sábado, 22 de maio de 2021

08: Os Mistérios da Sexualidade

O Amor e a Sexualidade


(Mistério do Sexo e Milagre do Amor)





O Amor e a Sabedoria, num contexto espiritual profundo,
é que dão verdadeira Ordem ao Indivíduo, real Progresso
à sociedade e equilibrada Harmonia ao Mundo.

A mulher deve ser uma taça de Amor em Luz; o homem deve ser uma espada de Poder em Harmonia; e ambos juntos devem tornar-se o mistério do Graal revelado em Santidade e Sabedoria.



Quando o sexo é entronizado, por cegueira, na ara do materialismo, do consumismo e do hedonismo, leva a tantas misérias morais de desgraças mil e a tantas corrupções: a prostíbulos de irresponsáveis paixões e a infidelidades em tristes traições que destroçam tantos lares e corações. 



O Amor é o Sentimento unificador do Bem fraterno e de Luz interior, de origem espiritual e de harmonia divina, que se manifesta, pela pureza da alma, no coração, através do chacra cardíaco, e que a todos ama, de modo incondicional, desapegado e universal. O Amor, entendido no sentido mais lato e genérico, é uma poderosa e omnipresente força cósmica, luminosa, atractiva e benéfica — aliás, base da Lei da gravitação universal que sustém, majestosamente, todos os astros que gravitam no infinito —, emanada do Ser Divino, do Supremo Arquitecto do Universo, do Espírito Oceânico: DEUS, o Criador da Natureza, o Ser Absoluto ou Consciência Universal.
Portanto, o Amor é um Sentimento universal de unificação dos seres e a expressão da Unidade da Consciência Divina, dentro de todos os seres humanos, que se expressa mais perfeitamente pelo Amor dos Corações, o único que dá a real Felicidade! A paixão é o desejo, como impulso instintivo e primário − herança multimilenária humana de origem animal −, aliado ao sentimento egocêntrico, possessivo e ciumento da alma, na luta subconsciente do nosso primitivismo original e ancestral pela posse sexual exigente dos corpos de outros seres humanos.
A paixão sexual é apenas um pálido reflexo “lunar” da “meia-noite” da grandiosa glória do Amor divino do Sol Espiritual, donde nos vem a Suprema Felicidade, Beatitude ou Bem-aventurança. Pelo sexo purificado no Amor do Coração pode-se ascender, na vida, à verdadeira Felicidade, Paz e Harmonia e, na morte, à Suprema Bem-aventurança; na corrupção sexólatra pode-se cair, depois desta vida, nos Mundos Invisíveis inferiores em abismos de sofrimentos terríveis e dementores, onde loucuras sexólatras e desvairadas campeiam em horrores. É que se paga com juros muito elevados os abusos e vícios do prazer, sejam de que tipo for.
Embora o Universo inteiro e toda a Natureza, em geral, tenham sido criados e sejam regidos pelas 7 Forças primárias dos 7 Raios Cósmicos, há três básicas, elementares, que tudo criaram no Cosmos e que são a Essência Espiritual da Santíssima Trindade ou Centelha Divina, em nós reflectida na Chama Trina do Coração e expressa, também, no mundo microcósmico do átomo como electrão, neutrão e protão.               

