Citemos algumas
"vozes" de verdadeiros Sábios, pontificando nas suas grandiosas obras
literárias. Alice Bailey foi uma
dessas Sábias. Diz-se que com esta escritora magistral ocorreu a 2.ª Revelação
teosófica. A Teosofia é a rainha das Filosofias do Sagrado e do Esoterismo. A
1.ª foi trazida por Helena Petrovna Blavatsky − de origem russa −, fundadora da
Sociedade Teosófica, em Londres e em Nova Iorque, E.U.A., em 1875.
Pode ler-se, no «Tratado
Sobre Magia Branca», de A. Bailey:
— «Todo o segredo
do sucesso ao trilhar o caminho oculto depende de uma atitude da mente; quando
a atitude é de materialismo concreto, de concentração na forma e um desejo
pelas coisas do momento presente, pouco progresso pode ser feito na apreensão
da verdade esotérica superior.
Um quarto
obstáculo se acha no corpo físico que foi elaborado com a ajuda da carne, dos
alimentos e das bebidas fermentadas e criado num ambiente no qual o ar fresco e
a luz solar não sejam factores fundamentais. Estou aqui generalizando e falando
para as massas dos homens e não para os prováveis severos estudantes do Ocultismo.
Por muitos
séculos a alimentação em decomposição e daí num estado de fermentação, foi a
alimentação básica das raças ocidentais; e o resultado pode ser visto nos
corpos despreparados para qualquer esforço tal como o Ocultismo impõe e que
formam uma barreira para o claro brilho da vida no interior.
Quando as
frutas e verduras frescas, água limpa, nozes e grãos, cozidos e crus, formarem
a exclusiva dieta dos filhos dos homens em evolução, então serão construídos
corpos ajustados para serem veículos para Egos altamente evoluídos!»...
No magnífico manual da Sabedoria, «Conceito Rosacruz do Cosmos» (de Max Heindel) pode
ler-se:
− «Como estamos a escrever estas linhas para o aspirante à vida
superior e não para o público em geral, podemos dizer também que os alimentos
de origem animal devem ser abolidos completamente sempre que possível.
Nenhum indivíduo que mate consegue
progredir alguma coisa no caminho da santidade. Note-se,
todavia, que, ao comer carne, agimos pior do que se matássemos. Com
efeito, para evitar cometer pessoalmente essas matanças, obrigamos o
semelhante, forçado por necessidades económicas, a dedicar a sua vida inteira
ao assassínio.
Esta
actividade brutaliza de tal modo as pessoas que a lei não aceita, como jurados,
nos julgamentos por homicídios, as que exerçam a profissão de açougueiro, em
matadouros, dado que se encontram excessivamente familiarizadas com a morte
violenta.
Os espíritos iluminados sabem que os animais
são nossos irmãos mais jovens e que serão humanos no Período de Júpiter. Nessa
altura ajudá-los-emos, tal como os Anjos, que foram humanos no Período Lunar,
nos ajudam agora.
Matar, para um aspirante aos ideais elevados,
seja pessoalmente ou por interpostas pessoas é uma coisa completamente
inaceitável... No animal, cada célula constitui-se numa alma celular individual
impregnada pelas paixões e desejos. É necessária energia considerável, primeiro
para a dominar e, depois, para a assimilar...
A energia obtida de alimentos vegetais e fruta permanece mais tempo
do que a derivada da carne. Não é necessário grande número de refeições. Estes
alimentos fornecem proporcionalmente mais energia porque, para o assimilar, é
necessário menor esforço».
Vivei e Deixai
Viver!
«A primeira lei da ciência oculta é “não matarás!”. O aspirante à
vida superior deve seguir esta regra muito a sério. Não podemos criar sequer
uma partícula de pó e, por conseguinte, não temos o direito de destruir nem que
seja a forma mais insignificante. Todas as formas são expressões da Vida Una,
da vida de Deus. Não temos o direito de destruir essa forma, pela qual a vida
está a adquirir experiência que lhe permitirá, um dia, construir novo veículo».
E vejamos o que nos tem a dizer a Sabedoria do magistral Espírito
de Ramatís, comunicando do Mundo Astral, nos seus
livros magníficos, cujos ensinamentos foram canalizados em mensagens
maravilhosas, recebidas através do advogado
brasileiro Hercílio Maes. Meditemos nestas
palavras extraídas do livro «Fisiologia da Alma»,
recebido mediunicamente (por psicografia) por esse
médium. Ramatís é um Espírito superior, desencarnado há cerca de 900 anos na
Índia, e que contacta periodicamente com a Terra, do Mundo Astral, tendo-o
feito em especial através desse jurista:
«Já tendes provas
irrecusáveis de que podeis viver e gozar de óptima saúde sem recorrer à
alimentação carnívora. Para provar o vosso equívoco, bastaria considerar a
existência, em vosso mundo, de animais corpulentos e robustos, de um vigor
extraordinário e que, entretanto, são rigorosamente vegetarianos, tais como o
elefante, o boi, o camelo, o cavalo e outros!
Os corações
integralmente bondosos e piedosos não só evitam matar o animal ou ave, como
ainda não têm coragem de devorar-lhes as entranhas sob os temperos de cebola,
sal e pimenta... Aqueles que fogem na hora cruel do massacre do irmão bem
demonstram compreender a perversidade do acto e o reconhecem como injusto e
bárbaro. É óbvio que, se depois o devoram cozido ou assado, ainda maior se lhes
torna a culpa, porque o mesmo acto que condenam fica justificado na hora
famélica da ingestão dos restos mortais do animal» − Ramatís, in Fisiologia da Alma.
E continuando, na obra «Fisiologia da Alma» pode ler-se:
«O alimento obtido de corpos animais compõe-se de partículas
individualizadas, influenciadas e interpenetradas por um corpo de desejos individual.
A individualizarão das partículas de alimento de origem animal é muito maior do
que as de proveniência vegetal.
No animal, cada célula constitui-se numa alma celular individual
impregnada pelas paixões e desejos. É necessária energia considerável, primeiro
para a dominar e, depois, para a assimilar.
Mesmo assim, nunca fica completamente incorporada no corpo como os
constituintes duma planta, que não têm tendências individuais tão fortes. Como
resultado disto, o carnívoro necessita de maior quantidade de alimento que o
frugívoro e tem de comer mais frequentemente.
Além disso, a luta interna das partículas de carne provoca maior
desgaste e destruição no corpo, o que toma o carnívoro menos activo e menos
paciente do que o vegetariano, como tem sido demonstrado em estudos
comparativos das teses defensoras de um e de outro regime.
Portanto, se a carne obtida dos herbívoros é um alimento tão
instável é evidente que seríamos obrigados a consumir quantidades enormes de
alimento caso ingeríssemos a carne dos animais carnívoros, que têm as suas
células ainda mais individualizadas.
Ocuparíamos a maior parte do nosso tempo a comer e, todavia,
estaríamos sempre extenuados e famintos. É o que se vê acontecer com o lobo e o
abutre, cuja magreza e fome são proverbiais. Os canibais comem carne humana,
mas só raramente e como parte de um ritual.
O homem não faz uma alimentação exclusivamente composta de carne.
Por isso, a sua carne não é completamente igual à de um animal carnívoro. Não
obstante, a fome dos canibais é também notória.
Se a carne do herbívoro fosse a essência do melhor que há nas
plantas, a dos carnívoros seria, logicamente, muito mais desejável. Seria a
iguaria por excelência. Como sabemos não é assim. Pelo contrário, quanto mais
nos aproximarmos do reino vegetal, tanto mais energia obteremos do nosso
alimento.
Se a carne dos animais carnívoros fosse aquela iguaria, seria muito
procurada pelos outros animais de presa. No entanto, os casos em que os animais
os da mesma espécie, para se alimentarem, em que os animais devoram os da mesma
espécie, para se são muito raros na Natureza.
Objecta-se algumas vezes que
também arrebatamos a vida dos vegetais e frutas que comemos. Esta objecção é
baseada numa errada compreensão dos factos. Quando a fruta está madura, já
realizou a sua finalidade: agir como matriz da semente. Se não é aproveitada,
apodrece e perde-se. Além disso, sendo destinada a servir de alimento ao animal
e ao homem, ao cair em solo fértil proporciona à semente oportunidade de
germinar.
Da mesma forma que o óvulo e o sémen dos seres humanos são estéreis
sem o átomo-semente do Ego reencarnante e sem a matriz do corpo vital, também
qualquer ovo ou semente, isolados, são desprovidos de “vida”.
Mas se lhe forem dadas as condições necessárias de incubação, a
vida do espírito de grupo penetra neles, e aproveita a oportunidade para
garantir o nascimento de um corpo denso. Se esmagamos ou cozinhamos o ovo ou a
semente ou não se lhes proporcionam condições necessárias para a vida se
manifestar, apenas se verifica que a oportunidade se perde e nada mais.
Já sabemos que, no estádio actual da nossa jornada evolutiva, matar
é um erro. O homem gosta e protege os animais mas apenas enquanto a sua
voracidade e interesse egoísta não fazem esquecer os direitos daqueles seres. A
lei protege até os gatos e cães contra a crueldade, desenfreada. No entanto, a
actividade da caça é a mais brutal e cobarde de todas as crueldades perpetradas
contra o reino animal.
Criam-se animais destinados a serem abatidos para fins alimentares
e a sua matança serve de modo de vida para algumas pessoas. Porém, os devotos
da caça matam as indefesas criaturas só com o objectivo de obter prestígio,
falso prestígio, das suas proezas cinegéticas. É muito difícil compreender como
certas pessoas sãs e carinhosas possam, durante alguns momentos, abandonar os
sentimentos humanitários e saciar a ânsia selvagem de sangue, matando para
satisfazer a luxúria sanguinária e gozar com a destruição.
Isto é, sem dúvida, um retrocesso aos instintos mais inferiores e
primitivos. Nunca poderá jamais dignificar um homem e muito menos dar-lhe foros
de “superior”, ainda que tal prática seja tolerada por pessoas que se encontrem
à frente de qualquer grande nação e, noutro sentido, mais dignas e humanas».
Ainda em «Fisiologia da Alma»:
RAMATÍS: - «Os homens são-lhes (a esses espíritos vampirizadores) fornecedores da
substância vital através do trucidamento de bois, carneiros, suínos, vitelas,
cabritos, coelhos, galinhas e gansos, cujo sangue inocente é vertido no piso de
matadouros e frigoríficos. E depois sucumbem aos processos de obsessões,
vampirismo e vingança dos magos alimentados por essa energia vital!...
