As 22 Chaves da Sabedoria
(A Metafísica Cósmica)
* Para
o Sábio, cada momento é uma atitude mística, na busca de Deus: da Fé, da
Sabedoria e do Amor. A Revelação da Verdade Divina exige muito apelo ao nosso
Deus interior.
1.º )
DEUS é o Princípio Único, Supremo Criador de toda a Natureza, do Universo
inteiro, Realidade Suprema e Espírito Oceânico, Omnipresente no espaço, no
tempo e na consciência de todos os seres, sendo, em Si mesmo, eternamente
imanifesto, imutável e incognoscível. DEUS é uno em essência e triplo na Sua
manifestação existencial. Na Sua Unidade primeira é, para nós, Infinito porque
está além do espaço (inespacial); é Eterno porque está além do tempo (intemporal);
e é Absoluto porque está além da consciência concebível na relatividade existencial
da Natureza. Porém, na Sua triplicidade existencial é Omnipotente porque tudo
por Ele foi criado; é Omniamante porque eternamente benéfico; e é Omnisciente
porque n'Ele tudo é conhecido, de modo completo.
2.º ) O
Ser Supremo manifesta-se em toda a Natureza como espírito e matéria, tendo a
energia como força intermediária. O espírito dirige a energia; a energia
organiza a matéria; e a matéria é modelada por aquela. As três substâncias são
conversíveis entre si, por mudança vibratória, e derivam do Princípio Único,
por condensação atómica. São elas a base de toda a manifestação existencial do
Universo. DEUS cria, a partir de Si mesmo, mais 6 Planos ou Mundos
macrocósmicos, dividindo-se, cada um dos 7, em 7 Subplanos vibratórios, forças
diferenciadas por faixas de frequências sequenciais, dividindo-se ainda, cada
um destes, em 7 subfaixas, interpenetrando-se todos eles, concentricamente, em
dimensões substanciais múltiplas, bases dos Mundos Invisíveis.
3.º )
Dessa trindade e dessa septenaridade de substâncias, donde deriva toda a
multiplicidade final da Natureza, procedem todos os Universos, manifestados
ciclicamente, que o Ser Absoluto tem criado “desde toda a eternidade” e que
criará “para toda a eternidade”, numa sucessão contínua de criação ou
manifestação (“Mahamanvantara”) e destruição ou dissolução (“Mahapralaya”), após o
cumprimento do Plano evolutivo universal do Ser Eterno, que é delineado na Sua
Consciência com biliões de anos de antecedência, antes da Sua existencialização
(involutiva-evolutiva). A essas criações e destruições a Filosofia do Oriente
tem chamado “os Dias” e “as Noites” de “Parabrahman” (DEUS) − tal como a teoria
do «Universo pulsátil» dos astrónomos da actualidade.
4.º ) O
SER Absoluto emana de Si, primordialmente, 7 Grupos de Consciências septenárias
macrocósmicas, Espíritos ou Logos incomensuráveis que dirigem, cada um deles,
inumeráveis metagaláxias, simultaneamente, no âmbito de 7 Raios Macrocósmicos,
obedecendo todos, perfeitamente, à Vontade soberana do SER Supremo. Estes, por
sua vez, emanam também, cada um, 7 outros Grupos de Consciências Macrocósmicas,
Logos siderais que abarcam no seu âmbito consciencial, áurico ou gravitacional,
muitas estrelas simultaneamente: galáxias; depois, constelações; e, finalmente,
sistemas solares. Estes Logos são criados todos em sequência consciencial descendente
ou involutiva, rumo à matéria, sempre de modo septenário.