 Santíssima Trindade, Individualidade Espiritual ou Chama Trina:
 É do 2.º Princípio Espiritual, do Filho Cósmico, do nosso Cristo Interno, Santo-Ser-Crístico, Amor Imaculado, Imaculado Coração ou Coração Intuicional, que promana o Amor mais puro, mais maternal, mais angélico, mais altruístico, mais universal, mais incondicional e mais desapegado que nos chega ao coração, como dádiva dos Deuses que nos criaram e do próprio Deus.
O Amor a Deus deve se sempre o primeiro nível do nosso Amor, em Amor verdadeiramente devocional ou Amor cósmico e místico, pois este tipo de Amor é, de facto, o nível mais vasto e mais transcendente do Amor universal. Nele todas as coisas e todos os seres da Criação são abrangidos, num ilimitado e incondicional amplexo de Fraternidade cósmica e de profundo senso de igualdade humana, onde todas as barreiras do separatismo e da guerra acabam.
É desse Amor universal e incondicional que nos vem, por Intuição, a Verdade sintética, a verdadeira Sabedoria Metafísica do Espírito e todas as outras Virtudes, correlacionadas com os 7 Raios Cósmicos:
1.º Raio: Poder e Vontade, Coragem e Força, Dinamismo e Criatividade.
2.º Raio: Amor e Felicidade, Bondade e Caridade, Fraternidade e Solidariedade.
3.º Raio: Sabedoria e Racionalidade, Lógica e Discernimento, Justiça e Equidade.
4.º Raio: Beleza e Arte, Paz e Harmonia, Estesia e Equilíbrio.
5.º Raio: Ciência e Conhecimento, Inteligência e Lucidez, Informação e Técnica.
6.º Raio: Fé e Devoção, Idealismo e Misticismo, Adoração e Veneração.
7.º Raio: Cerimonial e Magia, Ritualismo e Metodismo, Organização e Sacerdócio.
É desse Amor que nos advém, ainda, muitas outras virtudes como: a Pureza e a Inocência; a Nobreza e a Realeza, a Honra e a Ética, a Dignidade e a Lealdade, a Honestidade e a Sinceridade, a Simplicidade e a Igualdade, o Optimismo e a Simpatia, o Respeito e a Responsabilidade, etc...
Obviamente, quem ama a Deus de modo real e universal não pode deixar de amar profundamente a Natureza, pois esta é a expressão viva do Infinito Criador, manifestada no “palco” da matéria, o Universo físico, e nos Mundos Invisíveis do Cosmos, manifestações criacionais da existencialização involutiva da Essência do Ser Divino. Neste Amor à Natureza, que pode e deve ser um vibrar profundo do nosso coração, num respeito sacrossanto e num preito de homenagem, reverência e devoção por todas as formas de vida, podemos sentir a presença do Amor de Deus, nela imanente, onde é, efectivamente, possível encontrar verdadeira felicidade.
O Amor à Humanidade é não só um dever altruístico como uma glória de felicidade superior quando, por divina compaixão ou misericórdia infinita, sentimos o Amor universal e incondicional palpitar no nosso Coração e o deixamos fluir, sem bloqueios de distorções psicológicas, para todos os seres humanos (e mesmo não-humanos), num Sentimento tão amplo de Fraternidade em que «amigo» e «inimigo» se diluem para darem lugar apenas a «irmão», nessa grandiosidade do Amor espiritual, cósmico e divino.
Todavia, aqueles que não aprenderem a amar-se a si mesmos, profunda e divinamente, não podem amar devidamente os outros, pois a sua Essência Espiritual ou Centelha Divina é parte intrínseca, indissolúvel e consubstancial à Essência do próprio Deus. Esse Amor não pode ser um amor interesseiro, narcisista, de culto ao ego fútil nem à personalidade estéril, mas Amor profundo à nossa Divindade espiritual, à pureza da nossa alma e com respeito santo pelo nosso corpo.
Os filhinhos são dádivas da vida e do Altíssimo que vêm dos Céus pelo amor dos pais e pelo Amor de Deus. Um filho é um irmão que vem do Espaço cósmico dos Mundos Espirituais à reencarnação, para caminhar, mais uma vez, connosco na vida terrestre e nela aprender, também, a encontrar a sua Origem Divina. Impedir um filho de nascer pelo aborto é grave, horrível e inominável crime de quem não sabe amar.
Esse amor aos filhos, no entanto, não nos deve limitar o Amor universal por todos, pois a família consanguínea é apenas uma situação terrestre temporária e a Família universal da Fraternidade de todos os Filhos de Deus, na Terra, no Universo e nos Céus, é uma portentosa realidade de todo o Cosmos, de toda a Natureza.
O Amor conjugal é sempre precário, periclitante e separatista quando fica limitado demais ao prazer da carne, ao interesse económico, à posição social e a outros parâmetros da inferioridade do materialismo... que jamais foi dialéctico, nem com a ignorância de Karl Marx. A Verdadeira Dialéctica é a da Sabedoria cósmica do Espírito e nunca as concepções misoneístas dos materialistas, ateus, agnósticos ou niilistas, frequentemente eivados de pragmatismo doentio.
Apostar num grande Amor do Coração, numa moral límpida e num ideal espiritual de Amor a Deus ainda é o método mais eficaz para acabar com as infelicidades conjugais e com as tristes separações dos que mal se amaram. Mas que o Amor conjugal seja apenas um trampolim para amar toda a Humanidade e amar a Deus, amando-nos profundamente a nós mesmos na nossa Essência Espiritual e Divina, na nossa “Anima” ou no nosso “Animus”, conforme o sexo de cada um!
Relativamente a matrimónio, definamo-lo, inicialmente, como o compromisso, claramente assumido, de vida conjugal entre dois seres humanos, normalmente de sexo oposto, que deve começar primacialmente no Amor dos corações, na profunda comunhão de almas, passar pelo sexo amorosamente entregue e sem medos nem complexos de culpa, e só depois fundamentado na base económica do próprio casal e noutros aspectos como as assinaturas prescindíveis do registo civil, para quem o entender, ou nalguma eventual cerimónia religiosa, para quem o aspirar. É claro, hoje, que um casamento verdadeiro e perfeitamente assumido não tem que ser necessariamente pelo Registo Civil nem pelas cerimónias da Igreja.
No casamento dos que vivem em comunhão marital, tal como mesmo em qualquer tipo de comunhão sexual, há sempre direitos mútuos e deveres recíprocos assumidos, mal assumidos ou não assumidos, pelos quais temos que dar contas, após a morte, à Justiça Divina, exarada no fundo da nossa Consciência e contabilizada pelos Senhores do Carma (Juízes do Além). Mas, para que se defina melhor o casamento entre dois seres humanos, tão logo se assumam como cônjuges, situamos o matrimónio basicamente nestes três factores:
1.º ) Entrega verdadeira, sincera e profunda dos corações, para uma comunhão responsável de almas que se amam autenticamente, se querem bem e se pretendem entreajudar, mutuamente, querendo partilhar o futuro a dois, multiplicado pelos filhinhos que Deus lhes der, frutos queridos desse amor entre homem e mulher (apenas, e sem homossexualidades), tentando educar os seus rebentos com o máximo de dedicação, ternura e carinho.
2.º ) Relação sexual definidamente assumida (que pode não ser definitiva), como compromisso sério e respeitoso do prazer, fazendo do corpo da/o companheira/o conjugal não um objecto de desrespeito sádico nem de prazeres viciados nem de possessividades mórbidas mas, sim, de prazeres deleitosos, respeitáveis e sadios: amorosos, moderados, regrados, disciplinados, honrados, responsáveis e conscientes.