A divindade
não seria tão injusta, permitindo que o homem seja feliz enquanto massacrar o
irmão menor, indefeso e serviçal, que também sente! Quantas tragédias,
angústias e sofrimentos, que há séculos afligem a Humanidade, são resgates
cármicos provenientes da culpa espiritual de verter o sangue do irmão menor,
a serviço do vampirismo da terra e do espaço!».
PERGUNTA: - «Na hora da desencarnação, a alimentação carnívora pode prejudicar
o desprendimento do espírito?».
RAMATÍS: - «A Lei é imutável em qualquer sector da vida; o êxito liberatório na desencarnação depende, acima de tudo, do tipo de
vibrações boas ou más na hora em que o desencarnante é submetido à técnica
espiritual desencarnatória. O perverso que se lançou num abismo de crueldade,
na vida física, será sempre um campo de energias trevosas e impermeáveis à
acção dos espíritos benéficos; mas o santo, que se dá todo em Amor e serviço
ao próximo, torna-se uma fonte receptiva de energias fulgentes, que lhe abrem
clareiras para a ascensão radiosa.
Justamente após o abandono do corpo físico é que o campo energético
do perispírito revela, no Além, mais fortemente, o resultado do metabolismo
astral que entreteve na Terra. Em consequência, o homem carnívoro, embora evangelizado, sempre há de se sentir mais
imantado ao solo terráqueo do que o
vegetariano que, além de ser espiritualizado, incorpore energias mais delicadas
em seu veículo perispiritual.
Reconhecemos que, enquanto o facínora vegetariano pode ser um
oceano de trevas, o carnívoro evangelizado será um campo de Luz; no entanto,
como a evolução induz à harmonia completa no conjunto psicofísico, entre o homem
carnívoro e o vegetariano, que cultuem os mesmos princípios de Jesus, o último sempre haverá de lograr mais êxito
na sua desencarnação!
A ausência de carne no organismo livra-o do excesso de toxinas; na
desencarnação, a alma se liberta, assim, de um corpo menos denso e menos
intoxicado de albumina e ureia, que provocam sempre o abaixamento das vibrações
do corpo etérico. O boi ou o porco entretêm a sua vida em região excessivamente
degradante, cuja substância astral pode
aderir à aura humana, não só retardando o dinamismo superior como ainda
reduzindo a fluência das emoções angélicas!
A alma verdadeiramente evangelizada é plena de ternura,
compassividade e Amor; o espírito
essencialmente angélico não se regozija em lamber os dedos impregnados da
gordura do irmão inferior, nem se excita na volúpia digestiva do lombo de
porco recheado ou da costela assada, com rodelas de limão por cima.
E profundamente vergonhoso para o vosso mundo que o boi generoso, cuja vida é inteiramente
sacrificada para o bem da Humanidade e o prazer glutónico e carnívoro do homem,
seja mais inteligente que ele em sua alimentação, que é exclusivamente
vegetariana! Não se compreende como possa o homem julgar-se um ser adiantado,
ante o absurdo de que o animal irracional prefere alimento superior ao do seu
próprio dono, que é dotado do discernimento da razão!
Louvamos incondicionalmente o homem evangelizado, ainda que
carnívoro, mas o advertimos de que, enquanto
mantiver no ventre um cemitério, há-de ser sempre um escravo preso à roda das
reencarnações rectificadoras, até acertar as suas contas cármicas com a espécie
animal! Se ele é um evangelizado, deve saber que o ato de sugar tutano de
osso e devorar bifes o retém ainda bem próximo dos seus antepassados
silvícolas, que se devoravam uns aos outros devido à sua profunda ignorância
espiritual. A ingestão de vísceras cadavéricas e o ato de matar o irmão
inferior tanto distanciam a fronteira entre o Anjo e o Homem, como agravam o
fardo cármico para os futuros ajustes espirituais.
RAMATÍS: - Os corações integralmente
bondosos e piedosos não só evitam matar o animal ou ave, como ainda não têm
coragem para devorar-lhes as entranhas sob os temperos de cebola, sal e
pimenta... Aquele que mata o animal e o devora ainda pode ser menos culpado, porque
assume em público a responsabilidade do seu ato. No entanto, o que não mata,
por piedade ou receio de remorso, mas devora gostosamente a carne do animal ou
da ave, trucidados por outros, age manhosamente perante Deus e a sua própria
consciência.
A piedade à distância não identifica o carácter bondoso, pois muita
gente foge aflita, quando o cutelo fere o infeliz animal, mas retorna
satisfeita logo que a panela pára de ferver e as vísceras se apresentam
apetitosas. Isso lembra o clássico sábado
de “Aleluia”, em que os fiéis se mantêm em estóico jejum de carne, na
Quaresma preceituada pela Igreja, mas estão aguardando ansiosamente que o
relógio marque o meio-dia, para então se atirarem famintos sobre os retalhos
fumegantes, que se cozem na moderna panela de pressão! O homem “piedoso”, que
se recusa a assistir à matança do animal, é quase sempre o mais exigente quanto
ao assado e ao tempero destinado à carne sacrificada à distância!».
PERGUNTA: - Quer isso dizer que o
terrícola, no futuro, tornar-se-á exclusivamente vegetariano, não é assim?
RAMATÍS: - Não tenhais dúvida alguma!
Esse é um imperativo indiscutível para a humanidade futura. O progresso
económico à base da indústria da morte, no fabrico do presunto enlatado, do
patê de "foie-gras”, que é pasta de fígado hipertrofiado de ganso ou
galinha, dos cozidos de vísceras saturadas de ureia do boi pacífico, ou dos
repulsivos chouriços de sangue coagulado, tudo sob invólucros atractivos, não
consta dos planos siderais para atender às necessidades do mundo no terceiro
milénio!...
Sob a justiça implacável da lei
do carma, a quantidade de sangue vertida pelos animais e aves resulta em
quantidade igual de sangue humano jorrado nos morticínios das guerras e
guerrilhas!
Infeliz Humanidade terrena, escrava de um círculo vicioso, em que
os vivos dotados de razão trucidam os vivos irracionais para lhes devorarem as
carnes, e depois enfrentam o sofrimento de verem os filhos ou parentes irem
para o massacre dos campos de batalha!».
Citações:
"Tempo virá em que os seres humanos
se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um
animal inocente, como hoje se julga o assassínio de um homem." − Leonardo da
Vinci.
* Ella Whecler Wilcox, com a verdadeira compaixão de todas as almas
avançadas, defende esta máxima ocultista nas seguintes e formosíssimas
palavras:
“Sou a voz dos que não falam.
Por mim falarão os que são mudos, e a minha voz ressoará nos
ouvidos surdos do mundo até que oiçam e reconheçam as indescritíveis mágoas dos
débeis.
O mesmo Poder deu forma ao pardal, criou o homem e o rei.
Foi Deus Quem deu uma chispa anímica a todos os seres, da Terra ou
do ar.
Sou guardião dos meus irmãos; participarei nas suas lutas, farei a
defesa do animal e da ave até que o mundo saiba o que deve fazer!”.
Em «Narrações do Infinito», de Camille Flammarion, extraordinário
astrónomo francês, de uma sensibilidade espiritual notabilíssima, escreveu:
«Que espectáculo ridículo! Um ser tão lindo, levando alimentos à
boca e enchendo, de instante a instante, mal sei de que matérias o interior do
seu corpo encantador! Que vulgaridade! E, depois, esses dentes perolados
tiveram a coragem de mastigar pedaços de um animal qualquer! E, em seguida,
fragmentos de um outro animal viram sem hesitação, ante eles, abrirem-se
aqueles lábios virginais para os receber e tragar! Que regímen! Uma triste
mistura de ingredientes tirados do gado ou da caça brava, que viveram nos
charcos e foram massacrados em seguida. Horror!...».
Relativamente ao carnivorismo, a própria Bíblia tem inúmeras
recomendações categóricas sobre a abstinência da carne. Citemos algumas delas:
GÉNESIS 1
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que
produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há
fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a
todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho
dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.
GÉNESIS 3
17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de
que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em
fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.
18 Ela te
produzirá espinhos e abrolhos; tu
terás por sustento as ervas da Terra (e comerás das ervas do campo).
Na Carta aos Romanos, S. Paulo
aconselha:
ROMANOS 14
15 Pois, se
pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua
comida aquele por quem Cristo morreu.
20 Não destruas por causa da comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de
tropeço pelo comer.
21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece...
23 Mas aquele
que tem dúvidas, se come está
condenado, porque o que faz não provém da fé...
E Salomão, o
rei sábio, também recomendava:
PROVÉRBIOS 20
«Excitante é o vinho; perturbadora a
cerveja; quem a eles se entrega não será Sábio!»
PROVÉRBIOS 23
19 Ouve tu,
filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.
20 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem
entre os comilões de carne! Ou: «Homem, sê Sábio! Dirige no
Caminho o teu coração! Não te juntes
com bebedores de vinho nem com aqueles que devoram carnes!».
21 Porque
o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a
sonolência cobrirá de trapos o homem.
E, já que estamos a falar de questões religiosas e bíblicas, o povo
até sabe que na Sexta-feira da Paixão, a própria Igreja recomenda o jejum e a
abstinência das comidas à base de carnes, devido à santidade desse dia
(conforme a Igreja). Ainda há muita gente que, sem ser vegetariana, guarda esse
dia, não comendo carne de animais. Porquê? Isto são questões do sagrado que têm
a ver com a alma, não é verdade? Nem o povo nem a Igreja as sabe explicar. Mas
como para nós todos os dias são sagrados, e não apenas a Sexta da Paixão, o
ideal da saúde para o corpo e para a alma é nunca comermos carne,
indubitavelmente.
No Oriente, especialmente na Índia, a pátria da Sabedoria antiga,
também não faltam as recomendações escritas prescrevendo o vegetarianismo e
reprovando o carnivorismo, em livros considerados sagrados. Num deles, de nome
muito comprido (que não conseguimos recordar), pode ler-se mais ou menos isto,
que fixámos: «Torna-te vegetariano, pois o vegetarianismo é meio caminho
andado para o encontro com Deus. Aquele que come carne, aquele que mata animais
e o que confecciona alimentos com carne, para os outros, gera carma... e terá
que o resgatar à custa de grande sofrimento». Por isso, Mahatma Gandhi
dizia: «Comer carne é, para mim, um pecado!»
Cabe referir que, contrariamente aos interesses rasteiros e
organizados do mercado, que ainda seduzem demasiados na alimentação carnívora,
e à mediocridade do conhecimento de alguns médicos que ainda prescrevem a carne
como alimento bom, saudável ou necessário, refutamos
completamente esses conceitos, num estudo tão complexo e tão variado que
nos seriam necessários anos para explicar os malefícios enormes para a saúde
(melhor: doença) do corpo e contra a integridade das energias da alma (em
Pureza, Sabedoria, Amor, Beleza e Perfeição). Tais conhecimentos sairão,
certamente, num tratado sobre «Medicina Holística e Profiláctica», que já temos
quase pronto para divulgar a quem queira aprender a ter saúde real, sem
precisar ficar doente jamais. Como? Aprendendo a «Viver»!...
