O Natal não é nem nunca foi verdadeiramente aquilo que a maioria dos
seres humanos faz dele, nas festas ruidosas, profanas e pantagruélicas do mundo.
Causa-nos pena e decepção ouvirmos publicidades (ouvimos muito poucas) e comentários
televisivos onde se fala tanto em festas de gastronomias diversas, aparatos de
festas de gala, concursos de grande animação rocambolesca e muitas vezes meio
tonta, e ninguém ouve falar em
Jesus nem em Maria, a sua mãe querida e Mãe de Amor tão puro e divino para a Humanidade.
Lá apresentaram, há pouco, na Televisão, um filme da vida de Jesus (A Bíblia),
porém demasiado pesado de sangue e violência e não recomendável às crianças, pois
até a nós nos "magoou, chocou e feriu" bastante (sinceramente),
devido à elevada sensibilidade que desenvolvemos, durante anos, à dor alheia.
Situados, há séculos, bem junto de Jesus Cristo, assistimos à sua crucificação,
que nos custou imenso, como é de calcular. Ainda hoje não podemos ver
facilmente imagens que nos relembrem esses tempos tão bárbaros e povos tão
instintivos e selvagens como eram os judeus e romanos (e são ainda muitos como na
tristeza da guerra criminosa da Síria).
Enquanto o Natal for considerado apenas festa mundana, festa profana,
festa do corpo, de consumismo materialista, as almas andam famintas, frustradas e insaciáveis. O que vale
a muita gente é fazer-se dele também uma festa de união (maior ou menor) da família,
aproximação de corações, senão o vazio interior da maioria era completo, pois o
Natal não é, verdadeiramente, nada disso (a não ser a união da família). Muitos
acham que é basicamente a celebração-recordação do nascimento de Jesus, com as peripécias de Belém ao Calvário (do nascimento à crucificação), passando
pela adoração dos singelos
pastores, pela visita dos Reis Magos, etc.
Mas sem nos atermos a demasiadas considerações históricas já sobejamente
conhecidas, vejamos alguns aspectos simbólicos da vida e
da Mensagem de Jesus e alguns Mistérios
ocultos, dos processos de Iniciação, consagrados em Shambhala e que têm a ver
com a busca de Deus, da Consciência Cósmica do Mestre da Sabedoria iniciática
dos Mistérios da Vida imortal e da Perfeição humana (Adeptado do Homem cósmico
ou Mestre da Sabedoria sagrada, eterna), quando um ser humano revela e se unifica à
Consciência de Deus, fase evolutiva superior denominada «Núpcias Místicas,
Bodas Alquímicas ou Casamento Místico com Deus».
Comecemos por tentar compreender alguns simbolismos mais ocultos e
misteriosos acerca da vida de Jesus Cristo: no corpo de Jesus de Nazaré (Yeoshua ou Joshua ben Yussef, Jesus, filho de José) com a ocorrência da entrada do Espírito de Cristo (Maitreya,
como dizem os orientais e os Iniciados) avatarizado, "incorporado" ou
"incarnado" temporariamente nele, a partir dos 30 anos. Foi quando
João Baptista derramou a água sobre Jesus, no Baptismo, que houve a "possessão" (voluntária para ambos, claro) do
Espírito de Cristo sobre o corpo de Jesus, diz-se nos meios da Sabedoria iniciática.
A Igreja católica, andando a "patinar" e a "bolinar à
deriva" sobre o sagrado, nunca compreendeu a dualidade unificada entre
Jesus e Cristo, pois em nenhum registo de nascimento Joshua aparece com qualquer
sobrenome ou apelido de Cristo. E compreender a dita "ressurreição"
de Cristo, após a morte, o Mistério da Santíssima Trindade ou o do Espírito
Santo, a Virgindade e a Assunção de Maria, os Mistérios do Natal e do
Pentecostes, etc., não são assuntos − de Adultos do Espírito − que a Igreja, na infância sobre o sagrado, possa compreender, no mínimo. Por
isso, limita o Natal à história do nascimento, da vida e da crucificação de
Jesus. Mas a Verdade sacrossanta do Mistério do Calvário é muitíssimo mais
profunda.
Todos os Iniciados nos Mistérios do Sagrado, em dadas alturas da sua
vida têm que recapitular, paulatinamente, todos os graus de Iniciação
alcançados em vidas anteriores. Mesmo para os mais avançados Mestres da Sabedoria que nasceram sobre a
Terra (só até à 6.ª Iniciação, pois no grau de Pureza e de Luz espiritual
dos Mestres da 7.ª Iniciação já é literalmente impossível reencarnarem), todos eles têm que passar pela recapitulação gradual e sucessiva das diversas fases evolutivas e iniciáticas alcançadas nas experiências do passado.
Repare-se que até o bebé recapitula no ventre materno, como embrião,
todas as fases filogenéticas da vida biológica em cuja fieira biogénica ou
matriz organogénica a evolução do Homem e dos seus antepassados passaram, na
biogénese física. Por isso se tem notado, por parte dos biólogos, dos geneticistas e
embriologistas, que os embriões de peixe, réptil, ave, mamífero e Homem são
muito parecidos, pelo menos nas primeiras fases de desenvolvimento embriónico e fetal. Foi
isso que levou Ernest Haeckel, evolucionista e continuador das
teorias antropológicas de Charles Darwin, a
afirmar o conceito da Biologia: «A embriogénese recapitula a
filogénese».