3.º ) Vivência conjunta, em sinceridade e lealdade, em honra e dignidade, na responsabilidade de um lar, sob o mesmo tecto, em comunhão marital ou conjugal, organizada sob os compromissos de Amor, de respeito, de serviço mútuo, de entrega recíproca, de vigilância da higiene, do trabalho, da cultura, da economia, etc... e da relação em geral.
Se não cumprirmos os nossos deveres familiares com a maior honra, ética, respeito e dignidade e com a máxima dádiva, altruísmo, sinceridade, solicitude e responsabilidade, as Leis da Vida chamar-nos-ão a essa responsabilidade e ao resgate, mais tarde, nesta vida ou em encarnações futuras, quase sempre por meio de acerbos sofrimentos, para ressarcirmos ou compensarmos e resgatarmos todos os males infligidos a outrem.
Na verdadeira ética do matrimónio superior, os cônjuges devem tentar amar-se profunda e divinamente e não limitarem demasiado o amor às paixões da carne. Não é na mera mecanização fria do sexo, mas sim na espiritualidade consciente dos Corações em Amor e Luz que temos que buscar a seriedade dos nossos compromissos conjugais, senão não escaparemos ao sofrimento pessoal e colectivo, que nos aguardará no futuro.
Também não é na promiscuidade sórdida de uniões eróticas colectivas ou traições irresponsáveis que encontraremos a felicidade nem a saciedade do prazer nem a verdadeira harmonia conjugal. Os povos evoluíram da poligamia da Antiguidade para a monogamia dos tempos actuais porque foram conduzidos pelos Seres Divinos para tal, para refrearem mais as suas paixões e consolidarem os lares. Mas na Idade contemporânea, perante o descalabro dos povos e a corrupção mundial, pretende-se voltar, na cegueira de tantos, ao primitivismo das nossas origens, instintivas e primárias, em poligamias sexólatras, promíscuas e irresponsáveis.
Discordamos completamente dessa promiscuidade poligâmica, primeiro porque a confusão ignorante que reina entre o amor da carne e o Amor do Espírito é atroz. No fundo de cada coração há a atracção fatal pelo Amor universal do Espírito. Mas, confundindo esse Sentimento de universalidade do Amor dos Corações, que é divino, com o prazer passional da carne, os parceiros acabam no vício, no deboche, na pornografia, na prostituição, na libertinagem, na doença e na tristeza, fazendo degenerar e fenecer a vida em vez de a purificar e iluminar.
Mesmo no interior dos lares esse amor sem sexo, sem paixões doentias, está bem patente, para os que não querem ser cegos, quer nos momentos de relacionamento apenas amoroso, solícito ou simpático dos cônjuges, quer na relação com os filhos ou com os pais (de terceira idade) que, eventualmente, vivam no mesmo lar, ou com sobrinhos ou outros familiares tal como entre irmãos (e irmãs). Limitar o amor ao sexo ou confundir um com o outro é crassa ignorância. Mas é assim que se faz na rua, tantas vezes, e em muitos lares de prazeres lúbricos perdidos na viciosidade.
E não podemos concordar com poligamias porque no relacionamento de dois parceiros conjugais há um conjunto de energias específicas, em vibrações próprias, da alma e das auras de cada parceiro que se reintegram uma na outra, que se mesclam, que se interfundem, que se afinizam ou sintonizam, paulatinamente, de modo mútuo, cada vez mais, à medida que a relação conjugal (ou de namorados) avança e se consolida nessa relação humana a dois.
Ora, pôr no meio da energia sexual e do desejo passional uma terceira ou quarta energia de pessoas estranhas, em termos de vibração áurica e de forças instintivas da alma, do desejo, da paixão, é interferir, perturbar e fragmentar as auras, especialmente a daquele que tem relação dual, dissociando ou dividindo gradualmente as almas que, em colectivo, muito dificilmente se conseguem sintonizar devidamente para o despertar do superior Amor. É como criar fugas eléctricas numa instalação e provocar curto-circuitos com todas as consequências indesejáveis e perigosas.
De facto, só na aproximação continuada dos parceiros que se amem, sem a separação de longas ausências, na sintonização contínua das energias e no imprescindível Amor dos corações, na autêntica comunhão de almas, é que as energias áuricas se vão reintegrando e assemelhando cada vez mais e o Amor vai crescendo em real progressão, para o aumento da felicidade do casal. Não é com separatismos nem abandonos, com fugas e poligamias, com traições e promiscuidades que o Amor pode crescer real e efectivamente.
Não pode haver união nem felicidade no método de “romper-se” aqui e “atar-se” acolá, de “desatar-se” acolá e “ligar-se” aqui, como saltimbancos na “corda bamba” do amor corrompido pelo prazer abusivo e insaciável e pelo desejo viciado e escravizante. Quando se chega, sem esses exageros, à conclusão de que não há sintonia entre os parceiros, então que se fale, se diga e se resolva por uma separação sem conflitos, sem traições, sem inimizades, sem animosidades nem violências. Mas cuidado quando há pequeninos a sofrer pela separação! É preferível aguardar, quase sempre, pelo seu crescimento, pelo menos até à adolescência, antes de qualquer ruptura dos pais.
Numa monogamia pura, dos casais amorosos e dos lares felizes, deve-se permanecer, o mais possível, mesmo longe de amizades demasiado próximas de gente suja por vícios ou de baixa moral ou até demasiado aproximada de colegas de trabalho duvidosos, não elevados moralmente nem espiritualmente, ou longe de maus ambientes, para que as energias dos parceiros conjugais não se poluam com essa gente estranha e esses ambientes corrompidos.
Mesmo conversas prolongadas, olhares insistentes, contactos frequentes de telemóvel, roupas ou ambientes pessoais de outros ou objectos ofertados contraem ligações às vezes bastante fortes de forças pessoais e podem actuar poderosamente na mistura excessiva e inconveniente de energias que criam, muitas vezes, aberturas, rupturas e enfraquecimentos da energia vital das auras, assintonia dos cônjuges e, eventualmente, acabam por fragmentar os lares.
Por isso é que fazemos esta recomendação importante, em forma de aforismo, para os parceiros de vida conjugal, que andam tão distraídos com o trabalho do dia-a-dia, com a televisão e/ou os futebóis ou rodas de amigos, que mal se aproximam, às vezes, um do outro: «As energias amorosas dos casais devem ser mantidas íntegras, em mutualidade afectiva, sem interferências demasiadas de outros, e muito menos nas infidelidades dos malcasados, excepto no Amor puro dedicado aos próprios filhos amados».
No Amor puro dos Corações essas aproximações são muito mais possíveis, mas só até certo ponto, sem exageros de aproximações e muito menos no meio de ambientes de impurezas de misturas sórdidas, promíscuas, sexólatras ou viciadas. Isso porque o Espírito, donde vem esse Amor, é amplo, forte, puro, transcendente e universal, e a sua energia poderosamente amorosa é como a Luz que, mesmo projectada sobre o lameiro ou lodo, não se polui, não se corrompe, não se aprisiona, não se fixa nele. Mas não lhe interessa andar em ambientes poluídos, a não ser, eventualmente, para ajudar alguém a sair do "lameiro".