O futuro de toda a Humanidade será de um vegetarianismo
absolutamente rigoroso, e os animais (inclusive os peixes) serão respeitados
com todo o carinho e amor que nos merecem: por serem os nossos "pais
ancestrais", na evolução biogenética e filogenética, por serem filhos do
mesmo Deus-Criador, por terem verdadeira sensibilidade à dor e pelo facto de as
suas almas também não morrerem quando o corpo morre, pois continuam a viver no
Astral e, frequentemente, com todos os medos e horrores das chacinas humanas
cometidas sobre eles, pelos seus irmãos humanos pouco racionais. Em tudo os
animais são nossos irmãos. E se muitos os devoram nas mesas e trucidam nos
matadouros, ainda são selvagens, canibais e "antropófagos" com pouca
sensibilidade à vida que Deus criou.
Precisarmos da carne para termos saúde? Que irrisão! Só se for para
ficarmos mais doentes do que muitos são! Com anabolizantes químicos, drogas da
veterinária (vacinas, antibióticos, hormonas, etc.) e rações artificiais, que
tem de saudável a carne em cadaverização para ser consumida? Nada! É matéria
morta e tóxica!... E é um verdadeiro "cocktail" químico, como
afirmou, certa vez, um veterinário na Televisão. Os escândalos dos frangos
alimentados com «nitrofurano» e o das «vacas loucas», com BSE, não seriam
suficientes para nos tornarmos vegetarianos? E os malefícios para a alma, que
são tantos? Mas estes, pouca gente conhece e tem alguma desculpa... para ser
doente. Mas negamos completamente a doença para quem sabe viver!...
Mas as crianças..., libertai-as do carnivorismo, por favor, pois
está a nascer uma nova Raça, de seres superiores, nas nossas crianças, que precisam de um corpo muito refinado e
absolutamente vegetariano!... Dar-lhes carne é um crime de lesa-humanidade,
de lesa-espiritualidade e de lesa-evolução!... Se precisássemos de comer carne
para sermos saudáveis, como se explicaria a saúde de todos os herbívoros, desde
os elefantes, que são os animais mais corpulentos, pacíficos e dos mais
longevos, às girafas, aos veados, às vacas e bois, aos cavalos, machos e burros
que comem melhor (ou comiam, há anos) do que a maioria dos seres humanos,
embora sendo asnos? Só a nossa piedade fraterna para com os animais, que sofrem
a dor, como nós, justificaria suficientemente tornarmo-nos estritamente
vegetarianos.
Dirão alguns: — Mas nós não somos herbívoros,
somos "omnívoros"! Omnívoros de quê? Para comermos pedras, metais,
dejectos, plástico, petróleo? Ora, deixem-se de fantasias! Se muitos se
tornaram quase "come-tudo", é por irresponsabilidade, por ignorância,
por falta de conhecimento e por erros de hábitos perniciosos antigos e
instintos atávicos, herança do primitivismo das nossas origens animais e
selvagens. Todos os verdadeiros Sábios do mundo eram rigorosamente
vegetarianos, tal como Jesus Cristo, cuja alimentação constava de: «pães
asmos, bolinhos de mel e frutos silvestres», como a Tradição sagrada e
iniciática do Mundo Ocidental refere sobre a biografia do Mestre da Galileia.
Aliás, o vegetarianismo de Jesus está bem atestado na literatura
sobre os Essénios, que nos chegou através dos Manuscritos do Mar Morto (Leia-se:
«O Evangelho Essénio da Paz», org. Edmond B. Szekcly, da Editora Pensamento. S.
Paulo), que eram monges ascetas da Palestina, na região onde estão as
ruínas de Khirbet Qumran, junto do Mar Morto, a poucos
quilómetros de Jericó
e a leste de Jerusalém, em Israel. Jesus
conviveu e viveu, uns tempos, num mosteiro dos Essénios, sendo
estes estritamente vegetarianos e grandes terapeutas. Além disso, todas as
tradições iniciáticas do passado (e do presente) tinham como condição básica
para o Discipulado, o vegetarianismo. Pitágoras, na sua Academia de Crotona, na
Grécia, proibia os discípulos de comerem carne, para poderem pertencer à sua
escola arcana de Sabedoria.
Até o extraordinário cientista e
inventor austríaco, Nikola Tesla, reconheceu os benefícios do vegetarianismo,
tendo proferido estas palavras: «É certamente preferível produzir vegetais, e penso,
por isso, que o vegetarianismo é um louvável abandono de um hábito bárbaro
instituído. Que podemos subsistir com alimentos vegetais e fazer o nosso
trabalho até com vantagens não é uma teoria, mas sim um facto bem demonstrado.
Muitas raças vivem quase exclusivamente á base de vegetais e são superiores
psicologicamente e em força. (...) Tendo em conta estes factos, todos os
esforços devem ser feitos para parar o abate cruel e desnecessários de animais,
que deve ser destrutivo para os nossos princípios morais». Este texto foi publicado na Century Illustrated Magazine, em
Junho de 1900.
Numa simples análise anatómica e fisiológica, a nossa dentição, o
comprimento do nosso intestino e os ácidos do nosso fígado provam que nós,
seres humanos, estamos mais distantes dos carnívoros do que dos herbívoros, mas
que nos enquadramos, isso sim, na ordem nutricional dos "frugívoros e
granívoros", em que os vegetais, frutos e grãos deviam ser os nossos
alimentos básicos e exclusivos, como são, aliás, do animal mais parecido com o
Homem: o macaco... e outros símios antropóides (gorila, mandril, chimpanzé,
etc.). Até se diz que o Homem deles veio, por evolução filogenética, como
acredita a Ciência, desde Charles Darwin.
O facto de existirem milhares de vegetarianos sobre a Terra, sem
adoecerem facilmente nem morrerem rapidamente, demonstra que as
"razões" dos carnívoros não têm nenhum fundamento válido nem
profundo. Temos muitos depoimentos dos maiores Sábios da Terra e temo-los, também,
de pessoas que passaram, por exemplo, por restaurantes de macrobiótica no
Brasil: S. Paulo, Rio de Janeiro, Santos, e de pessoas que ficaram muito mais
saudáveis ou que se libertaram de muitas das suas doenças, mesmo graves e até
de cancro em estado adiantado («para morrerem em poucos meses», segundo a
Medicina).
E foi a Sabedoria mais profunda, mais altruística e mais verdadeira
que nos transmitiu isto: «As pessoas vivem fascinadas pelo aparato e pela
tecnologia dos hospitais com as suas dores; mas, para mim, muito mais me
fascina a minha saúde de poder estar no campo virgem a colher flores». É
por essa Sabedoria genuína que toda a Humanidade se há-de libertar, um dia, do
"fantasma" da doença, mas é preciso que a Humanidade acredite e viva
aquilo que a sabedoria popular ensina: «Mais vale prevenir que remediar»...
até no vegetarianismo! A carência destes ensinamentos é a maior falha da
Medicina contemporânea. Aliás, esses enormes hospitais sofisticados são a prova
exacta da falência da Medicina alopática, quimioterápica, em debelar e
erradicar a doença deste Planeta.
O próprio "pai" da Medicina grega,
Hipócrates, em torno do qual gravitavam os juramentos dos recém-licenciados em
Medicina (no denominado «Juramento de Hipócrates»), afirmou: «Que o teu alimento
seja o teu remédio!». Outro expoente da Medicina grega, Galeno, ensinava os
doentes a orar, mais ou menos nestes termos: «Ora! Reza porque a prece ajuda
a curar o teu corpo!». E Cristo, quando curava, não dizia: «Vai e não
peques mais!»? Fantasias dos antigos? Alexis Carrel, o grande biólogo
francês, autor da obra «O Homem, Esse Desconhecido», também escreveu um pequeno
livro sobre a «Oração», com o título original «La Prière», depois de ter
observado curas espectaculares ("milagrosas") em Lourdes e outros
santuários. Porque o escreveu? Porque estava convicto de que era verdadeiro!...
* Queiram ler o importante texto a seguir que complementa
magnificamente os nossos textos sobre o carnivorismo. E não percam os vídeos finais, que são tão expressivos.
Paz Profunda!...
Data da Publicação: 25-02-2013
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio de Portugal
Paz e Amor, bicho!
Nossa Gratidão aos queridos amigos milenares
Hercílio Maes e Eleonoro Maes, a cujo trabalho amorável, de dedicação exemplar
e de absoluta fidelidade, devemos todos os seus leitores, o reencontro com o
Mestre Ramatís, nesta encarnação, e com as instruções que mudaram nossas vidas.
Todos os frutos das sementes que plantaram também
lhes pertencem, como este singelo trabalho que, com amor lhes dedicamos.
“Devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando
os companheiros encarnados mais experientes e esclarecidos para a Nova Era em
que os homens cultivarão o solo da terra por amor e utilizar-se-ão dos animais
com espírito de respeito. Semelhante realização é de importância essencial, porque,
sem amor para com os nossos inferiores, não podemos aguardar a protecção dos
superiores!”.
André Luiz “Missionários da Luz”, Por Mariléa de
Castro. Digitalizado por: Esoteric Ebooks
Distribuição gratuita do Grupo de Estudos Ramatís de
Porto Alegre. Pedidos para: Av. Osvaldo Aranha. 8WI34, 90035-191 − Porto Alegre,
RS estrelas@pro.via-rs.com.br.
POR
DETRÁS DA FOME DO MUNDO
«Detesto excepções
e privilégios. O que não pode ser de todos, não o quero para mim!» − Gandhi.
Planeta Terra: 6 biliões de pessoas − 800 milhões
com fome crónica. Falta de alimentos? Não! Falta de consciência! Você sabia
que, se numa área de terra qualquer, cultivarmos forrageiras para alimentar o
gado, este, afinal, irá alimentar mil pessoas; mas, se nessa mesma área
plantarmos grãos, serão alimentadas por estes, catorze mil pessoas? Essa é a
proporção real: 14 por 1. Multiplique isso por milhares, por milhões, e saberá
para onde vai a comida das crianças famintas do planeta Terra.
O que levou um Director do Conselho de Proteína da
ONU a declarar, com todas as letras: “Os grãos das classes pobres estão sendo
desviados para alimentar o gado dos ricos!”. Mais precisamente, um terço dos
grãos do mundo vira comida animal! E mais: os animais de corte são verdadeiros
“sumidouros de proteínas”. De toda a proteína que um boi consome, − 100% − sabe
quanto ele vai devolver? Dez por cento.