Devido a essa lei universal da recapitulação (que também existe nas
escolas oficiais na «revisão da matéria», como se diz), o Iniciado tem que
passar por diversas fases e experiências parecidas com as que já viveu antes,
em vidas anteriores. E se ele é um Mestre de Sabedoria, terá que recapitular
pelo menos as 5 fases evolutivas que já viveu no passado, embora em tempo muito
mais curto do que o normal, pois está só a recapitular eventos semelhantes e
não a reviver tudo de novo, porque os ciclos do passado revivem-se velozmente
mas não se repetem exactamente da mesma maneira.
Foi o que aconteceu com Jesus Cristo, nas várias etapas da sua vida e do
seu crescimento físico e espiritual, tendo-se preparado, durante anos (dos 13
aos 30), no seu périplo pelo Oriente (até no Tibete esteve a estudar, tendo
sido conhecido como profeta Issa), para um maior grau de Iniciação que iria
receber com o drama do Gólgota (Calvário) e a sua Crucificação misteriosa,
dolorosa e libertadora. Não esqueçamos que a morte «em baixo», nos mundos
inferiores, é sempre um renascimento «em cima», nos Mundos Superiores. E isto é tão verdadeiro para com o vulgar fenómeno da morte como na
subida consciencial dos Iniciados nos Mistérios Sagrados do Espírito, que vão perdendo
veículos (corpos) em baixo à medida que sobem para as Alturas eternas do Cosmos Espiritual.
Se Cristo-Maitreya, que operou no corpo de Jesus dos 30 (quando foi
baptizado por João Baptista no rio Jordão) aos 33 anos (quando foi crucificado)
já não tinha carma pessoal (dívidas
para com a Lei divina), em termos humanos, por ser um Mestre da Sabedoria,
então o carma do sofrimento por que passou foi revertido a favor do carma
colectivo mundial, e aliviou algum carma doloroso da Humanidade, pois o
sacrifício de um inocente nunca é em vão, em termos de resgates da compulsão
cármica. Quando ele não merece esse sofrimento, muitas misérias de um povo ou
mesmo da Humanidade podem ser evitadas. Por isso se disse,
nos meios religiosos, durante séculos: «Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do
mundo...».
A recapitulação das Iniciações de Jesus Cristo, com a conclusão na
Crucificação, ocorreu em fases bem definidas da sua vida toda, correspondentes
cada uma a um grau iniciático, que podemos classificar em 5 etapas específicas, em
interligação com as fases da sua vida biológica, segundo as misteriosas
correlações com a Lei hermética das analogias, conforme a Metafísica oculta
de Hermes Trismegistos, o grande Iniciado egípcio. Eis os Mistérios Magnos do
simbolismo oculto da Vida de Jesus, resultando o Natal da matéria (nascimento)
na conclusão alquímica da Perfeição final da alma do Iniciado no Natal do
Espírito (Ressurreição), após a Crucificação.
Sobre o duplo Renascimento, da matéria e do Espírito, Cristo,
quando dialogava com Nicodemus, Rabi da sinagoga de Israel, disse-lhe, no Evangelho
de João, Cap. III, nos versículos de 3 a 8, onde se comprova clara, nítida e
insofismavelmente a Doutrina da reencarnação, que ainda hoje as religiões do
Hemisfério ocidental teimam, ingenuamente, em negar, ocultar ou pura e simplesmente
ignorar, esquecidas do "mea culpa" da ocultação indébita
da Verdade:
JOÃO, CAPÍTULO III
1 Ora, havia entre os fariseus
um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este
foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de
Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver
com ele.
3 «... Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo,
não pode ver o Reino de Deus...
4 Perguntou-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade,
em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.
6 O que é nascido da carne
é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu
te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra
onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim
é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 Perguntou-lhe
Nicodemos: Como pode ser isto?
10 Respondeu-lhe
Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?
11 Em
verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que
temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!
12 Se vos
falei de coisas terrestres, e não credes,
como crereis, se vos falar das celestiais?
Ainda alguém terá dúvidas
acerca destes versículos em que a pergunta feita por Nicodemus era
reencarnacionista: «...Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer»? E a resposta de
Cristo a favor da reencarnação foi: «O que é nascido da carne é carne!...»; «Necessário vos é nascer de novo!»...;
«... Se vos falei de coisas terrestres, e não
credes!...». Ou seja: "entrar de novo no ventre da mãe; o que é
nascido da carne...; nascer de novo; falei de coisas terrestres" − que mais
queremos para abrir os olhos acerca da afirmativa da reencarnação? As religiões
só precisam tirar a venda da cegueira espiritual, em que os seus dogmatismos
retrógrados e misoneístas gravitam.
Note-se bem o duplo nascimento
(no Oriente, Índia, chamam "Dwijas"
aos homens «Nascidos duas Vezes»), do qual S. Paulo (Paulo de Tarso) falava
quando dizia que (depois de Cristo lhe ter aparecido na estrada de Damasco e se
ter convertido ao Cristianismo) até então tinha sido o «homem velho», e depois
se tornou o Homem Novo. Quantos neste Planeta já se tornaram o Homem Novo?
Poucos e relativamente raros. Mas vós, que ledes estes Mistérios, ao menos
vós..., tornai-vos esse Homem Novo, regenerado com Cristo: mais interno do que
externo; mais identificados com o Cristo espiritual, que em todos nós habita, do que com as dúvidas analíticas sobre o
Jesus histórico, tão cheio de tantos erros, contradições e disparates das hermenêuticas, às vezes tão exageradas, das interpretações teológicas e religiosas de opinião superficialista deste Hemisfério Ocidental!
