Nova Civilização Mundial
Da Nova Mentalidade
Mundial
P O V O S D A T E R R A I N T E I R A:
D E S P E R T A I ! D E S P E R T A I ! D E S P E R T A I !
Povos da Terra Inteira, Despertai:
Para a Sabedoria Cósmica do Espírito!...
1.ª PARTE — A NOVA POLÍTICA MUNDIAL da Justiça:
2.ª PARTE — A NOVA RELIGIÃO
MUNDIAL do Amor:
3.ª PARTE — A NOVA CIÊNCIA MUNDIAL da Sabedoria:
1.ª PARTE — A NOVA POLÍTICA MUNDIAL da Justiça:
EIS O LEMA BÁSICO DA POLÍTICA DA JUSTIÇA DAS CONSCIÊNCIAS:
«NÃO HÁ MAIOR POLÍTICA DO QUE A ORIENTADA PELO CORAÇÃO;
NÃO HÁ MAIOR JUSTIÇA DO QUE A EDIFICADA PELA CONSCIÊNCIA»...
2.ª PARTE — A NOVA RELIGIÃO
MUNDIAL do Amor:
EIS O LEMA DA RELIGIÃO DO AMOR UNIVERSAL DOS CORAÇÕES:
«NÃO HÁ VERDADE MAIOR DO QUE A DIVINDADE DO ESPÍRITO;
NÃO HÁ RELIGIÃO SUPERIOR AO "AMOR DOS CORAÇÕES"!...».
3.ª PARTE — A NOVA CIÊNCIA MUNDIAL da Sabedoria:
EIS O LEMA DA CIÊNCIA CÓSMICA DO ESPÍRITO E DO CORAÇÃO:
«NÃO HÁ CIÊNCIA MAIOR DO QUE A VERDADE
ESPIRITUAL...
DO AMOR-SABEDORIA DE DEUS
EIS A GLÓRIA
MUNDIAL... DESTA NAÇÃO DE PORTUGAL!
TRAZEMOS A
VERDADE LIBERTADORA DA ILUMINAÇÃO,
A SABEDORIA CÓSMICA ESCLARECEDORA, SAPIENCIAL,
E A CHAMA ACESA EM AMOR UNIVERSAL DO CORAÇÃO.
CONSULTAI
O VOSSO PRÓPRIO CORAÇÃO!
Se tudo isto que aqui ledes achardes
Puro e Verdadeiro,
Nobre e Digno, Válido e Elevado... e
também Libertador,
Então, ajudai-nos a divulgar melhor e o
mais possível
A todos os corações e à Humanidade Mundial, por
AMOR!
Não estamos aqui para enganar ninguém!
Estamos para SERVIR!...
Trazemos:
A
Nova Política Mundial de Justiça,
A
Nova Religião Cósmica da Sabedoria
E a Nova Ciência
Sapiencial do Espírito:
Não
dogmáticas, não opinativas, não sofísticas, não biblistas...
Nem racistas, sectaristas, separatistas ou
segregacionistas.
Não
proselitistas, não criticistas, não derrotistas, não elitistas...
Nem economicistas, monetaristas, oportunistas e
"ignorantistas"!
Mas,
sim, moralizadoras, enobrecedoras e esclarecedoras...
E
também confraternizadoras, iluminadoras, espiritualizadoras e
divinizadoras... das almas, dos corações e das consciências!
divinizadoras... das almas, dos corações e das consciências!
P. A. I. − Paz, Amor,
Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
(Imagem captada de http://thoth3126.com.br)
A Ciência da Sabedoria
(As Diferenças Metodológicas)
3.ª PARTE — A NOVA CIÊNCIA MUNDIAL da Sabedoria:
* A
nossa mais elevada sabedoria do Universo deve servir basicamente
para medir a nossa
profunda ignorância sobre os Mistérios do Cosmos,
a insignificante pequenez humana e a ilimitada grandiosidade
divina.
A Ciência do Espírito
Lema da Ciência Universal Aquariana:
«NÃO HÁ CIÊNCIA MAIOR DO QUE A VERDADE ESPIRITUAL...
DO AMOR-SABEDORIA DE DEUS EM REVELAÇÃO SAPIENCIAL!».
«NÃO HÁ CIÊNCIA MAIOR DO QUE A VERDADE ESPIRITUAL...
DO AMOR-SABEDORIA DE DEUS EM REVELAÇÃO SAPIENCIAL!».
Aquarius-Idade
de Ouro
Não é a verdade académica,
universitária, linear e oficial que pode configurar, no Homem Sábio, a verdadeira
Sabedoria, que é uma elevada Concepção metafísica, cósmica e universal.
O Ensino organizado, convencional,
pode não configurar a verdadeira Sabedoria ideal, mas dá-lhe plataforma mental,
sólida base estrutural e fundamentos no âmbito da periferia intelectual.
Temos
que começar a esquecer e a superar a rigidez errada da maior parte das
convenções e começar a raciocinar, com a Lógica elevada da mente iluminada, com
os Puros Corações.
A CIÊNCIA E A SABEDORIA:
«A verdadeira Ciência não deve ser um frio e linear
lucubrar em conceções analíticas fechadas no tecnicismo ou no materialismo
nocional, mas um conhecimento correto, vertical e transcendental da Racionalidade
superior, equilibrada numa elevada preparação da alma, psicológica e espiritual». Há muita gente que não
consegue distinguir facilmente um cientista de um Sábio. No entanto, há uma
verdadeira diferença abissal entre um cientista, que hauriu o seu conhecimento nas Faculdades do Ensino oficial e um verdadeiro Sábio do Sagrado e do
Transcendental, da Metafísica cósmica que, embora
tendo estudado no Ensino académico, frequentemente, também, não se contentou
com o pouco que lhe transmitiam e quis procurar e encontrar o Saber Real, a
Verdadeira Sabedoria, a Verdade acerca das problemáticas mais complexas da Vida humana.
Mas que Verdades são essas tão complexas que
nas universidades do mundo não sejam estudadas devidamente? − Perguntar-se-á. Se
perguntarmos a um dos mais renomados cientistas do Planeta se sabe o que é a
sua própria Consciência, terá que responder que não sabe, de facto, a não ser
que seja também detentor da Sabedoria eterna do Espírito. Isso porque o Ensino
convencional, enfermando demais de pragmatismo e de profissionalismo, leva a
que os alunos se instruam em pormenores analíticos (também válidos e
necessários, é certo) e quase nada saibam dos contextos gerais e profundos da
própria Vida: da morte, da Fé, do Amor, da alma, do Espírito, da Consciência,
do Universo e do Cosmos (que é a Alma macrocósmica da Natureza Universal).
Se perguntarmos à generalidade dos cientistas
qual é a finalidade da Vida universal e se existe realmente vida extraterrestre
no Universo; se sabe o que é e como se processa a vida depois da morte, se sabe
o que é o "cosmos" profundo da psicologia humana; se sabe de onde
viemos ao nascer (e não apenas do ventre da mãe) e para onde iremos ao morrer
(e não apenas para a tumba do cemitério); se lhe perguntarmos donde vem e o que
é o pensamento e qual a natureza intrínseca do Amor de uma mãe (ou pai) pelo
seu filhinho; se sabe o que é e onde está o Ser Divino e o que faz, esse
cientista ficará sem respostas, diante de tudo o que ignora, que é um
verdadeiro universo de coisas. Só na Sabedoria Esotérica e Iniciática do
Sagrado e do Espírito as respostas começam a vir aos milhares (sem exagero
algum).