5.º )
Cada sistema estelar é uma unidade independente e interdependente dos outros,
tal como o nosso Sistema Solar, cujo Espírito macrocósmico, o Logos Solar,
emanou os Espíritos dos Homens, Mestres, Anjos e Arcanjos. O Logos Solar, à
semelhança do Absoluto, também esboçou, na Sua Mente macrocósmica, um
Plano-Arquétipo, com milhões de anos de antecedência, para a evolução de todo o
Sistema Solar. É consultando essa memória colectiva de Deus, por meio da clarividência,
que se pode ver o futuro pré-traçado, num processo premonitório. O Sol físico,
com os planetas, é o invólucro mais externo (corpo) desse Espírito Logóico, que
criou e abarca no Seu âmbito áurico (ou campo gravitacional heliomagnético)
todo o sistema solar, mantido coeso no Seu Amor.
6.º ) A
Criação do Universo, pelo Ser Infinito (DEUS), ou de qualquer outro sistema
sideral, pelo Logos respectivo desses astros, obedece sempre a Princípios, Leis
e fenómenos universais semelhantes, em correspondências exactas entre o macro e
o microcosmos − conforme o aforismo do Iniciado egípcio Hermes Trismegistus:
«Assim como é em cima, assim é em baixo» −, segundo a actividade criadora de
uma Tríade primordial de Forças cósmicas, denominada Santíssima Trindade, que
consta de 3 aspectos dinâmico-cromáticos (constituídos de forças coloridas) correspondentes
aos 3 Atributos da Divindade respectiva: Poder (Pai − cor: magenta-luminoso);
Amor (Filho − cor: azul-ciano); e Sabedoria (Espírito Santo − cor:
amarelo-dourado).
7.º )
Essas 3 Forças criadoras, em interacção cósmico-cinética, geram mais 4, como as
3 cores básicas do arco-íris geram as outras, constituindo ao todo 7 tipos de
Força, denominados os 7 Raios (subdivididos cada um em 7 Subraios). Destes
derivam todos os aspectos criacionais septenários da vida de qualquer astro.
Estas 7 Forças estão cíclica e consecutivamente em actividade, em períodos ou
Ciclos mais dilatados e outros menos dilatados (Subciclos). Actualmente, está a
retirar-se da Terra a acção do 6.º Raio, com a retirada da Era dos Peixes,
estando a entrar em actividade, para a Era do Aquário, a influência do 7.º
Raio, cuja tónica psicológica será a fraternidade universal e o universalismo
doutrinário, num espírito de Síntese Magíaca (Mágica ou Teúrgica).
8.º ) Os 7 Raios da
Astrosofia, que estão na base de todas as influências astrológicas, têm
correspondências com todas as coisas da vida biológica, psicológica e espiritual
dum astro bem como dos seus habitantes e do meio ambiente respectivo, estando
esses Raios ligados aos 7 ramos ou esferas da evolução humana, tendo como
expressões as seguintes modalidades: 1.º Raio (magenta): Poder (da Vontade),
Política; 2.º Raio (ciano): Amor (da Intuição), Religião; 3.º Raio (dourado):
Sabedoria (da Razão), Filosofia; 4.º Raio (verde): Beleza (do bioplasma), Arte;
5.º Raio (alaranjado), Conhecimento (do intelecto), Ciência; 6.º Raio (violeta):
Devoção (do
instinto), Misticismo;
7.º Raio (anilado): Cerimonial
(corpo), Magia.
9.º )
Todo o Universo e, por conseguinte, todos os Sistema Siderais são regidos por
Leis universais imutáveis, perfeitas, que visam a evolução gradual de todos os
seres e coisas, numa busca de perfeição contínua, no espaço e no tempo, em
direcção ao Infinito (DEUS). Por meio da Lei do Amor ou atracção universal, o
Universo é mantido em equilíbrio dinâmico (de forças cinéticas), regido pela
Lei cósmica do Carma − ou de Justiça espiritual. Todas as coisas e todos os
seres nascem, morrem e renascem, em unidades colectivas cada vez mais vastas e
mais aperfeiçoadas, rumo à Unidade Divina, num processo transformista da vida
imperecível que sustenta as formas mortais, pois «nada se perde, nada se cria;
tudo se transforma», postulou o químico Lavoisier.