«Quem não nascer da água
(amniótica) e do Espírito (Iniciação) não verá o Reino de Deus ou o Reino dos
Céus!...»: Eis o Mistério do Natal!... O primeiro mistério menor todos o
conhecem... e ainda muito mal (senão não haveria abortos provocados): o nascimento da
carne; mas o 2.º Mistério Maior, o Nascimento do Espírito é, de facto, o
Mistério da Perfeição humana. É esse o verdadeiro simbolismo do Natal, no Natal
de Luz Eterna do Iniciado nos Mistérios Cósmicos do Espírito, do Sagrado e do
Divino. Só com a Sabedoria cósmica, o Amor
universal e a Fé viva e mística se pode compreender isto, autenticamente, verdadeiramente,
de modo real, ideal e efectivo.
Quando Cristo falava no «alcançar o Reino dos Céus», queria dizer que
todos alcançarão essa fase de vivência espiritual gloriosa, depois da morte,
embora o Mestre se referisse especificamente à Auto-realização espiritual e
iniciática, pois Ele sabia que todas as almas serão elevadas, vibratoriamente, mais
cedo ou mais tarde, aos Reinos dos Céus superiores ao Plano Astral, respectivamente
conforme a muita ou pouca Espiritualidade, Bondade e Ética que tiveram na Terra,
ou a pouca ou muita vida instintiva e materialista que levaram no mundo, e
depois de penarem no Mundo Astral (os
mais endurecidos), antes de subirem aos Planos
Superiores do Além, até onde podem chegar, segundo
o maior ou menor acesso à Luz da sua Consciência, em desenvolvimento ao longo dos
milénios.
Todavia, alcançar o mais elevado Nível Celestial do Plano Mental
Abstracto, com plena Consciência e Glória, tal só se torna possível e
verdadeiramente perceptível pelos Iniciados nos Mistérios Sagrados,
especialmente pelos Mestres da Sabedoria. Por isto a Sabedoria sagrada é a
"coisa" mais importante a que nos possamos dedicar neste mundo. As
almas vulgares, depois de passarem uns tempos pelo mundo mais ou menos caótico
do Plano Astral (e na região infernal, especialmente no Astral Inferior ou Baixo Astral, o «Inferno», da terminologia
das religiões, se são muito viciadas, corruptas, maléficas ou criminosas), também sobem, mais cedo ou mais tarde, a esses Mundos
celestiais mais elevados de suprema Felicidade, tão logo aumentem o seu padrão vibratório específico.
Mas isso só acontece após passarem, no intervalo das reencarnações
(havendo excepções como as das crianças falecidas e dos suicidas, por exemplo),
a outros Mundos celestiais menos luminosos. Mas nos Mundos superiores, a Glória
é tão grande e a Luz tão intensa que, pela pressão cósmica vibratória do
Espírito, as almas pouco evoluídas adormecem num sonho glorioso de Felicidade,
mas pouco consciente por fora e pouco criativo e expressivo nesses Planos de
Luz Eterna, onde os Iniciados, Anjos e Arcanjos "circulam", vivem e
criam, na liberdade da sua vontade e sem impedimentos de
"sonolências" conscienciais, como as têm a maioria dos homens.
A Alma Cintilando em Luz Divina
Eis as Fases etárias sequenciais da vida de Jesus, em correlação com as Iniciações
alcançadas nos Mistérios da Revelação do Espírito:
1.ª )
Fase: Nascimento − 1.ª
Iniciação: Discípulo do 1.º Grau.
− Corresponde à 1.ª Iniciação, a Iniciação física (dos Discípulos que,
tornando-se mais do que Aspirantes, foram aceites na protecção directa por parte dos Mestres,
tendo-lhes sido concedido, então, o direito de entrarem em Shambhala). Esta
Iniciação é feita através da estimulação energética basicamente sobre o corpo
físico, já suficientemente purificado pelo Iniciado, implicando em repercussões
vibratórias etéricas bem definidas no corpo vital (etérico), que preside à
vitalidade e ao crescimento do corpo somático, passando os chacras a vibrarem um
pouco mais com esse estímulo e permitindo maior aumento de sensibilidade.
2.ª
Fase: Baptismo − 2.ª
Iniciação: Discípulo do 2.º Grau.
− Corresponde à 2.ª Iniciação, psíquica ou astral, em que o corpo astral
do Iniciado é estimulado a vibrar com um maior dinamismo, numa abertura, embora
ainda débil, para a Consciência do Eu Superior, com os inconvenientes (necessários)
de uma sensibilidade astralina agudizada, que deve ser controlada. As "águas"
da vida astral (energias astralinas) têm estreita correlação com as Águas
Superiores da Vida Cósmica (Forças intuicionais) e com o 6.º Plano Macrocósmico:
Astral Macrocósmico, diante do qual o Mundo Astral é apenas o estado líquido, o Mundo físico, o estado sólido e o Plano Mental, o estado gasoso ou
aeriforme. O Baptismo é a "segunda abertura" na aura para fazer descer o influxo de Luz do Eu Superior, representado no
simbolismo sagrado da pomba do Espírito Santo, que
desceu sobre Cristo, no rio Jordão, quando foi baptizado.
3.ª Fase: Transfiguração − 3.ª Iniciação: Instrutor do 1.º Grau.
− Ocorrida no Monte Tabor, quando Cristo falou com Moisés e Elias,
Espíritos desencarnados, e em
que Cristo começou a irradiar intensa Luz dos seus corpos
internos, que os Apóstolos presentes (Pedro, Tiago e João) puderam presenciar, pela clarividência, certamente, e não com a visão física. Este símbolo da
vida de Jesus significa que, na 3.ª Iniciação, o Iniciado, pela 1.ª vez sob a
direcção mais ou menos pujante e dinâmica do Eu Maior, se apresenta bem alinhado
perante a esplendorosa Luz do seu Eu Superior, que lhe vai dando Sabedoria
Racional e Discernimento Espiritual, tornando-se um verdadeiro Instrutor
espiritual (da 3.ª Iniciação), orientado cada vez mais pela Vontade ética do
Bem,
do Amor e da Verdade e pelas decisões acertadas do Eu Divino e não pelos caprichos, desejos e preconceitos pessoais do ego mental, instintivo e personalístico.