Mas o que é a verdadeira Sabedoria?... —
Perguntar-se-á.
A real Sabedoria ou Sapiência... “Sapientia”,
em latim, era, já na Antiguidade, muito diferente de “Scientia”, donde
derivou «Ciência». A Ciência está baseada mais no conhecimento analítico,
intelectual, da mente concreta e do pensamento linear, dicotómico, horizontal,
unidirecional, pormenorista e fragmentarista. A Ciência é um conhecimento
técnico que conduz à especialização unidirecionada numa vertente específica de
conhecimento, e não possui uma unidade conjuntiva e reintegrativa de Sabedoria
de Síntese unitária. É um conhecer muito limitado e empírico de efeitos
(fenómenos) e não um Saber real pelas Causas gerais das coisas e dos seres. Por
isso a Sabedoria arcana dos Mistérios sempre ensinou desde a Antiguidade e na
Idade Média: “Vere Scire per Causas Scire” (O verdadeiro Saber é o Saber
pelas Causas).
Ora, para a eclosão do verdadeiro Saber da
Sabedoria arcana, esotérica, espiritual, transcendental e divina, há que
vivenciar misticamente o profundo Amor a Deus (Fé, Devoção e Misticismo), o
Amor à Natureza (Respeito, Dedicação e Cuidado) e o Amor à Humanidade
(Fraternidade, Solidariedade e Compaixão). Isso porque é das Alturas cósmicas
da Intuição, do nosso Princípio crístico e do Mundo angélico, intuicional ou
búdico, que a Sapiência real conflui com esse Amor incondicional, sapiencial e
glorioso das Cumeadas celestiais do Espírito e da Consciência.
A verdadeira Sabedoria é uma Auto-Revelação
espiritual, consciencial e divina. Para a Auto-Revelação sapiencial e a
Auto-Realização iniciática na Sapiência cósmica é necessário ter uma vida
elevada de Pureza, de Honra, de Ética, de Dignidade, de Nobreza, de Respeito,
de Responsabilidade, de Piedade e de Misericórdia ou Compaixão pelos que
sofrem. Quando o Eu superior (a Razão ou Espírito
Santo ou Mente Abstrata) comunica, sapiencialmente, com o ego evoluído, as
estruturas-padrões modulares da Sabedoria cósmica e espiritual são transmitidas
à mente em símbolos arcanos arquetípicos, a partir da Consciência Divina, em
nós todos imanente, que expressam os Mistérios estruturais do Cosmos e a
Arquitetura da Criação universal que em tudo está presente.
Na
Idade medieval, todo o fenómeno dito «milagroso» era atribuído à intervenção
divina ou considerado violação das leis da Natureza, por parte, por exemplo, de
um grande Iniciado (ex: Cristo), que produzia os tais "milagres". Sem
infirmar esses fenómenos de transcendentalidade paranormal, hoje sabemos que se
processam
sob leis precisas
que os Iniciados conhecem e que apenas contrariam o conhecimento prosaico que a
maioria tem sobre as leis naturais conhecidas, não as violando, tal como quando
pegamos num lápis e a mão o segura sem cair sabemos que não anulámos, de facto,
a força de gravidade mas apenas sobrepusemos à queda do lápis uma força maior
(dos dedos que o seguram).
Se o medievalismo achava que fenómenos
insólitos eram «milagres de Deus», e hoje as inteligências mais racionais não
aceitam, e com razão, esta interpretação linear e simplista, também não podemos
aceitar que os cientistas, diante do que ignoram, sem estudarem profundamente,
apenas digam «ninguém sabe». Não podemos fazer concessões desta frase nem a
cientistas nem a cépticos nem a dogmáticos, porque ninguém pode negar o que
desconhece e falar autenticamente do que ignora e, muito mais, negar sem
fundamento o que outros sabem. E também porque sempre houve na Terra pessoas
que sabiam muito acerca desses ditos "mistérios" que o cientista
ignora "in limine" e "in totum".
Há quem
afirme, por exemplo, na sua natural e "douta" ignorância, sem possuir
conhecimento algum da vida além da morte, que: «Do Além ninguém sabe nada»
ou «Deus não deu o seu segredo a saber a ninguém». Ora, tal nunca foi
verdade. E essas pessoas ingénuas usam uma expressão parecida com a da ignorância
religiosa medieval que afirmava (e continua a afirmar) também: «É
milagre!...»; ou «Foi por Deus!...»; ou tal como algumas ignorâncias
instruídas das ciências às vezes afirmam, enfaticamente: «Aconteceu por
acaso!...» ou «Ninguém sabe!...».
O «acaso» é a
"lei" sem Lei dos ignorantes que, sem nada estudarem do Sagrado e do
Oculto, desconhecem os fundamentos causais superiores da universalidade da
Vida: do Cosmos, das coisas e dos seres. E todos aqueles que afirmam o «Ninguém
sabe!» não sabem verdadeiramente o que dizem, nesse contexto. Em todas as
épocas da Humanidade sempre houve gente que sabia muitíssimo do Além
e da imortalidade. E «milagres» não são intervenção directa de Deus ou coisas
acima da Natureza, ditas "sobrenaturais", mas prodígios de uma ordem
natural superior de coisas, oriundos de Naturezas ocultas, invisíveis, energéticas ou
espirituais, realidades que presidiram e deram plataforma às coisas materiais e
aos seres manifestados nos mundos da matéria.
Ninguém pense,
erroneamente, que pretendemos, de algum modo, desvalorizar ou negar o grande
valor do Ensino académico ou minimizá-lo no que lá se ensina, como inútil ou
medíocre. De modo nenhum! Afinal a ele devemos o progresso tecnológico e
informático do mundo. Negar estes valores seria absurdo. O que pretendemos é
colocar o Ensino oficial no seu correcto lugar, face à verdadeira Sabedoria do
Sagrado (não a das religiões) e do Espírito. E ninguém pode fazer exactas
comparações a não ser quem conhece esta muito bem e a viva na Auto-revelação
divina. E só o Mestre dos Mistérios sagrados a vive em profundidade.
De modo que
não são os cientistas, nem de longe, que estão em posição exacta de fazer correctas
avaliações daquilo que desconhecem, e estas só são possíveis pelos verdadeiros
Sábios (que, quase sempre, também conhecem o Ensino académico). Afinal, dentre
os cientistas saídos das Faculdades sempre se destacaram homens eminentes
(Albert Einstein, Mahatma Gandhi, William Crookes, etc.) que, se não foram
Grandes Sábios, foram já egrégios sábios, que acreditaram ou tentaram procurar
um pouco a Verdade Maior, mas que não vieram ao mundo para viverem totalmente
para ela, porque tinham outras missões ou, em geral, não estavam preparados
ainda para a elevada Sabedoria arcana (dos Mistérios iniciáticos) que, apesar
de nos conduzir ao Infinito, também exige muito ou mesmo muitíssimo de nós.
