as minhas conceções
pessoais de “Amiga da Sabedoria” são demasiado vastas, demasiado gerais,
demasiado universais e transcendentes para serem compreendidas pela maioria,
mesmo pelos maiores licenciados do mundo, se apenas possuem conceções de vida
fechadas, limitadas ao seu mundículo pessoal ou ao seu ensino oficial,
altamente valioso mas muito limitativo, preconceituoso, pragmático,
unidirecional, e bastante inepto e ainda tão medíocre... pelo menos para dar a
Paz ao Mundo. E já deu à Humanidade real Amor, verdadeira Ética, Esperança
luminosa?...
− Mas, ó Aletheia, como posso eu acreditar em ti e no teu Deus,
estudiosa racional e científica que sou da Natureza, observadora atenta e
rigorosa dos fenómenos naturais, e tão metódica e precisa nos meus fundamentos
lógicos, matemáticos e científicos, obtidos pela minha experiência de tantos
anos de estudo valiosíssimo, porfiado e incansável?...
− Doxa, esse meu Deus é também o teu Deus e
Deus de todos: é um Poder Divino, Realidade oceânica do Cosmos e Criador do
Universo; e reside dentro de cada «Ser», de cada Consciência; é como a energia
que permeia toda a matéria. Para mim, Deus não é uma conceção antropomórfica e
infantil, representado com alguma forma ou fisionomia humanas. É um Princípio
universal, uma Força cósmica, uma Consciência dinâmica, um Oceano de Espírito.
E, depois, não foste tu nem eu quem criou as maravilhas fantásticas da Beleza e
da Perfeição em toda a Natureza-Mãe. A Natureza tem as suas leis, como bem
sabes. Mas onde há lei, há legislador; e onde há Lei inteligente tem de haver Legislador inteligente − afirmam os ditames da mais genuína Lógica racional. A mim basta-me a
beleza de uma flor, para eu ter a certeza de que Deus existe.
− Ora! Ora!... Eu com os meus estudos de
Astronomia e de Física posso explicar os movimentos universais do Cosmos e as
respetivas causas cinéticas, baseadas nas transformações da energia, nas
transferências dinâmicas e na entropia universal, fenómenos que presidem ao
nascimento, à vida e à morte dos astros, das coisas e dos seres. Isto pode ser
puro mecanicismo mas é real e científico e explica suficientemente a
fenomenologia natural sem precisarmos de qualquer Deus para explicar, de outro
modo mais abstruso, o aparecimento geral da Criação universal.
− Mas esse teu mecanicismo explicará a existência do Amor de uma mãe
pelo seu filhinho? Explicará a beleza e a perfeição de uma flor? Explicará o
“milagre” do organismo humano e de todos os corpos vivos e a magia das formas
em evolução dos animais e vegetais? Explicará a Consciência humana?...
− O meu mecanicismo pode não explicar cabal e perfeitamente a Criação, mas sugere hipóteses causais, induz a leis maiores, define proporções matemáticas, analisa correlações vitais entre as coisas e os seres − replica Doxa, de modo doutoral.
− O meu mecanicismo pode não explicar cabal e perfeitamente a Criação, mas sugere hipóteses causais, induz a leis maiores, define proporções matemáticas, analisa correlações vitais entre as coisas e os seres − replica Doxa, de modo doutoral.
− Mas contra o mecanicismo materialista o eminente astrónomo James Jeans escreveu, no seu livro «O Universo Misterioso»: «Antigamente, o Universo
parecia-nos uma grande máquina; hoje parece-nos um grande Pensamento. E já se
descortina o Grande Pensador Matemático Universal... O Universo pode melhor ser
retratado... como pensamento puro... O Universo parece ter sido concebido por
um puro Matemático!...».
− E há pouco referiste bem, Doxa: “hipóteses”!... A Ciência vive tanto
de hipóteses e teorias, de dúbias ou erradas interpretações dos fenómenos
observados. Não basta observar-se fenómenos, mesmo com tecnologia de ponta! É
preciso sabermos interpretá-los, saber compreender aquilo que se vê e observa,
que se mede ou pesa!... Ou, então, cair-se-á no impasse do Princípio da Incerteza de Heisenberg. O Amor, o pensamento, a Consciência, a
gravidade, a matéria, o tempo, o espaço cósmico..., a Ciência saberá realmente,
essencialmente, o que são? De modo nenhum!...