Isso faz da carne o alimento mais antieconómico e
elitista. Enquanto milhões de pessoas morrem de fome, utiliza-se imensas
extensões de terra, água e grãos para criar e alimentar animais para suprir os
consumidores. Só o rebanho bovino do Brasil tem 172 milhões de cabeças, uma
para cada brasileiro!
Cada um desses bovinos recebe, com certeza, melhor
alimentação do que os nossos milhões de crianças subnutridas e famintas.
Tomemos a soja: uma fonte magnífica e barata de
proteínas. O Brasil está coberto de um mar de soja. A América do Sul é o maior
exportador de soja do mundo − O Brasil e a Argentina exportaram 86 milhões de
toneladas na última safra. Um país assim não deveria ter desnutridos nem
famintos; mas o que acontece com a nossa soja? Em vez de alimentar pessoas, vai
alimentar o gado do Primeiro Mundo, para os que pagam em dólares aos nossos
produtores, que dormem tranquilos, à noite, sem sequer cogitarem do significado
social do alimento que plantam.
O que nos leva a uma questão igualmente nevrálgica.
O alimento, que a Terra generosamente produz para o sustento de todos os seus
filhos, devia ser um património da Humanidade. São as energias do Sol,
armazenadas pelos vegetais − que nos são doadas de graça. Por que razão nós
permitimos que essa dádiva da Natureza para sustentar a Humanidade se
transformasse em objecto de lucro de uns poucos, em detrimento de todos? O
alimento devia ser produzido e consumido por cada comunidade, para nutrir todos
os homens: mas nós o transformamos em objecto de comércio e de lucro. E
enquanto as indústrias de alimentos − as segundas mais lucrativas do mundo −
enriquecem alguns, o alimento necessário é negado às classes miseráveis.
Transformar os frutos da Terra em objecto de
comércio, especulação e lucro, é tão imoral como pretender-se vender a luz do
sol ou o ar. A Terra pode perfeitamente produzir o suficiente para alimentar
toda a sua população actual e mais ainda. Bastaria que alimentássemos pessoas em vez de gado. Consumir carne nos faz −
mesmo a contragosto − coniventes com a fome, a desnutrição, e a especulação e o
lucro daqueles que ganham com esse desperdício energético que assola o planeta.
NOSSO MODELO ORIGINAL DE FÁBRICA
«O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a
ignorância!» − Buda. Se compararmos a máquina humana do Homo Sapiens com dois
modelos básicos − carnívoro e herbívoro − é difícil não perceber o óbvio: nosso
modelo não é o carnívoro. Os carnívoros receberam de fábrica dentes caninos
frontais, afiados, para rasgar a carne da presa. E não possuem molares − os
dentes trituradores. (Dê uma olhada nos dentes do seu gato). Já os herbívoros e
o homem não têm caninos frontais. E possuem pré-molares e molares − uma eficiente
máquina trituradora de grãos e sementes. Bem claro, não? Além disso, a saliva:
a dos carnívoros não possui ptialina − uma substância que promove a
pré-digestão, na boca, dos amidos (presentes nos vegetais). A dos herbívoros e
do homem a possuem! Os carnívoros não mastigam a carne. Sua digestão começa no
estômago, que possui um suco gástrico poderoso − vinte vezes mais ácido que o
dos herbívoros, para digerir carnes e ossos.
Mas o mais importante distintivo da espécie humana e
dos herbívoros é: o intestino. O intestino dos carnívoros se destina a dar
trânsito à carne − uma substância repleta de toxinas. O que fez a engenharia da
Mãe Natureza? Um conduto curto − três vezes, no máximo, o tamanho do animal − e
sem reentrâncias, para que os resíduos venenosos sejam eliminados rapidamente.
Já os herbívoros − E o homem − têm o
quê? Longos intestinos − dez a doze vezes o tamanho do corpo! E repletos de
vilosidades − reentrâncias e saliências que aumentam a superfície de absorção
dos vegetais. Claríssimo, não é?
Pois não é − parece. O que faz o “Homo − dito − Sapiens”? Coloca no seu
motor-a-vegetais (movido a vegetais) o combustível inadequado e medonho da
carne. Toxinas. Essas substâncias ficam transitando lentamente pelo seu longo
intestino herbívoro. E elas têm um longo tempo, e uma estrutura infernalmente
propícia para absorvê-las − ao invés de livrar-se delas! Isso é pior do que
colocar óleo diesel queimado no motor de um Ferrari. Imagine o efeito de anos −
décadas − desse processo de envenenamento lento, e é fácil entender porque as
pessoas adoecem tanto e padecem de prisão de ventre, colite, apendicite, pele
flácida e envelhecida, as juntas enferrujadas, e têm alergias, gases, halitose
e muito mais.
O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM ou SEU BIFE É
ADITIVADO
“A natureza não tem recompensas nem castigos: tem consequências!”.
Você sabe que diariamente se comete o crime e a
irresponsabilidade de cultivar lavouras com adubos e pesticidas químicos. Logo,
aquelas plantações verdinhas de forrageiras infectadas vão parar − e claro! −
no seu bife de cada dia. Depois de terem andado sobre quatro patas durante
algum tempo, vão directo para seu fígado, rins e intestino, mais a pele.
Mas essa é apenas a primeira cena de um filme de
terror − “A Bioquímica Mortal”, infelizmente verdadeiro. Há um coquetel de
substâncias de que o seu bife churrasco é aditivado, para tornar mais rentável
a produção: antibióticos, vacinas, hormonas anabolizantes, estimulantes de
apetite, dados aos animais. Antibióticos são uma artilharia pesada, destruidora
de microrganismos. Mas desde que os rebanhos e aves não adoeçam, para serem
lucrativos, os efeitos no consumidor deles − você − não importam. Quais estarão
sendo as consequências, depois de décadas?
Mais preocupante ainda é o caso das hormonas. Na
delicada bioquímica natural do corpo, bastam gotas delas para comandar todas as
reacções orgânicas. Imagine doses incontroladas absorvidas durante anos. Pense
nos sintomas pós-menopausa que só se têm feito agravar nas últimas décadas, nos
cânceres de mama, de útero e de próstata. Ou seja: vacinas, antibióticos, hormonas, estimuladores de apetite −
esse bifinho “gostoso” é uma bomba-relógio que vai deixar estilhaços, lamento
dizer, dentro de você. Mas não é tudo.
A carne demora alguns dias
para chegar dos abatedouros até ao açougue e tende a assumir uma coloração
escura e acinzentada − que afugentaria os consumidores. O produtor então acrescenta uma bela coloração vermelha: nitratos,
substâncias cancerígenas − um pequeno detalhe que ninguém comenta. Ainda tem mais: benzopireno − é uma substância química que causa câncer
de estômago e leucemia. Em pouco mais de um quilo de carne assada, há mais
benzopireno que na fumaça de seiscentos cigarros. E também há o metileolantreno
− um cancerígeno que se forma na alta temperatura, ao cozer a gordura da carne.
Ainda mais: um organismo sob forte “stress” −
como um animal prestes a ser sacrificado − segrega um monte de adrenalina, a
hormona de ataque-e-defesa, que, junto com as toxinas metabólicas, o ácido
úrico e tudo mais que circulava no organismo animal, é armazenado na carne e
nas vísceras, quando se interrompe bruscamente a circulação. Ah! E não
esqueçamos os microrganismos − bactérias e vírus, e vermes e protozoários.
Alguns perigosamente presentes na carne mal passada, principalmente a de porco.
Sem esquecer os animais doentes. Sim, os manifestamente doentes são sacrificados,
e o que fazem os abatedouros clandestinos? E se num ser humano a doença às vezes se instala silenciosamente,
o que dizer do animal que não se pode comunicar? Ou será que cada um deles passa por um “check-up”
completo antes de ser sacrificado?
HIPÓCRATES SABIA DAS COISAS
“Faz do teu
alimento o teu remédio!” − Hipócrates”, o Pai da Medicina.
Se o “Homo − dito − Sapiens”
abastecesse o seu modelo recebido “zero quilómetro” da Natureza somente com o
combustível adequado, a maioria esmagadora da Humanidade chegaria à velhice com
uma saúde invejável. A engenharia da Mãe-Natureza tem alto padrão de qualidade.
Nós é que não seguimos o manual de instruções que vem embutido.
Agora, tome aquele modelo zerinho, e desde cedo.
Comece a intoxicar seu delicado motor com as toxinas da carne e gordura animal
que vêm junto. Por volta dos 40-50 anos, os vasos sanguíneos estarão como
velhos canos de água de ferro, entupidos pelos depósitos de colesterol. A
pressão do sangue sobre as paredes aumenta. Hipertensão, medicamentos. Os
fantasmas do enfarte e do derrame começam a rondar a sua vida. (Bem difundido
já está o conselho médico “evite a carne vermelha!”. Mas não é só ela que
contêm gordura. Em torno de todas as células musculares do tecido animal existe
um revestimento de gordura, essencial para lubrificar o músculo e possibilitar
sua contracção e relaxamento. Na verdade, não existe carne sem gordura.
Não precisava ser assim. Na realidade, hipertensão e
colesterol não são “problemas de idosos”. São “problemas de idosos carnívoros”
− consequência de uma vida de consumo de mau combustível. Outra falácia
universal é a do folclórico binómio velhinho-reumatismo (e artrite, e gota e
“companhia”). O que verdadeiramente acontece − outra vez! − é o combustível.
Para ser mais exacto: as proteínas da dieta carnívora. O seu fígado não pode
aproveitar mais do que o necessário delas. O excesso, em forma de ureia e de
creatinina, tem que ser excretado pelos rins. Se você insiste em bife,
churrascos, etc., os rins não conseguem mais dar conta, e despacham o excesso
para armazenamento nos ossos e nas articulações.
Repetimos: reumatismo, artrite, gota, etc.
não são inevitáveis “doenças de idoso”. São “doenças
de carnívoro idoso”. A carne contém toxinas e resíduos que, além de prisão de
ventre e hemorróidas, causam uma intoxicação lenta que deteriora a pele, afecta
todo o organismo e pode levar ao câncer, colite, apendicite e outras coisas
desagradáveis terminadas em “ite”. O Rio Grande do Sul, onde o churrasco é
ícone e o lema, com aquela velha frase: “sem carne, para mim não é comida!”, é
o estado campeão nas estatísticas de câncer de mama do Brasil, índices tão
elevados como os de países do “Primeiro Mundo”, também os maiores consumidores
de carne. Você sabia que pesquisas médicas já comprovaram (divulgado na
imprensa comum) que existe uma relação directa entre o consumo de carne e
cânceres de mama, útero e ovário e de próstata e intestinos? E ninguém sai por
aí comentando.