Quando Albert
Einstein, no seu brilhantismo científico e intelectual, formulou uma das bases
fundamentais da Física, ao postular: «A matéria é energia condensada»,
lançou as bases ou, pelo menos, a "pedra basilar" para a verdadeira
compreensão da criação da Natureza física, proveniente da manifestação divina.
Mas este físico esqueceu-se ou não sabia que a energia é «espírito condensado».
Essa é a lógica natural da substancialização das coisas. Os físicos da
actualidade bem o "desconfiam", embora titubeiem, a medo, diante do
ignoto, mas não incognoscível.
Bill Hicks, músico e comediante americano,
parafraseando Albert Einstein, disse: «Toda a matéria é somente energia
condensada a uma vibração lenta. Então nós somos todos uma consciência que se
experimenta subjectivamente. Não há nenhuma tal coisa como a morte. A vida é só
um sonho. E nós somos a imaginação de nós mesmos». E lembrem-se os que
duvidam disto de que a vida é apenas uma questão de perspectivas: ópticas,
mentais e espirituais. E tudo isto que vemos nos parece real porque estamos do
Lado de Cá; mas, partindo para o Lado de Lá da morte, as perspectivas mudam e,
como no filme "Ghost", o Espírito do Amor, a realidade,
depois, torna-se outra, completamente diferente.
Foi o eminente
físico inglês Arthur Eddington (1882-1944) que postulou a tese do «Primado do
Espírito», como realidade maior, geratriz de toda a Natureza e do próprio
Universo. A água, assumindo os três estados fundamentais naturais, ao
condensar-se: do estado gasoso, do vapor, ao estado líquido e, depois, ao sólido,
no gelo, expressa bem o fenómeno similar e analógico da Unidade da Substância
Divina, que se manifesta na trilogia: espírito, energia e matéria. Estas
substâncias são apenas sequências de abaixamento vibratório múltiplo da Unidade
original, sendo as três substâncias conversíveis entre si, tal como esses três
estados vibratórios moleculares da água se podem converter uns nos outros, mas
permanecendo, todavia, sempre molecularmente água (H2O), dentro da
mesma base substancial.
Na dialéctica do seu primado
científico-gnosiológico, o físico A. Eddington afirma: «O Universo é puro Espírito!».
Este cientista, incontestavelmente um dos mais notáveis luminares da Ciência da
era moderna, formulou a tese de que o Universo é composto por um «Princípio»
mental ou espiritual (a diferença aqui pouco importa), aliás também um dos
princípios fundamentais da Ciência Hermética, tal como o Kybalion nos revela, a
partir de Hermes Trismegistus (O "Kybalion" é o conjunto de textos
escritos por Hermes Trismegistus, onde o grande Iniciado egípcio, expressa os
seus Princípios Filosóficos ocultos, base de toda a Filosofia Hermética),
na expressão do primado superior do Universo: «O Todo é mente; o Universo é
mental!». E toda a Sabedoria da Índia assim o tem ensinado desde a
Antiguidade, por parte dos Sábios do Espírito, que abundaram no Oriente, desde
há milénios.
A verdade também estava na boca genial de
Einstein − que ninguém se atreveria, certamente, a chamar de místico doentio −, ao afirmar: «Não
há oposição entre a Ciência e a Religião... A Religião sem Ciência é cega; a
Ciência sem Religião é coxa... A mais bela e profunda emoção que se possa
experimentar é a sensação mística. É esta a base da verdadeira Ciência!...».
E o que é a Ciência verdadeira senão a Sabedoria da Verdade, não tanto o
conhecimento analítico da matéria como a Revelação do Espírito Divino, em nós todos? O respeito sagrado por toda
a vida que Deus criou é a forma mais elevada de religião do homem
verdadeiramente Sábio. É por isso − e não só! − que somos rigorosamente vegetarianos, pois
os animais nos merecem grande
carinho e respeito sagrado.
Igualmente, Max Planck, físico alemão, criador da Teoria
Quântica, afirmou, na sua dialéctica científica: «Não existe aquilo a que chamamos de
"matéria"; toda a matéria surge e existe apenas em virtude de uma
força que leva as partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse
diminuto sistema solar que é o átomo. Temos
de aceitar a existência de uma Mente Consciente e Inteligente por trás dessa
força. Essa Mente é a matriz de toda a "matéria"!». Sem dúvida que tal afirmação é o desabamento
mais que evidente do materialismo, que há muito deixou de ser científico, como
a tolice fátua e a ingenuidade fútil dos marxistas, positivistas e existencialistas o pretendiam, nas suas aporias
pseudo-dialécticas!...
No livro bíblico do Eclesiastes 1 pode ler-se:
9 O que aconteceu,
acontecerá de novo; e o que se fez, de novo será feito; nada há nada de novo
debaixo do sol.
Parece que o
rei Salomão também afirmava: "Nihil
novi sub sole" (Não há nada de novo debaixo do Sol).
E Cristo,
parafraseando certamente essas personagens do Velho Testamento, afirmava, tal
como narrado nestes textos bíblicos:
Mateus X,
vers. 26, ou em Lucas XII ,
2:
— “Nada há encoberto que não venha a ser descoberto;
nem oculto, que não haja de ser conhecido (sabido)” — J. Cristo.
Mas o que é realmente a Sabedoria? E quais as diferenças
fundamentais desta em relação à própria Ciência? Haverá alguns pontos de
contacto entre elas? Claro que sim! E muitos. Até porque a Ciência tem, de
facto, o enorme valor de possuir os "alicerces" da Sabedoria; mas
"paredes", bem pouco; e o "telhado" do "edifício"
da Verdade... nem pensar, embora já na posse de algumas
"pequenas-grandes" verdades, sem dúvida! Mas a Ciência está muitíssimo longe de possuir a Verdade Maior a que é
possível o Homem chegar, o verdadeiro "Homo Sapiens" (Homem
Sábio).
Não se contentem os
cientistas apenas com as pequenas verdades que a Ciência e a técnica vão
descobrindo (e que já são maravilhosas, é certo), pois ainda estamos só no
limiar das mais incríveis descobertas tecnológicas. O Universo espera por nós.
E ainda não viajamos nele facilmente, pois a
viagem à Lua foi só um pequeníssimo passo de toscos "carros de bois
espaciais". Mas para percorrer ou compreender as fantásticas vastidões
oceânicas do Universo, a Ciência não tem nem veículo minimamente eficiente nem
medidas verdadeiramente válidas, por muito que as procure.
A Ciência académica tem que aprender que as
leis relativísticas de Einstein, por muito válidas que sejam, para além da
mecânica newtoniana, ainda têm os limites inerentes da própria precária
investigação e interpretação científicas que fazem delas, face à grandeza prodigiosa do Universo e às dimensões
incalculáveis (ou muito dificilmente calculáveis) dos sistemas estelares e das distâncias intergalácticas que
"atordoam" os homens do cientificismo, tecnicismo e materialismo, enfermando ainda de uma mediocridade lamentável de interpretação literal, linear ou superficial das
coisas, e ainda tão prisioneiros de um tosco geocentrismo da vida.