Mas tal como a água, ao tentar lavar roupa suja se polui com a sujidade, o amor astralino, instintivo, do desejo-sentimento (paixão) da carne se suja, se macula, se impuriza, se corrompe e se enfermiza se envereda por essa promiscuidade indiscriminada e se não se aprende a purificar devidamente as energias vitais e sexuais e a conservá-las íntegras e específicas, nas intimidades dos casais, através do grandioso Amor dos corações iluminados.
Ora, viver nesse Amor Maior não é nada fácil para a maioria das pessoas, que em nada se preparam espiritualmente para amarem à semelhança de Cristo, a não ser os grandes Místicos, os Iniciados nos Mistérios sagrados e as “mamãs” quando amam os seus filhinhos ou os “manos” quando se amam bastante nos lares. Mas aí, as energias estão mescladas no coração (pelo chacra cardíaco) e não polarizadas no sexo, no desejo e na paixão (pelo chacra básico).
E essas uniões, sendo familiares e espirituais, não são sujas nem promíscuas. Mas a Humanidade está cega na ignorância e não pára para raciocinar. Aliado ao pouco Amor da maioria e misturando as fraquezas da carne, as amizades dos “amiguinhos/as” da rua frequentemente dão em concubinatos de amantes, que muito raramente têm algo de profícuo, sendo sempre indesejáveis por fazerem sofrer, mais cedo ou mais tarde, em posteriores traições, terceiros e parceiros, de corações desfeitos, estilhaçados e angustiados, tantas vezes.
A cegueira da Humanidade doente levou, tristemente, a que se entronizasse o sexo como o “deus ex machina” para se tentar resolver a problemática do prazer, do amor e da vida, limitados e aprisionados à corrupção, aos abusos de toda a ordem, até ao comércio triste de mulheres e crianças, em pedofilias doentias, na mecanização ou robotização libertina do homem e da mulher que ainda não aprenderam a amar verdadeira e superiormente no Mistério do Amor maior dos Corações e do Espírito e do Amor de (e a) Deus, à Natureza e a toda a Humanidade.
Esses abusos e a frieza do prazer desenfreado e excessivo, poluído e corrompido, são um erro crasso pelo qual se tem que pagar bem caro, com juros muito elevados, na nossa Civilização actual, meio perdida, em descalabro. Lembremo-nos que a civilização da Atlântida afundou no oceano, há cerca de 27 mil anos e, depois, o resto no ano 9564 a.C., devido aos conflitos da guerra generalizada das suas nações, ao uso diabólico da magia negra e aos abusos eróticos do prazer viciado, corrupto, prostituído, abusos que também fizeram cair Sodoma, Gomorra, Herculanum e Pompeia e levaram à queda do Império Romano do Ocidente!
Mas ainda há esperança se aprendermos a dignificar a sexualidade pelo respeito e pelo Amor dos Corações, e a viver mais o Amor-Fraternidade, a olhar o sexo como algo sagrado e a relação sexual como um ritual divino, ligado à “pulsação” cósmica do Manvantara (Expansão ou Expiração) e Pralaya (Contracção ou Inspiração) do Universo, segundo a Lei dos Ciclos Maiores da Natureza. Porque o sexo é mesmo sagrado! Por isso é que os profanos o tentam corromper. Se o sexo encerra tanta malícia para tantos que vivem na ignorância, é porque tem profundos mistérios sagrados, pois só o que é santo pode ser corrompido e profanizado pelos ignorantes, que, tanta vez, não querem viver responsável e condignamente em princípios de sã moral e de ética elevada.
As questões da sexualidade não podem ser compreendidas meramente no âmbito da dimensão biológica, onde grassam as malícias dos ignaros, pois o organismo carnal é apenas um reflexo exterior de efeitos provenientes dos campos energético-vitais da alma, que se acha corporificada em múltiplas Dimensões existenciais, Planos cósmicos, Universos paralelos ou Mundos espirituais, onde a vida humana continuará sempre muito além da mentira da morte, que a ninguém mata verdadeiramente. É que a Vida tem realmente dimensões existenciais muito profundas!
É esse um dos maiores mistérios da sexualidade: ser um foco de muitas energias poderosamente criadoras ou destruidoras, em campos electromagnéticos múltiplos que a alma humana contém, bem organizados, de modo corporiforme, em veículos ou corpos subtis. Estudemos o sexo, o amor e a vida num contexto profundo e sagrado da alma humana e do Espírito que somos e purifiquemos a sexualidade cada vez mais, se quisermos transfigurá-la na glória do Amor eterno, o único que nos confere a verdadeira Felicidade e que vai connosco para a Eternidade!
O equilíbrio ou desequilíbrio nas funções da sexualidade dependem da harmonia ou das disfunções desses campos electromagnéticos da alma humana, no seu relacionamento intrínseco com as forças espirituais, divinas, em nós imanentes. A fenomenologia biológica da sexualidade está intimamente relacionada e obedece a essas forças anímicas, que se expressam como desejo, em baixos níveis instintivos, animais, mesmo no ser humano, e como sentimentos de amor, em níveis superiores da alma, já próximos das vibrações elevadas do Espírito.
Porém, estes sentimentos de amor, mais ou menos passionais, ainda não são o verdadeiro Amor, que é um atributo divino da nossa Essência espiritual, do Eu Superior, Razão ou Espírito Santo, que é, no fundo, o que nós somos realmente (o Ser Real). E é a gradual realização deste Amor transcendente, universal, devocional, venerando e místico, a chave fundamental para a felicidade, coesão e companheirismo num lar, bem como o factor básico para a harmonia conjugal e sexual.
O Ser Divino, ao criar o ser humano, colocou-lhe no sexo um poderoso elo de ligação ou conexão entre a Terra e o Céu, entre a matéria e o Espírito, por onde o “Fogo cósmico” criador se exterioriza para o mundo e por onde as forças telúricas ou terrestres se entrefundem com esse “Fogo” cósmico, celestial. Ora, a conjunção sexual dos corpos é um acto terrestre que, como qualquer acto natural, é bom quando bem usado com pureza, moderação, consciência, responsabilidade e, sobretudo, Amor... Amor divino, divina comunhão de corações.
A união sexual é um acto que está ligado ao desejo: vibração electromagnética atractiva da alma (do corpo astral), convertendo-se em paixão doentia quando exacerbado, obcecante, escravizante. Estes são os níveis do amor animal, do instinto, em que, infelizmente, a maioria ainda vive demasiado polarizada. Este tipo de amor frequentemente não tem muito impacto dinâmico-vibratório para chegar às elevadas Alturas do Espírito. E ainda menos quando densificado, materializado, impurizado pela paixão licenciosa.
Todavia, quando o sexo se purifica e o desejo se sublima, o ser humano desperta cada vez mais os níveis superiores da sua alma (do corpo astral), que se expressam como sentimentos de amor, que não são, em si mesmos, ainda a verdadeira Luz cósmica, transcendente, do Amor, que somente provém do Espírito, canal por onde a Consciência divina, em nós imanente, se exterioriza para o mundo. É que todos nós, seres humanos, somos “dedos da Mão Divina”, como diz a Sabedoria.
Isso porque cada homem ou mulher é, de facto, ontologicamente, de Origem divina, e o plano de fundo da sua Consciência (espiritual) é a própria Consciência oceânica, colectiva, de Deus, como os icebergues no oceano. Isto é uma realidade profunda e o maior mistério lógico e ontológico sobre o próprio Homem e as suas origens espirituais e conscienciais.