Saúde é a herança natural do ser humano. Nossos
desmandos − físicos, emocionais e mentais, desta e de outras vidas − alteram
isso. Mas quem faz, pode desfazer. “Já tendes provas irrecusáveis de que podeis viver e
gozar de óptima saúde sem recorrer à alimentação carnívora. Para provar o vosso
equívoco, bastaria considerar a existência, em vosso mundo, de animais
corpulentos e robustos, de um vigor extraordinário e que, entretanto, são
rigorosamente vegetarianos, tais como o elefante, o boi, o camelo, o cavalo e
outros!” − Ramatís.
É ASSIM QUE AS COISAS REALMENTE SE PASSAM
«Os animais
são meus amigos... e eu não consumo os meus amigos. Isso é terrível! Não só devido ao sofrimento e à morte dos animais, mas também devido ao facto de o homem se privar da
mais elevada capacidade espiritual, que é a de sentir simpatia e compaixão por todos os seres vivos, violentando
seus próprios sentimentos e tornando-se cruel!» − George Bernard
Shaw.
Lembro muito bem: por volta dos seis anos de idade,
tive um momento de intensa dor e mal-estar ao pensar que a carne que comíamos
exigia o sacrifício dos animais. E a resposta enfática dos adultos: não, a
gente não podia viver sem comer carne; iria enfraquecer e morrer. Foi um triste
momento, o de ter que soterrar minha dor e compaixão naquela sentença irremovível.
Recordo a “acomodação” forçada que me obriguei a fazer, tentando “esquecer” a
dor e o peso na consciência, mas sentindo-me muito mal.
Relato isso com um objectivo: testemunhar esse
movimento que ocorre no interior da consciência das criaturas, quando têm que
conciliar sua sensibilidade e compaixão pelos animais com o arraigado hábito do
carnivorismo. Tentar “esquecer” o que se passa na realidade é a única forma de calar a dor da consciência.
Mas se temos coragem de fazer, temos que ter coragem de olhar o que fazemos. O
animal sente. Não apenas sente dor mas tem sentimentos. Quando um boi, porco ou
ovelha marcha para a execução, eles pressentem o que vai ocorrer.
Nós temos hoje a bênção da anestesia até para
restaurar um dente. Os infelizes bovinos são marcados a sangue frio com ferro
em brasa, tratados com brutalidade, apanham com frequência, e muitas vezes
sofrem fome. Para morrer, ao ingressarem no brete sinistro − quando se rebelam,
recebem choques eléctricos nas partes sensíveis − são contemplados com um
disparo de pistola de ar comprimido na testa que deixa o animal desacordado por
“alguns minutos”. Depois ele é erguido por uma pata traseira e cortam sua
garganta com um cutelo.
“O animal tem que ser sangrado vivo, para que o
sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação dos microrganismos!”,
diz um fiscal. Em 1997, a
activista dos direitos dos animais, a americana Gail Eisnitz, escreveu o livro
“Slaughterhouse (“Matadouro”, inédito no Brasil) no qual acusava os matadouros
de sangrar muitos animais ainda conscientes. O abate a marretadas está proibido
no Brasil, o que não quer dizer que não aconteça − já que quase 50% dos abates
são clandestinos. O problema da marretada é que não é fácil acertar o boi com o
primeiro golpe. Muitas vezes, são necessárias dezenas para desacordá-lo!” (Super-interessante, Abril 2002, p. 48), se é que isso acontece completamente.
E quando são esfaqueados, não sentem?
Já os porcos, “são confinados do nascimento ao
abate”, diz o agrónomo Luis Carlos Pinheiro Machado Filho, da LFSC. As
gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate
é parecido com o de bovinos, com a diferença de que o atordoamento é feito com
um choque eléctrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água
fervendo, após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz
afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo, ainda vivos. (Super-interessante, idem,
ibidem).
Outros seres indefesos: moluscos, crustáceos, polvos
e lulas são jogados vivos nas panelas em ebulição para retornarem depois, com
apelidos requintados, para atender à gula humana. Galinhas e perus são
degolados sumariamente nos quintais, ou guilhotinados em massa nos aviários e
criadouros. As infelizes galinhas de postura e os frangos são confinados em
gaiolas exíguas, mal podendo mexer-se, para não “desperdiçar energia”,
entupidos de antibióticos para não “adoecer” e de anabolizantes para crescerem
mais rápido. Têm os bicos cortados para que não se matem uns aos outros nem possam
escolher partes da ração. As luzes nesses locais jamais se apagam, para que
eles, desesperados pelo “stress”, não cessem de comer e durmam pouco,
produzindo mais e mais. Prisioneiros de guerra nessas condições nos despertariam
revolta. Mas eles não falam.
Entretanto, seu desespero e angústia impregnam a
carne e os ovos − ou você pensa que as energias astrais do animal são
destruídas pelo cozimento? E ninguém associa a depressão e a síndrome do pânico
de nosso tempo com nada disso. Mas os espiritualistas dizem que acreditam em
corpo astral. Os humanos requintam na crueldade com os irmãos menores.
Adoecem os pobres gansos, enfiando um funil em sua
garganta e literalmente entupindo-os de comida, hipertrofiando-lhes o fígado,
até que mal se possam arrastar pelo chão, para produzir o patê de “foie-gras”.
Submetem os pobres suínos ao regime de ceva forçado em chiqueiros imundos. E
criam os mais inocentes e indefesos animais para sacrificar depois, sem
piedade.
“Quantas
vezes, enquanto o cabrito doméstico lambe as mãos do seu senhor, a
quem se afinizara inocentemente, recebe o infeliz animal a facada
traiçoeira nas entranhas, apenas porque é véspera do Natal de Jesus!“.
(Ramatís, Fisiologia da Alma). Sim, sim,
claro: você, pessoa sensível, incapaz de maltratar um animal, jamais suportaria
assistir, que dirá protagonizar, a matança de um boi, porco, ovelha ou ave.
Entretanto, é a demanda de carne, por parte de materialistas e espiritualistas,
que sustenta e expande essas carnificinas diárias que cobrem o planeta de rios
de sangue inocente. Os carnívoros são os “accionistas ideológicos” da indústria
da tortura e da morte.
Se as pessoas tivessem que matar, com suas próprias
mãos, o animal que fossem consumir, é óbvio que se reduziria drasticamente o
carnivorismo. Não o fazendo, passam procuração para outros, que se brutalizam
no ofício da morte. Mas é a mesma a responsabilidade do mandante e do executor.
Pense nisso! Não se violente tentando “esquecer” o que aquilo realmente é: não
cale o protesto de sua sensibilidade, fingindo ignorar que é a porção de um ser
vivo, que lhe foi arrancada com dor e crueldade! Não renuncie ao nível humano
de seu ser!
Mas − dirá você − isso acontece há milénios. Não é
possível que só agora passe a ser um crime e uma crueldade! Mas a guerra, a
tortura, a escravidão, a perseguição religiosa e racial − tudo isso também é
milenar, não? Porém só agora − quando nossa consciência colectiva se sensibilizou
o suficiente, isso passou a nos ser inadmissível! Então a Humanidade inteira
está diariamente cometendo uma chacina − e ninguém diz nada? Está! Por que você
acha que este mundo ainda é o que é?
A mesma crueldade insensível que leva as criaturas a
mandarem outras para morrerem ou serem mutiladas nos campos de batalha é a que
autoriza a morte, à distância, dos animais inocentes: é a mesma inconsciência.
Felizmente há os que estão acordando e cada vez em maior número. “Não em nosso
nome!”, gritam multidões em protesto contra a guerra
insana. É isso que se requer para mudar o mundo: “Não em nosso nome!”,
declararmos, se querem matar, torturar e maltratar qualquer ser vivo.
Mas adianta eu parar de comer carne? O resto do mundo vai continuar. Não vai mudar
nada... Não? Pense em quantos restaurantes vegetarianos
existiam há 40 anos. Quantos livros ou cursos de culinária vegetariana. E
quantas pessoas você conhecia que eram vegetarianos? E pense em tudo isso hoje,
e na quantidade enorme de animais que já não estão sendo consumidos!
Faz diferença, sim. No mundo inteiro há um número
crescente de pessoas acordando e estendendo essa influência: famílias, amigos,
colegas. Cada energia plantada na vibração do vegetarianismo é um pilar que
fortalece essa ponte de inofensividade e paz que, um dia, há-de conduzir a Humanidade
para um mundo sem sangue e sem guerras. O mundo que nós precisamos construir − não apenas sonhar − com nossas atitudes.
“Os corações
integralmente bondosos e piedosos não só evitam matar o animal ou ave,
como ainda não têm coragem de devorar-lhes as entranhas sob os temperos de
cebola, sal e pimenta... Aqueles que fogem na hora cruel do massacre do irmão
bem demonstram compreender a perversidade do acto e o reconhecem como injusto e
bárbaro. É óbvio que, se depois o devoram cozido ou assado, ainda maior se lhes
torna a culpa, porque o mesmo acto que condenam fica justificado na hora
famélica da ingestão dos restos mortais do animal!” − Ramatís,
“Fisiologia da Alma”.
O BAIXO ASTRAL É FATAL ou VOCÊ COME A
TRISTEZA DA VACA
«O comportamento do homem para com os animais é inseparável do comportamento
dos homens entre si!» − Herbert Spencer. Os animais −
onda de vida que vem logo depois da nossa; portanto, literalmente, nossos
irmãos menores − possuem um duplo etérico e um corpo astral. As energias
circulantes nesses corpos têm uma vibração densa, letárgica e agressiva, se
comparada ao campo energético humano. Quando o animal é sacrificado, os
resíduos energéticos astro-etéricos − obviamente não destruídos pelo cozimento
− permanecem aderidos à sua carne, sendo absorvidos, então, nos corpos etérico
e astral do comedor de carne.
Esses verdadeiros “emplastros” de energias animais,
que se colam na rede energética dos corpos subtis do carnívoro iniciam um
processo de “rebaixamento de vibrações” e “contaminação psíquica”. É uma espécie
de “desaceleração energética”. A energia animal “intrusa”, que não vibra no
mesmo teor da humana, causa uma espécie de “curto-circuito” ou desaceleração da
rede electromagnética do organismo nos níveis denso, etérico e astral.
Perturba-se o fluir da energia cósmica de frequência mais elevada, que
constitui o ser humano. Está preparado o cenário para o que chamamos de
“doença”. Paralelamente, o “contágio astral” da carne animal desperta no campo
astral do carnívoro as vibrações similares às do animal devorado. Que tal ser
parceiro das emoções do porco, do boi, do frango? Pois, sinto dizer, é exactamente
o que você estará absorvendo com o astral da carne ingerida.