No seu superficialismo científico, a Ciência
afigura-se-nos com muita propriedade como um nadador de superfície que, não se
contentando em olhar o mar do alto das ribas, decidiu, um dia, começar a nadar
no oceano para ter certezas mais exactas sobre o mar. E lá foi nadando à
superfície, muito entusiasmado com a ideia de poder, depois, dizer aos amigos e
familiares quão belo, fresquinho e vasto é o oceano. Mas, não tendo fato de
mergulho nem outro equipamento, apenas se limitou a nadar à superfície, sem
nada saber das profundezas oceânicas: dos cardumes de peixinhos, das florestas
de corais, dos galeões afundados, talvez cheios de tesouros espanhóis.
Assim nos parecem os cientistas que,
"nadando" apenas à superfície da matéria e, agora, muito debilmente a
entrarem no estudo das energias e das ondas que se vão descobrindo, e no limiar
quase insignificante da descoberta do Universo, com os seus limitadíssimos
conhecimentos das portentosas realidades cósmicas, ainda não se atreveram a
"mergulhar" nas profundezas realmente oceânicas do Cosmos do Espírito
e dos Mundos Ocultos, transcendentais, energéticos e espirituais, onde a Vida
se processa em ímpar grandiosidade, muito para além da matéria, nos
"desvãos" gloriosos do infinito, onde o Divino Criador labora
permanentemente na contínua criatividade sem fim de Mundos Ignotos e
fantásticos que permeiam o espaço sideral.
O Simbolismo dos nadadores de superfície do
oceano da Vida, da Natureza e do Universo pode ser mais bem compreendido numa
pequena metáfora, comparando o cientista a um nadador superficial
aventurando-se no mar, tentando conhecer a vastidão do oceano. Podemos, metaforicamente,
conceituar a evolução do Conhecimento, comparando-a a alguém que procura
conhecer esse oceano, pois relativamente aos 3 níveis gerais do Conhecimento,
nomeadamente acerca da própria Vida, ainda não encontrámos metáfora mais exacta
do que esta dos nadadores e do oceano, na óptica de uma personagem em graus de
perspectiva diferentes.
Nessas perspectivas particulares do buscador da Verdade
encontraremos 3 Câmaras gnosiológicas fundamentais na evolução do conhecimento
dos investigadores. Vejamos:
AS 3 CÂMARAS
GNOSIOLÓGICAS:
1.ª ) Câmara da Ignorância − É como alguém que
olha o oceano de longe, do alto das arribas, vendo apenas uma grande extensão
de água e uns barquinhos "muito pequeninos" à distância, e diz: − «Eu já conheço
o mar. Já sei o que é o oceano, em toda a sua grandiosa extensão, pois observei-o
bem do alto da riba!».
2.ª ) Câmara do Conhecimento − É semelhante
a esse alguém que não se contenta em olhar o mar ao longe mas que o quer
conhecer de mais perto e se decide a ir nadar pelo mar dentro. Então dirá: − «Eu achava que sabia o que era o mar, mas agora, sim, sei perfeitamente
o que é o oceano!».
3.ª ) Câmara da Sabedoria − É similar a esse
nadador que, não se contentando apenas a olhar o oceano ao longe nem a nadar
apenas à superfície, decide comprar um fato de borracha e garrafas de oxigénio
e mergulhar bem fundo nas águas do mar. Então, aí poderá afirmar, seguramente: − «Eu pensava que
conhecia já o mar, suficientemente, nadando apenas à superfície. Que ilusão!
Mas agora, sim, conheço verdadeiramente o oceano, nas suas profundezas magníficas,
tão vastas, tão belas e tão profundas!»...
E continuava este mergulhador: − «Realmente!...
Só hoje conheço as profundezas do mar: os cardumes de peixes tão variados,
tantos crustáceos diversos, os zoófitos maravilhosos e as florestas submarinas
de algas tão encantadoras, os bancos de coral tão variegados e tantas e tantas
conchinhas de tamanhos e cores tão diversas... Mas também sei que estas
maravilhas são apenas uma pequenina parte que investiguei do oceano grandioso,
vastíssimo e incomensurável, oceano que é ilimitado para mim!».
E nós todos,
em abono da sinceridade e da humildade, temos muito mais para descobrir e
muitíssimo mais o "Mar do Universo" e o "Oceano do
Espírito" têm para nos revelar, na sua imensa, portentosa e incomensurável
grandiosidade divina!... Este último nível, o da Sabedoria, Sapiência ou
Sageza, dos Grandes Iniciados, é a Síntese universal da Verdade alcançada e
revelada no díptico do Amor-Sabedoria, que só o Mestre ou Adepto dos Mistérios
Iniciáticos realiza plena, verdadeira e profundamente, e é ele o verdadeiro Sábio ou Sage, o real "Homo Sapiens", e a meta de
chegada da evolução humana rumo à Perfeição espiritual.
O Reino dos Céus da Verdade, o Reino de Deus
da Sabedoria, o Reino da Magia do Poder, o Império de Luz do Amor e o Reino de
Sonho da Felicidade estão, de facto, dentro de nós todos. Todos os verdadeiros
Sábios o afirmaram, ao longo dos milénios, porque o viveram, convidando-nos a
ascender, o mais rápido possível, à Perfeição, em todo o nosso contínuo "processus"
evolutivo, pois essa é a finalidade suprema da nossa existência, face à Vida do
próprio Universo e de toda a Natureza, afinal. A carência deste Ensinamento sapiencial
da Metafísica cósmica, do Esoterismo transcendental e iniciático é o mais grave
erro das Ciências analíticas, horizontais, convencionais, e também das
religiões ainda demasiado ingénuas.
Mas dessa
grandiosidade do nosso futuro (e, para alguns, já existe no presente) a Ciência
nada sabe, porque o véu das suas lineares e periféricas percepções,
observações, opiniões e conclusões ainda é demasiado denso, translúcido e
obscurecido (e obscurantista também, nos cientistas misoneístas, que preferem
viver à sombra dos preconceitos obtusos e das aporias das dúvidas intelectuais).
Senão vejamos estas palavras de Cristo, que era um genuíno portador dessa
Sabedoria imarcescível, luminosa e eterna da
Verdade, muito acima dos rasteiros materialismos da linearidade prosaica das
elites instruídas das ciências:
«Vós sois
Deuses!»; «O Espírito de Deus habita em vós!»; «O Reino de Deus está dentro de
vós!»; «Sede perfeitos como perfeito é o Pai que está nos Céus!» — Ensinou o Cristo do Amor. E S. Paulo, parafraseando o Mestre da
Galileia, também pontificou, nas suas prédicas: «Não sabeis que sois templos
vivos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?!... Sagrado é o
santuário de Deus, que sois vós!... Vós, porém, não estejais na carne,
mas no Espírito, pois o Espírito de Deus habita em vós!...».