Quando um ser humano busca a sua Origem divina, o Amor, para ele, cada vez mais alcança dimensões cósmicas, universais, omnidireccionais, na transcendência espiritual dos seus instintos animais procriativos, rumo ao Infinito. E cada vez mais nele o sexo abusivo, as paixões escravizantes, os desejos pervertidos, os sentimentos unidireccionais... se enfraquecem na sua força limitativa da verdadeira Felicidade que só pode advir do verdadeiro e universal Amor do Coração e do Espírito.
Naqueles que se querem divinizar − aliás esta é a finalidade suprema e última de toda a vida humana, ou seja: a perfeição, na união mística com Deus −, o sexo deve transmutar-se em Amor, o desejo em Sentimento, a paixão em Adoração... Isto é o que se chama, em Psicologia, a “sublimação” dos nossos instintos e, na linguagem da Sabedoria sagrada, a “transmutação alquímica do chumbo dos nossos instintos no ouro da nossa espiritualidade”, que culmina na gloriosa União consciencial e mística do Homem com Deus. É a este fenómeno de Auto-Realização espiritual que se dá a denominação de “Núpcias Místicas” ou “Bodas Alquímicas” do Homem Perfeito, Homem Cósmico, Mestre da Sabedoria ou Mestre Ascenso.
Ao nível dos órgãos genitais há, na alma humana, um redemoinho de energia vital, denominado chacra básico, por onde a energia da procriação se exterioriza no mundo físico. É essa energia, denominada “libido”, pela Psicanálise, e “Kundalini”, pela Filosofia oriental, que preside à fecundação do óvulo pelo espermatozóide, bem como aos ciclos mensais das mulheres, às funções ou disfunções de foro ginecológico: frigidez, impotência masculina, homossexualidade, etc.
Essa energia é o “Fogo sagrado” ou “Serpente Kundalini”, dos ocultistas esotéricos, o “Fogo dos Deuses” que Prometeu roubou, segundo a Mitologia grega, que tanto pode queimar, enfermizar e destruir os ignorantes que se escravizam à prostituição e à libertinagem, à sensualidade da sexolatria, enfim, como pode dar: Vida e Luz; Saúde e Juventude; Amor, Sabedoria e Perfeição ao Sábio e ao Santo que a purifica com a Pureza de corpo e alma (sem ter que ser celibatário), o Amor do Coração, a Espiritualidade florescente, a Fé mística, a Devoção sincera, em suma: com o Amor a Deus e ao próximo... e com o glorioso Amor pelo Eterno Feminino (ou Divino Masculino) que também passa pela sua adorada esposa (ou esposo) e pelos seus filhinhos, quando os houver (e também pelos filhos dos outros).
É essa mesma energia tricromática, avermelhada-escarlate, alaranjada e roxa ou violeta-escuro cores geralmente de cariz instintivo que sobe em espiral no interior da coluna vertebral, tornando-se, no chacra coronário (vórtice de forças da alma localizado no alto da cabeça), cor-de-rosa, dourada e lilás ou violeta-claro, cores de elevada espiritualidade, respectivamente do Amor, da Sabedoria e da Devoção. Essa energia foi simbolizada e associada à serpente que tentou Adão e Eva, expressa também no “Uraeus”, símbolo serpentino e esotérico que os faraós do Egipto usavam no meio da testa. Cristo mencionou-a, ao dizer: «É preciso elevar a Serpente às Alturas, como a elevou Moisés!».
E o Caduceu de Hermes Trismegistus, o «três vezes grande», como lhe chamaram, não é outra coisa senão o mesmo simbolismo da serpente Kundalini, manifestada em dois tipos distintos (duas serpentes), uma vermelha, instintiva, astralina e egocêntrica, do mal, e outra azul, espiritual, logocêntrica, do Bem. Repare-se neste mistério: a nossa letra latina «S» tem o formato autêntico de uma serpente. O verdadeiro Sábio é aquele que equilibra as duas polaridades dicotómicas (de que o ego intelectual gosta tanto para os seus conflitos e guerras), do bem e do mal na Perfeição.
Se nos polarizamos, evolutivamente, no S do materialismo, da perversão, da corrupção e da instintividade animal, a nossa tónica psíquica, baixando de frequência electromagnética, perdendo Luz e espiritualidade, começa a ser cheia de inferioridades, de defeitos e corrupções, bem expressas nos três SSS, que correspondem ao 666 da Besta do Apocalipse,  que é três vezes materialismo e corrupção do instinto astralino, significando os três SSS: Sofrimento no corpo, Satanismo na alma e Sonolência no Espírito.
Mas se nos polarizarmos e centralizarmos nos três SSS superiores, dirigindo as nossas energias para o Espírito, para a Ética e para a Consciência, para Deus e para a Espiritualidade, em suma, num impulso ascendente e numa acção de purificação, simbolizados na serpente azul do Caduceu hermético, então os nossos três SSS, correspondentes a 999, simbolizam: S da Saúde no corpo; S da Santidade na alma e S da Sabedoria do Espírito. O Número 9 sempre foi o número do Nascimento na matéria (da gravidez) e no Espírito (Iniciação nos Mistérios sagrados), o número dos Iniciados e da Sabedoria esotérica, sagrada, espiritual, metafísica e cósmica. «Quem não nascer da água e do Espírito, não verá o Reino dos Céus!» − dizia Cristo, na sua luminosa Sabedoria.
O Caduceu de Hermes simboliza estes Mistérios das energias do Kundalini que na aura têm uma parte ascendente no interior da coluna vertebral e outra parte descendente, no circuito fechado das energias áuricas, passando pelos canais etéricos "Sushumna", "Ida" e "Pingala" como diz a Sabedoria oriental, e reflectidos nos sistemas nervosos central (SNC) ou voluntário (das funções conscientes e voluntárias) e no sistema autónomo (SNA), vegetativo ou periférico (simpático e parassimpático), que controla as funções biológicas automáticas, o primeiro (SNC) mais eferente (levando para a periferia) e o segundo (SNA), mais aferente (centralizador) das energias da nossa polaridade magnética. (vejam as fotografias Kirlian que colocámos recentemente nas imagens do nosso perfil).
As serpentes do Caduceu também exprimem os Ciclos eónicos de Evolução do Planeta Terra e das Raças da Humanidade. O bastão central do Caduceu é o símbolo do Poder espiritual do Iniciado, que despertou a Força inexpugnável da Vontade divina, o ceptro do Poder do Mago Branco ou do Teurgo e Taumaturgo (fazedor de prodígios). As asas mercurianas simbolizam a agilidade mental do ego espiritualizado, o raciocínio superior e abstracto e também a liberdade cósmica do Iniciado, na correlação com o «voar» ou «volitar», que é uma faculdade das almas superiores no Além, encarnadas e desencarnadas, e de todos os verdadeiros Iniciados, especialmente expressa na viagem astral consciente.
Ao subir pela coluna vertebral, essa força tremenda abre o chacra cardíaco, por onde se exterioriza o Amor divino − é esta a finalidade suprema do orgasmo −, e depois o chacra coronário, conferindo ao ser humano maior racionalidade e, finalmente, provocando aí a eclosão da Sabedoria divina no Homem, quando este purificou a sexualidade de todos os impulsos instintivos escravizantes, de todos os desejos eróticos exacerbados, de todas as paixões pluridireccionais e licenciosas...
       Que os cépticos riam do que desconhecem!... É o direito que lhes assiste, conferido pela sua ignorância espiritual das realidades mais profundas da Vida imortal. Deixemos que a ignorância da Medicina e a ignaridade da Psicologia e da Sexologia das convenções empíricas digam, “ex cathedra”: “Ignoramus! Ignoramus!”. Um dia dirão: “Mea culpa! Mea culpa!”, por não terem estudado mais e investigado melhor. Por isso são cegos conduzindo outros cegos!...