10.º )
Em toda a Natureza está presente a Lei da hierarquia, tendo como base
fundamental o grau evolutivo consciencial de cada ser. Na cúpula da Hierarquia
universal está DEUS (o Absoluto), ficando-Lhe abaixo todas as septenaridades
Logóicas até aos Logos estelares e planetários. Cada sistema solar, bem como
cada planeta, têm uma Hierarquia governamental de Seres (Arcanjos, Anjos e
Mestres) que o dirigem, orientam e aperfeiçoam, sendo co-criadores da Natureza
com o Logos respectivo. A Lei da hierarquia estende-se dos Reinos super-humanos
aos sub-humanos (animal, vegetal e mineral) e até a outros reinos de evolução
paralela à humana, dos elementais (espíritos da Natureza): gnomos, fadas,
ninfas, sereias, silfos, airinas, etc.
11.º ) A
evolução da Humanidade terrestre é superiormente orientada por uma Hierarquia
Sagrada de Seres que atingiram a perfeição humana, através da auto-realização
espiritual, tornando-se Mestres da Sabedoria, por terem alcançado um nível de
supra-consciência, a Consciência cósmica ou divina pela União mística com Deus,
tendo desenvolvido as suas faculdades ocultas, latentes, psíquicas e mentais, e
os seus poderes transcendentes, espirituais, na unificação da sua vontade com a
Vontade Divina, tornando-se, assim, verdadeiros Magos, ou seja, teurgos e
taumaturgos. São esses Seres superominais que guiam a Humanidade, segundo a
orientação do Plano evolutivo do Logos Solar, traçado, arquetipicamente, para o
planeta Terra.
12.º )
Tal como a evolução do reino vegetal ou animal pode ser acelerada pela técnica
eugénica humana, manipulando as leis biológicas, assim também a evolução do
Homem pode ser acelerada com muita rapidez (com consequente libertação da roda
das reencarnações), por meio da aplicação correcta, benéfica e desinteressada,
das Leis mentais e espirituais que operam nestes níveis conscienciais: por uma vida desapegada do materialismo, pelo equilíbrio psíquico e mental duma
Moral sã de Sentimentos nobres, pelo Conhecimento esotérico-iniciático e,
finalmente, pela auto-realização espiritual nos Atributos da Santíssima Trindade,
imanente em todo o Ser humano: Poder ou Vontade (Pai), Amor ou Bondade (Filho)
e Sabedoria ou Verdade (Espírito Santo).
13.º )
Este processo de rápida evolução humana chama-se Iniciação, que é a Ciência
sagrada do Auto-conhecimento, baseada na dinamização vibratória dos nossos
Princípios internos (anímicos e espirituais), feita pelos Mestres quando um ser
humano está suficientemente purificado das seduções do materialismo, pela
qual o Iniciado experimenta um influxo de Luz interna proveniente dos seus
Princípios superiores. A Iniciação visa, através da dupla Via do Misticismo
cósmico e da Metafísica sapiencial, unificar a consciência humana à Consciência
divina (nas “Bodas Alquímicas” ou “Núpcias Místicas”), base e finalidade de
toda a evolução do Homem, cujo objectivo último é a Perfeição humana, da qual
Cristo se tornou um dos maiores paradigmas de Espiritualidade.
14.º )
Essa introdução iniciática nos Mistérios sagrados tem como centro mundial
“Shambhala”, Cidade santa dos Iniciados e Centro do Governo Hierocrático
mundial, criada no primeiro e segundo níveis etéricos (no éter reflector e no
éter sensorial), por cima do deserto do Gobi (Ásia Central), onde se reúne toda
a Hierarquia planetária terrestre, também chamada Hierocracia, Grande
Hierarquia, Hierarquia Sagrada ou Grande Fraternidade Branca. Esta é a verdadeira
Igreja de Cristo, actualmente chefiada na cúpula por Buda Gautama (com Cristo-Maitreya logo abaixo e outros Mestres supremos). Lá se realizam festividades
gloriosas, em dias de Lua Cheia do ano (Festivais de Wesak), ocorrendo aí todas as Iniciações,
em Cerimónias ritualísticas baptismais.