4.ª Fase: Crucificação − 4.ª Iniciação: Instrutor do 2.º Grau.
− Mistério que, na Paixão e Morte da vida de J. Cristo, representou a fase em que
o ego é crucificado no quaternário inferior (alma+corpo), perante todos os
desejos do mundo, as emoções desequilibradas, os maus sentimentos e os
pensamentos materialistas. Entregue que está à Tríade ou Trindade espiritual, o
Iniciado transmuta toda a sua vida em Poder (Pai), Amor (Filho) e Sabedoria
(Espírito Santo). A matéria tem que morrer, na Crucificação, para o Espírito
renascer. E é por Amor universal, incondicional, da Intuição, e divina
Compaixão que o Iniciado quer voluntariamente ser crucificado de maneira atroz.
Esta fase é o despertar desse Grande Amor angélico do Mundo da Intuição ou
Plano Intuicional, donde nos vem a Grandeza do Amor eterno.
5.ª Fase: Ressurreição − 5.ª Iniciação: Mestre do 1.º Grau
A Ressurreição, Redenção, Salvação,
Revelação, Ascensão ou Subida ao Céu é a Fase
da Libertação do Espírito das limitações da matéria, quando toda a
personalidade (alma) foi superada, alquimizada e transcendida nas suas
limitações egóicas, instintivas e primárias, para que o Ser Real, o Eu
Superior, o Espírito Santo, e toda a Consciência mais elevada (Intuicional-Espiritual
ou Búdico-Átmica) se liberte definitivamente do mundo e da roda das
reencarnações. É nesta Fase que o ser humano se transforma num Homem Cósmico,
cuja pátria é realmente o Universo inteiro e não apenas a Terra e muito menos
densa, pois, então, a sua Liberdade apoteótica não tem limites humanos, nem no espaço nem no tempo, nos Mundos Cósmicos de
gloriosa transcendência, onde a sua vida se expressa.
Assim, como a Phoenix, a
mitológica «Ave do Paraíso», que renascia sempre das cinzas das suas mortes na
matéria, tal como todos nós, ou a borboleta se evola da lagarta rastejante e da
crisálida adormecida, assim também o Eu Maior, espiritual, se desprende da matéria
moribunda para se erguer triunfalmente aos Páramos gloriosos da Vida Espiritual,
dos Mundos sem fim. A diferença entre um Mestre e um homem vulgar é que o
primeiro fá-lo com plena Consciência e em Liberdade apoteótica, terminando para
sempre as suas reencarnações coactivas ou obrigatórias, rumo à
Consciência Cósmica de Deus (mas pode
reencarnar por Amor e Compaixão pela Humanidade), salvo definitivamente da
matéria, que o prendeu durante milénios e milénios de evolução dolorosa e de
inconsciência dos propósitos e das finalidades elevadas da sua existência.
Para se compreender melhor estes grandiosos Mistérios da evolução
humana, da Salvação, Redenção ou Libertação Espiritual, é importante que leiam:
05: Os Sete Mundos Espirituais, que escrevemos neste blogue e também o
importantíssimo Tópico: 37: Os Sete
Corpos do Homem, pois sem a compreensão dos
Princípios ou veículos humanos, que existem na intimidade do nosso "cosmos"
interior, toda a compreensão dos Mistérios do Natal é deficitária, porquanto,
verdadeiramente, à evolução desses Princípos se refere a quadra natalícia, com o seu
profundo simbolismo iniciático e teofânico.
Já explicámos (embora muito sinteticamente), no Tópico Número 22: A Nova Mentalidade Mundial, que, na Cidade Santa de todos os Iniciados do
Planeta, se processam Rituais magníficos do Sacerdócio de Melquisedeque (o Rei do Mundo), com cânticos,
mantras e baptismos dos Iniciandos que se vão preparando na Senda da Sabedoria,
na Via da Pureza, no Caminho do Coração e do Serviço à Humanidade, para poderem merecer ingressar (de Aspirantes a Discípulos) nas fileiras dos Iniciados ou
adiantarem-se mais nos Mistérios da Auto-realização espiritual, rumo à
Perfeição, se já são Instrutores espirituais ou Mestres da Sabedoria
Iniciática (tendo também
outros níveis mais elevados de Perfeição a alcançarem).
Nos Mistérios da Iniciação em Shambhala (Cidade etérica por cima do
deserto do Gobi, na Ásia Central), onde a Sagrada Hierarquia, Hierocracia ou
Grande Fraternidade Branca (GFB) tem o seu núcleo básico para a realização dos
Mistérios arcanos, são realizados Rituais sagrados em que o Rei do Mundo (Buda
Gautama) e Cristo Maitreya (Regente
Geral de todas as religiões do Planeta) empunham, cada um, um Ceptro de Poder cósmico, em
baptismos especiais, feitos por eles conforme o grau de Iniciação dos candidatos,
como referimos especificamente no tópico Número 22.