Sabemos
perfeitamente que estes "biblismos medievalistas" enfastiam muitos
cientistas, mas nós, sem sermos, de modo nenhum, biblistas, exclusivistas e
rigoristas... nem medievalistas acerca de um livro tão cheio de erros (de
cópia, de tradução, de acréscimos, de truncagens, etc.), gostamos de citar
algumas frases sábias que também lá estão, especialmente na Mensagem de Cristo.
Afinal, a Bíblia tem sido o livro mais divulgado no mundo. Os Sábios do Sagrado
não podem nem devem desprezar o saber que também está na Bíblia, muitas vezes
expresso em enigmáticos simbolismos: em metáforas, alegorias e parábolas, conforme muito do
Ensinamento transmitido pelo próprio Cristo.
Mas vejamos,
agora, esta sinopse que elaborámos sobre algumas diferenças fulcrais entre a
Ciência e a Sabedoria:
1.º ) A Ciência está baseada,
fundamentalmente, no processo de exterioridade cognitiva "a
posteriori", numa metodologia indutiva de investigação superficialista,
preocupando-se com o estudo dos factos do particular para o geral, do menos
para o mais, dos pormenores para as generalidades, dos fenómenos para as leis.
A Sabedoria
prefere laborar no método "a priori" e dedutivo de procura
profunda da Verdade, visando estudar os Princípios gerais que configuram o Universo e
as Leis universais que regem o Cosmos, investigando do mais para o menos e não
se detendo nem entretendo em pequenas verdades de pormenores demasiado analíticos.
2.º ) A
Ciência, na sua evolução a partir do particular e do "processus"
demasiado pormenorista da metodologia científica, é comparada a alguém que,
diante de uma alta montanha, prefira deter-se na sua base, entretida a estudar
pedrinhas, insectos ou flores, sem se atrever a subir ao cume onde divisaria
uma vastíssima panorâmica em derredor.
A Sabedoria,
ignorando em grande parte esses pormenores analíticos do sopé da montanha,
prefere aventurar-se na subida ao alto cume da serra e, a partir daí,
deliciar-se e maravilhar-se com o espectáculo vasto e soberbo que passa a
descortinar das alturas, contemplando as maravilhas da panorâmica imensa que
vislumbra do alto dessa serrania.
3.º ) A
Ciência evolui linear e perifericamente, investigando a superfície das coisas e
a superficialidade dos seres, num contexto mais terra-a-terra, físico e
material e pouco energético, mesmo no materialismo superficialista da
psicologia académica, muito distante de compreender os mistérios do cosmos
interno, anímico e espiritual do Homem.
A Sabedoria
prefere evoluir em modo esferoidal e espiralado, na centralidade espiritual e
na investigação e conjunção profunda das Realidades maiores das coisas, dos
seres e do Cosmos, num estudo de contextos profundamente energéticos e hiperfísicos e
intrinsecamente metafísicos e espirituais, bem centralizada nas profundezas do
Homem e em Deus.
4.º ) A
ciência é analítica, disjuntiva, fragmentarista e especializadora, visando
estudar primacialmente a Natureza, em contextos mais físicos, biológicos,
fisiológicos e bioquímicos, estando polarizada no materialismo, no
profissionalismo e no pragmatismo, perdendo muito ao não conseguir fazer ascender o pensamento e
o raciocínio às Esferas mais elevadas.
A Sabedoria é
sintética, conjuntiva e unificadora, e visa estudar primordialmente Deus e os
Planos Cósmicos do Invisível, sintetizando os Ensinamentos do Sagrado acerca
das Realidades essenciais e divinas da alma e do Espírito humanos, centralizada
que está na elevação da Moral, da Ética e da Virtude e na mira da Perfeição
Espiritual.
5.º ) A
Ciência ainda é demasiado pragmática no materialismo profissionalista, visando
o lucro e as vantagens económicas, políticas e empresariais, nos
"jogos" de poder temporal do mundo, não tendo um Ensinamento superior
que eleve verdadeiramente o Homem, ilumine a vida, enobreça a alma, sapientize a mente e
edifique a Consciência.
A Sabedoria
visa elevar os padrões da vida mais às Qualidades vitais e conscienciais, à
Pureza espiritual da alma, à Nobreza rectilínea de carácter, à Ética luminosa
dos corações, às Virtudes elevadas do Espírito, para acelerar a evolução do
Homem e a elevação espiritual da Humanidade, na busca da sua Origem divina e
dos Propósitos maiores da Existência.
6.º ) A
Ciência configura-se e limita-se mais à instrução científica, no abrilhantar as
mentes, na informação dos intelectos, na configuração da cultura mais
superficial, histórica e materialista, no empirismo academicista de uma Ciência
ainda carente de grande organização e de mais aprofundada investigação, onde
abundam os preconceitos.
A Sabedoria
está centralizada na Educação espiritual, na Iluminação dos corações, na
Sabedoria do Raciocínio, na elevação da Lógica, na realização da Cultura mais
profunda e filosófico-metafísica, no Esoterismo iniciático de uma Verdade altamente organizada pelos Princípios gerais do Cosmos, isenta de dogmas, de tabus e de
preconceitos.
7.º ) A
Ciência, entretida e distraída na investigação do particular, dificilmente tem
tempo, sequer, para procurar o universal e não encontra a Sabedoria. E, por
isso, se fragmenta cada vez mais nas especializações científicas, também
necessárias, mas perde imenso no laborar analiticamente, sem uma síntese de
Verdade sapiencial e transcendental.
A Sabedoria,
na superioridade cognitiva da investigação sapiencial eleva os padrões da sua
busca aos cânones das Realidades cósmicas, hiperfísicas e metafísicas do
Espírito, e engrandece-se no estudo sintético, elevado e profundo do universal
e na busca da Auto-Realização espiritual do próprio Homem, integrando-o em
Deus.
8.º ) A
Ciência estuda e evolui mais nos reinos da Terra e está ainda demasiado
instalada na "ara" do materialismo, vive baseada demais no economicismo e
incentiva excessivamente o consumismo, factores que aprisionam e escravizam,
governam... e desgovernam os povos, e tornam tecnocráticas − mas também infelizes − as
nações.
A Sabedoria
procura evoluir muito mais nos Impérios dos Céus, no conhecimento das
Realidades cósmicas dos Mundos Invisíveis, dos Planos Dimensionais da Vida
Espiritual, estando sediada no altar da Espiritualidade florescente, quase
desprezando o dinheiro e procurando, de modo bem-aventurado, as Possessões
espirituais, acima de tudo.
9.º ) A
Ciência gravita numa tecnocracia que ainda leva muita miséria às nações do
mundo, em forma de drogas deletérias, armamento destruidor e tecnologias
perigosas que constituem factores de aprisionamento e sofrimento dos povos,
desgraças para a Humanidade e destruição para a Natureza, nas ilusões fúteis do
modernismo.
A Sabedoria
vive na verdadeira Fé viva e mística, no pacifismo do Amor evangélico, na
grandiosidade da Sapiência cósmica, levando a Luz, a Verdade e a Vida aos povos
e a Liberdade às nações, elevando o Homem à Salvação e à Libertação do sofrimento:
na Adoração a Deus, no Respeito pela Natureza e no Amor pela Humanidade.