− Sabemos muito bem o que é a matéria! −
Atalha Doxa toda presunçosa. Já a esmiuçámos com o microscópio eletrónico e
descobrimos o átomo e os fantásticos campos de energia da microfísica, as
partículas subatómicas, as forças nucleares, etc. Até temos equações
matemáticas bem definidas para explicar um sem-número de fenómenos naturais,
dentro do microcósmico átomo!
− Não duvidamos disso! Do que duvidamos é que
vós, cientistas, saibais muito sobre isso! O muito que sabeis afigura-se-nos o
conhecimento infantil face ao de um adulto, pois que os Mestres da Sabedoria
sabem o que são as partículas dentro das partículas (a essência substancial
múltipla dos eletrões, protões, neutrões, mesões...) e o ensino académico não o
sabe, absolutamente, e esses Mestres conhecem “de visu” (por experiência pessoal) e traduzem, em complexas equações
matemático-metafísicas, as forças eletromagnéticas, manifestadas em múltiplas Dimensões
(Planos cósmicos, Mundos espirituais ou Universos paralelos), que dão vida,
substância e dinamismo à matéria, a partir do Espírito criador e coordenador,
passando pela energia organizadora e vitalizadora e acabando na matéria criada
e organizada. Eis a Chave-mestra da Criação da vida universal!...
− Mas, olha lá, ó Aletheia, sabes que nós,
cientistas, em Astronomia e em Astrofísica costumamos dizer que não precisamos
de Deus nenhum para explicar os movimentos e a Criação universal, pois que, se
pusermos água num balde e azeite por cima da água e remexermos tudo em círculo,
com uma vareta, formam-se movimentos espiralados que fragmentam o azeite em pedaços
mais ou menos arredondados, à semelhança da criação dos sistemas solares, a
partir de cada nebulosa-mãe primordial, formada de
gases primários. Assim, que necessidade temos de algum Poder Divino criador
para explicar de outra maneira a fenomenologia da criação do Universo?
− O erro dos que pensam assim, cara Doxa, é não perceberem que aquele
que faz a experiência é que a conduz com o movimento da vareta. Deixa de girar
a vareta na água e vê o que acontece! Observa como tudo pára, como tudo volta
ao repouso original, ao estado de inércia.
Aí é que a necessidade do impulso cinético do experimentador corresponde
exatamente à necessidade apodítica da existência insofismável do Poder da
Vontade do Divino Criador.
− Ó Aletheia, mas acreditar noutros Mundos
invisíveis, numa alma imortal, num Espírito eterno e em coisas semelhantes não
te parece fantasia, credulidade ou superstições? Eu acredito no que vejo;
acredito no que a Ciência pode provar, no meu agnosticismo; acredito que existo
aqui e agora. Tenho-me assumido como racionalmente
agnóstica, positivista e materialista, e mesmo existencialista e niilista, pois
ainda ninguém me provou que Jean-Paul Sartre não tinha razão, quando dizia que “viver é
viver para o nada”, pois a morte é o fim
de tudo! Sei que nasci e sei que hei-de morrer um dia!...
− Lamento a tua posição tão extremista, mas
com essa rigidez lentígrada e tardígrada de conceções apenas demonstras
ignorância − desculpa-me se o termo é forte demais! −, falta de conhecimento
das últimas descobertas científicas sobre: reencarnação, clarividência,
telepatia, telecinese ou psicocinese, Experiências de Morte Iminente (EMI ou
NDE), aparições comprovadas (e fotografadas) de
fantasmas, contactos mediúnicos com o Além, com os falecidos ou desencarnados,
fotografia Kirlian e estudos científicos sobre as auras e as energias
bioenergéticas e psíquicas, etc.
− Mas o próprio Aristóteles afirmou
(parafraseado por John Locke) que: “Nihil
est in intellectu quod prius non fuerit in sensu”, isto é: nada existe na mente que, primeiramente, não
tenha estado nos sentidos. De facto, sendo a mente “tábua rasa”, à nascença,
só com o tempo e a experiência dos sentidos é que pode alcançar gradualmente o
conhecimento. Por isso eu acredito mais no que vejo do que em qualquer outra
coisa, pois o invisível parece-me algo bem irreal.