Dissemos, no Tópico 22, que a Grande Fraternidade Branca é uma
Confraria Mística Mundial e o Governo Espiritual Oculto do Mundo, de que fazem parte
todos os Iniciados e Mestres da Sabedoria, que compõem a Hierarquia Maior do
Planeta Terra, o verdadeiro “Corpo
Místico de Cristo” ou a genuína «Igreja» de Cristo (e Buda), "Ecclesia" (latim) ou "Ekklesia" (grego), e que
significa, realmente, «Assembleia de Fiéis», com a sua sede em Shambhala, como
referimos, Cidade santa, cheia de maravilhosos e
sublimes templos, onde se fazem esses rituais e baptismos misteriosos antes mencionados, e onde a Hierarquia Sagrada tem assente, em Luz, os seus Areópagos sacros.
Como também dissemos, todos os estudiosos e praticantes dos Mistérios
sagrados da Sabedoria iniciática ou esotérica, que compõem a Hierarquia
hierocrática, estão classificados em três e sete níveis fundamentais, conforme a sua evolução: Discípulos
da 1.ª ou 2.ª Iniciações, Instrutores da 3.ª ou 4.ª Iniciações e Mestres ou Adeptos,
que realizaram a 5.ª, 6.ª ou 7.ª Iniciações, pertencendo estes últimos ao Reino
Superominal, Reino dos Mestres Ascensos ou dos Adeptos, considerado o 5.º Reino da Natureza (o Homem é o 4.º Reino) dentre os 7
gerais, do mineral ao Arcanjo, o mais elevado.
Nos Rituais de Iniciação, as energias áuricas são estimuladas e dinamizadas e os chacras dos Iniciandos são abertos e galvanizados para
vibrarem cada vez mais em alta-frequência, dinamismo que é provocado muito em especial no corpo etérico, muito
embora a estimulação dos chacras corresponda ao grau de Iniciação respectivo do
candidato, em correspondência directa com um chacra específico, especialmente
estimulado a vibrar com mais elevação e sensibilidade, para que o candidato
passe a desenvolver Virtudes e Princípios superiores, numa maior e mais perfeita, luminosa e fluente canalização da Consciência divina do Homem sobre a Terra.
Para além de todo esse simbolismo iniciático do Natal, este revestiu-se
de mil outros simbolismos externos e materiais conotados com outros mistérios que,
naturalmente, têm a ver também com arcanos da Sabedoria esotérica mais ou menos
profundos dos Princípios humanos, do seu desenvolvimento consciencial, do
contacto gradual do Homem com Deus e do grau de Iniciação a que o "crucificado"
na matéria e no sofrimento pertence, em cada fase da sua vida externa e interna,
onde o propósito da evolução espiritual para a Perfeição é sempre o móbil primeiro e básico do Iniciado.
Na cruz, por exemplo, símbolo, aliás, muito anterior ao Cristianismo e
tendo sido usado por muitos ou quase todos os povos da Antiguidade, como os
egípcios (com a sua «cruz ansata» e outras), representa-se a união e a intersecção entre o
Pai-Espírito e a Mãe-Matéria. Note-se que o vocábulo «mãe», "mater", e «matéria»,"materia" são termos latinos nitidamente com radicais comuns ou, melhor,
"materia" veio de "mater". Assim, o Pai Espiritual fecunda
a Mãe Matéria para dar à Luz o Filho Homem. Cristo era um representante típico
e genuíno dessa Divina União e da eclosão e
realização espiritual do verdadeiro "Homo Sapiens" (que o é sempre e somente pelo Espírito), porquanto os cientistas ainda não
chegaram lá, senão num tosco simulacro do verdadeiro Homem Sábio: isto é, do "homo sciens" e não do "Homo
Sapiens", verdadeiramente.
A cruz também é, por conseguinte, um símbolo fálico de fecundidade humana e de interligação
sexual entre o homem e a mulher (homem = haste vertical e mulher = haste
horizontal), pela qual a reprodução é possível neste Planeta e a continuidade
da espécie humana (e animal) assegurada. E o Iniciado é aquele que realiza o
hermafroditismo espiritual, a divina Androginia em que se tornou Homem-Mulher, simultaneamente, não no corpo mas na alma, nas Virtudes dos 7 corpos, pois no Espírito, assexuado na sua Essência íntima (mais semelhante à chama de uma vela de Natal), todos nós já somos "Andróginos" de Virtudes e Potencialidades.
Isso porque todos os homens e mulheres têm no seu Ser Maior, na Individualidade
espiritual, o divino "Animus"
(Pai, Princípio espiritual, átmico ou
nirvânico) e a divina "Anima"
(Mãe ou Espírito Santo, Princípio Racional ou Causal), em processo gradual de realização e
unificação consciencial. Essa é a suprema finalidade do verdadeiro
casamento terrestre, não apenas a finalidade da reprodução, não apenas a procura
da «minha cara metade» carnal mas, sim, a Grande Busca (Demanda do Graal) da
«nossa Cara Metade» espiritual.
É esse o Casamento Místico ou Bodas Alquímicas da Salvação-Redenção-Perfeição,
na União com Deus.
Mas não ficam por aí os mistérios da cruz. Esse símbolo poderoso
refere-se à união do quaternário inferior da personalidade egóica e instintiva
(alma= 3 + corpo =1), com a Individualidade Espiritual ou Eu Superior (Eu
Maior, Espírito Santo, Corpo Racional ou Corpo Causal), união da qual em nível
mais elementar se gera o religioso «que
busca a Deus superficialmente» e, em nível superior, se configura no
Iniciado nos Mistérios cósmicos, que encontrou
Deus, profundamente. Ao primeiro é mais atribuída a cruz, como símbolo,
(que também é sofrimento da vida da alma reencarnada e crucificada na matéria); ao segundo se atribui mais
o pentagrama, que simboliza a Iluminação do Ser, a Libertação da alma e a Perfeição
espiritual.