10.º ) A Ciência procura compreender os fenómenos físicos da
Natureza em estudos que a elevam intelectualmente mas que, frequentemente,
criam hipertrofias nas mentes práticas e pragmáticas mas preconceituosas e
misoneístas de muitos investigadores que, possuindo inegáveis valores
intelectuais, estão cilindrados para os Valores espirituais.
A Sabedoria
procura muito mais a compreensão racional acerca dos «Reinos dos Céus» que
estão dentro do próprio Homem, que só é possível desvelar quando começamos a compreender
claramente a organização ontológica profunda, do nosso "cosmos" hominal,
num contexto esotérico e a viver na prática os Ensinamentos dos Evangelhos do Mundo.
11.º ) A
Ciência com o mérito do conhecimento da Natureza, embora unidireccional, labora
demasiado no círculo das opiniões, hipóteses e teorias da filodoxia e da
historiologia, centralizadas mais no intelectual inteligir da noética
hilocêntrica do pensamento concreto, fundamentado na percepção e na observação
dos factos externos da Natureza e da matéria.
A Sabedoria,
vivendo misticamente Deus, na sua evolução esférico-espiralada, elabora ilações
profundas da Filosofia metafísica cósmica, nos silogismos elevados do
Raciocínio, na Lógica abstracta (ainda mais real) e axiomática da Racionalidade
superior, na introspecção psicocêntrica e no auto-conhecimento teognósico da
busca do Sagrado e da investigação do Divino.
12.º ) Em
suma: A Ciência busca
mais as periferias da matéria; a Sabedoria procura mais o Espírito no centro da
Vida. A Ciência é informativa, dicotómica e observadora; e a Sabedoria é mais
reflexiva, filosófica e generalizadora. A Ciência é mais opinativa e duvidosa,
analítica e minuciosa; a Sabedoria é mais axiomática e racional e mais
sintética e intuitiva.
A Ciência é
mais mental, intelectual e superficialista, na investigação da Natureza; a
Sabedoria é mais racional, espiritual e profunda, na procura do Sagrado e
centralizada no Divino. A Ciência é mais exógena nas suas opiniões, teorias e
hipóteses fisicistas; a Sabedoria é mais endógena nos seus aforismos,
axiomas e teoremas metafísicos.
Conclusão:
Para que nos
ergamos à glória da Sabedoria sem limites (a não ser das limitações humanas
mesmo na grandiosidade do Espírito), temos que estudar as chaves, as bases e os
fundamentos ontológicos (melhor: ontosóficos) e teosóficos dos Princípios que
nos são imanentes, os seus atributos básicos, as suas funções respectivas, as Leis
inerentes que os regem e os fenómenos múltiplos aos quais aquelas presidem.
O Reino dos
Céus está, verdadeiramente, dentro de nós. É a luminosidade da Consciência do Espírito de Deus, imanente em todo o Ser Humano, que tudo ilumina e tudo torna transparente. É o despertar da
Luz interior, à medida que o Homem cresce em Fé viva, Amor divino e Sabedoria
cósmica. Tal é comparável à luz do sol coando-se cada vez mais através da
atmosfera, à medida que esta se desanuvia de neblinas, de nevoeiros e de nuvens
escuras, incidindo aquele sobre a Terra de modo cada vez mais quente e
luminoso, ao nos trazer a luz e o calor que tanto nos consolam.
Se houver
nuvens escuras na atmosfera, obnubilando essa luz do sol e o calor que nos
chegam, a luminosidade e a temperatura que iluminam e aquecem a Terra baixam, a
ponto de a luz solar poder ficar completamente obstaculada e os dias
tornarem-se frios e nevoentos. Assim também é com o Amor e a Sabedoria de Deus
que não se podem filtrar facilmente através das almas poluídas, viciadas,
malévolas e animalizadas, mas que se vão infiltrando cada vez mais através da
alma pura, límpida, elevada, transparente e luminosa, desanuviada do
materialismo, do egocentrismo e da instintividade primária dos baixos padrões de vida pouco moralizada, com pouca ética, pouco pura, pouco
espiritualizada.
Mas essa Luz
do Sol Divino que em todos habita, no fundo da Consciência humana, não pode
projectar devidamente a Sua Luz resplandecente, que é a Verdade e a Sabedoria, sobre a alma
densificada e bloqueada dos que se furtam ou negam a viver a vida superior das
coisas do Espírito, na má vivência que levam: na indiferença, no vício, no
crime ou no materialismo. E é especialmente no plano moral da sua ética
descuidada, das suas ideologias rasteiras, dos seus Ideais esquecidos e das
suas tristes viciosidades aprisionantes que os bloqueios à Luz Divina se acentuam cada vez mais
e os vão fechando à Vida Superior.
Meditemos nesta verdade profunda: «As ideologias são apenas expressões
rasteiras da personalidade pensante e intelectual; os Ideais são a lúcida expressividade superior da Individualidade raciocinante e espiritual». Se
não estivermos vigilantes no despertar espiritual do que é elevado, então as nossas
almas obscurecem-se cada vez mais em vez de se iluminarem, e a Luz interior não
lhes pode conferir a Paz e a Harmonia; o Equilíbrio e a Serenidade; o Amor e a
Bondade; a Fraternidade e a Felicidade; a Verdade e a Sabedoria; o
Discernimento e a Racionalidade; a Justiça e a Liberdade. Até porque: «A
verdadeira felicidade implica uma compreensão da vida e da morte e uma natureza
espiritual, de Amor e de Compaixão!» — conforme
refere o sábio e eminente psiquiatra americano Brian Weiss, de Miami (EUA).
As
religiões (todas elas!...), pelo menos as do Hemisfério ocidental, já pouco
mais têm para oferecer à Humanidade, acerca do mistério da morte e da
sobrevivência humana, estereotipadas ou cristalizadas que estão em concepções
teológicas mais ou menos infantis, medievalistas, dogmáticas e misoneístas, não
estando a acompanhar devidamente o irreversível, imparável e vertiginoso
processo evolutivo da inteligência das ciências contemporâneas.
Para nós a Ciência não é uma deusa para culto pessoal,
mas é uma princesa de luz e de verdade, quando bem usada para
benefício colectivo dos povos. A Ciência também é divina e contém os alicerces sólidos da Sabedoria, mas é
apenas conhecimento e não a real, verdadeira e eterna Sabedoria que só
pode provir vertical e sinteticamente do Coração e do Espírito e não tanto e propriamente de modo horizontal
e analiticamente da cabeça e do intelecto.
Estamos perfeitamente cientes,
sem qualquer receio de errar, que a “religião” universal do futuro
será mais uma ciência − ou melhor, a própria Ciência espiritualizada,
sublimada, “desmaterializada”− do que uma religião propriamente dita, e que estará
mais fundamentada no Amor dos Corações entre os seres humanos e no respeito profundo pela Mãe-Natureza que nos
deu esta vida terrena e que nos acarinha com terno Amor quando nós a sabemos
respeitar.