− Pobre de ti, minha amiga! Acreditando só no
que vês, então não acreditarias no próprio ar que respiras; não acreditarias na
fauna microbiana que já existia muito antes de Pasteur a ter descoberto; não
acreditarias nas ondas de rádio, mesmo antes das descobertas de Heinrich Hertz;
não acreditarias nos campos eletromagnéticos antes de Maxwell, Gauss ou
Einstein os terem estudado e equacionado; não acreditarias nos
raios infravermelhos ou na luz ultravioleta; não acreditarias nos átomos porque
nunca os viste; não acreditarias nas descobertas em Física, Astronomia e
Astrofísica que outros fizeram e das quais nunca tiveste experiência direta!...
E, finalmente, não acreditarias que existes, como Ser autoconsciente, porque
nunca viste a tua própria Consciência!
− Não tive experiência direta de muitas coisas, mas outros a tiveram!
Analisaram, estudaram e comprovaram aquilo
que eu não posso comprovar aqui e agora nem experimentalmente. E, por isso mesmo, como honestos homens da Ciência
que foram, acredito verdadeiramente neles!
− “Acreditas”, dizes bem! Mas certezas
absolutas, práticas, não as tens! E se te enganaram? E se alguns deles não eram
honestos? E se alguns eram preconceituosos? E se outros se enganaram nas suas
conclusões apressadas ou limitadas por uma má ou deficiente interpretação dos fenómenos que observaram ou por instrumentação laboratorial tão
limitada para investigar os recessos mais profundos da Natureza, da Vida e do Espaço sideral, três “abismos” de
profundidades oceânicas?
− E tu, que certezas “absolutas” tens das ditas verdades que defendes e
apregoas? Em que factos, em que investigações e em que pessoas estarão baseadas
essas afirmações?
− Existe uma tradição multimilenária da
Sabedoria, de símbolos, aforismos, teoremas e axiomas metafísicos, esotéricos,
sapienciais, transmitidos de Mestre para Discípulo, via esotérica e secretista
pela qual grandes Mistérios são revelados por processos transcendentais,
ocultados desde sempre aos profanos e aos despreparados para eles, que poderiam
fazer mau uso das faculdades psíquicas e dos Poderes iniciáticos que lhes são
transmitidos, por mérito de vida pura.
Perguntar-se-á: que certezas têm esses
Mestres de que o que ensinam é verdadeiro? Eles, honestíssimos (melhor, Santos)
que são, mantêm contacto direto com as miríades de Consciências das Hierarquias
espirituais, verdadeira rede de Sabedoria universal dos Seres divinos, qual
“Internet Cósmica”, com a qual contactam e da qual recebem conhecimentos,
faculdades e poderes fantásticos de investigação e outros.
Já no Antigo Oriente chamavam a esses Poderes de verdadeira Magia branca ou
teúrgica, os “Siddhis” dos “Achecas” ou “Boddhisattvas”, que eram Mestres de Sabedoria e verdadeiros
Teurgos (Magos) e Taumaturgos (fazedores de prodígios).
Esses verdadeiros Sábios do Sagrado e do Divino podem consultar as
“memórias da Natureza” (acásicas, prânicas e espirituais) e a “Mente Divina”, e
aí podem ver claramente o passado e o futuro e podem colher, nesses arquivos
mnemónicos cósmicos, todos os conhecimentos que aspirarem, doseados segundo a
capacidade de cada um, em tremendo e gigantesco somatório de informações.
− Mas além dessa tradição oculta, esotérica,
chamada por vós “iniciática”, de comunicação desse Conhecimento dito sapiencial, donde vêm as reais capacidades de
haurir essa informação toda que afirmam possuir
esses Ocultistas metafísicos, Teurgos e Taumaturgos, como se lhes chamam?
− Acima de tudo provêm do contacto
consciencial direto com a Divindade, que nos é imanente, com a nossa
Consciência espiritual mais profunda, com o Eu Superior que todos nós, seres
humanos, possuímos e que nos revela os verdadeiros e mais profundos mistérios
da vida, da morte e da imortalidade! Depois, aquele aforismo dos sensualistas −
"Nihil est in intellectu..."
− cai por terra, sem
consistência, diante das últimas descobertas académicas sobre Parapsicologia,
sobre a investigação dos fenómenos psíquicos, feita por alguns dos maiores e
mais eminentes homens de Ciência que se
dedicaram ou dedicam à investigação do paranormal, já desde o século XIX.