É por isso que, em
Magia Branca (Teurgia da Sabedoria espiritual e iniciática,
semelhante à dos 3 Reis Magos: da Magia que prestou culto ao Menino), mais
poderoso que o símbolo da cruz só o Pentagrama ou estrela de 5 pontas, que
tanto gostamos de usar no nosso blogue, como Anúncio do Novo Pentecostes (do Eu
Superior e da Sua Sabedoria iniciática) e da Nova Eucaristia (Amor intuicional,
incondicional e universal), que hão-de configurar e consolidar a verdadeira Fé
Viva da Religião universal do Futuro da Humanidade de Aquarius. Tudo isto é,
também, o
simbolismo iniciático do Advento do Reino do 5.º Império (Espiritual) da Tradição esotérica lusitana.
A estrela de 5 pontas simboliza a União integral do
corpo, da alma e do Espírito, quando, então, a Consciência divina se projecta,
expressa e exterioriza sem grandes obstáculos para a matéria, na alma pura,
sublimada, espiritualizada e transmutada do Iniciado. A estrela
pentagramática (do
Natal) se torna, deste modo, um símbolo muito superior à cruz (que não
costumamos usar, nos nossos símbolos de uso pessoal, pois está muito impregnada
(e demasiado) de simbolismos doentios também: no seu todo geral, tal como o quadrado (a cruz é um quadrado aberto), é símbolo da personalidade prisioneira; representa a Paixão e o sofrimento de Cristo; e possui representações gerais da personalidade: a cruz de malta nos paramentos da Cúria romana não é
símbolo nada positivo nem os vermelhos nem pretos da indumentária dos prelados
do clero. Todavia, a verdadeira Cruz quaternária da Ordem de Malta tinha simbolismos mais
iniciáticos e sapienciais do que religiosos.
Mas num contexto mais esotérico e sapiencial, a haste superior da Cruz,
tal como a do Pentagrama, representa o Eu Superior, a «Cabeça» do
iniciado e, afinal, a de todo o homem, embora, neste, menos desenvolvida em Racionalidade,
Compreensão, Lógica, Verdade, Justiça, Sabedoria e Discernimento. Por
isso é que muitos homens e mulheres... «perdem
(o acesso) a cabeça» e cometem disparates, palhaçadas e crimes, de que o
ego instintivo e não evoluído espiritualmente tanto se compraz. A haste
esquerda da cruz representa o corpo astral, com os seus instintos animais
antigos e ainda tantas vezes selvagens, contrariamente a Jesus Cristo que tinha
os seus instintos suaves; a haste da direita da cruz é o símbolo do ego, da
mente analítica, do intelecto, da inteligência animal, que nos configurou a plataforma elementar da mente e da inteligência humana ao longo da evolução do passado distante e primitivo.
E a haste inferior da cruz camufla, disfarçadamente, uma dualidade de corpo
denso (físico, biológico) e de corpo etérico (vital), parecendo uma unidade única e completa, mas não o é, pois o corpo etérico é um conjunto de matéria
ionizada, bioplásmica (de gases rarefeitos), bem definida e diferente do corpo denso, embora em perfeita interligação vital,
pois a vitalidade deste é recebida através do corpo etérico. Ou seja: temos
nesta haste inferior da cruz uma dualidade unificada no corpo físico (corpo
denso + corpo etérico), formando, na
totalidade da cruz, um potencial pentagrama mas ainda caótico e não ordenado
arquetipicamente pelos padrões estruturais superiores do Espírito (Virtudes): Ética, Amor,
Bondade, Beleza, Justiça, Sabedoria, Racionalidade, Compreensão, Discernimento...
Quanto à árvore de Natal, o seu simbolismo é vasto e variado. Para quem
conhece os Mistérios da Árvore da Vida, da Cabala (o Esoterismo israelita), e
as suas Emanações cósmicas substanciais, as "Sephiroths"
(Substâncias, Hipóstases ou Essências dos
Planos Cósmicos da Manifestação Existencial Divina) que também estão, microcosmicamente,
nos nossos Princípios internos, compreenderá muito melhor os símbolos da Árvore
do Natal. Esta simboliza a nossa Vida, tanto exterior como (e mais exactamente)
interior, da alma humana realizada pela Vida divina do Espírito, quando se vive a
plenitude da Espiritualidade florescente, na Fé viva, no Amor universal e na
Sabedoria cósmica, a Divina Trilogia da Santíssima Trindade, que é o nosso Ser
Real, Espiritual, Imortal e Eterno.
Não é por acaso que se fez do pinheiro a árvore de Natal, ou seja, a
«árvore da vida». O pinheiro é uma árvore verdadeiramente mágica por ter
energias das mais puras da Natureza (e Natal é pureza, limpeza e purificação),
que beneficiam energeticamente os ambientes em que se inserem, purificando os
lares. Pinheiros ou eucaliptos devíamos ter todo o ano dentro das nossas casas (ou nas varandas), para energizarem, dinamizarem e purificarem os
nossos lares. É o que fazemos no nosso lar, onde Natal é todo o ano: sempre com os símbolos, enfeites e luzes expostos o ano inteiro e não apenas
na tão estreita e convencional época ou
quadra natalícia.
E porque não termos a festividade do Natal todo o ano nos nossos lares,
que nos cria na alma mais Beleza, Harmonia, Paz, Virtude, Espiritualidade? Afinal,
a vida sagrada, iluminada e agrinaldada devia viver connosco todos os dias da
existência terrestre como vive na existência espiritual. Só por cegueira,
materialismo e preconceitos é que os ornamentos de Natal são prontamente
retirados pela maioria, em que o Menino Jesus (que nem no Natal é facilmente recordado com profundidade, nas preces,
nos poemas, nos cânticos, nas luzes e formas do Presépio, na magia da cor, da
luz e do Amor... que ficam esquecidos tão rapidamente pela maioria, que ainda
não vive a vida nas dimensões superiores da iluminada Espiritualidade. É por essa
indiferença materialista que a maioria não consegue ser verdadeiramente feliz, no
vazio angustiante em que as suas almas vivem, dia a dia.