Essas emoções primitivas vão reactivar as memórias
“arquivadas” nas camadas ancestrais do nosso psiquismo, os instintos por onde
já transitámos, construindo a nossa consciência. Todo o “lixo emocional” que
estamos trabalhando duramente para reciclar é reactivado. Agressão, raiva,
egoísmo, brutalidade, ciúme, impaciência, crueldade, sexualidade instintiva −
são as contrapartes invisíveis ingeridas com a carne animal. É muito difícil
resistir a essa sintonia instintiva que pressiona o emocional humano. Não é de admirar que o embrutecimento das sensações,
uma certa letargia ou
indiferença bovina, um egoísmo inconsciente, se alastrem e não consigam ser
vencidos pelo apelo da natureza humana superior.
Por outro lado, imagine as
emoções de medo, desespero e dor que vibram no campo astral dos animais
sacrificados; e a tristeza, a depressão que acomete um animal criado em
condições cruéis. O astral desse infeliz animal é um pacote de emoções
mórbidas, sombrias, desesperadas − que é ingerido pelos humanos inconscientes. Imagine a delicada fisiologia de uma criança submetida a isso. É uma verdadeira agressão dar
carne a uma criança (Observe que muitas, actualmente, estão, desde pequenas,
rejeitando-a com firmeza). Esqueça os velhos e obsoletos conceitos dos séculos
anteriores. Muitas novas crianças do Terceiro Milénio estão aí, algumas já
adolescentes, esbanjando saúde, inteligentes, sensíveis e criativas − sem
jamais terem sido submetidas ao embrutecimento da ingestão de cadáveres animais.
Sim, pois a carne, vamos encarar de frente, não
passa disso: é um cadáver, e comê-la transforma o seu estômago num cemitério
onde se vai decompor esse animal morto. Mas ninguém desejaria o sofrimento dos animais inocentes. Ninguém pensa nisso, quando come
uma sanduíche de presunto ou faz um churrasco com os amigos! Sim, esse é exactamente o problema. Ninguém pensa nisso. Ou, por
outra: ninguém deseja pensar séria e honestamente sobre o que está fazendo,
porque ninguém deseja ser conscientemente cruel − e no âmago da consciência,
todos sabemos o que estamos fazendo. O problema é que não queremos abdicar de
nossos velhos prazeres, por mais mórbidos que sejam, e temos preguiça de mudar
(Se as pessoas soubessem que prazerosa pode ser a comida vegetariana, que não
se resume a folhas e raízes cruas! Um suculento “strogonoff” de carne vegetal,
um bife acebolado idem. um churrasco vegetal, uma carne vegetal de panela, “pizza”
e almôndegas, “cheese-burger”, guisadinho, pastel e croquete de carne
vegetal... é imenso o universo do prazer vegetariano. Você pode ser
ovo-lácteo-vegetariano; ou só lácteo, sem ovos. Outros níveis mais avançados
(vegetarianos radicais, crudívoros e macrobióticos) não recomendaríamos, de
imediato, para principiantes, a não ser para os mais corajosos.
Um último lembrete: você, se é uma pessoa com
anseios espirituais, considere que sua sintonia com os planos internos da vida
fica prejudicada pela “cortina” de fluidos animais obscuros que se espalham
pelos seus corpos etérico e astral, com a ingestão de carne. Se você for
médium, tenha certeza de que o astral animal torna o astral do médium menos
receptivo e mais embotado − e com mais “janelas vibratórias” abertas para o
astral inferior. Se você trabalha com passes ou cura espiritual, cromoterapia
ou magnetização (isso vale para todos os terapeutas energéticos!) tem por dever
manter sua energia astro-etérica tão pura quanto possível. Você vai doá-la a
pessoas que confiam em você.
O CAMINHO É O MESMO PARA TODOS ou QUE
DEUS SERIA ESSE, HEIN?
«Os animais
são os irmãos inferiores dos homens. Eles também, como nós, vêm de longe,
através de lutas incessantes e redentoras, e são, como nós, candidatos a uma
posição brilhante na espiritualidade!» − Emmanuel.
Faz apenas trezentos anos que, neste país, autoridades religiosas garantiam que
os escravos negros não possuíam alma, e portanto nada impedia que fossem
torturados e mortos por seus donos. As mulheres, também, para certa religião do
Oriente Médio, não eram dotadas desse “apêndice” invisível. A vítima não tem
alma: portanto pode sofrer à vontade. E os animais têm alma? Sofrem?
Não há um só reencarnacionista, seja de que corrente
for − hinduísta, budista, espírita, umbandista, teosofista, rosacruz, esotérico
de qualquer corrente − que possa alegar o desconhecimento da Lei da Evolução. E
é difícil esconder a verdade − a verdade de que o caminho das Centelhas de Vida
divinas − nós − é um só: via reinos mineral, vegetal e animal, humano e
super-humano, da inconsciência para a Consciência Cósmica. É assim que fomos,
nos evos da evolução, aprendendo a ser gente. O animal de hoje será o humano de
amanhã, como o humano de hoje esteve no mesmo nível ontem.
(Em alguns
textos esotéricos isso é contestado, pois Deus jamais colocaria um Espírito
Divino, o Cristo, a Presença EU SOU num corpo animal (mas a onda de vida da
alma ou personalidade, sim, além de que os homens foram criados num estado
evolutivo e vibratório altamente divinizado, tendo “caído e involuído”, ao
passarem pela matéria, onde eles obtêm o conhecimento do bem e do mal,
possibilitando-lhes alcançar a Mestria e, consequentemente, níveis ainda mais
altos de evolução). Entretanto, toda a vida, seja animal, vegetal, mineral e
outras menos conhecidas, está em permanente evolução, todas saídas do Deus
Único e, portanto, todas irmãs, relacionadas e interligadas... − Nota do
“Site”).
Não fora assim, que espécie de deus seria Deus?
Segue-se dessa Regra Geral Cósmica que somos todos irmãos. E que a única
diferença entre nós e o animal, qualquer animal − é apenas cronológica. Eles só
entraram numa turma depois da nossa. O adepto de uma religião tradicional ou
materialista pode esconder-se atrás do argumento “eles não têm nada a ver
connosco”. Mas como uma pessoa que se diz reencarnacionista e adepta da Lei da
Evolução, concilia essa noção de fraternidade de todos os seres vivos, com o
exercício de crueldade que é matá-los e comê-los?
Falta de instrução superior não é. O hinduísmo é
claríssimo a respeito. O budismo, idem. Todas as tradições iniciáticas do
passado tinham como condição básica para o discipulado, o vegetarianismo. Os
essénios, com os quais conviveu o Mestre Jesus, eram de um vegetarianismo
estrito. Ele mesmo − vide os Manuscritos do Mar Morto (Vide “O Evangelho
Essénio da Paz”, org. Edmond B. Szekcly. Ed. Pensamento. SP.) − era o maior dos
vegetarianos.
Não há sofisma capaz de atenuar o peso dessa
contradição: aqueles que se dizem adeptos da clara Lei Cósmica da Fraternidade
sentarem-se à mesa e devorarem os despojos sangrentos do irmão menor, em nome
exclusivamente do “prazer” gustativo, porque da saúde ou da sobrevivência não
é. Todos os “argumentos” pró-carnivorismo dos adeptos dessas correntes têm um
claro objectivo: tentar justificar de alguma forma a sua dificuldade pessoal de
abandonarem o consumo da carne.
Quanto às doutrinas chamadas esotéricas, é dispensável
argumentar: qualquer espiritualista honesto mesmo sabe o que deve fazer a respeito!
Quanto aos espíritas, se verifica com frequência uma falta de memória sobre os
conceitos claros, de Kardec como dos mais abalizados instrutores da doutrina.
No “Livro dos Espíritos”, Cap. XI, fica bem explicado a nossa irmandade com os
menores irracionais:
“Há nos animais um princípio independente da matéria, que sobrevive ao
corpo: é também uma alma. Estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva.
Emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais: no homem,
passou por uma elaboração, numa série de existências que precedem o período a
que chamais de Humanidade. Nesses seres (animais) o princípio inteligente se
individualiza, e entra então no período de humanização. Nessa origem, coisa
alguma há de humilhante para o homem. Reconhecei a grandeza de Deus nessa
admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar que
Deus haja criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da sua bondade!”
(grifamos).
Então, Mestre Allan Kardec, o velho Iniciado dos
templos do passado, deixou bem claro: os animais têm uma alma que não só sobrevive
ao corpo como evolui, destinando-se, no futuro, a ser humana. Viverem para evoluir é uma necessidade deles.
Amputar-lhes a vida, além de cruel, é um débito pesado para com a lei
evolutiva. Nós deveríamos ser os protectores dessas consciências pequeninas, já
que somos − você já pensou nisso? − as únicas “divindades” que eles conhecem.
Somos os “Seres Superiores” deles.
Mas, ainda acrescenta o “Livro dos Espíritos”:
“À medida que
o espírito se purifica, o corpo que o reveste
se aproxima igualmente da natureza espiritual (...) e menos grosseiras se lhe fazem as necessidades físicas, não mais sendo preciso que os seres vivos se destruam mutuamente para se nutrirem!” (Cap. IV, pergunta 82). Ora, preciso não é que o homem destrua nenhum animal
para se nutrir. Deve seguir-se, pela lógica irrefutável do texto, que quando o
faz, só pode tratar-se de um espírito pouco purificado e de grosseiras necessidades
físicas. E mais:
P − Tendo dado
ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os
meios de o conseguir?
R − Certo!
Essa a razão por que faz com que a terra produza de modo a proporcionar
o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é!“ (grifámos) − Cap. V, pergunta 703; Idem, pergunta
737: “Toda
destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais só destroem para satisfação de suas necessidades: enquanto que o homem
destrói sem necessidade. Terá que prestar contas do abuso da liberdade que lhe
foi concedida, pois isso significa que cede aos maus instintos!”.
Atenção, pois, espíritas: os animais são nossos
irmãos menores; destruí-los é próprio de espíritos grosseiros, e uma violação
da Lei de Deus, um abuso desnecessário, fruto dos maus instintos, e do qual o
Homem terá que prestar contas, não tendo para isso qualquer desculpa, já que a
terra lhe oferece tudo o que e necessário para sobreviver. Bem claro, não?
Outro esquecido de muitos espíritas é o belo texto
do “Irmão X”, intitulado “Treino para a Morte”: “Comece a renovação de seus costumes pelo prato de
cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande
transição (morte). O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com
sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e caiapós, que se devoravam uns aos
outros!”.
Sugiro encarecidamente que o amigo leitor leia ou
releia, com a maior urgência possível, o capítulo inicial de “Fisiologia da
Alma”, de Ramatís, Talvez tenha chegado o seu momento áureo de liberdade...