Ver sem olhos físicos, ouvir sem ouvidos
físicos, mover objetos sem contacto direto, só com as forças da mente, praticar
cirurgia psíquica sem instrumentos, só com as mãos, levitar sem truques de
palco, realizar cálculos matemáticos ultra-rápidos, etc. são alguns dos muitos
fenómenos que pressupõem outros meios de aquisição de conhecimento ou que
aparentemente contrariam as leis naturais, mas apenas as normal e cientificamente comprovadas e conhecidas pela
Ciência.
− Mas, Aletheia, porventura isso já é ciência académica, estudada e
apoiada por honestos cientistas de hoje e claramente comprovada e aceite como
ciência contemporânea?
− Minha amiga Doxa, nestas seguintes Universidade e ainda noutras do mundo, esses fenómenos psíquicos já são hoje
cada vez mais estudados, com autêntico foro de Ciência académica: Em Duke, nos EUA, com Joseph Banks Rhine (falecido há poucos anos) e
sua esposa; em Leninegrado e Moscovo − Rússia; em Utrecht − Holanda; em Friburg −
Alemanha; em São José
de Pittsburg −
Pensilvânia, EUA; na Universidade do Litoral − Buenos Aires, Argentina;
no Instituto de Estudos Superiores de Montevideu − Uruguai, etc.
Tais estudos vão comprovando verdades essenciais que os grandes Mestres
da Sabedoria transmitiram ao longo dos séculos. Mesmo há mais de 100 anos que
alguns dos mais egrégios homens da Ciência já os tinham investigado: o físico
William Crookes, o professor e médico Charles Richet, o evolucionista Alfred
Russell Wallace, o astrónomo Camille Flammarion, o filósofo Immanuel Kant, o
psicólogo Wundt, Madame e Pierre Curie, o físico Ochorowicz, o engenheiro
Gabriel Delanne...
Mas deixa-me que te
diga, amiga Doxa, que foi Joseph Banks Rhine, “pai” da nova fenomenologia
psíquica na América e introdutor da Parapsicologia na Universidade americana de
Duke, que afirmou decisivamente: «... Psi é aptidão
normal do Homem, de natureza não-física... A instituição do Espírito como
distinto do cérebro, sob certos aspetos fundamentais, vem em apoio da ideia
psicocinética do Homem... Em
consequência, o mundo pessoal do indivíduo não tem inteiramente por centro as
funções orgânicas do cérebro material!... Existe algo extrafísico ou espiritual na personalidade humana? A
resposta experimental da Ciência é afirmativa!» − do livro “The Reach of the Mind”.
− Concluo, minha querida amiga Doxa, afirmando que:
«Uma verdade, para ser
tanto mais sólida, verdadeira e vertical, na sua essência, deve obedecer aos
cânones do nosso Coração e da nossa Consciência». E, para além de todas
as opiniões, hipóteses, teorias e dúvidas do intelecto analítico e linear,
dicotómico, horizontal e unidirecional, deve obedecer cada vez mais a estes
três princípios temporais e às suas respetivas premissas cognitivas,
unificando-os numa visão sintética de horizontes cada vez mais intemporais em que o passado, o presente e o futuro se
conjuntem na nossa própria Consciência espiritual (e divina), onde está a Luz
da Verdade eterna, ou seja, da Sabedoria e do Amor, o Eterno Presente, a
Verdade Real e a Verdadeira Sabedoria, que apenas nos advém com o verdadeiro
Amor de Deus, pois ambos confluem da Realidade oceânica do Espírito Divino.
As 3 Premissas da Verdade
* Há Verdades
profundas, gerais, universais, das quais os Sábios do Espírito (Mestres da
Sabedoria) conhecem os fundamentos matemáticos e metafísicos, embora os
intelectuais do conhecimento (cientistas) pouco ou nada saibam sobre isso; e a
maioria, em geral, não sabendo nada, acredita porque sente, numa intuição
coletiva e universal, que essas Realidades existem nalgum “recanto” da
Natureza: a existência de Deus; o Mundo espiritual; a presença da nossa
Consciência; a imortalidade do Espírito, a Justiça divina; o Destino pessoal; a
prevalência do Bem; e a compensação para o Sofrimento, etc.
Mas vejamos quando é que uma verdade pode ser considerada verdadeira:
* Uma verdade é tanto
mais verdadeira, neste limitado mundo material, quanto mais estiver estribada
numa conceção intemporal da nossa busca do Conhecimento real e do Saber eterno,
espiritual.