15.º )
Toda a Sabedoria da Antiguidade estava fundamentada no conhecimento desses Mistérios,
no desenvolvimento iniciático das potencialidades divinas latentes no Homem,
que nos Santuários antigos era transmitida de Mestre para Discípulo, de modo
secretista, rigorosamente sigiloso. Esse Conhecimento sagrado era a Ciência
esotérica, oculta, reservada somente a uns poucos preparados para recebê-la, numa vida de Espiritualidade, de Estudo e de Serviço ao próximo,
sendo velada por mitos, parábolas, alegorias e símbolos metafísicos. As
religiões, tendo perdido as chaves filosóficas da verdadeira e Real Sabedoria,
cristalizaram-se nos seus dogmas de fé, em opiniões teológicas de exoterismos
superficialistas, apegadas à letra morta das Escrituras.
16.º )
Na evolução geral do nosso Planeta, a vida desenvolve-se e aperfeiçoa-se
segundo 7 Reinos da Natureza, desenvolvendo cada um deles um Princípio
substancial, transferindo-se esta essência vital sempre de um Reino para outro,
ao longo de ciclos eónicos (de tempo) muito dilatados, em contínuo aperfeiçoamento
evolutivo e também em consequente desenvolvimento consciencial: mineral (inconsciente): corpo denso ou somático; vegetal (infraconsciente): corpo etérico ou vital;
animal (subconsciente): corpo astral ou psíquico; Homem (consciente): corpo
mental intelectual; Mestre (superconsciente): corpo racional, causal;
Anjo (supraconsciente): corpo intuicional ou búdico; e, finalmente, Arcanjo
(uniconsciente): corpo espiritual ou átmico, que constituem os 7 Reinos evolutivos.
17.º )
Todo o ser humano, sem excepção, é de origem essencialmente divina, estando
fatalmente destinado à glória do futuro anjo e arcanjo, porque o plano de fundo
da sua Consciência individual é a Consciência colectiva da Divindade, contendo
cada um, em estado latente, embrionário, todas as faculdades e poderes,
qualidades e virtudes, conhecimentos e sabedoria que atribuímos a Deus, tal
como a semente tem a árvore em potencial. Essas potencialidades desenvolvem-se
gradualmente através de uma evolução consciencial contínua, em espirais
cíclicas múltiplas, do selvagem ao civilizado e ao Iniciado, ou do profano ao
religioso e ao sagrado, cuja expansão e perfeição não tem limites no espaço e
no tempo, em direcção ao Infinito ou Absoluto (DEUS).
18.º )
Esse aperfeiçoamento humano é realizado gradualmente através da Lei da
reencarnação, renascimento ou palingénese, pela qual todo o ser humano é
submetido a um processo contínuo de renascimentos e mortes no Plano físico
(mundo material) até que se liberte do seu carma negativo, dos débitos criados
ao longo de milénios de evolução, desde o primitivismo das suas origens. O
carma é a Lei dos destinos ou de causa e efeito, tendo como base uma
contabilidade cósmica de crédito-débito, pela qual cada um é o criador do seu
próprio destino, da sua felicidade ou dos seus sofrimentos. Ao conquistar o
Amor universal e a Sabedoria cósmica, o Homem torna-se perfeito, um Mago
branco, um Mestre da Sabedoria, liberto completamente do ciclo das reencarnações.