Se o Ensino oficial não fosse tão pragmático, tão frio e tão preconceituoso, os nossos jovens seriam ensinados muito mais correctamente acerca das realidades profundas do sexo, do Amor, da alma humana e da vida além da morte, e muitíssimos certamente não entrariam nas desgraças da corrupção, da doença, da sida, da violência, da criminalidade, do alcoolismo, do tabaco, da droga, da tristeza e da infelicidade, que avassalam o mundo!...
Se a Medicina fosse mais conscienciosa e esclarecida nem aconselharia o uso estulto dos anticoncepcionais, especialmente os químicos, que estragam o corpo com quimismos doentios. Os contraceptivos químicos provocam a desregulação das glândulas endócrinas, alterando o equilíbrio hormonal no corpo da mulher e gerando o cancro (da mama, do útero, dos ovários), a colesterolemia, a cifose, o envelhecimento da pele, a osteoporose, o excesso de pêlos, etc.; degradam também a energia da aura, alterando a bioenergia dos chacras, ajudando a bloquear a sensibilidade erótica e estragando o normal “ecossistema” bioquímico do corpo, a muitos níveis psicossomáticos, nervosos e glandulares!
A energia Kundalini ou libido tem origens espirituais e natureza essencialmente divina, e o seu mau uso ou abuso é como lidar com o fogo: queima os incautos... no vício infernal e no aprisionamento instintivo, escravizante, porque o desejo é insaciável, se não for domesticado pelo Amor, pela Fé e pela Sabedoria. Todos sabemos que tocar num fio eléctrico de alta tensão, sem boa protecção, pode queimar alguém, por electrocussão. O sexo não é muito menos perigoso do que isso. E a maior protecção dos parceiros em relação, contra os seus perigos, é realmente o Amor eterno.
Ora, essa energia sexual está acumulada na base da coluna vertebral, em tremenda pressão bioeléctrica (bioelectricidade é “Fohat” e biomagnetismo é “Prana” e não são exactamente a mesma energia “Kundalini”, mas aqui não podemos especificar mais); e pode queimar quem, abusivamente, dela “puxe” demais, pelo desejo passional, ao dedicar-se a excessos sexólatras, corruptos, sem estar preparado para a sublimação ou transmutação: pela Pureza de vida, pelo Amor do Coração e pela Espiritualidade Superior.
O desperdício dessa energia procriadora, por excessos orgíacos, libidinosos, mesmo nos exageros do prazer no interior dos lares, especialmente onde o Amor elevado não reina, pode levar a um sem-número de doenças físicas e psicológicas, pela desvitalização da alma e enfraquecimento orgânico, em geral, tais como: o embrutecimento psíquico animalizado, a diminuição da racionalidade, a frieza no amor, a diminuição da memória, a falta de fé, a insaciedade dos desejos, as emoções violentas; e leva os desregrados à densificação e obscurecimento das vibrações da alma e à perda consequente da Luz interna, pela triste falta de acesso à Consciência espiritual, provocando a eventual queda dos desencarnados (“mortos”) nos pavores enlouquecedores do Baixo Astral ou Astral Inferior, em inomináveis dores e inauditos sofrimentos.
Os abusos eróticos conduzem, ainda, a muitos problemas de saúde física: a perturbações cardíacas e cardiovasculares; a disfunções hormonais; a anomalias do timo e problemas consequentes de degenerescência óssea e imunitária, donde advém a sida, por causa dessa erótica doentia, abusiva, anti-natural, e a outras doenças venéreas, sexualmente transmissíveis; à debilitação da aura, pela diminuição da velocidade dos chacras e à diminuição geral da energia vital (biomagnetismo) que por eles flúi, enfraquecendo o sistema nervoso e provocando o “stress” acentuado; ao enfraquecimento ou astenia cerebral e a perturbações nervosas que podem ir até à alienação e à loucura.
A Sida é consequência da má vida, corrupta e viciada, que muitos levam, e é oriunda da falta de Amor nos corações. Este actua, numa energia luminosa, através do chacra cardíaco, sobre a glândula timo, que produz hormonas (ex: timocrisina e somatotrofina) que activam a espinal-medula. A Sida advém da diminuição das capacidades imunológicas do organismo, derivada da má activação dos glóbulos brancos, que não são aí criados em número suficiente, dentro da medula óssea da coluna, por carência de estímulos do timo, por falta desse Amor espiritual.
Ora, sendo o Homem um canal de ligação vibratória entre Deus e o mundo, uma “ponte” consciencial entre o Espírito e a matéria, no sexo o Ser Divino colocou, no ser humano, algumas das energias mais poderosamente criadoras do Universo. É aí que o “Fogo divino” se derrama, gloriosamente, no deleite do prazer, sobre toda a carne, quando a união íntima entre o homem e a mulher se fazem de modo puro, santo, regrado, consciente, responsável e, sobretudo, amoroso.
A função fulcral ou fundamental do orgasmo é criar a “ebulição” das energias do campo electromagnético da alma humana, na aproximação dos chacras — especialmente “frente a frente”: e isto é muito importante na coabitação sexual! −, principalmente dos chacras ligados biomagneticamente (ou seja, por meio de energias vitais) ao sexo e ao coração.
Nessa fusão íntima e amorosa dessas energias da vida, anímicas e espirituais, a “serpente” Kundalini vai subindo, cada vez mais, em espiral, pela coluna vertebral, vitalizando e abrindo os chacras superiores e conferindo ao homem e à mulher maior espiritualidade: Sabedoria, Fé, Amor, Felicidade, Paz, Beleza, Saúde, Juventude, etc... É pelo tremendo “motor” dinâmico do sexo assim purificado que surge o coroamento da glória da Alquimia mística e da interfusão transcendente do homem e da mulher, transmutados, unissonamente, no Homem Perfeito, integral (“Homo” e não “vir”; “Ánthropos” e não “aner”; “Mann e não mensh”, “Man" e não “male").
O orgasmo é, portanto, o momento culminante do despoletar dessas forças cósmicas que descem de Deus em nós, das profundezas do Espírito para a nossa alma e, finalmente, derramando-se sobre os nossos órgãos físicos. Por isso é que o acto sexual é um acto sagrado, sacratíssimo, que pode despertar Deus em nós, que pode abrir acesso à Luz da Consciência divina que nos é imanente, através do relacionamento recíproco de Amor puro entre o homem e a mulher. Portanto, não tenhamos a errada ideia de que sexualidade é incompatível com espiritualidade, santidade e divindade. Na Via da Pureza e do Amor, como nos casais tântricos verdadeiros, isso nunca foi verdade.
Por conseguinte, a sexualidade equilibrada, numa erótica sadia, coroada de grande Amor divino mútuo, do homem para a mulher e vice-versa, não pode ser considerada pecado, imundície, sujidade, vergonha, tabu... nem deve ser praticada com complexos de culpa, com medos de engravidar e outros, com malícias desrespeitosas nem com abusos viciados, porque, quando somos puros e limpos de coração e vivemos harmonizados com a Natureza e com Deus, tudo em nós é puro, santo, harmonioso, nobre e divino.
A prática da sexualidade com moderação e em pureza de Amor eterno torna-se fonte de mil benefícios, quer psicológicos quer orgânicos: é um meio de reequilíbrio glandular e nervoso; é um estimulante e tonificante do coração e do sistema cardiovascular; auxilia as reacções bioquímicas e metabólicas; relaxa e tonifica o sistema muscular; ajuda a assimilação e a regeneração celular; melhora as funções neurónicas cerebrais e da memória; areja e purifica o campo de energia vital da alma humana com consequente renovação e revitalização dos níveis bioenergéticos do organismo em geral, que se traduzem em saúde física, resistência à fadiga e prolongada juventude.