Esse Amor e
esse respeito levam-nos necessariamente a uma vivência sã, a uma alegria
genuína, a uma felicidade verdadeira, a uma sabedoria vertical, a uma liberdade
consciente, pois nessa “religião vital” achamos exactíssima a expressão de
Albert Einstein, o “pai” da Teoria da Relatividade: “Para mim, a religião é a própria vida real, vivida com todas as verdades da nossa alma,
com toda a nossa bondade e integridade!...», tal como a de Mahatma Gandhi: «Não existe religião mais elevada do que a
Verdade e a rectidão!».
Sobre a
verdadeira Ciência da Sabedoria, foi o próprio Einstein que afirmou também este
facto «muito importante», provindo da boca de um físico tão eminente,
credenciado e credibilizado como ele, no âmbito de todo o mundo científico: «Do mundo dos factos não há nenhum caminho que
conduza ao mundo dos valores; estes vêm de outra região... A opinião comum de
que sou ateu repousa em grave erro... Não há oposição entre a Ciência e a
Religião; apenas há cientistas atrasados, professando ideias que datam de 1880. A Religião sem
Ciência é cega; a Ciência sem Religião é coxa... A mais bela e profunda emoção
que se possa experimentar é a sensação mística. É esta a base da verdadeira Ciência!»...
O
estudo dos campos electromagnéticos, o conhecimento das diversas formas de
energia, a ciência da Teoria Quântica, a fenomenologia da Teoria da Relatividade,
as novas descobertas da microfísica, nomeadamente a nível atómico e nuclear,
são revoluções que vêm em apoio da Verdade eterna da nossa sobrevivência e imortalidade, quando se sabe enquadrar, sapiencial e sinteticamente,
essas ciências nos mistérios da alma humana,
na Síntese universal que a verdadeira Sabedoria possui.
É com essas novas Ciências sapienciais, sintéticas,
reintegrativas e, digamos, holísticas que “lutamos” contra os materialismos, agnosticismos, positivismos, niilismos, existencialismos e tantos outros “ismos”, irmãos
frontais e directos do “ignorantismo”, mesmo que este esteja respaldado à
sombra de tantas das renomadas “ignorâncias instruídas” de muitas
“licenciaturas” ou “magistraturas” do mundo − que nos perdoem. Mas, face à
Sabedoria, que eles em geral desconhecem, isto é autêntico.
Não estamos, nas últimas palavras, a pretender
desvalorizar, ridicularizar ou minimizar o Ensino académico
ao qual também devemos tanto, e que tem sido uma brilhante plataforma de
esclarecimento intelectual (embora linear e horizontal) dos povos, para além do
bruxulear prosaico das consciências e da ignaridade que herdámos todos do
passado antigo. Mas apenas o pretendemos pôr no outro prato da balança, face à
verdadeira Sabedoria libertadora dos povos: que purifica a vida,
consola os corações, ilumina as almas, enobrece o carácter e edifica as consciências.
A Ciência analítica nada disto consegue
fazer.
Ao Ensino convencional devemos as maravilhosas
tecnologias que têm erguido o mundo muito além do primitivismo antigo. E,
portanto, não estamos a fazer o "papel" de ingratos e de
"iconoclastas" da Ciência. Mas os problemas essenciais da Civilização
continuam e não pouco, devido à falência desse Ensino pragmático em dar a Paz,
o Amor, a Fraternidade, a Justiça e a Felicidade ao mundo. Então, não é,
verdadeiramente, a
Ciência que, só por si mesma, pode resolver essas difíceis questões mundiais mas sim a
verdadeira Sabedoria sagrada do Espírito.
Lembremo-nos que o já citado e eminente psiquiatra
americano, Brian Weiss, também referiu, em jeito de apoteose e hino ao Amor, no
seu livro «A Divina Sabedoria dos Mestres»:
«Já descobrimos que a
tecnologia e a ciência não são capazes, por si só, de resolver os nossos
problemas... Temos de encontrar
o equilíbrio certo. O Amor está no centro desse equilíbrio. Quando as pessoas
passam por experiências espirituais intensas, a energia do Amor é quase sempre
evocada.
Esta forma de Amor é incondicional, é absoluta e
transcendente. É como um pulsar de energia pura, uma energia que também se
reveste de características extremamente poderosas, como a Sabedoria, a
Compaixão, a intemporalidade e a consciência do Sublime.
O Amor é a energia mais básica e, ao mesmo tempo, a mais
universal. É a essência do nosso Ser e do nosso Universo. O Amor é a pedra
angular fundamental da Natureza, é aquilo que liga e une todas as coisas, todas
as pessoas. O Amor é mais do que um objectivo. O Amor é a nossa natureza. Nós
somos Amor!...».
Aforismos da Sabedoria:
* A verdadeira Sabedoria não pode residir
apenas numa Ciência de instrução facultativa, mas advém de uma profunda sensibilidade
ética, mística, racional, espiritual e intuitiva.
* O conhecimento académico é muito limitado a
empirismos e preconceitos laboratoriais; a Sabedoria esotérica do Espírito vive
na vastidão do infinito e na eternidade dos preceitos universais.
* A ignorância prosaica avança em progressão
aritmética; o conhecimento científico progride em progressão geométrica; a
Sabedoria do Espírito evolui em progressão cosmométrica.
* A Ciência académica, se não é infantil, nas
suas empíricas conclusões, não passou, ainda, da adolescência, face à vastíssima
Sabedoria universal do Espírito e dos Místicos Corações.
* O intelecto pode ter um brilho ímpar e uma
Luz brilhante; mas só pode iluminar verdadeiramente quando está pronto para receber
a Luz da Verdade do Espírito cintilante.
* A Luz dos corações puros, simples e amorosos frequentemente
possui mais sapiência do que os intelectos eruditos no brilho vaidoso e orgulhoso
da sua elevada inteligência.
* A Ciência apenas estuda quantidades finitas e
limitadas, muitas vezes, aos preconceitos; a Sabedoria transmite verdades profundas
nas qualidades virtuosas do Ensinamento dos seus preceitos.
* Ilumina muito menos um cérebro frio, de
intelecto brilhante, do que o luminoso coração dum Iluminado no Espírito
cintilante.
* Os inteligentes podem ter muito brilho na
mente instruída, em grande intelecção; mas a verdadeira Luz do Discernimento
sábio só se encontra nas profundezas místicas do Coração.
* A mente intelectual cria unilateralidades de
conhecimentos analíticos e demasiado fragmentados, na sua científica “lavoura; somente o coração pode
gerar a multidireccionalidade ilimitada da verdadeira Sabedoria sintética universal e unificadora.
* Às vezes é preciso desvalorizar um pouco a
cabeça do ego mental, quando tonta, teimosa, vaidosa ou orgulhosa, na sua preconceituosa
opinião, para revalorizar devidamente o Sentimento sábio e amoroso do Coração.
* O intelecto cria estereótipos mentais de
modelos conceptuais fechados no materialismo limitado; a Sabedoria possui
padrões espirituais de paradigmas sapienciais abertos em espiral para o
infinito estrelado.
* A mente apressada e superficialista é como a
condução excessivamente rápida de um carro em correria, feita por um condutor
que apenas pode olhar, limitadamente, a estrada por onde circula na sua via.