A árvore de Natal cobre-se de símbolos. Ora, vejamos, muito sinteticamente, alguns desses muitos significados
fundamentais:
Luzes de Natal são a representação da alma iluminada pela Luz da
Espiritualidade, das Virtudes, da Fé, da Consciência e do Eu Superior:
da vida vivida realmente em Espiritualidade e com a aura da alma irradiando a Luz fotónica ou psiquântica do Espírito.
Cores e enfeites das fitas que se colocam na Árvore são também a Beleza
da alma e do coração, enfeitados pelos bons sentimentos, e a festividade das Virtudes
da alma purificada e multicolorida pela vida superior (Árvore) em que vive (ou
deve viver), na busca de Deus.
As bolinhas de cores são os mundos esferoidais que giram no firmamento
do Universo, também eles com Almas coloridas, onde habitam as almas, representando
a Glória cósmica do Iniciado que viaja astralmente (e espiritualmente) pelo
Infinito fora (isto é real e não fantasioso), enquanto o corpo dorme em «sono
psíquico».
Músicas que acompanham o ambiente festivo ou a "dança" dos
pisca-piscas das luzes de Natal são o pálido reflexo das musicalidades, da
Luz e das cores celestiais
que acompanham as almas superiores além da morte; ou quando dormem ou quando,
em viagem astral consciente, voam nos desvãos do Cosmos esplendoroso.
Castelos e cimos ou cumeeiras que se põem na Árvore de Natal ou colocam no Presépio são o simbolismo dos palácios gloriosos (como nas colónias
astrais ou em Shambhala) em que vivem os superiores hierárquicos do Além, das
catedrais do Espírito, dos Templos do Sagrado da Vida Imortal dos Mundos Espirituais que
estão muito além da matéria.
Presentes na Árvore, que foram entregues pelos outros, são as dádivas de
Amor, compreensão e perdão e todas as Virtudes despertadas ou a despertar nos
corações, na elevação da alma e da vida para as coisas superiores do Espírito,
do Sagrado e do Divino.
Quanto ao Presépio propriamente dito e à relembrança do nascimento do
Menino Jesus, vejamos rapidamente, em síntese breve:
O Menino recém-nascido simboliza o Cristo interno, Ser Crístico,
Santo-Ser-Crístico, Imaculado Coração, Cristo espiritual, Anjo intuicional ou
Corpo da Glória do Amor divino, o Filho de Deus, o nosso 2.º Princípio espiritual e cósmico,
denominado Intuição ou "Buddhi", no
Oriente (Índia), e também pela Teosofia.
Os 3 Reis Magos simbolizam as Hierarquias espirituais que
nos vigiam do Além, num dimensão menos elevada como Anjos-da-guarda,
Mentores astrais ou Protectores espirituais. E numa dimensão superior, como
aquela que assistia e apoiava a vinda de um Messias, de um Redentor e Salvador
como o foi Cristo, simbolizava os Mestres, Anjos e Arcanjos que velavam pelo
Menino e pela concretização do Plano da Hierarquia, verdadeira peça de
"Teatro" (trágico, religioso e iniciático), montada com muitos e muitos
anos de antecedência por esses Sábios-Deuses, muito antes da ocorrência física, material do Nascimento e da Crucificação, com a finalidade básica de tocar fortemente no coração da Humanidade.
O ouro, o incenso e a mirra, oferecidos pelos Reis Magos (estudiosos dos
mistérios do Ocultismo sagrado, da Astrologia e, provavelmente, das Iniciações
e da Sabedoria, da Pérsia e da Caldeia) simbolizavam: ouro, metal nobre, a
realeza espiritual do Menino nascido; incenso: pureza da alma sublimada do
Menino que tinha vindo à Terra; mirra: sofrimento (diz-se que quem sofre fica
«mirrado» pelo sofrimento) daquele que havia de ser o Messias, o Redentor e Salvador, o Crucificado para a Salvação da Humanidade.
A Estrela de Belém podia ter sido uma extraordinária conjunção sideral e astrológica de Marte,
Vénus e Júpiter, que aconteceu à época. O nascimento dos Grandes Profetas dá-se quando Grandes Acontecimentos siderais ocorrem, também. Mas igualmente podia
ter sido um óvni, como afirmam alguns investigadores, pois as relações dos
extraterrestres elevados que nos visitam e dos Mestres da Hierarquia sempre
foram estreitíssimas, e esses Seres alienígenas poderiam ter posto uma nave de
plantão, vigiando bem, ao nascimento do Menino Jesus. Ou então, o símbolo se
refere à Luz do Eu Superior desperta em Jesus, indicando que ali estava um Divino
Menino, um Menino de Oiro, um Mensageiro de Deus. Acreditamos na ocorrência das três versões em simultâneo.
O nascer do Menino num estábulo era símbolo de desapego total da
opulência sedutora das ilusões fúteis da matéria. Muitos, agarrados avaramente ao
dinheiro, esquecem-se que a quadra mais festiva do ano é em honra daquele que
nasceu pobrezinho no curral de animais e foi posto sobre palhinhas amarelas, também símbolo de radiação espiritual, da aura elevada e do Dourado do Espírito Santo, do Eu Superior, a Luz sapiencial dos Reis do Espírito ou verdadeiros Sábios da Metafísica cósmica, ou da Sabedoria sagrada que lhes confere a verdadeira coroa triunfal de Glória no Além.