19.º ) O
Espírito humano reencarna num e noutro sexo, num e noutro país (e até noutros
planetas), sob circunstâncias diversas, em muito variadas experiências, até que
tenha aprendido tudo aquilo que o mundo material lhe poderia ensinar. Nos
primórdios da sua evolução humana, todos os Espíritos reencarnam nos povos
selvagens, como aborígenes mais ou menos ferozes e completamente ignorantes. No
término da evolução humana, todos os Espíritos encarnados estudam as religiões
comparativamente, as Filosofias sagradas, buscando o Misticismo superior e, em
suma, os Mistérios da vida, da morte e da imortalidade, numa compreensão
verdadeira do Homem, da Natureza e de Deus, até à Unificação final da sua Consciência
com a da Divindade.
20.º ) A
vida humana de modo nenhum está limitada entre o berço e o túmulo. Quando a
forma biológica se desintegra, pela morte − que é apenas transformismo −, a
vida (alma) e a Consciência (Espírito) continuam a evoluir nos mundos suprafísicos
(melhor, intrafísicos), em
três Planos fundamentais: físico, astral e mental, para
assimilarem, aí, mais perfeitamente, as experiências levadas do mundo material
denso e serem planeadas as linhas gerais da futura vida na Terra. Nesses mundos
ocultos de “repouso” (onde há, afinal, intenso trabalho e contínuo aprendizado
e evolução), o ser humano vulgar permanece, em média, de 150 a 200 anos, antes de
voltar a reencarnar no mundo físico. Os Seres mais evoluídos podem estar no
Além de 500 a
1000 anos.
21.º )
Se uma pessoa, enquanto na Terra, viveu de instintos baixos (desejos viciados,
emoções violentas e sentimentos egocêntricos, com pensamentos impuros,
materialistas ou criminosos, terá que viver durante anos − que parecem séculos
para a sua consciência “au ralenti” − em subníveis inferiores do Plano
Astral, em mundos de energias escuras, imundas, viscosas, de trevas e de formas
degradadas e monstruosas, onde todos os sofrimentos se lhe configuram, em
painéis alucinatórios de formas inferiores criadas pelas suas mentes em desequilíbrio
− aí a mente é a grande criadora de formas, por ideoplastia −, rodeando-se cada
alma (aí perfeitamente real e corporiforme) do ambiente mental plasmado pelos
seus pensamentos desde a vida terrena.
22.º )
Se o ser humano, pelo contrário, viveu para um Ideal superior, na Arte pura
(Beleza), na Religião verdadeira (Amor), na Ciência benéfica (conhecimento) ou
na Filosofia metafísica, sagrada (Sabedoria), passa, após a morte, rapidamente
pelo Mundo Astral, subindo ao inefável Mundo-Céu do Plano Mental, tanto mais
depressa quanto maior a sua evolução espiritual, onde goza da Bem-aventurança
indescritível da “presença” de Deus, mergulhado num inebriante e esplendoroso Oceano de Luz feérica, de cor irisada, de música suavíssima, de perfume dulciolente...
e de Amor seráfico, de Paz suprema e de Liberdade gloriosa, sentindo a plena
comunhão com todos os seres, numa sensação beatífica e indizível de Unidade divina e de
“Consciência de Eternidade”.
* A verdadeira Sapiência do Espírito não é uma certeza de hipóteses nem uma convicção de opiniões nem uma fé de crença doentia, mas o Conhecimento dos axiomas universais da Verdade e da Sabedoria.
P a z P r o f u n d a ! . . .
As 12 Chaves
Filosóficas
Sobre
Deus (O Criador)
1.º )
DEUS é o Supremo Princípio cósmico, Criador da Natureza (do Universo visível e
do Cosmos invisível), sendo incognoscível em Sua essência última; e é infinito
porque inespacial, eterno porque intemporal e absoluto porque omnisciente.
Acerca d'Ele, a limitadíssima mente humana só pode saber algo da Sua manifestação
fenoménico-existencial: o que Ele não «é», porque DEUS, como Essência primordial
una e imota, transcende infinitamente a mente intelectual, já que esta só
funciona por um processo relativo dualista.