* Tentar chegar ao céu da Verdade apenas com a
mente linear e analítica é como tentar chegar ao firmamento por meio da Torre
de Babel, por muito alta que fosse, à visão "apodíctica".
* Sem a Luz verdadeiramente brilhante do
Coração, num universal e divino Amar, o brilho do intelecto é apenas do
"crepúsculo" uma pálida "luz lunar".
* Uma mente cristalina e glorificada em Deus,
que se ilumina na Sabedoria e se redime no Amor, eleva-se na Luz dos Céus, como
astro senciente, em sublime esplendor.
* A inteligência ensina-nos, mas também nos
ilude no erro, no engano e na dor; só o Espírito nos pode iluminar e nos pode levar à
Verdade maior e à beatitude imperecível da Sabedoria e do Amor.
* De que te vale a ti, homem instruído, seres
muito inteligente e saberes o que falas e do que se diz, se não possuis amor no
coração e te tornas tão pouco sábio e te sentes tão infeliz?!...
* Quando, no mal e no egoísmo, o ego está pouco
alerta, aprisionado às sombras da Cruz, a alma fecha-se nas trevas e não pode
ficar suficientemente aberta à Luz.
* A mente do Sábio é como um cristalino
revérbero cósmico de Luz transcendente, em portentoso grito, ressoando mil
musicalidades sapienciais pelos espaços mentais da vastidão do infinito.
* Todas as lutas dos conflitos humanos,
aprisionados aos separatismos, em guerra, ódio, vingança e triste aflição, surgem dos
extremismos egocêntricos da mente e da falta de Amor no coração.
* Aquele que tem ideias fixas, em conceitos
misoneístas e equivocados, interpreta as suas incoerentes experiências à luz
fraca, nebulosa e imprecisa dos seus preconceitos cristalizados.
* Trabalhando apenas polarizados no dualismo
pendular da mente, nos logros da sua crassa ilusão, jamais chegaremos à Verdade
unitária da verdadeira Sabedoria espiritual do Coração.
* Um preconceito é, nas mentes fechadas, um
conjunto de energias em descuidada estrangulação, formando "quistos mentais",
no curto-circuito fechado duma fraca dinâmica mental em meia estagnação.
* O intelecto só conhece, limitadamente, o
processo analítico-científico da linear cognição; o Espírito vive, sapiencialmente, na
metodologia cognitiva, sintético-intuitiva, da esfericidade da Razão.
* Homem, com a tua cabeça intelectual podes
chegar à Lua, mas dificilmente ao Sol, na tua vanglória; mas com a Luz do teu
Coração podes passar além do Sol e chegar às estrelas, em grande glória.
* O maior pecado da Humanidade, milenarmente em
conflitos e aflição, é o separatismo isolacionista do ego humano não educado
pela Sabedoria unificadora do Amor do Coração.
* Enquanto os egos esgrimirem nos jogos
polarizadores das personalidades ignorantes e orgulhosas, as almas não podem
criar destinos mais suaves e sinas mais harmoniosas.
* Um agnóstico parece um menino com birras, que
exige que o Universo gravite em torno dele próprio, a bem ou a mal, sem
aprender a acomodar-se às Leis maiores da Vida universal.
* Faltando o equilíbrio suavizante do ego
extremista, nos pesos onerosos do coração, não se pode encontrar verdadeiro
equilíbrio, na balança tranquilizante da serenidade da Razão.
* O intelecto é: egocêntrico, pendular, extremista
e orgulhoso, no seu linear pensar; e dicotomizante, duvidoso, separatista e conflituoso,
no círculo conturbado do seu vivenciar.
* Ser-se um «positivista», nas concepções de
Comte, é ser-se escravo da materialística ilusão; ser-se positivo, sem a dialéctica
existencialista de Sartre, é ser-se cada vez mais livre, na evolução.
* Não deixes as tuas ideias cristalizarem no
dogmatismo estéril dos preconceitos tolos e dos doentios niilismos, nem
estagnarem na inércia comodista dos duvidosos agnosticismos!
* A pouca “escolástica” da filosofia académica
é apenas um empirismo de filodoxia retrógrada e cientificista, e uma dialéctica
pragmática ainda demasiado misoneísta e fragmentarista.
* A Ciência académica tem que fazer uma
correcção de foco na perspectiva óptica do seu parco conhecimento empírico acerca das
maravilhas do Universo e muito mais dos mistérios da Vida cósmica.
* Aquele que prefere aprimorar apenas a mente
intelectualizada, sem pôr o coração a abrir, acabará demasiado polarizado na
hipertrofia mental, aprisionado a um errado e falso discernir.
* A mente tem sempre muitas dúvidas analíticas
inquietantes e, às vezes, mesmo angustiantes, enquanto o coração não possui as
certezas espirituais mais axiomáticas e mais flagrantes.
* As noções rasteiras da lógica apofântica do
intelecto são hipóteses opinativas e tautológicas, pouco fiáveis; as concepções
profundas da Lógica apodíctica da Razão são certezas axiomáticas insofismáveis.
* Uma civilização que, pelo intelecto
hipertrofiado, demasiado se artificializa, desvia-se do caminho civilizacional
correcto da Moral e da Ética que a equilibra e espiritualiza.
* Enquanto a cabeça tonta do intelecto não
estiver em harmonia com o Coração, no Espírito da Bondade, a razão intelectual
não pode alcançar a Razão espiritual nem realizar a Sabedoria da Verdade.
* A verdadeira Sabedoria é, muito mais, um
estado de consciência crística do que um modo de pensamento erudito e verboso.
E é uma semântica profunda do Sagrado e não apenas uma estática da fé superficialista
e do que é religioso.
* A ignorância e a ciência são processos
naturais de evolução do conhecimento da inteligência; a Sabedoria genuína é um
meio e um processo místico e transcendental de aquisição de Consciência.
* O conhecimento humano da Verdade é algo
sempre muito subjectivo e pessoal; mas a verdadeira Sabedoria é sempre uma percepção
cósmica das generalidades da Vida e do que é universal.
* O conhecimento, por ser intelectual, é apenas
um estádio temporário de evolução separatista; a Sabedoria é um estado sintético
de Revelação mística e de Perfeição unificacionista.
* A verdadeira Sabedoria é uma visão
integrativa do Cosmos, uma percepção conjuntiva da Vida, em geral, e uma
reintegração do Homem superior na Verdade cósmica do Espírito Universal.
* a ignaridade é a ignorância "punctiforme"
sem instrução; o cientificismo é a ignorância linear, analítica, instruída; a sabedoria é a
ignorância esférica, espiritual, sapientizada.
* O brilho superior da inteligência e o
conhecimento intelectual tecnocrático podem gerar grandes talentos da
civilização; mas só a Luz suprema do Espírito, na Razão-Intuição, pode criar os verdadeiros génios da Sabedoria
do Coração.
* A Verdade oficial já se libertou, em muitos, do
misoneísmo conceptual medievalista das religiões da maioria; falta agora
libertar-se das ciências preconceituosas academicizadas nas ideias cristalizadas
do empirismo em neofobia.
P A Z P R O F U N D A ! . . .C L I C A R :
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