Mas o maior obstáculo à plena harmonia da coabitação sexual e à realização da sua finalidade divina é a falta desse grandioso e transcendente Amor espiritual nos corações da maioria dos seres humanos que, vegetando mais do que vivendo, tão distraídos que estão na sua vida prosaica e frequentemente medíocre, ainda não reconheceram a Fraternidade universal de todos os homens na grande Paternidade divina, não elevando sensivelmente os padrões éticos e místicos da sua pouca moral e da sua espiritualidade ainda menor.
O fogo tanto é luz que ilumina como calor que queima. Por isso, ai daquele que abastarda esse acto sagrado pela malícia, pelo abuso, pela erotomania, pela promiscuidade, pelo mercantilismo, pelo desrespeito, pela violência, pela irresponsabilidade e, sobretudo, pela falta de Amor!... Para estes, a sexualidade torna-se um círculo vicioso infernal, com todo o seu cortejo triste de sofrimentos acerbos, que criam laços e resgates cármicos pungentes para com os parceiros lesados, para muitas encarnações futuras, na espiral da evolução, rumo à Perfeição.
No entanto, o somatório de males da sexualidade desequilibrada, tornada monopólio de mero prazer animal, de instintos bestializados, às vezes satanizados mesmo, não se restringe à esfera física onde habitamos, ao mundo material, mas os seus efeitos nefastos, doentios e dolorosos são levados além da morte, para o Mundo Astral, um dos muitos Mundos espirituais que existem no Cosmos, no Invisível.
Na Vida Espiritual, muito além da mentira da morte − que a ninguém mata verdadeiramente! −, há Planos vibratórios de existência tremendamente dolorosos, regiões nevoentas e lúgubres de sofrimentos agónicos pungentíssimos, onde campeiam pesadelos sexólatras em painéis alucinatórios, de imagens ideoplásmicas de loucuras eróticas, de aberrações fesceninas de almas completamente desfiguradas, monstruosas e completamente alienadas em monoideísmos ou fixações mentais erotomaníacas, perdidas em imundos vales de promiscuidade horrível e em báratros ou abismos de dores inomináveis.
Se os falecidos deixassem imediatamente todos os seus grosseiros desejos terrestres (ou se não os possuíssem), todas as suas baixas emoções e todos os seus egocêntricos sentimentos, desprender-se-iam rapidamente do corpo denso e estariam aptos para entrarem, sem demora, nos mundos mais elevados da Luz e da Cor, da Música e da Beleza, do Amor e da Sabedoria, da Paz e da Felicidade, e se tivessem vivido segundo estes ideais elevados. Mas, regra geral, tal vivência superior não existe por parte dos seres humanos, e a maioria ainda possui fortes liames de apegos aos objectos e à família: a muitas atracções e distracções na vida física.
Mas o pior são os apegos doentios aos baixos e grosseiros desejos viciados, especialmente no uso de matérias tóxicas para satisfazerem desejos artificiais, como o tabaco, o álcool, as drogas, etc. Se os desejos fossem naturais e moderados ainda poderiam ser recomendados, mas sempre com muito critério e disciplina. A nossa sociedade é muito permissiva para com a satisfação imoderada do desejo, para com o vício. Mas, além da morte, os vícios escravizantes são terríveis “demónios” que aprisionam os que lhes caem nas “garras”, levando a sofrimentos inauditos e inomináveis, nesses mundos de trevas e de mil dores angustiantes.
Falámos em «demónios». Mas, para além do assédio terrível e diabólico dos seres perversos e torturadores que, no Astral Inferior, exercem o seu poder esclavagista para infligirem mil sofrimentos às almas desgraçadas que lhes caem nas “garras”, também temos que mencionar outra espécie de “demónios” dos quais os seres humanos deviam estar bem avisados, para serem puros e isentos de vícios: são as formas-pensamento negativas criadas com os torpes desejos viciados do mundo.
Essas formas-pensamento são a corporificação ideoplástica de mil formas que o pensamento cria no Astral, quando aliado a desejos, a emoções ou a sentimentos, o que quase sempre acontece. Se os desejos são corruptos e viciados, se as emoções são inferiores e desequilibradas, se os sentimentos são egocêntricos e maléficos, o pensamento cria inumeráveis formas feias e terrificantes que se adicionam em «egrégoras» ou conjuntos colectivos de formas-pensamento, chamadas «elementares», que, actuando continuamente sobre aquele que as criou e sobre todos os que, nas proximidades, se achem vibrando em sintonias psíquicas semelhantes, assumem uma natureza de obsessão demoníaca sobre os que se lhes escravizam.
Após muito tempo de perdição no vício, esses elementares, que são energias involutivas do meio ambiente astralino, retiradas do elemental colectivo da Terra, levam os seus aprisionados cada vez mais à perdição, se não contrariarem as suas tendências. Quase sempre é a vida que as contraria com sofrimentos acerbos, no Além e no aquém, em futuras reencarnações, em que esses infelizes ficam retidos em deficiências congénitas ou em doenças horríveis que lhes chegam por via cármica, sem falarmos nas pungentes dores de expurgação de toxinas psíquicas, numa sucção que o Baixo Astral exerce, muito dolorosamente, sobre os que lá caem. O vício do sexo abusivo, tornado desejo escravizante, atira os seus prisioneiros para os imundos «vales dos sexólatras», onde vivem em deplorável estado de promiscuidade.
A par desses processos doentios e dolorosos dos que usaram errada, desregrada e inconscientemente o prazer da carne, que devia ter sido revestido de santidade, espiritualidade e divindade, no Amor Maior, encontram-se, nas trevas do Além, muitas mães perjuras que praticaram, na Terra, o nefando aborto, sofrendo, no corpo astral, mil dores atrozes pelos crimes abortivos perpetrados contra os seus bebés, aumentadas ainda mais pelo assédio dos filhos que não deixaram nascer, tornados então seus inimigos, se são almas pouco evoluídas e envolvidas em processos de vingança.
Por isso tudo, jamais se veja na sexualidade apenas fonte de prazeres viciados, de abusos desregrados ou de mercantilismo deplorável, pois o prazer abusivo ou venalizado (vendido) paga-se, mais cedo ou mais tarde, com juros muito elevados, na contabilidade da vida, e, além da morte, há abismos de sofrimentos inimagináveis e de loucuras sexólatras altamente angustiantes para os que a ele se escravizaram, pelas suas fraquezas, ignorância e corrupções!
Diz-se, nos conceitos sérios e profundos da Psicologia esotérica, transcendental, que os casais que se amam pela carne, mas com profundo Amor, respeito, moderação, regra e disciplina despertam cada vez mais esse Amor do Coração, a sua energia anímica se purifica, a sua alma se eleva e as paixões se sublimam e perdem, gradualmente, a necessidade do desejo aprisionante! Todavia, quando os parceiros fazem do leito conjugal um “prostíbulo a dois”, em paixões libertinas, em prazeres lúbricos, loucos e licenciosos, desregrados, corruptos e irresponsáveis, a Luz divina do Amor maior vai-se obscurecendo, a energia da alma vai-se densificando e os corações esfriando, em separatismo, rumo à separação, que quase sempre acontece, finalmente.
Nesse separatismo que se vai acentuando, cansados do cônjuge, por causa dos seus excessos nas paixões, mal dirigidas para o instinto e o desejo em vez de para o Espírito e o Amor, procuram concubinatos de aventuras eróticas escondidas, em infidelidades e traições que amachucam o coração do outro, criando mais dívidas cármicas para o futuro, perante a Lei Divina, criando sofrimentos angustiantes para um e para outro, nesta vida e além da morte. Carma é a Lei da Justiça divina que dá «a cada um segundo as suas obras» — segundo a Mensagem de Cristo. Por Cristo veio também o conceito grandioso: «Não façais aos outros aquilo que não gostaríeis que vos fizessem a vós!». Se nos conduzirmos por ele, seremos mais dignos, honrados e puros.