2.º )
DEUS, por ser Consciência infinita, ilimitada no tempo e no espaço, conceitos
nocionais relativos ao âmbito fenoménico, que não existem no Absoluto, é
essencial e existencialmente omnipresente em toda a Natureza ou Criação, sendo,
portanto, espacialmente imanente (panteísmo) em todo o Universo (Natureza
visível, material) e em todo o Cosmos (Natureza invisível, energética),
transcendendo-os (teísmo), no entanto, vibratoriamente, ou seja, em termos de
vibração substancial, em qualquer contexto atómico da Natureza ou Criação.
3.º ) O
Ser Absoluto, sendo uno e indiviso, numa concepção universal monoteísta, em Sua Essência
absoluta, existencializa-se, no entanto, em múltiplos Deuses
criadores siderais (Logos metagalácticos, galácticos, constelatórios, solares,
etc.), que são múltiplas Emanações conscienciais septenárias do Absoluto, os
quais concebem, unificam e criam sistemas simples ou múltiplos de astros,
segundo o Seu grau hierárquico, na Hierarquia Cósmica Sideral, imitando, assim,
em perfeita colaboração, a Criação do Logos Univérsico.
4.º ) O
Ser Infinito, na Sua Realidade mais intrínseca, é Essência imutável, imóvel,
permanente, que se expressa na Natureza por uma Trindade macrocósmica, como
DEUS manifesto, da qual deriva a septenaridade universal, sendo essa Lei
cósmica uma emanação fenoménico-existencial (involutiva-evolutiva) de Si mesmo,
da Sua substância (absoluta Essência Numenal) não-existencial, não-fenoménica,
não-transformista, porque não-relativa, pois que transcende toda a contingência
da relatividade espácio-temporal.
5.º ) O
Ser Eterno é um “Oceano” infinito de Espírito, como Princípio cósmico Criador,
Unificador e Conceptor, macrocósmica Trilogia de Atributos respectivamente
correspondentes aos três Princípios ou Aspectos (“Forças”) da Santíssima
Trindade macrocósmica, manifesta em Poder (ou Vontade), que se expressa no
Belo; em Amor (ou Bondade), que se expressa no Bem; e em Sabedoria (ou
Verdade), que se expressa no Vero, também correspondentes, respectivamente, às
cores primárias do arco-íris: vermelho, azul e amarelo.
6.º )
Toda a Criação ou Natureza visível (Universo) e invisível (Cosmos) foi
concebida a partir dessa Trindade macrocósmica, a qual originou as
manifestações existenciais da Lei universal da septenaridade criacional, nas
Consciências Logóicas septenárias, que configura a Lei das Correspondências
cósmicas, expressa no aforismo esotérico de Hermes Trismegistus: “Assim como é
em cima, assim é em baixo”, parafraseado, em termos de cosmologia
contemporânea, no entimema: “O macrocosmo é semelhante ao microcosmo”.
7.º )
Assim, toda a Natureza proveio de DEUS, por existencialização septenária
múltipla da Substância divina, que emanou de Si própria outras substâncias,
inicialmente não-atómicas, as quais originaram de si mesmas, sucessivamente, as
hipóstases (ou substâncias) atómicas dos diversos Planos cósmicos − vibratórios
e não espaciais, mas concêntricos. Tal processo involutivo da Criação
corresponde à fase existencial descendente da Consciência (Espírito) em
manifestação na forma (matéria), através da vida (energia).
8.º ) De
modo filosoficamente simplista, dir-se-á que, por abaixamento vibratório ou
condensação atómica (involução), o espírito
(substância espiritual) produziu a energia (substância astral),
dinamizando e dirigindo esta, como consciência orientadora; e a energia
produziu a matéria (substância física), vitalizando e organizando esta, como
vida organogénica, tal como o vapor, a água líquida e o gelo são apenas
modalidades ou estados vibratórios diferentes, e conversíveis entre si, da
mesma substância molecular (H²O).