1.ª ) Passado – Quando está
perfeitamente harmonizada com os Ensinamentos sagrados da Filosofia arcana da
Antiguidade e traduz as bases esotéricas fundamentais da Sabedoria antiga das
Escolas de Mistérios do Mundo, bem como os Ensinamentos gerais dos grandes Instrutores
espirituais e duma hermenêutica correta dos Textos religiosos, à Luz do Ocultismo
sagrado do Esoterismo.
* O erro de alguns,
pouco amigos da investigação elaborada e científica, é o apego ao passado das
tradições confusas das religiões misoneístas e conservadores nos seus dogmas
retrógrados e interpretações literalistas dos Textos Sagrados, baseadas nos
processos analíticos do intelecto separatista.
2.ª ) Presente – Quando está
solidamente fundamentada e é apoiada pelas mais genuínas descobertas da Ciência
moderna e contemporânea e quando está respaldada pelas investigações de
eminentes e probos homens da Ciência académica (Ex: William Crookes, Camille
Flammarion, etc.) e pelas máquinas que vão revelando paulatinamente o lado oculto da vida,
como a fotografia Kirlian.
* O erro de alguns – que
podem ser muito amigos da investigação científica mas pouco sensíveis de coração – é ficarem limitados pelos preconceitos materialistas ou mentalistas da personalidade ou limitarem-se demasiado pelos agnosticismos na escravidão às máquinas a que aqueles os obrigam.
3.º ) Futuro – Quando está virada
para o futuro da investigação científica, filosófica e mística, com a mente do
investigador aberta sem dogmas neófobos de crédulos (crentes cegos) nem
preconceitos cristalizados de céticos (Ex: agnósticos ou niilistas), e sempre
disposto a aprender, sem que fique limitado apenas pelo que já foi
descoberto até hoje, pois há um infinito de verdades para serem descobertas.
* O erro de alguns
é ficarem a sonhar demasiado inertes, em “misticismos” doentios, mal conduzidos,
sem consistência, em devaneios utópicos de uma imaginação pouco criativa que
não se apoie nos alicerces básicos da Sabedoria antiga nem nos fundamentos
centrais da Ciência contemporânea.
* Para a comunicação com a
Sabedoria, para o contacto consciencial e a ligação com a “Internet Cósmica” da Consciência universal
coletiva dos Mestres da Sabedoria e de Deus, são necessárias:
A caminhada na “Via da
Pureza”, a vivência na “Doutrina do Coração” e a “Penetração no Silêncio”
místico do nosso Ser, bem como a dinamização espiritual da mente pelo Estudo do
sagrado, pela Meditação espiritual, o Desapego do materialismo e a entrega da
nossa vida ao Serviço divino pelos outros.
− A ignorância
prosaica mal comunica com o conhecimento dos outros, de “viva voz”; a Ciência
académica mal comunica com o saber real dos Mestres, por “telemóvel”; mas só a
verdadeira Filosofia sagrada pode comunicar com a Sabedoria de Deus, por
meio do “satélite” místico do Coração e do Espírito.
E as discussões entre
as pessoas, sobre a Verdade, são como a fútil questiúncula entre duas crianças
que, comunicando por telemóvel e colocadas uma em cada extremidade duma estrada
comprida, jurariam que perto de cada uma delas a estrada é, indubitavelmente,
muito mais larga do que ao fundo.
Porém, quem estiver
colocado por cima da estrada, a meia distância entre as duas crianças, perceberá,
claramente, que a estrada, em verdade, é tão larga de um lado como na outra
extremidade.
* É essa a diferença entre a limitada
visão analítica e unidirecional dos extremos pendulares da mente intelectual
dos pseudo-filósofos académicos e a visão sintética e conjuntiva da Consciência
racional-espiritual dos verdadeiros Sábios da Metafísica transcendental, na via
do Coração, do Sagrado e do Espírito.
*
A Ciência académica, se não é infantil, nas suas empíricas conclusões, não
passou, ainda, da mera adolescência, face à Sabedoria universal da real Metafísica
cósmica dos Corações, do Espírito e da Consciência.
Ver muitos mais
Aforismos em:
P a z P r o f u n d a ! . . .
C L I C A R :
P.A.I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio
de Portugal)*
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