Vivamos sempre bem, em Paz Profunda, em Amor dos Corações e na Sabedoria do Espírito e do Além!...

* A mulher é a ponte mística do Amor transcendental do homem para o Ser Divino; o homem é o trampolim dinâmico da doçura da mulher divinal para o Ser Eterno.
* As almas que cintilam no Amor do Coração têm o brilho de uma alegria interna; os corações que refulgem na Luz de Deus têm a fulgurância da felicidade eterna.
 * A mulher amorosa é um cálice de luz divina que Deus colocou entre o Céu e a Terra para iluminar os corações sombrios dos homens e os corações cristalinos das crianças.
 * O amor eterno que um homem pode sentir por uma mulher é, verdadeiramente, a felicidade maior, que impera na vida quando ambos sabem comungar com o Divino Amor.
 * O Amor puro a uma mulher é milagre da vida em aurora primaveril de esperança; o amor cristalino a Deus é o prelúdio estival do mistério mais celestial da existência em bem-aventurança.
 * O plano do Amor pessoal só existe, no mistério do Coração, para levar todos os seres a descobrirem a origem da sua universal, espiritual e divina filiação, no contexto da Criação.
 * Um namoro pode preludiar um grande Amor e união de corpos e de vidas em grandes acções; mas um grande Amor só se define verdadeiramente no casamento das almas e dos corações.
 * O sexo não é uma coisa banal e a coabitação sexual é uma grande responsabilidade moral; por isso os amantes devem procurar, na intimidade do casal, a Luz divina do Amor espiritual!
 * Não se deixem fascinar pela cegueira do sexo corrupto, apanágio dos ignorantes, meio alienados! Despertem para a dignificação do amor, na luz eterna dos corações iluminados!
 * As paixões sexuais exacerbadas não saciam, porque são insaciáveis. Não libertam, porque aprisionam, em relações dolorosas. Deixam marcas fundas na alma e criam teias cármicas dolorosas.
 * Não é a loucura de andar atrás do máximo de prazer que torna o sexo mais atractivo, em experiências excitantes, mas a sabedoria de viver o máximo de Amor para encontrar a felicidade dos amantes.

* Não concordamos com a homossexualidade por ser anti-natural, infértil e fomentar as paixões; que se viva, antes, o Amor natural, a maternidade verdadeira e o Amor divino dos corações!

OBSERVEM A MARAVILHA DESTE VÍDEO COMPLEMENTAR:

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P a z   P r o f u n d a ! . . .


C L I C A R :

    P. A. I. Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um  Sábio  de  Portugal)

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