9.º )
Porque o macrocosmo é semelhante ao microcosmo, o ser humano foi criado,
segundo aquelas duas Leis universais, à imagem e semelhança da Natureza (de
DEUS manifesto) e não do próprio DEUS essencial; por isso, a alma do Homem é
uma expressão existencial trina (etérica ou vital, astral ou psíquica e
intelectual ou mental), que reflecte a Santíssima Trindade microcósmica do seu
Espírito: Pai ou Verbo − Vontade espiritual; Filho ou Cristo − Amor
intuicional; e Espírito Santo, Razão ou Logos − Sabedoria racional.
10.º )
Cada homem, elementarmente considerado como trindade de corpo (parte somática,
material), alma (parte psiconoética, energética) e Espírito (parte racional,
intuicional e espiritual) é uma emanação directa, como Centelha ou Mónada, do
Sol Espiritual, Logos estelar ou Espírito criador do sistema solar a que pertence
o seu planeta em evolução (salvo as excepções de exílios interplanetários), sendo
Aquele Sol o seu Pai-Mãe espiritual, o seu Deus emanador, para O qual evolui, e
cujo Coração está no astro central do sistema.
11.º )
No nosso Sistema Solar, o nosso Deus tem, portanto, o Seu coração no Sol, cuja
característica-atributo esotérico dominante é o Amor-Sabedoria (Sapiência) da
Intuição, do 2.º Raio cósmico estelar (de cor azul), dentre os 7 Raios
Criadores, e a Sua aura anímica (campo heliomagnético) abarca todo o Sistema
sideral heliocêntrico, sendo Deus consciencialmente omnipresente e omnisciente
em todo ele, nada acontecendo no âmbito do Sistema Solar que não seja da Sua
divina vontade, directa ou indirectamente.
12.º )
Tal como o Homem é uma emanação de Deus, imanente na sua Essência espiritual,
também, semelhantemente, esse grande Ser é uma emanação do Ser Supremo, de DEUS
absoluto (“Infiniterno”), d’O qual se destacaram as Consciências Logóicas macrocósmicas, por existencialização diversificadora, abaixamento vibratório da
Substância divina primordial, estando todos esses Deuses Logóicos também em
evolução para DEUS, em domínios espácio-temporais muitíssimo mais dilatados do
que o Homem.
* Deus é a
plataforma profunda do real e a base vastíssima do que é transcendental; e todo
o Universo é uma holograma de Luz divina condensada e na matéria densificada.
* O maior presente
da vida humana, em ascensão contínua para o que é espiritual e transcendente, é
descobrir que, no íntimo de cada Coração, Deus está sempre presente.
* Deus é como o Sol,
que brilha cintilante, em luz e calor, no alto dos céus; e é no Trono Solar que
está o mistério magnificente da Sabedoria e do Amor do Coração de Deus.
* Deus pode não ter
pressa, na Sua supina Magnanimidade e no seu grandioso Amor; mas nós é que
devemos apressar-nos para nos libertarmos com Ele o mais depressa possível da
roda da dor.
* Quando trabalha a
parte nobre, espiritual e divina dentro de nós, por polarização consciencial e
potencializada pelos Céus, as Obras que fazemos, o Saber que temos e as Acções
que cometemos já não são nossas mas de Deus.
* De DEUS tudo veio,
por existencialização involutiva da Vida em toda a Criação; para DEUS tudo
caminha, por processamento evolutivo rumo à Perfeição.
* Triste é a vida do
homem que anda arredado de Deus e na dúvida de que os Céus existem; bem-aventurado
é o ser humano que está unificado ao Divino na certeza com que os Céus lhe
assistem.
P a z P r o f u n d a ! . . .
C L I C
A R :
P.A.I... — Paz, Amor,
Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio
de Portugal)*
1 comentário:
Salve, Namastê, Ave, Shalom, Viva!...
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