O burrinho e a vaquinha são animais mansos que simbolizam a mansuetude e
suavidade do corpo astral puro, equilibrado e iluminado do Iniciado nos
Mistérios da Sabedoria. Esse símbolo está bem patente na expressão de «Cordeiro
de Deus», atribuída a Cristo, relembrando a herança antiga do instinto animal ancestral do corpo astral que todos nós
possuímos, e que em Cristo estava completamente domesticado pela Luz da Sabedoria do Eu
Superior e no equilíbrio do ego (mente), exprimindo-se em Paz Profunda, na Serenidade
espiritual e na Harmonia divina, pela Auto-realização espiritual e Perfeição
do Iniciado cósmico (Mestre ou Adepto).
O rei Herodes e Pôncio Pilatos significavam os falsos, corruptos e
ditatoriais poderes organizados e convencionais do mundo (que ainda são tantos),
na arena do "teatro" da vida terrestre, esquecidos de que, de
encarnação para encarnação, as posições se revezam para todos, entre verdugos e
vítimas, entre algozes despóticos e impiedosos e sacrificados sem dó nem
piedade, segundo a Lei da compulsão cármica que, de vida para vida, dá «A cada um segundo as suas obras!» −
Conforme o ensinou o Divino Mestre da Galileia, na sua Sabedoria eterna. O povo português diz: «Cá se fazem e cá se pagam». E os Herodes e Pôncio
Pilatos também representavam (e eram) as Forças do Mal ou Forças das Trevas do Além-túmulo.
Por isso, para todos aqueles que anseiam por real e genuína libertação, e
que queiram viver um verdadeiro Natal de Luz, de Felicidade altaneira e
gloriosa e de Festividade espiritual eterna, recomendamos estes ensinamentos que são verdadeiramente fulcrais, como bússola e leme a nortear a evolução, rumo à Perfeição, pois esta é a finalidade suprema da nossa vida
terrestre, ao encontro de Deus, o Alfa e o Ómega espiritual e consciencial da
nossa existência humana, divina... e eterna:
Todos os desejos baixos e animalizados, grosseiros e viciados, todas
as emoções desequilibradas e doentias, perturbadas e caóticas, todos os
sentimentos malsãos, mesquinhos, malévolos e egocêntricos e todos os
pensamentos fúteis, materialistas, ateus, corruptos ou criminosos produzem
"nuvens fluídicas" de energias tóxicas que ensombram a alma e toldam
o "firmamento" da mente, impedindo o claro, luminoso e feliz
acesso à nossa Consciência elevada, aos Princípios superiores donde nos advém
tudo o que de verdadeiramente sublime existe na vida: Força, Amor e Sabedoria;
Beleza, Felicidade e Harmonia; Paz, Saúde e Alegria; Juventude, Justiça e
Poesia... e a Luz, a Graça e a Bênção da "Virgem Maria".
Ora, o caminho correcto para o Natal grandioso e a verdadeira Felicidade
é, por conseguinte, a descoberta mágica do nosso Firmamento interior,
da alma em processo de Iluminação interna, e a
vivência sapiencial na Senda da Luz: da Fé, da Sabedoria, do Amor e da
Iniciação espiritual nos Mistérios da Verdade eterna. É a Auto-descoberta
de nós mesmos, das maravilhas e dos tesouros que estão ocultos dentro de nós todos; é
o contacto consciencial com a Luz transcendente da Divindade interna; e é
a realização da nossa final União mística com Deus. Isso é alcançar o Reino dos
Céus, realizar o Reino de Deus e viver, afinal, verdadeiramente, o Mistério
do Natal, um simbolismo tão mal compreendido pela maioria.
Por isso, que o Natal, para os que ainda não sabem Amar, ao menos seja
perdão, arrependimento e penitência das suas fraquezas, das suas faltas e das
suas inimizades, para que a Luz de Cristo possa despertar, nem que seja
minimamente, nas suas almas ensombradas pelo ódio, revolta e arrogância, e pela
iniquidade, violência e criminalidade, que os obscurecem e toldam a visão para
a Luz e impedem e obnubilam o caminho para a sua verdadeira Felicidade, pois
Deus também os ama e espera por eles como Pai Amoroso, à semelhança da Parábola evangélica
do Filho Pródigo.
Ninguém está esquecido por Deus, que a
todos Ama como Pai-Mãe extremoso, com Amor de encantar! Mas há muitos infelizes que estão tão esquecidos de
Deus e que, por isso mesmo, ainda não aprenderam verdadeiramente a Amar!...
Que a Luz divina deste Natal ilumine todos, no Amor de Cristo!
Que o Espírito de Paz e Concórdia pacifique os seus corações!
Que a Chama-Luz do Amor crístico os torne mais humanitários!
Que as Bênçãos dos Céus transmutem todas
as sombras em Luz!
Que o Reino de Deus converta todos
os corações empedernidos...
À LIBERTAÇÃO DAS ALMAS, DOS CORAÇÕES E DAS CONSCIÊNCIAS!
QUE ASSIM SEJA PARA
TODO O SEMPRE! ÁMEN! AVE! AUM!
Eis os nossos
mais sinceros votos de Natal:
Que a Paz
Profunda, o Amor divino e a Luz eterna sejam bênçãos constantes derramadas
sobre as vossas vidas, nos vossos lares e nos vossos corações, para o despertar
da Luz eterna do Espírito divino que em vós e em todos nós habita !...
Queiram ler, como complemento, os importantíssimos Tópicos que escrevemos neste blogue:
P a z P r o f u n d a ! . . .
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um
Sábio de Portugal)
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