O COMBUSTÍVEL SECRETO
Enquanto
aceitarmos ser túmulos ambulantes de animais sacrificados, como poderemos ter
condições ideais nesta terra? − Leon Tolstoi.
“O que está em cima é como o que está em baixo”. O preceito hermético é o que
melhor descreve a constituição do Universo.
A nutrição é processo inevitável em todos os Planos,
nas regiões mais elevadas do Plano Astral, pela absorção consciente do prana, a
energia solar, através da respiração. Um terço, talvez, da Humanidade actual
(encarnada e desencarnada) habite esses níveis (nem falemos dos superiores!). O
resto é aquilo que se sabe: o Umbral − a extensa faixa vibratória colada à
crosta terrestre, com vários subníveis, e as regiões das Trevas Mesmo.
E como se nutrirão os desencarnados “colados” à
crosta, os milhões que desencarnam imantados às sensações físicas, únicas das
quais extraem o seu prazer e razão de viver? Com todas as sensações e emoções
que os alimentavam na Terra − mas sem condições de obtê-las? Comida, onde?
Bebida, drogas, o cigarro inseparável, o sexo compulsivo?
Logo, logo, o desencarnado infeliz, escravo das
sensações e sem vontade de subir na vida astral, descobre os tristes macetes de
“sobrevivência” e “usufruto energético” no Astral Inferior, e se dá conta de
que a energia vital − o famoso “ectoplasma” dos corpos vivos − é a mercadoria
mais cobiçada do Além, a nefanda moeda de troca em conluios de vinganças e
obsessões.
E, a propósito: onde se localiza o depósito dessa
famosa “energia vital” nos corpos vivos, animais e humanos? É o sangue o
depositário ou veículo dessa corrente prânica. O sangue é um reservatório
incrível das mais intensas energias da vida. Em consequência disso, ocorre o
que explica Ramatís: “Em torno da crusta movimenta-se extensa multidão de espíritos
exauridos pelas paixões e vícios, famintos de vitalidade e aflitos para obterem o “tónus vital” que viceja no sangue!”.
Ah, você acha que é exagero?
Vejamos uma cena real, vivida por André Luis junto com o mentor Alexandre, e
por ele descrita em “Missionários da Luz”: “Diante do local em que se processava a matança dos bovinos, percebi um quadro estarrecedor: grande número
de desencarnados, em lastimáveis condições, atiravam-se aos borbotões de sangue
vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora. Alexandre
esclareceu-me com serenidade: − Estes infelizes irmãos estão sugando as forças
do plasma sanguíneo dos animais. São famintos que causam piedade. Porque
tamanha sensação de pavor, meu amigo? Não visitávamos, nós ambos, na Crosta, os
açougues mais diversos? Acercam-se os desencarnados, tão inferiores quanto já o fomos, dos animais mortos, cujo sangue fumegante lhes oferece vigorosos
elementos vitais!”. (Ed. FEB, 1965, cap. “Intercessão“).
Essa é a nossa “contribuição” para o cenário astral
do planeta: o fornecimento de sangue de criaturas vivas, que alimenta o
primitivismo dos desencarnados e fornece combustível para as maltas obsessoras
e para os líderes da Sombra perpetuarem a dominação sobre os encarnados e
desencarnados. Diariamente, um verdadeiro banho de sangue cobre o planeta, pela
matança de milhões de animais inocentes. E do lado de lá se repetem os
processos de vampirização energética dos encarnados, de vinganças e obsessões.
No capítulo “Vampirismo” da mesma obra de André Luis, o mentor Alexandre abre o
jogo: existem, sim, e em quantidade, entidades vampirizadoras do Astral; e sob
o espanto de André Luiz, declara: − Bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros encarnados,
e sugar-lhes a substância vital. Meu Deus! − Exclamei, sob forte
espanto.
− Porque
tamanha estranheza? − Perguntou o cuidadoso Orientador. E nós outros, quando ainda nas esferas da carne? Nossas mesas não se
mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves? A pretexto de basear recursos proteicos, exterminávamos
frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos
musculares, roíamos os ossos. (...) Contudo, a ideia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante. E a protecção das entidades angélicas?
− André, meu caro, devemos afirmar a verdade, embora contra nós mesmos. Atrever-nos-íamos a declarar que fomos bons para os seres inferiores? Eles não nos
encaram como superiores generosos, mas como verdugos cruéis. (...) Se não
protegemos nem educámos aqueles que o Pai nos confiou, se abusámos
largamente de sua incapacidade de defesa, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios? Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que
nos cercam, não é demais que venha a cair a maioria das criaturas no vampirismo das entidades
que lhes são afins, na esfera invisível!”.
É a mesma advertência que faz Ramatís: “Os homens são fornecedores da
substância vital através do trucidamento de bois, carneiros, suínos, vitelas,
cabritos, coelhos, galinhas e gansos, cujo sangue inocente é vertido no piso de matadouros e frigoríficos. E depois sucumbem aos processos de obsessões, vampirismo e vingança
dos magos alimentados por essa energia vital!”
Se você acha isso chocante, devo dizer-lhe que é
mesmo. Não ao vampirismo do Além: ele é consequência (dos que comem carne!). Chocante
é esse triste quadro de nosso planeta azul, diariamente encharcado de sangue,
com os pobres animais esquartejados e transportados para os açougues, onde os
homens buscam as porções de carne morta para disfarçarem com temperos e
apelidos, e depois as sepultarem no estômago. E como podemos esperar o
saneamento do planeta, se estamos alimentando incessantemente o Astral Inferior
com esse combustível detestável do sangue, mantendo a dominação das Sombras?
Pense nisso. Pense nisso em sua próxima refeição, em
sua próxima ida ao supermercado, ao açougue. «Enquanto o homem assassinar animais e comer sua
carne, vamos continuar tendo guerras!» − Bernard
Shaw. E você acha sinceramente que uma Lei justa poderia nos recompensar com um
mundo em paz, sem guerras fazendo correr o sangue humano, enquanto nós estamos
fazendo correr continuamente o sangue da Onda de Vida seguinte?
Ramatís adverte: “A divindade não seria tão injusta, permitindo que o
homem seja feliz enquanto massacrar o irmão menor, indefeso e serviçal, que também sente! Quantas tragédias, angústias e sofrimentos, que há séculos afligem a Humanidade, são resgates
cármicos provenientes da culpa espiritual de verter o sangue do irmão menor, a
serviço do vampirismo da terra e do espaço?” Os líderes da Sombra, fortalecidos pelo derramamento diário dos
rios de sangue animal, promovem então, com sucesso, as guerras, para o
fornecimento de sangue humano, de melhor vitalismo para eles.
COMO FIZERDES A VOSSOS IRMÃOS, A VÓS SERÁ
FEITO
Na Idade Média se acreditava que esta nossa Terra
minúscula era o centro do universo. Custamos a descobrir que a nossa galáxia tampouco
era o Universo, mas uma das tantas “ilhas de estrelas” − biliões delas − do
Cosmo. Uma correcção radical de foco em nosso sentimento de arrogância, mas
pelo visto não bastou. Recentemente, o mapeamento do genoma humano confirmou
que somos geneticamente irmãos da comunidade animal, uma linhagem a mais, não
os “reis da criação”. (Quanto tempo até que a mera informação intelectual
produza efeitos conscienciais?)
O que falta para que aqueles que
detêm a informação, dita esotérica ou espiritualista, assimilem no coração e na
consciência o que já estão cansados de saber: que não só não somos a única
Humanidade inteligente, mas que também a onda humana actual não é nem a primeira
nem a última, a se encontrar nesse estágio − já que as consciências, no Plano
da Criação, evoluem em “Ondas de Vida” sucessivas?
Será que qualquer delas poderia ter menos
importância que outra? Ou a Lei Cármica está dormindo? Ou tem privilegiados? Sob a justiça implacável da lei do carma, a quantidade de sangue vertida
pelos animais e aves resulta em quantidade igual de sangue humano jorrado nos
morticínios das guerras e guerrilhas!
Infeliz Humanidade terrena, escrava de um círculo vicioso. Em que os vivos
dotados de razão trucidam os
vivos irracionais para lhes devorarem
as carnes, e depois enfrentam o sofrimento de verem os filhos ou parentes irem
para o massacre dos campos de batalha! − Ramatís
Só um deus dotado do mesmo egoísmo e insensibilidade
do homem terrestre poderia
recompensar-nos com a “Paz na Terra” ensanguentada pela tortura e morte
de seus filhos pequenos, tão sagrados e divinos quanto os “grandes” que os
chacinam! Enquanto nós conduzimos os indefesos rebanhos de jovens animais para
o holocausto, nossos próprios filhos continuam sendo tangidos, como rebanhos
indefesos, para o matadouro das guerras! E nós permitimos essa monstruosidade,
em nome de sofismas absurdos dos “senhores da guerra”, com a mesma insensibilidade
com que nos escudamos em argumentos absurdos para sancionar o matadouro animal.
Infeliz Humanidade! Quando acordaremos? Quando vamos dizer um “basta” a tudo
isso?
MUITO BEM, MAS O QUE E QUE EU VOU COMER
ENTÃO?
“E tu terás
por sustento as ervas da Terra!” − Génese 3:18
Agora vem a melhor parte. Aquela em que terei o
prazer de lhe dizer que você não vai ser um pobre infeliz, tornando-se
vegetariano − um asceta comedor de folhinhas de alface e cenouras cruas. E as
proteínas? E as proteínas???. Pois bem, as proteínas. É só o que a carne
possui, já que ela é um deserto de vitaminas e sais minerais. Em ferro e cálcio
perde longe para a maioria dos vegetais. Pois saiba, caro companheiro herbívoro,
que: os feijões e seus primos − soja, lentilha, ervilha e grão-de-bico − contêm
mais proteína por peso que as carnes! E mais cálcio e ferro!
Cem gramas de feijão preto, lentilha ou soja, p.
ex., contêm mais proteína que cem gramas de carne. O mesmo para o amendoim, o
requeijão, o levedo (levedura) de cerveja, o gérmen de trigo e o pão integral.
E a aveia, o arroz integral, as nozes e suas primas, o leite, os ovos e
diversos outros alimentos são ricos em proteínas. Até os
brócolos e a batata, entre outros vegetais, embora em menor proporção. Ou seja:
se você comer diariamente uma porção de feijão ou um de seus primos
(leguminosas), e requeijão ou um pouco de gérmen de trigo ou amendoim (creme de
amendoim é uma delícia!) já resolveu a sua proteína.
A soja é um festival de proteínas boas e baratas. A
“proteína de soja”, também conhecida como “carne de soja”, em flocos, faz
pratos deliciosos. Como? Você já provou e achou horrível? Garanto-lhe que foi
mal feita! A base para uma proteína irresistível é um reles detalhe que vou
revelar-lhe. O pequeno segredo da proteína de soja gostosa é: ao contrário do
que diz a embalagem, não a hidrate em água antes de usar. Ela fica “aguada” e
meio sem graça. Hidrate colocando directamente no molho − um caprichado molho,
de tomate com cebola e temperinhos, e/ou cebola com “shoyo”. O molho de
soja − o “shoyo” − dá um belo sabor e uma cor caprichada (em pequena dose!).
Com ela (a soja), você terá centenas de opções, como
pastéis, croquetes, lasanhas, bolinhos, “cheese-burger”, guisadinho com
qualquer vegetal, arroz de carreteiro... e tudo o mais. A soja em grão se
presta para saladas, sopas, etc. O queijo de soja, o tofú, é a proteína mais
“nobre” da soja. Parece queijo de minas. Com mel ou geleia, ou com sal, ou em
patês ou em receitas deliciosas.
O leite de soja é um achado. Além de ser usado em
receitas, pode substituir com vantagem o leite de vaca. (Reflicta: o homem é o
único mamífero que continua tomando leite depois de desmamado. Parece natural
isso? Não. O leite produz muco (atenção, turma da rinite, da asma e
“companhia”), e o consumo de leite causa ou acentua a depressão! Para mulheres
na menopausa, é um achado: as isoflavonas da soja previnem a osteoporose, o
colesterol alto, os sintomas calóricos. Uma tranquilidade. A soja contém
isoflavonas − fito-hormonas −, que têm uma estrutura química semelhante à do
estrogénio, hormona sexual feminina. É, portanto, um “repositor hormonal”, sem
efeitos colaterais, e eficiente. Além da soja, o inhame produz esse efeito.
Não se atire em excesso a ovos, queijo, manteiga e
leite, com receio de “enfraquecer” sem a carne. Se você mantiver uma dieta equilibrada,
com cereais, verduras e frutas, isso jamais acontecerá. Não aconselho ninguém a
abandonar logo os lacticínios e os ovos de saída. Mas procure ovos caseiros, de
galinhas criadas soltas, com milho em lugares que vendem produtos orgânicos.
Guardei a declaração de uma nutricionista, que me
parece lapidar: O prato comum do brasileiro,
de feijão com arroz. Se este for integral, já é uma refeição quase perfeita,
com os nutrientes básicos necessários. É só acrescentar verduras e aí está a
refeição ideal. Portanto, relaxe. Feijão com arroz integral − e deu para
a proteína. A propósito: a base de uma alimentação sadia deveriam ser os
cereais integrais, a base. Isso quer dizer: uns 60 por cento, mais ou menos.
Arroz, trigo, centeio, cevada, aveia. Eles contêm proteínas, fibras, montes de
vitaminas e sais minerais. Experimente macarrão de trigo integral, de vários
formatos!
Afinal, o que é um cereal integral? É exactamente um
cereal − aquilo que a
Mãe-Natureza criou para nós: uma pequena urna cheia de nutrientes. Aí vem o “homo
− dito − sapiens” (“homo-stupidus” seria mais correcto!) e
faz o quê? Tira as camadas externas do cereal − o chamado polimento −,
justamente as que contêm as proteínas, sais minerais e vitaminas em quantidade. Deixa
a parte interna, que é quase só amido (engorda e pouco alimenta), jogando fora
a porção nobre do cereal. Burrice é pouco para qualificar isso.
Aveia é um cereal fantástico. Você sabe quantos
miligramas de ferro existem em 100 gramas de aveia? 55. E em cem gramas de
carne bovina? Uns míseros 3. Na carne de galinha, 1. No arroz integral, 50. Use
ao natural, com frutas, iogurte, etc. e em receitas − biscoitos, bolos, tortas
salgadas. Uma criança criada com mingau de aveia adoçado com mel é um dínamo de
saúde.
E, finalmente, uniu informação consoladora para
novos (e velhos) vegetarianos: há uma alternativa de produtos − “carnes”
vegetais − em formatos e aspectos próprios para substituir a carne, que
permitem uma culinária prática e sem grandes traumas saudosistas. (Ah! Um
bifinho à milanesa! Uma carne acebolada! Um churrasquinho! Um cachorro-quente).
Refiro-me à linha de produtos da marca “Superboni”,
em latinhas (sem conservantes) intituladas “Carne Vegetal”, “Bife Vegetal” e
“Salsicha Vegetal”, à base de glúten de trigo. O “bife” vem em rodelas, e com
ele se faz carne de panela, bife à milanesa, “strogonoff”, churrasco e
dezenas, centenas de variações. A “carne” é um guisadinho. E a salsicha, bem, é
uma salsicha escrita. Onde se encontram? Nos bons supermercados, geralmente na
prateleira dos “dietéticos” (mas nem sempre: pode ser na vizinhança da salsicha
comum e das sardinhas) e em alguns armazéns de produtos naturais. (Não, não é “marketing”:
eles nem sabem que eu existo). E conclua: só não é vegetariano e feliz quem não
quiser. Ah! Você desejaria abandonar a carne, mas acha tão difícil. Que fazer?
Há uma receita infalível, com dois itens.
Primeiro: leia o capítulo inicial de “Fisiologia da
Alma”, de Ramatís. Segundo: vá por partes. Primeiro, corte a carne suína.
Depois de algum tempo, decida cortar a carne bovina. Também gradualmente −
diminuindo os dias da semana, instituindo o “dia do peixe” e um “dia sem carne”
− introduza as carnes vegetais, p. ex. Dê-se um tempo: e vá constatando como é
fácil. Depois de se libertar das carnes de quatro patas, fique nas aves e
peixes por algum tempo, e livre-se depois das aves. Esse é o grande marco de
sua liberdade.
Se chegar a “só peixe”, parabéns! Se precisar ficar
por aí algum tempo, já pode respirar aliviado. Há uma distância que separa o
animal bem individualizado − o mamífero, a ave − do peixe, que obedece ao
comando de uma alma-grupo. (O que não significa que não sinta dor, não sofra.
Se até os vegetais sentem!). Tem gente, porém, que nem titubeia (e sem prejuízo
grave para a saúde!): encerra de repente e de uma só vez o capítulo carnívoro
de sua vida, sem sentir saudades, sem recaídas. Se você recair, não se
desespere: retome devagar e recomece. Mas o dia chegará, e lhe desejo de todo o
coração, em que você estará liberto. Liberto do condicionamento milenar,
liberto da escravidão do hábito, livre do peso da crueldade.
Sua saúde vai melhorar, sua disposição e seu astral
idem. Sua concentração, sua meditação, sua pele, suas articulações, rins,
fígado, intestinos e até (conheço casos!) dores da coluna vão
melhorar/curar-se. Seu equilíbrio interior vai insensivelmente mudar − para
melhor: você estará mais leve, mais tranquilo, mais pacífico − e provavelmente
mais próximo do peso ideal. E muito, muito mais longe dos achaques da velhice,
da esclerose e da senilidade.
Um dia chegará, em que você vai sentar num gramado
verde, olhar o céu, as árvores, os insectozinhos nas folhas, ouvindo as
cigarras e os pássaros, sentindo na pele o abraço do sol, vendo uma lagartinha
que avança devagar num talo de grama, e lá em cima uma asa preguiçosa que plana
no silêncio; estendendo a mão, vai sentir o dorso da pedra aquecida, a maciez
da grama; vai pressentir, ao seu redor, os milhares de pequenas vidas que se
abrigam no regaço da Grande Mãe e você vai sorrir, sabendo que pode sentir-se,
como se sente, irmão de todos eles − um Filho do Universo.
SÚPLICA FRATERNA
Meu Irmão: Dizes ser criado à imagem e semelhança do
Senhor da Vida, e afirmas que Ele é Amor: estende-me, então, uma migalha desse
amor! Nada te peço além de uma concessão singela: o direito de viver para
evoluir nas formas da matéria. E a mesma que actualmente usufruis. És a única
divindade que minha consciência conhece; serias meu senhor, amparando-me como
fazem contigo teus Irmãos Maiores. Entretanto, depois que te sirvo com carinho,
exiges meu holocausto. És uma divindade implacável! Porque semeias de dor o teu mundo?
Diante de meu cadáver que vais sepultar no estômago,
transformando-o em cemitério, a bênção da Vida te abandona, porque a violentaste.
A doença e o desequilíbrio são tua herança, enquanto insistes em decompor meus
despojos em teu interior. Ainda hoje
contemplarás meu humilde corpo disfarçado em petisco na tua mesa. Olha-me bem:
por detrás dele perceberás meu vulto sacrificado, meu olhar de agonia e meu queixume dolorido na dor atroz do
massacre. E lembrarás que fui um ser vivo, capaz de sentir, de aprender, de
amar! Sou, como tu, uma Centelha de Vida − alma que será, um dia, como a
tua, na escalada evolutiva. Dá-me um lugar a teu lado, enquanto sou humilde e
indefeso.
A Terra generosa te oferece o sustento sadio.
Rogo-te, por misericórdia, que não escutes a mentira cruel de que é necessário devorar-me para
subsistir. Meu sangue inocente derramado diariamente brada aos Céus contra ti;
e nunca terás paz sobre a Terra. Irmão Maior, enquanto a mantiveres encharcada
de sangue. Tem compaixão de mim, e o Senhor da vida te recompensará com o mundo fraterno com que sonhas há
milénios!
Obrigado, meu Irmão! Que Nosso Pai te abençoe!
Ofereço-te, meu amor, as dádivas carinhosas de minha lã, meu leite, meu suor e
minha dedicação, de minha lealdade para te assistir e minha ternura para te
enfeitar a vida. Sou o Animal. Teu Irmão Menor.
* Veja-se os vídeos abaixo
que, com simplicidade, traduzem o essencial sobre o carnivorismo, factos bem
tristes e impiedosos que toda a gente devia saber, para não viver enganada!...
E não percam o
encanto destes vídeos em que crianças tão meigas e suaves dizem à mãe que não querem
comer carne:
No Facebook escrevemos parte
deste artigo (com algumas correcções posteriores), que começa assim:
QUANTA SABEDORIA ESTÁ AQUI...
NESTES VÍDEOS DE TANTA SIMPLICIDADE!...
Vejam estes vídeos
e meditem bem no primeiro do Dr. Menelau:
Paz
Profunda!...
Data da Publicação: 25-02-2013
Prof. M.M.M.Astrophyl
*(Um Sábio
de Portugal)
1 comentário:
sou vegana e vivo melhor...
carne é tudo de mau...veja mais
http://www.veganos.org.br
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